Pistoleiro profissional receberia R$ 150 mil pelo crime. Alvo seria o deputado federal Carlos Willian, do PTC (MG).
Do G1, em São Paulo, com informações do Jornal da Globo
A polícia paulista diz ter descoberto uma trama para assassinar o deputado federal Carlos Willian, do PTC (MG). O parlamentar seria vítima de um pistoleiro profissional. O mandante seria, segundo os policiais, outro deputado federal, também de MG.
Há sete meses, a polícia tenta identificar um suposto assassino de aluguel que age a partir de Osasco, na Grande São Paulo. A pista que os policiais têm é o apelido: Alemão.
Na terça-feira (19) da semana passada, uma pessoa avisou a polícia que ele se encontraria com um homem chamado de Odair Silva. Odair foi preso e revelou que a conversa com Alemão, que conseguiu fugir, era para combinar a morte de Carlos Willian.
Escuta
Escuta feita pela polícia confirma a negociação:
Alemão: - Como é mesmo o nome do deputado? Odair: - Carlos Willian. Alemão: - Carlos Wilian é para ser morto? Odair: - É.
Odair Silva foi encontrado na praça de alimentação de um shopping, em Barueri, também na região metropolitana de São Paulo. Segundo a polícia, ele entregou dinheiro para o pistoleiro, que deveria viajar para Belo Horizonte. A investigação também mostrou que na mesma reunião foi marcado o dia para o assassinato: quinta-feira (21) da semana passada.
R$ 150 mil
Carlos Willian seria cercado na estrada, que liga o aeroporto de Confins a Belo Horizonte. Alemão receberia R$ 150 mil pelo assassinato. Segundo a polícia, Odair gravou, no próprio celular, as orientações que passou à alemão.
Odair: - Aeroporto, é tudo filmado.
Alemão: - Eu acompanho ele na estrada e na estrada eu emborracho ele.
Ainda na delegacia em Osasco, Odair Silva acusou outro deputado de Minas Gerais de encomendar o crime: Mário de Oliveira (PSC). Presidente da Igreja do Evangelho Quadrangular, ele não foi encontrado para comentar a acusação. Carlos Willian já foi dirigente da mesma igreja. Em fevereiro, ele entrou com uma representação na corregedoria da Câmara, depois de discutir com Oliveira. A assessoria do deputado Mário de Oliveira informou que, por enquanto, ele não vai se pronunciar sobre a acusação.
Perplexo
Perplexo
Odair Silva, que é colaborador da igreja evangélica, foi solto depois do depoimento, porque a Justiça negou o pedido de prisão feito pela polícia de São Paulo. “Um dos acusados se trata de um deputado federal. A juíza entendeu por bem remeter os autos à Justica Federal para que a Justiça Federal se pronunciasse sobre o fato”, afirmou o delegado Ricardo Guanaes, responsável pelo caso.
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