sábado, 17 de outubro de 2009

Zelaya dá novo prazo para que interino aceite volta dele ao poder

Deposto exige retorno à Presidência via Congresso.
Restituição 'emperra' as conversas, mas diálogo prossegue.

Do G1, com agências internacionais



O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, concedeu um novo prazo, até a próxima segunda-feira (19), para que o governo interino de Roberto Micheletti aceite a proposta feita para o retorno do líder eleito ao poder.

Entenda a crise política em Honduras

Zelaya foi derrubado por um golpe militar em 28 de junho, que gerou uma crise política agravada por sua volta inesperada ao país em 21 de setembro.

O impasse atual diz respeito ao retorno de Zelaya à Presidência. O presidente deposto quer que sua volta siga o Acordo de San José, proposto pelo presidente da Costa Rica, Oscar Árias, e que prevê a restituição ao cargo via Congresso.

Já o governo interino de Roberto Micheletti quer que a Suprema Corte avalize o retorno de Zelaya.

Segundo o porta-voz de Zelaya, Victor Meza, depois de mais um dia de negociações, o acordo proposto pelos representantes do governo interino é "absolutamente absurdo" e "inaceitável", informa o enviado da Globo News a Honduras, Rafael Coimbra.

Declarações conflitantes

A chanceler do governo deposto, Patricia Rodas, disse em Cochabamba, na Bolívia, onde participa da cúpula da Aliança Bolivariana para as Américas (Alba) que o processo de negociação foi "definitivamente rompido" por conta da "intransigência da ditadura".

O ministro da Presidência do governo interino, Rafael Ponde, declarou, por sua vez, que o diálogo continua. "Seguimos no diálogo todo o tempo que for necessário. O governo oferece todas as disposições e garantias para que a mesa de diálogo se prolongue", disse.

Foto: AFP

Faixa celebra a classificação de Honduras para a Copa do Mundo e pede a volta de Manuel Zelaya ao poder durante protesto nesta sexta-feira (16) em Tegucigalpa. (Foto: AFP)

Alba sanciona

Os países reunidos na 7ª reunião de cúpula da Alba decidiram nesta sexta em Cochabamba (Bolívia) aplicar "sanções econômicas e comerciais" contra o regime de Micheletti, por resistir em devolver o poder a Zelaya. A resolução foi aprovada por unanimidade.

A resolução estabelece também que a Alba não reconhecerá nenhum processo eleitoral realizado sob o governo golpista, assim como seus resultados.

Além disso, o bloco bolivariano pedirá às Nações Unidas o estabelecimento de uma "Comissão Especial de Chanceleres" que exija do governo de fato hondurenho "respeito à inviolabilidade da missão diplomática" do Brasil em Tegucigalpa, onde Zelaya está refugiado desde 21 de setembro.

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* Com informações da AP e Efe



http://g1.globo.com








sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Brasil terá cadeira provisória na ONU

É a décima vez que o país assume o posto, agora com a meta de integrar o conselho permanente






O Brasil foi eleito ontem para uma das 10 cadeiras provisórias do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). A indicação vale para os anos de 2010 e 2011. Gabão, Líbano, Bósnia e Nigéria também foram escolhidos. Substituirão Burkina Fasso, Costa Rica, Croácia, Líbia e Vietnã como membros sem poder de veto.






Acandidatura brasileira contou com respaldo de 182 dos 190 países que votaram. Sete se abstiveram, e um votou na Venezuela, que nem era candidata. No biênio 2010-11, o conselho também estará formado por Áustria, Japão, México, Turquia e Uganda (com mandato até o final de 2010), além dos cinco membros permanentes (China, França, EUA, Grã-Bretanha e Rússia) – que têm direito a veto.






É a décima vez que o Brasil ocupa assento eletivo no conselho. Mesmo assim, a conquista se reveste de importância. O país aspira a uma vaga permanente. As prioridades em sua atuação no conselho incluem a estabilidade no Haiti, a situação na Guiné-Bissau, a paz no Oriente Médio, o desarmamento, a promoção do respeito ao Direito Internacional Humanitário, a evolução das operações de manutenção da paz e a promoção de um enfoque que articule a defesa da segurança com a promoção do desenvolvimento socioeconômico.






http://zerohora.clicrbs.com.br








quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Revista divulga foto de mulher sequestrada por 18 anos

AE-AP - Agencia Estado


SAN FRANCISCO, EUA - A revista norte-americana "People" publicou hoje as primeiras fotos de Jaycee Dugard. Ela voltou para casa em agosto, após passar 18 anos em cativeiro. Jaycee, hoje com 29 anos, está vivendo com a mãe e suas duas filhas - Angel, de 15, e Starlit, de 11. As garotas também podem ser filhas do suposto autor do sequestro, Philip Garrido.



O suspeito e a mulher dele, Nancy, foram acusados por sequestro e estupro, mas alegam inocência. Jaycee desapareceu em 1991, em Lake Tahoe. As autoridades dizem que ela e suas filhas viviam em um acampamento escondido no quintal de Garrido.



As fotos da revista "People" mostram uma mulher sorridente, de cabelos castanhos. Jaycee disse à revista estar feliz por voltar à família.



Uma porta-voz da família disse à emissora "NBC" que a ex-refém decidiu divulgar as fotos como uma forma de "dividir sua alegria com o mundo" e mostrar como ela está bem. Jaycee disse à revista que tem andado a cavalo, cozinhado e pensa em colaborar em um livro.