sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Ahmadinejad ficará só um dia no Brasil, diz embaixador

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DENISE CHRISPIM MARIN - Agencia Estado


BRASÍLIA - O embaixador do Irã, Mohsen Shaterzadeh, disse hoje que a visita do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, ao Brasil será de apenas um dia. Após o desembarque em Brasília, na manhã de segunda-feira, Ahmadinejad será recebido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Itamaraty, onde ambos almoçarão.



Na parte da tarde, segundo Shaterzadeh, o presidente iraniano terá encontros com os presidentes do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP). Por volta das 18h30, Ahmadinejad fará palestra no Instituto de Educação Superior de Brasília (Iesb), aberta a perguntas das pessoas presentes.



Para encerrar a visita, dará entrevista coletiva, às 20h30. O embaixador afirmou ainda que a delegação presidencial iraniana é formada por 250 pessoas, das quais 150 são empresários e executivos de grandes companhias de pelo menos 14 setores, entre os quais eletrodoméstico, petroquímica, transportes, eletroeletrônica, energia, têxteis, farmacêutico, de mineração, siderurgia, metalurgia, química e agronegócio. Ontem, no Rio de Janeiro, foi fechado um acordo de cooperação entre a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a Bolsa de Valores do Irã.



Na segunda-feira, serão fechados acordos nas áreas agrícola, de energia, de cultura, cooperação técnica, cooperação universitária e cooperação em tecnologia avançada. Segundo o embaixador, não haverá nenhum acordo relativo à área nuclear e, na delegação, não haverá representantes iranianos desse setor.



Em paralelo à visita oficial, será realizado, também no Itamaraty, um seminário empresarial coordenado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex).



Ao responder a uma pergunta sobre a ida de Ahmadinejad ao Congresso, apesar de representantes de vários partidos terem protestado contra a visita dele ao Brasil, Shaterzadeh afirmou que a maioria da população brasileira ficará "contente" com a presença do presidente iraniano no País. Afirmou ainda que os presidentes da Câmara e do Senado conhecem a realidade do Irã, um país "100% democrático" e "o mais democrata do Oriente Médio".







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terça-feira, 17 de novembro de 2009

Brasil melhora cinco posições em ranking de corrupção

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Em 75º lugar, ao lado de Peru e Suriname, país continua com índice alto de percepção de corrupção.
De Berlim para a BBC



Brasil - O Brasil subiu cinco posições no ranking anual de corrupção compilado pela organização Transparência Internacional (TI), divulgado em Berlim, Alemanha, nesta terça-feira.

O país recebeu este ano 3,7 pontos, numa escala de 0 a 10, passando da 80ª colocação em 2008, para o 75º lugar entre 180 nações analisadas, posição compartilhada com Colômbia, Peru e Suriname.

Apesar da melhora, o Brasil continua entre os países com índice alto de percepção de corrupção. O Brasil está apenas quatro posições à frente de Burkina Faso, China, Suazilândia e Trinidad e Tobago.

O índice é calculado com base em pesquisas feitas por instituições de renome, que ouviram especialistas e empresários, convidados a dar sua opinião sobre a percepção que têm da corrupção existente entre funcionários públicos e políticos de seus países.

A situação do Brasil é comparável a da América Latina como um todo: 21 dos 31 países da região incluídos no levantamento receberam pontuação abaixo de 5, indicando problemas sérios de corrupção. Nove deles não passaram dos 3 pontos, marco indicativo de corrupção desenfreada.

"Economias líderes na região que deveriam se tornar bastiões anticorrupção, foram sacudidos por escândalos envolvendo impunidade, subornos, corrupção política e abuso da máquina pública", diz o documento.

Com exceção da Guatemala, nenhum país da região registrou melhora significativa em sua pontuação.

O documento diz que instituições frágeis, práticas governamentais indevidas e influência excessiva de interesses privados continuam a minar esforços para promover desenvolvimento igualitário e sustentável na América Latina.

Além disso, acrescenta o relatório, jornalistas da região enfrentam um ambiente de restrições crescentes, com muitos países aprovando legislações destinadas a silenciar a cobertura crítica, o que limita a liberdade de imprensa e as possibilidades de divulgar as práticas de corrupção e seus impactos.

Ainda de acordo com a Transparência, a crise financeira expôs a importância de boa governança nos setores público e privado e das relações entre os dois setores, levando em conta os pacotes de estímulos que estão injetando grandes quantias de dinheiro nas economias afetadas.

O ranking mundial teve poucas alterações significativas. Nova Zelândia (terceiro lugar no ano passado) lidera o ranking atual, seguida da Dinamarca (líder em 2008). Cingapura passou do quarto para o terceiro lugar, dividindo a posição com a Suécia, que caiu da segunda colocação no ano passado.

Entre os países no final da lista estão nações marcadas por instabilidade política ou guerras, como Somália, Afeganistão e Mianmar.

O resultado nesses países, segundo a ONG, demonstra que nações tidas como as mais corruptas são também as que mais sofrem com conflitos longos, que destróem sua infraestrututa govermanental. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.




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domingo, 15 de novembro de 2009

Lula e Sarkozy cobram avanços de EUA e China sobre clima

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o colega francês, Nicolas Sarkozy, anunciaram neste sábado, em visita do brasileiro a Paris, que levarão uma proposta comum para a Conferência de Copenhague sobre o clima, no mês que vem. Em entrevista, os dois cobraram de Estados Unidos e China posições mais "audaciosas" sobre o assunto.
Os principais pontos da proposta são que países industrializados reduzam em ao menos 80% as emissões de gases causadores do efeito estufa até 2050; que países em desenvolvimento busquem crescer com baixa emissão de carbono, mediante ajuda financeira dos países ricos; e que seja criada uma organização internacional de ambiente e sustentabilidade.
Benoit Tessier /Reuters

O presidente Lula (à dir.) conversa com o colega Sarkozy antes de falar a jornalistas
"Não exigimos o impossível, temos que fazer o razoável", disse Lula. "Não podemos permitir que Obama e Hu Jintao [presidente da China] fechem acordo tomando como base apenas a realidade econômica de seus países, sem levar em conta suas responsabilidades. O mundo é multipolar", disse o presidente.
Na entrevista, Lula afirmou que telefonará para o presidente dos EUA, Barack Obama, para debater o tema. Neste domingo (15), Obama realiza a sua primeira visita oficial à China. Os dois países são os principais responsáveis por emissões de gases do efeito estufa.
O presidente francês também enviou um recado direto a Obama dizendo que tem confiança no americano, mas que a "economia que mais emite carbono no mundo" precisa "enfrentar suas responsabilidades".
Lado a lado, Lula e Sarkozy se comprometeram a trabalhar contra o relógio para convencer o maior número possível de países a se juntar à sua posição com o objetivo de fazer com que a cúpula de Copenhague seja um sucesso. Sarkozy disse que estuda vir à América do Sul "para convencer alguns países da região" e à África. "Queremos carregar toda a África conosco."
Para Sarkozy, o Brasil é "o primeiro país emergente que compreende" o caráter crucial da mudança climática. "Chegaremos a Copenhague com propostas ambiciosas", garantiu. "Não podemos esperar mais", concluiu.
O Brasil, o quarto emissor mundial de gases do efeito estufa, se compromete a reduzir em entre 36,1% e 38,9% suas emissões projetadas para 2020, com medidas que incluem uma redução de 80% no desmatamento da Amazônia.
Proposta
Na proposta não há cifras, e sim uma série de "princípios", que Lula apresentou como "nossa Bíblia climática". O presidente disse que o documento deve ser "paradigma para canalizar as discussões de Copenhague", na qual 192 países se reunirão para fechar um acordo mundial sobre a mudança climática que substitua o Protocolo de Kyoto.
Para Lula, a proposta mostra que "a luta contra a mudança climática é imperativa, mas deve ser compatível com um crescimento econômico duradouro e com a erradicação da pobreza". Ele ressaltou ainda que "todos somos vítimas" da mudança climática. "Brasil não brinca com o clima e com seus compromissos", destacou.



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