sábado, 1 de dezembro de 2007

'Aqui vivemos como mortos', diz a refém Ingrid Betancourt em carta

Ex-candidata presidencial da Colômbia é refém das Farc desde 2002.
Na carta escrita para a mãe, Ingrid disse que não consegue mais se alimentar.
Da France Presse

Foto: AP
AP
Imagem de Ingrid Betancourt no cativeiro; a foto foi liberada pelo governo colombiano, que disse ter apreendido a imagem junto a rebeldes das Farc (Foto: AP)

"Aqui vivemos como mortos", relata a refém franco-colombiana Ingrid Betancourt, seqüestrada há mais de cinco anos pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), numa carta à sua família, segundo trechos do documento divulgados neste sábado (1º) à imprensa.


"Estou mal fisicamente. Não consigo me alimentar. Meu apetite está bloqueado. Meus cabelos estão caindo aos montes", conta a ex-candidata presidencial colombiana numa carta de 12 páginas dirigida à sua mãe, Yolanda Pulecio, cujos trechos foram divulgados neste sábado em Paris pelos comitês de apoio a Ingrid Betancourt.


"Amo a França de coração, pois admiro a capacidade de mobilização de um povo que, como dizia Camus, sabe que viver significa assumir compromissos. Todos esses anos foram terríveis, mas acho que nem estaria viva hoje se não fosse pelo compromisso que eles trouxeram a todos nós, que aqui vivemos como mortos", prossegue.


O Exército colombiano prendeu três rebeldes das Farc que tinham em seu poder vídeos, fotografias e cartas de 16 reféns do grupo, entre eles a ex-candidata à presidência Ingrid Betancourt, seqüestrada em fevereiro de 2002, e três americanos anunciou o governo colombiano na madrugada desta sexta-feira (30). Leia a reportagem do G1.

Seqüestrada em fevereiro de 2002, Ingrid Betancourt aparece num vídeo muito magra, imóvel, aparentando tristeza e cansaço extremo. Veja as imagens ao lado.

A carta de Ingrid Betancourt para sua mãe é uma das provas, divulgadas na sexta-feira (30) pelas autoridades colombianas, de que a ex-candidata presidencial está viva.


Os filhos da refém, Mélanie e Lorenzo, se disseram "felizes" de ver essas provas de vida - as primeiras desde um vídeo divulgado em agosto de 2003 - mas também "muito preocupados" com o estado de saúde de sua mãe.



do Site:

http://g1.globo.com/Noticias/Mundo


Manifestantes pedem execução de professora britânica no Sudão

CARTUM - Cerca de dez mil sudaneses, muitos armados com facas e porretes, protestaram ontem na frente do palácio presidencial em Cartum exigindo a execução de uma professora britânica condenada por insultar o Islã, por permitir que seus alunos dessem a um ursinho de pelúcia o nome de Maomé. Os manifestantes, saindo das mesquitas após as orações muçulmanas de sexta-feira, seguiam caminhões com alto-falantes que divulgavam mensagens contra Gillian Gibbons, a professora sentenciada ontem a 15 dias de prisão e posterior deportação. A professora já cumpriu cinco dias de prisão e foi transferida da prisão feminina de Oumdurman, perto de Cartum, a um cárcere secreto, para a própria segurança.

“Eles transferiram Gibbons da prisão a outro cárcere para protegê-la e para que ela complete sua sentença”, informou o principal advogado da professora britânica, Kamal al-Gizouli. Segundo ele, ela está com boa saúde. Os manifestantes se concentraram na Praça dos Mártires, na frente do palácio, por cerca de uma hora, enquanto centenas de policiais da tropa de choque observavam a manifestação. Os participantes queimaram fotos de Gibbons e gritaram: “Sem Tolerância: Execução” e “Levem-na ao paredão de fuzilamento”. (AE)

Queda de avião deixa 57 mortos no centro da Turquia

Entre as vítimas do acidente com o MD83 da AtlasJet, que havia decolado de Istambul, estava um bebê de seis semanas

ISTAMBUL - A queda de um avião, por razões ainda desconhecidas, no centro da Turquia matou na madrugada de ontem 57 pessoas que viajavam no aparelho. O número de 56 vítimas fatais comunicado no começo da manhã pelas autoridades turcas subiu por causa de um bebê de seis semanas encontrado entre os destroços do avião pelas equipes de resgate, segundo a agência de notícias Anadolu.

A aeronave tipo MD83 da companhia privada de aviação AtlasJet tinha decolado do aeroporto Atatürk em Istambul às 00h51 (20h51 de Brasília de anteontem) com 50 passageiros e sete membros da tripulação, todos de nacionalidade turca. Às 1h45 (21h45 de Brasília), quando se preparava para aterrissar no aeroporto Suleyman Demiral em Isparta, cerca de 150 km ao norte do centro turístico de Antalya, a nave desapareceu de repente dos radares de controle. Segundo fontes oficiais, não houve nenhuma comunicação sobre eventuais problemas técnicos ou relacionados ao tempo, e o contato com o avião foi interrompido quase imediatamente depois que os pilotos receberam a permissão de aterrissagem.

Cerca de quatro horas depois, os restos da fuselagem da nave foram avistados pelos helicópteros, que tinham partido de Ancara com as equipes de resgate, em uma zona montanhosa, a 1,8 mil metros de altura, perto da cidade de Keçiborlu. “Um helicóptero conseguiu aterrissar junto aos destroços do avião. As equipes de resgate conseguiram chegar ali. Infelizmente, ninguém está vivo. Deus os abençoe”, disse o presidente da Atlasjet, Tuncay Doganer. “O acidente parece incrível. O avião viu o aeroporto e depois desapareceu. Os pilotos tinham muita experiência. Tudo estava normal. A grande questão é como caiu com tempo tão bom e com tudo tão normal”, acrescentou.

Doganer disse que só depois de encontrarem a caixa-preta, e decodificarem e analisarem os dados dela será possível determinar a causa do acidente. O avião tinha sido alugado da companhia World Focus Airlines e, segundo Doganer, não tinha registrado problemas técnicos antes deste acidente, apesar de ter partido de Istambul com um atraso de uma hora e meia. “O atraso não teve nada a ver com nenhum problema técnico”, disse o presidente da companhia aérea. Tanto em Istambul quanto em Isparta foram instalados centros para atender aos parentes dos passageiros. (EFE)

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Putin suspende participação russa em tratado de armas

Agencia Estado



O presidente Vladimir Putin sancionou hoje um projeto de lei suspendendo a participação da Rússia no Tratado de Forças Convencionais na Europa, anunciou o Kremlin. A suspensão entra em vigor em 12 de dezembro. Pela moratória, a Rússia não mais permitirá que suas instalações militares sejam inspecionadas por países da Otan e não mais será obrigada a limitar o número de armas convencionais posicionadas a oeste dos Urais.



O tratado de controle de armas de 1990 estabelecia limites de deslocamento de armas convencionais pesadas pelos países da Otan e do Pacto de Varsóvia, visando aliviar tensões ao longo das fronteiras entre o antigo Bloco Oriental e a Europa Ocidental. O tratado foi revisado em 1999 depois do colapso da União Soviética.



A Rússia ratificou o tratado atualizado em 2004, mas os EUA e os outros membros da Otan nunca ratificaram o acordo, alegando que Moscou precisava primeiro cumprir a obrigação de retirar forças da Geórgia e da região separatista moldava de Trans-Dniester.



As duas Casas do parlamento russo aprovaram o projeto de lei a pedido de Putin. O presidente russo decidiu pela retirada temporária do tratado como resposta a planos dos EUA de posicionarem um escudo antimísseis na Europa Oriental.

Agripino reage a declarações de Lula sobre DEM

'O presidente está apavorado', afirmou líder do DEM.
Lula disse que DEM é contra a aprovação porque nada tem a perder.


O líder do DEM (ex-PFL), senador José Agripino (RN), reagiu com indignação às declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que afirmou que seria "estupidez" dos senadores votar contra a prorrogação da vigência da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).

"O presidente está apavorado com a perspectiva de ser obrigado a governar com responsabilidade e sem a gastança imoral que caracteriza seu desgoverno", afirmou o líder.

Pelo terceiro dia consecutivo, Lula criticou o partido de Agripino. Afirmou que os partidos políticos não poderiam ficar "reféns" de um partido como o DEM, o qual, segundo o presidente, "não tem nada a perder".


"Seria melhor o presidente se calar, por exemplo, a respeito de assuntos como a sonegação de impostos", sugeriu Agripino. "Ou será que ele esqueceu que, na campanha dele à Presidência da República, o PT, partido dele, pagou ilegalmente R$ 10,5 milhões a Duda Mendonça no Exterior sem nada declarar à Receita Federal?", indagou o senador.

Constrangimento

O líder do PDT, senador Jefferson Péres (AM), que ainda conversa com o governo para votar a emenda da CPMF, também não gostou das palavras de Lula. Segundo ele, o presidente errou e, ao agir assim, só dificulta a aprovação da CPFM. Péres disse que Lula está "constrangendo" os senadores e pediu ao presidente que reconheça publicamente que se excedeu.


"É constrangedor para quem pretende e tem vontade de votar a favor da CPMF. É constrangedor ouvir declarações como essa do presidente. Se ele reconhecer que se excedeu, estará contribuindo para o bom relacionamento entre os poderes e para aprovar uma medida considerada importante para o governo. Foi uma declaração inadequada do chefe de um poder", completou.


Péres disse que, na terça-feira, terá uma reunião decisiva com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre a CPMF. Ele está condicionando seu voto a iniciativas objetivas do governo para redução de gastos públicos.

O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), também chamou Lula à responsabilidade neste momento em que o governo está com dificuldades para aprovar a CPMF.

"Se a CPMF for mantida, o governo Lula continuará a gastar de forma pouco responsável e, se for mantida, o governo terá de apertar os cintos, coisa que Lula não gosta de fazer", afirmou. "Não cabem palavras exageradas nesta questão. É melhor para o presidente ter responsabilidade e tranqüilidade."

http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/0,,MUL200120-9356,00-A

Javier Solana "desapontado" após negociações com Irão

Responsável da UE deverá voltar a reunir-se em Dezembro com medidador iraniano

30.11.2007 - 17h32 AFP, Reuters
O alto responsável para a Política Externa da União Europeia, Javier Solana, afirmou-se hoje “decepcionado” com as negociações que manteve com o mediador iraniano para o dossier nuclear do Irão.

“Deve admitir que após cinco horas de conversações esperava mais. Estou desapontado”, afirmou Solana aos jornalistas, depois do encontro que decorreu em Londres.

O mediador iraniano Said Jalili fez, por outro lado, um balanço positivo do encontro, anunciando que acordou com Solana voltarem a reunir-se “no próximo mês”.

Os dois responsáveis falaram em separado aos jornalistas, após as negociações que mantiveram desde as 10h00 em Lancaster House, na capital britânica.

Já na embaixada do Irão, em Londres, depois do encontro com Javier Solana, Said Jalili advertiu que uma nova resolução da ONU contra o Irão não impedirá o país de prosseguir com o seu programa de enriquecimento de urânio.

O responsável iraniano afirmou que os Estados Unidos e os seus aliados “adoptaram três resoluções e não obtiveram nada”, enquanto o “Irão conseguiu sucessos tecnológicos importantes”. “Não conseguiram impedir o Irão de dominar o enriquecimento de urânio”, reforçou Jalili, assegurando que se a comunidade internacional “mantiver o mesmo caminho [adoptar uma nova resolução], não o conseguirá”.

Dois blocos de sanções foram já votados pelo Conselho de Segurança da ONU contra o Irão, perante a recusa em abandonar o seu programa nuclear. Teerão afirma, por sua vez, que o seu programa é estritamente pacífico, apesar se ser acusado de se pretender dotar de armamento atómico.

As seis grandes potências envolvidas nas discussões sobre o programa nuclear iraniano – Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha – decidiram no final do passado mês de Setembro em aguardar até ao mês de Novembro para proporem sanções reforçadas na ONU, caso o Irão mantivesse a sua recusa em cooperar na questão do nuclear.

Homem liberta reféns em comitê de Hillary Clinton

Agencia Estado


O homem que invadiu hoje o escritório de campanha da candidata democrata Hillary Clinton em Rochester, no estado norte-americano New Hampshire, libertou os dois reféns que manteve no comitê por duas horas, enquanto reivindicava falar com a senadora. Aparentemente a mediação foi feita por um especialista nesse tipo de situação, que convenceu o seqüestrador a soltar os reféns e resolver o incidente sem derramamento de sangue. Hillary, que não estava no escritório, cancelou um discurso que faria no Comitê Nacional Democrata em Vienna, estado da Virginia, segundo assessores da senadora de Nova York.



A polícia esperava impedir que o seqüestrador detonasse uma suposta bomba. Unidades antibombas foram enviadas ao local, disse o chefe de polícia de New Hampshire, major Michael Hambrook. Ele acrescentou que a área foi isolada e uma escola próxima, esvaziada. O escritório de Hillary fica no centro da cidade, em uma área repleta de lojas. O major Hambrook também informou que o escritório em Rochester do candidato presidencial Barack Obama foi esvaziado por precaução.



Anthony Ejarque, dono de um restaurante próximo ao escritório de campanha de Hillary, disse que a polícia retirou entre 30 e 40 clientes e funcionários. Hillary e Obama são os principais candidatos democratas para as eleições presidenciais nos Estados Unidos em 2008. Em janeiro, será realizada em New Hampshire a primeira eleição primária democrata. Localizada 120 quilômetros ao norte de Boston, Rochester abriga um dos 16 escritórios de campanha de Hillary em New Hampshire.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Hugo Chávez corta relações com a Colômbia

O presidente venezuelano disse ontem que contatos com o país estão suspensos enquanto Uribe estiver na presidência

SÃO PAULO - O presidente venezuelano, Hugo Chávez, afirmou ontem que enquanto Álvaro Uribe estiver na Presidência da Colômbia, não manterá qualquer relação com ele nem com seu governo. “Enquanto o presidente Uribe, um presidente que é capaz de mentir descaradamente, de desrespeitar outros presidentes”, estiver no poder, “não terei qualquer tipo de relação, nem com ele nem com o governo da Colômbia”, disse Chávez, em um ato pela aprovação da reforma constitucional.


A Venezuela chamou anteontem para consultas seu embaixador em Bogotá, Pável Rondón, após congelar no domingo as relações entre ambos os países, por causa da decisão de Uribe de pôr fim à mediação de Chávez na troca humanitária de reféns das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) por guerrilheiros detidos. Ontem, mais cedo, Chávez chamou Uribe de “triste peão do império”.


Chávez também negou que esteja desenvolvendo um projeto expansionista com a riqueza petrolífera de seu país. “Eu tenho um projeto expansionista, presidente Uribe? O império é que tem um projeto expansionista e o senhor é um servil instrumento do império americano na América Latina”, disse Chávez em Maracay, a 120km de Caracas. Em Bogotá, o ministro das Relações Exteriores colombiano, Fernando Araújo, anunciou que o seu país não deverá chamar a consultas o embaixador venezuelano, Fernando Marín.


Congressistas colombianos dos partidos que apóiam o governo rejeitaram ontem as declarações “insultantes e injuriosas” de Chávez contra Uribe. Eles ofereceram seu apoio ao governante após uma reunião na Casa de Nariño, sede do Executivo.


À tarde, em um debate no Congresso, a senadora Piedad Córdoba e o alto comissário para a Paz, Luis Carlos Restrepo, procuraram explicar a fracassada negociação com as Farc. Houve mais vozes de apoio a Uribe e rejeição às afirmações de Chávez. A senadora Córdoba, que até a semana passada negociava o acordo humanitário ao lado do presidente venezuelano, ofereceu-se como “mediadora” para recuperar as relações entre Bogotá e Caracas. Ela disse que poderia “conversar” com o presidente venezuelano para “regularizar a relação histórica”.


Alguns setores colombianos, como o Partido Conservador, consideram que as declarações de Chávez podem ser resultado da “intemperança do líder venezuelano, seguramente motivada por estratégias eleitorais em seu país”. As gestões de Chávez e de Córdoba buscavam a libertação de 45 reféns das Farc, em troca de 500 guerrilheiros presos. (Folhapress)

Renan prepara, de novo, sua renuncia à presidência

Renan Calheiros (PMDB-AL) pretende renunciar à presidência do Senado no início da próxima semana. A informação foi repassada pelo próprio senador e lideranças do PMDB. O gesto é parte do acordo não-declarado que Renan fez com o consórcio governista, para obter, na próxima terça-feira (4), a absolvição no segundo processo em que é acusado de quebrar o decoro parlamentar.

Alertado acerca da intenção de Renan, o presidente interino do Senado, Tião Viana, prepara-se para convocar eleições internas. A escolha do sucessor de Renan terá de ocorrer cinco dias úteis depois da renúncia. Ou seja, confirmando-se a intenção do senador de abdicar do cargo no dia do julgamento, o plenário terá de indicar um substituto no dia 11 de dezembro. Repete-se agora o quadro que se havia desenhado uma semana atrás.

Renan programara sua renúncia para 22 de novembro, data em que deveria ter sido julgado. Mas foi surpreendido pela manobra de Arthur Virgílio (AM). Relator do processo na comissão de Justiça, o líder do PSDB retardou a emissão de seu parecer, apresentado apenas nesta quarta-feira (28). Com isso, forçou Renan a renovar o seu pedido de licença, que expirou no dia 26, e embaralhou o julgamento em plenário com a votação da emenda da CPMF.

A data prevista para a eleição do substituto de Renan não é boa para o governo. Estima-se que, dias depois, entre 14 e 18 de dezembro, o plenário votará, em primeiro turno, a renovação da CPMF. E o Planalto receia que o processo sucessório resulte em escaramuças que, mal administradas, podem engrossar o cesto de votos contrários ao imposto do cheque.

Cabe ao PMDB, dono da maior bancada (20 senadores), a indicação do nome do substituto de Renan. Embora a eleição já bata à porta, o partido ainda não se fixou num nome. Por ora, o único peemedebista a reivindicar o posto foi Garibaldi Alves (PMDB-RN). Sobreviveu a uma articulação de José Sarney (PMDB-AP) em favor do nome de Edison Lobão (PMDB-MA). Mas, nas últimas horas, surgiram mais dois nomes: Neuto de Conto (PMDB-SC) e Valter Pereira (PMDB-MS).

Por incrível que possa parecer, quem dá as cartas no processo de escolha do novo presidente do Senado é o próprio Renan Calheiros. O senador considera-se absolvido. Um sentimento que perpassa todos os partidos com assento na Casa. Graças à emenda da CPMF, cuja aprovação, se quiser, pode inviabilizar, Renan tem o Planalto nas mãos. De resto, mantém intacto o poder de influência sobre a maioria do PMDB.

Decidido a levar suas pretensões às últimas conseqüências, Garibaldi Alves se deu conta de que a viabilidade de seu nome passa por Renan. Avisado de que o presidente licenciado do Senado não admitiria a escolha de um substituto que lhe fosse hostil, Garibaldi viu-se compelido a executar, nesta quarta-feira (28), um movimento constrangedor.

No primeiro julgamento de Renan, realizado em setembro, embora pudesse dispor do sigilo do voto, Garibaldi fizera questão de declarar, em discurso enfático, proferido do alto da tribuna do Senado, que votaria pela cassação. Agora, avisa que tende a fazer o contrário. Alega que já passou "a crise que ameaçava colocar a Casa de cabeça pra baixo".

Afirma, de resto, que o próprio Jefferson Peres (PDT-AM), relator do processo em que Renan é acusado de comprar duas rádios e um jornal por meio de laranjas, "reconheceu que não há provas muito evidentes". Bobagem. O relatório de Peres é explícito. Diz que há, sim, indícios eloqüentes do malfeito. Recomenda expressa e enfaticamente a cassação. O que Garibaldi deseja é amolecer as resistências de Renan. Daí o gesto incoerente.

O Planalto, que torcia o nariz para Garibaldi, passou a considerá-lo como uma opção menos pior. Receia que, derrotado, o senador engrosse o pelotão anti-CPMF. Além disso, o governo passou a considerar um detalhe que vinha lhe passando despercebido. Vitorioso, Garibaldi tende a fazer sombra no Rio Grande do Norte à liderança de José Agripino Maia (DEM-RN), hoje um dos mais ferozes adversários de Lula no Senado.

Nas eleições de 2010, o eleitor potiguar terá de mandar para o Senado dois senadores. Há três candidatos: Garibaldi, Agripino e a governadora do Estado, Vilma Maia. Dá-se como favas contadas a eleição de Vilma. E imagina-se que, eleito presidente do Senado, Garibaldi tenderá a prevalecer sobre Agripino.

A oposição aguarda pela decisão do PMDB para decidir o que fazer. Em diálogos preliminares, PSDB e DEM avaliaram que a escolha de Garibaldi é a que menos serve aos seus interesses na guerra da CPMF. Prefeririam que os peemedebistas lançassem um nome com menos densidade. Nesta hipótese, além de conquistar o voto de um Garibaldi ferido, lançariam uma candidatura alternativa, para marcar posição e tumultuar a arena governista às vésperas da votação do imposto do cheque.

Forças de segurança filipinas disparam contra militares rebeldes

Eles exigem a renúncia da presidente Arroyo e formação de governo interino liderado pelo presidente do Supremo


Efe


MANILA - As forças de segurança filipinas começaram a disparar contra um hotel em Makati, centro financeiro de Manila, onde estão entrincheirados os líderes de um motim que conta com o apoio de dezenas de soldados armados.


O general Danilo Lim e o senador e ex-oficial do Exército Antonio Trillanes lideraram uma passeata de dezenas de pessoas exigindo a renúncia da presidente Gloria Macapagal Arroyo. Eles se negam a negociar sua rendição.



Os militares rebeldes exigiram em um comunicado, a formação de um governo interino liderado pelo atual presidente do Tribunal Supremo, Reinato Puno.



"Arroyo roubou a Presidência de Estrada, e depois manipulou os resultados das eleições de 2004", disse Lim.



O ex-presidente Joseph Estrada foi condenado à cadeia perpétua por corrupção e recebeu um indulto de Macapagal. Ele havia sido deposto em 2001, numa revolta popular pacífica promovida por políticos, membros da hierarquia eclesiástica católica e empresários de outros clãs, descontentes com a perda de poder econômico.



"Tentamos restaurar a legitimidade, mas a presidente usou do poder para nos impedir", acrescentou Lim nos corredores do hotel Península. O ex-vice-presidente Teofisto Guingona, dois bispos, e vários políticos de esquerda também estão no hotel.

do Site:

http://www.estadao.com.br/internacional/not_int87659,0.htm

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Câmara adia votação da proposta que cria mandato de cinco anos

da Agência Câmara


Integrantes da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados decidiram retirar de pauta a PEC (proposta de emenda constitucional) que amplia para cinco anos o mandato do presidente da República, governadores, prefeitos, deputados e vereadores. Hoje, o mandato deles é de quatro anos.


A proposta --de autoria do ex-deputado José Janene (PP-PR)-- também propõe que o voto seja facultativo. Hoje, ele é obrigatório. Pela proposta, o mandato dos senadores também seria de cinco anos --atualmente, os senadores têm mandato de oito anos.


O pedido de retirada de pauta foi feito pelo deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA). Ele afirmou que a PEC poderia receber diversas emendas na comissão especial, inclusive para autorizar um terceiro mandato para o presidente da República.

Neto disse que seu partido é contra essa medida e, por isso, defendeu o adiamento da análise da proposta.

O relator da PEC, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), leu seu relatório durante a reunião. No parecer, ele recomenda a admissibilidade da proposta. Após o pedido de ACM Neto, os deputados que integram a CCJ firmaram acordo para que a proposta seja analisada em 2008.

Saldo das contas públicas dispara em outubro

Agencia Estado


O governo central, que compreende as contas do Banco Central, Tesouro Nacional e Previdência Social (INSS) teve em outubro um superávit primário de R$ 10,011 bilhões, de acordo com dados divulgados hoje pelo Tesouro. O valor ficou significativamente acima dos R$ 38,7 milhões registrados em setembro e foi 46,14% maior do que o verificado em outubro do ano passado (R$ 6,850 bilhões).

No resultado de outubro, o Tesouro contribuiu com superávit de R$ 12,771 bilhões, a Previdência teve déficit de R$ 2,694 bilhões e o Banco Central, déficit de R$ 65,6 milhões. De janeiro a outubro, o governo central acumula superávit de R$ 61,658 bilhões (2,96% do PIB), ante R$ 55,019 bilhões (2,89% do PIB) nos dez primeiros meses de 2006.

O resultado acumulado no ano já supera com folga a meta de R$ 53 bilhões estipulada para o governo em todo o ano de 2007. Até outubro, o Tesouro tem superávit primário de R$ 100,699 bilhões, enquanto a Previdência registra déficit de R$ 38,435 bilhões, e o Banco Central, déficit R$ 606,7 milhões, resultando no saldo de R$ 61,657 bilhões.

Sarkozy anuncia abertura de inquérito sobre morte de adolescentes em Paris

PARIS - O presidente francês, Nicolas Sarkozy, anunciou nesta quarta-feira que um juiz instrutor investigará a morte de dois adolescentes ao baterem a moto em que estavam contra um carro da polícia no domingo, fato que levantou violentos distúrbios na periferia de Paris.


Sarkozy fez o anúncio em um encontro com familiares dos dois jovens no Palácio do Eliseu, segundo o advogado das famílias, Jean-Pierre Mignard, que comemorou a decisão, a qual considerou justa.


O presidente se disse interessado "em que se estabeleça toda a verdade sobre o assunto", segundo o advogado, para quem a atitude do presidente francês se trata de "um gesto de apaziguamento".Os familiares de Moushin e Larami - de 15 e 16 anos e origem norte-africana - pediram a abertura de um inquérito, encarregado a um juiz instrutor.
Ações mais duras


Mais cedo, em visita a policiais feridos durante confrontos, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, prometeu nesta quarta-feira ser duro contra pessoas que participaram de atos violentos em alguns subúrbios do país.

, que era ministro do Interior durante outra onda de violência dois anos atrás, prometeu que os agressores enfrentarão a justiça. segundo ele, disparar contra um policial tem 'nome: tentativa de assassinato'.


'Encontraremos quem disparou. Mobilizaremos os recursos necessários...Não é algo que podemos tolerar', disse.


Entenda a origem dos conflitos

Os distúrbios na periferia de Paris começaram após a morte dos dois jovens. Eles circulavam sem capacete e em alta velocidade em uma moto sem placa em Villiers-le-Bel e bateram contra um carro da polícia.

Na noite de terça-feira, um grande destacamento policial em Villiers-le-Bel e localidades vizinhas do departamento de Val d'Oise, nos arredores de Paris, evitou novos distúrbios como os protagonizados por grupos de jovens nas duas noites anteriores, que deixaram mais de 80 policiais feridos.


Jovens de subúrbios de Paris e da cidade de Toulouse, no sul, queimaram diversos carros e incendiaram lixos na terceira noite de violência. Mas as autoridades relataram que não houve choques significativos entre os jovens e a polícia, em peso nos locais.


A violência lembra os acontecimentos de 2005 no país, quando milhares de carros foram queimados após dois jovens serem eletrocutados ao, aparentemente, fugindo da polícia.


Ainda nesta quarta-feira, Sarkozy deve se encontrar com o prefeito socialista de Villiers-le-Bel, local do acidente envolvendo os jovens. Além disso, ele terá uma reunião sobre segurança com ministros.

Negociação sobre status de Kosovo termina novamente sem consenso

Por Douglas Hamilton


VIENA (Reuters) - Terminou novamente sem acordo a discussão entre sérvios e albaneses de Kosovo a respeito do futuro da província separatista, segundo um mediador europeu.


"Lamentavelmente, as partes não conseguiram alcançar um acordo a respeito do status (futuro de Kosovo)", disse Wolfgang Ischinger, representante da União Européia (UE), após mais uma reunião em um hotel nos arredores de Viena.


Os encontros se sucedem desde segunda-feira, sem avanços -- é a sexta e última rodada do gênero desde o final de agosto.


O representante dos EUA, Frank Wisner, disse que a paz na região "está muito em jogo" e pediu às partes que mantenham sua promessa de preservar a paz e o diálogo além do final das negociações formais.


Os mediadores da UE, dos EUA e da Rússia farão na segunda-feira que vem sua visita final a Kosovo antes de apresentar, até 10 de dezembro, um relatório sobre o caso à Organização das Nações Unidas (ONU).


EUA e UE dizem que a mediação termina com o relatório à ONU. Mas a Rússia, aliada da Sérvia e dona de poder de veto no Conselho de Segurança, impede a independência de Kosovo e diz que vai "insistir" em mais negociações.


Kosovo pertence formalmente à Sérvia, mas sua população é majoritariamente de etnia albanesa. A região está há oito anos sob controle da ONU e proteção da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). O Ocidente vê a independência sob supervisão da UE como a única solução viável.


Políticos albaneses de Kosovo lamentaram a falta de acordo, enquanto o presidente da Sérvia, Boris Tadic, disse que ainda há margem para negociação e alertou a população albanesa que Belgrado iria "anular" uma eventual declaração unilateral de independência, que segundo ele teria um "efeito dominó" em toda região e além dela.

do Site:

http://br.reuters.com/article/worldNews/idBRB61635920071128

Musharraf abandona comando do Exército do Paquistão

Agencia Estado


O general Pervez Musharraf renunciou hoje ao comando do Exército do Paquistão, um dia antes de ser empossado para um novo mandato de presidente do país asiático, dessa vez na condição de civil. Em meio a uma profunda crise política, Musharraf vinha prometendo renunciar ao comando das Forças Armadas para não acumular a função com a de chefe de Estado.

Numa cerimônia de troca de comando realizada hoje em Rawalpindi, cidade irmã da capital, Islamabad, Musharraf entregou o posto a seu sucessor, o general Ashfaq Kayani. "Vocês são os salvadores do Paquistão", disse Musharraf, visivelmente emocionado, num discurso a soldados.

A renúncia ao comando do Exército e a conseqüente aposentadoria depois de mais de 40 anos de serviço militar eram exigências da oposição política a Musharraf. A expectativa é de que o cumprimento da promessa ajude a desfazer os preparativos para um boicote oposicionista às eleições gerais marcadas para janeiro.

Desde 1999, quando chegou ao poder por meio de um golpe palaciano, Musharraf acumulou o comando do Exército à presidência do país. Ele vinha prometendo renunciar ao comando militar desde 2004, mas postergou o cumprimento da palavra sob a alegação de que o país precisava de uma liderança forte para combater o extremismo islâmico.

A renúncia concretiza-se um mês e meio depois de ele ter vencido as eleições indiretas para a presidência, apesar de a constituição do país impedir militares da ativa de concorrerem a cargos públicos eletivos.

A posse foi embargada por uma série de contestações judiciais à participação de Musharraf. Em 3 de novembro, ele então decretou um estado de emergência por meio do qual, entre outras medidas, a constituição foi suspensa.

A seguir, ele afastou da Suprema Corte juízes considerados independentes e os substituiu por magistrados escolhidos a dedo. Com a nova formação da Suprema Corte, as últimas contestações à candidatura de Musharraf foram arquivadas, permitindo sua posse, prevista para ocorrer amanhã.

IML confirma estupro, mas põe de lado gravidez

Ao contrário do que se especulava, a menor que ficou presa numa cela masculina durante 24 dias no Pará não está grávida. É o que afirma a Secretaria de Segurança Pública do estado, que divulgou nesta quarta-feira o resultado de cinco exames feitos pelo Instituto Médico Legal na jovem L.. De acordo com os laudos do IML, a menina foi sistematicamente estuprada na prisão, onde era obrigada a fazer sexo com os ocupantes da cela em troca de comida, mas não engravidou.


Segundo informações do portal Terra, os exames de gravidez e de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) de L. deram resultado negativo. A garota tem uma série de escoriações pelo corpo em fase de cicatrização. Na terça, exame feito pelo mesmo IML com base na arcada dentária da jovem confirmou que ela tem entre 15 e 16 anos de idade.


A possível gravidez de L. foi cogitada depois que rumores davam conta que a menina apresentava claros sinais de gravidez, como fortes enjôos matinais. A menor não quis fazer o exame de gravidez mais comum, vendido nas farmácias. Por isso foi necessário aguardar os testes feitos no IML.


‘Problema mental’ – Também na terça, a governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, teve de lidar com a polêmica causada por uma declaração do delegado-geral do estado, Raimundo Benassuly, um dos responsáveis pela detenção ilegal. Em audiência pública no Senado, ele disse que L. "tem algum problema mental, porque em nenhum momento manifestou a sua minoridade penal". Diante da forte reação provocada pela frase, a governadora criticou o delegado e disse que o caso "não tem justificativa".

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Globo antecipa produção de substituta de "Duas Caras"

da Folha Online


Há rumores na Globo, que vazaram nesta segunda (26) à tarde, de que "Duas Caras" poderá acabar antes de maio de 2008, mês em que entraria no ar "Karma" (título provisório da próxima trama das oito, de autoria de João Emanuel Carneiro). Os testes com elenco da nova novela, que seriam feitos na primeira quinzena de janeiro, começaram na semana passada, em sigilo. O motivo da antecipação é a baixa audiência de "Duas Caras", que dificilmente chega a 40 pontos no Ibope, e os pitis de Aguinaldo Silva (ele pediu férias, apesar de a novela estar há apenas um mês no ar). A assessoria da Globo nega que "Duas Caras" será encurtada e diz que não houve alteração no cronograma de produção da próxima novela.


Incerteza


O clima na produção de Ana Maria Braga, na filial da Globo, em São Paulo, é tenso. Com a possibilidade de o programa dela passar a ser produzido no Rio, a equipe está apreensiva, com medo de perder o emprego.


A fila andou


Thiago Kückelhaus é o novo namorado de Íris. A loira passou o fim de semana em Goiânia, onde ele mora.


Mais novo


O rapaz, de 21 anos (Íris tem 28), faz faculdade de direito e trabalha no ramo de aviação. Dizem que ela está animada com o namoro.


Audiência


Neste domingo, Faustão perdeu no Ibope, durante alguns minutos, para duas emissoras concorrentes.


Os minutos


Gugu Liberato, do SBT, ficou seis minutos à frente do "Domingão". Tom Cavalcante, da Record, passou a Globo por 15 minutos. Já o "Domingo Espetacular", também da Record, ganhou de Faustão por sete minutos.

Do Site:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/colunas/zapping/ult3954u348904.shtml

Lula diz que não fará 'guerra' contra o Congresso pela CPMF

'Se alguém agir com irresponsabilidade, terá de responder à sociedade', disse.Lula garantiu que 'não faltará energia para o crescimento brasileiro'.


GUSTAVO TOURINHO Do G1, em Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou, na noite desta terça-feira (27), que não fará "guerra" contra o Congresso Nacional por conta da prorrogação até 2011 da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). "Eu confio na sensatez dos senadores. Estados, municípios, ninguém pode abrir mão da CPMF", disse Lula, em entrevista exclusiva à "TV Bandeirantes".



"Se alguém agir com irresponsabilidade, terá de responder à sociedade. Isso é democracia", completou. O presidente disse estar "convencido" de que a prorrogação do imposto será aprovada no Senado.

A expectativa do governo é que a CPMF seja votada na Casa até o dia 22. Se isso não ocorrer, o Ministério da Fazenda estima que o governo perderá pelo menos R$ 15 bilhões, uma vez que o tributo terá de ser proposto novamente, mas apenas depois de 90 dias de sua extinção, marcada para o próximo dia 31 de dezembro.

Na entrevista, Lula ainda comemorou o fato de o Brasil ter, pela primeira vez, atingido um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) que o coloca no grupo de países de melhor marca. "Temos que comemorar porque isso significa que o Brasil está dando passos importantes", acredita o presidente.



Lula, no entanto, ressalta que os dados da pesquisa divulgada hoje pela Organização das Nações Unidas (ONU) são de 2005. "O Brasil vai melhorar mais até 2010", estima.



PAC
Para o presidente Lula, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro entrou em uma rota de crescimento. "É um ciclo novo, duradouro e sustentável. Vamos crescer em 2008, 2009 e 2010", assegurou.

Para tentar provar isso, o presidente citou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "As obras começam efetivamente a partir de fevereiro do ano que vem. O dinheiro [do PAC] vai começar a causar efeito só em fevereiro de 2008."



Energia


Lula garantiu, ainda, que "não faltará energia para o crescimento brasileiro". "Nós temos energia", disse, enfático.

Segundo o presidente Lula, será divulgado no próximo dia 11 o primeiro edital de licitação das obras das hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira, em Rondônia. O segundo edital deve sair em fevereiro do ano que vem.


Clima


O governo brasileiro estará representado na Conferência sobre Mudança Climática, marcada para dezembro em Bali, na Indonésia, evento no qual serão discutidas as mudanças climáticas.

O mesmo estudo da ONU que colocou o Brasil entre os países com melhor nível de desenvolvimento fala que o aquecimento global prejudicará os países mais pobres do mundo.

"Queremos que os países ricos assumam a responsabilidade de diminuir a emissão de gases do efeito estufa, pois eles emitem sozinhos 70% do total", disse Lula.

O presidente explicou, ainda, que o Brasil tem feito a sua parte. "Diminuímos em 52% o desmatamento da Amazônia", citou.

Site:

Uribe é acusado de ser porta-voz antibolivariano


Chávez: de mal com Uribe(Foto: AFP)





O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, voltou suas baterias ontem contra seu colega colombiano, Álvaro Uribe, a quem chamou de "porta-voz da oligarquia antibolivariana", durante uma reunião com o alto comando militar. Chávez anunciou domingo que colocou em "um congelador" as relações bilaterais com a Colômbia, depois que Bogotá decidiu suspender sua mediação no processo de liberação de reféns das Farc em troca de rebeldes presos.




"Vocês sabem o que aconteceu nestes últimos dias na Colômbia? Uma oligarquia que não quer a paz e acredita que vai brincar conosco. Não vão brincar conosco, uma oligarquia colombiana nem nenhuma outra. A Venezuela deve ser respeitada", afirmou Chávez, num discurso em Caracas. Uribe é o principal aliado de Estados Unidos na região e Chávez, inimigo declarado do presidente George W. Bush.




O governo da Espanha, outro país com quem, segundo Chávez, a Venezuela congelaria as relações, procurou minimizar as declarações do venezuelano. Bernardino León, secretário para Relações Exteriores, disse que a Espanha não entraria em "novas provocações".




A presidente eleita da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, afirmou que a política externa de seu governo será uma continuidade da do seu marido. Defendeu a integração da Venezuela ao Mercosul, embora tenha afirmado que sua proximidade com Hugo Chávez não signifique afastamento em relação ao Brasil.




É consenso entre analistas de relações internacionais que Néstor Kirchner priorizou a relação com a Venezuela em detrimento à proximidade de outros países, inclusive o Brasil. A visita de Cristina a Luiz Inácio Lula da Silva, há poucos dias, havia alimentado a suposição de que ela inverteria essa situação. (das agências)

Acordo entre PS e PSD sobre revisão da lei eleitoral

Objectivo é que nova lei seja aplicada nas eleições autárquicas de 2009 Os líderes parlamentares do PS, Alberto Martins, e do PSD, Pedro Santana Lopes, chegaram a acordo sobre a revisão da lei eleitoral das autarquias.


"Os grupos parlamentares do PS e do PSD chegaram a um ponto de convergência, a um acordo essencial sobre o projecto de lei que em princípio iremos apresentar em conjunto relativo", declarou Alberto Martins, após uma reunião com Santana Lopes durante cerca de uma hora.


Questionado se a nova lei será aplicada nas próximas eleições autárquicas, previstas para 2009, Alberto Martins respondeu: "Sim, o objectivo é esse".


O líder parlamentar do PS adiantou que o projecto de lei conjunto deverá ser apresentado "até ao fim de Dezembro".


Entretanto, haverá consultas aos órgãos partidários sobre o conteúdo acordado, que Alberto Martins e Pedro Santana Lopes não revelaram.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Uruguai fecha fronteiras com Argentina e acirra disputa

Marina Guimarães, da Agência Estado


BUENOS AIRES - A tensão entre o Uruguai e a Argentina em torno da "guerra das papeleiras" escalou um novo degrau neste fim de semana. O presidente Tabaré Vázquez deu ordens para fechar as fronteiras entre os dois países para evitar a entrada dos ambientalistas e moradores das cidades argentinas que estão na zona em frente à uruguaia Fray Bentos, onde funciona a fábrica de celulose Botnia.



Esses manifestantes, denominados de assembleístas, pretendiam realizar protestos contra o funcionamento da planta no lado uruguaio, mas temendo uma manifestação violenta, Vázquez bloqueou a ponte que une Concórdia-Salto, neste domingo, 25, terminando de fechar toda a fronteira.



No sábado, Vázquez já havia fechado a ponte que liga as cidades de Colón-Paysandú, e há duas semanas, bloqueou a de Gualeguaychú-Fray Bentos, a qual já estava bloqueada pelos "assembléistas" há mais de um ano.



Fontes do governo uruguaio informaram que se tratou de "uma medida preventiva", já que havia sido anunciada uma passeata em Fray Bentos. Há mais de dois anos que os ambientalistas e moradores argentinos, insatisfeitos com a fábrica construída às margens do rio Uruguai, compartilhado por ambos os países, vêm tentando realizar a mesma operação de bloqueio para protestar contra a Botnia.



Em alguns protestos esporádicos, assembléistas conseguiram bloquear as três pontes internacionais concomitantemente, mas por poucas horas. A única que está fechada pelos manifestantes é a de Gualeguaychú-Fray Bentos.



Vázquez sempre reivindicou de seu colega Néstor Kirchner a liberação da ponte porque o bloqueio da fronteira provocava perdas ao Uruguai. O pedido era uma condicional para a retomada do diálogo, que nunca ocorreu. No último dia 9, Vázquez decidiu autorizar o funcionamento da fábrica em plena reunião de Cúpula Ibero-americana, o que provocou uma grande polêmica e discussão com Kirchner.



A oposição já chegou a ameaçar com um atentado a bomba contra a fábrica. E a medida uruguaia de fechar as pontes foi para prevenir "maiores acidentes", disse a fonte.


A decisão provocou um profundo mal estar no governo argentino, que chegou a convocar o embaixador do Uruguai na Argentina, Francisco Bustillo, para manifestar "desagrado". A chancelaria argentina considerou o fechamento das fronteiras como uma atitude "desproporcional".



Em meio ao clima de tensão, a presidente eleita da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, reiterou que o governo vai esperar pela decisão da Corte Internacional de Justiça decida sobre o conflito.


do Site:

Carreta invade ponto de ônibus e mata duas pessoas na Régis

Quatro pessoas ficam gravemente feridas após motorista perder o controle na altura do km 340 da estrada


Solange Spigliatti, do estadao.com.br


SÃO PAULO - Duas pessoas morreram e quatro ficaram gravemente feridas por volta das 8 horas desta segunda-feira, 26, após serem atropelados por uma carreta na altura do km 340 da rodovia Régis Bittencourt, na pista sentido São Paulo.



O motorista da carreta perdeu a direção do veículo na região de Juquitiba, no interior de São Paulo, e acabou atropelando as pessoas que estavam em um ponto de ônibus. Os feridos foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e por uma equipe do helicóptero Águia, da Polícia militar.



Segundo a Polícia Rodoviária Federal, a curiosidade dos motoristas devido ao acidente causava lentidão por aproximação na Régis.


do Site:

http://www.estadao.com.br/cidades/not_cid85796,0.htm

domingo, 25 de novembro de 2007

Polícia de Putin prende Kasparov em Moscovo



ALBANO MATOS






Líder da oposição condenado a cinco dias de prisão





Foi aos gritos da multidão de "Liberdade! Liberdade!" que o antigo campeão mundial de xadrez Garry Kasparov foi ontem detido pela polícia em Moscovo. Horas depois, seria condenado por um tribunal sumário a cinco dias de prisão.




O actual líder do movimento A Outra Rússia e candidato à eleição presidencial de Março de 2008 encabeçava uma manifestação de três mil pessoas contra o Presidente Vladimir Putin, no âmbito das actividades de campanha das eleições legislativas do próximo domingo.




Com Kasparov foram detidos outros dirigentes da oposição: Eduard Limonov, líder do Partido Nacional Bolchevique, Lev Ponomarev, da Organização pelos Direitos Humanos, Ilia Iachin, da formação juvenil do partido Iabloko e Maria Gaidar, do partido liberal SPS. Esta última, filha do antigo primeiro-ministro russo Igor Gaidar, seria rapidamente libertada, já que se trata de uma candidata às eleições legislativas.




Depois da manifestação, os principais dirigentes deslocavam-se à Comissão Eleitoral Central para entregar uma resolução, aprovada no comício, em que se protestava contra as "eleições injustas" de 2 de Dezembro. Terá sido então que a polícia actuou, carregando sobre manifestantes e jornalistas. Kasparov foi encurralado com os seus guarda-costas e, em seguida, metido à pressa num autocarro e conduzido a uma esquadra. Mais tarde, num tribunal sumário seria condenado a cinco dias de prisão por "manifestação não autorizada e desobediência às ordens da polícia".




Na sala de audiência, ao confessar a um repórter da AFP a convicção de que seria condenado, desabafou: "Manifesto-me no contexto das eleições. Que eu saiba, Putin participa na campanha (como cabeça de lista do partido Rússia Unida). E, afinal, o que eu digo é um delito.




""Não havia nenhum perigo para a ordem pública. O poder tem, muito simplesmente, medo de que as pessoas exprimam a sua contestação", comentara, momentos antes da detenção.




A marcha culminara com um comício na Avenida Sakharov, em que três mil pessoas entoaram palavras de ordem como "Precisamos de outra Rússia" e "Putin, vai-te embora".




"O nosso objectivo é o desmantelamento deste regime que cobre o país de vergonha. Vamos sair deste pântano de corrupção e de mentira", gritara Kasparov à multidão.




No mesmo sentido se pronunciaram outros dirigentes da oposição. Boris Nemtsov, da União das Forças de Direita, acusou Putin de "crueldade" e de "cinismo", manifestados "no teatro Dubrovka, em Beslan e na tragédia do submarino Kursk".




Quanto às críticas do Presidente à situação da Rússia nos anos 90 e ao poder dos oligarcas, Nemtsov respondeu: "Nós já lutávamos contra os oligarcas quando Putin ainda era amigo deles."




A manifestação, intitulada "marcha dos discordantes", devia ter-se realizado também noutras cidades russas, mas as autoridades policiaisdetiveram antecipadamente os organizadores. Com agências





do Site:


http://dn.sapo.pt/2007/11/25/internacional/policia_putin_prende_kasparov_moscov.html


Assembléia aprova a nova Constituição de Evo

A maioria governista da Assembléia Constituinte da Bolívia aprovou na noite deste sábado a nova Constituição do país, proposta pelo presidente Evo Morales. Reunidos em um colégio militar na cidade de Sucre, a capital constitucional boliviana, e sem a presença da oposição, os constituintes do Movimento ao Socialismo (MAS) e outras agremiações – todos fiéis seguidores do populista boliviano – deram seu consentimento à nova Carta, aprovada com 136 dos 139 votos possíveis.


A aprovação em primeira instância na nova Constituição boliviana aconteceu em meio a violentos confrontos de rua. Enquanto os artigos do projeto de eram votados, enfrentamentos entre a polícia e manifestantes em Sucre deixaram pelo menos dois mortos e cerca de 100 feridos. Lideradas por universitários opositores do governo de Evo Morales, as manifestações já haviam deixado mais uma centena de feridos na sexta-feira.


Uma multidão de universitários caminharam em direção ao colégio militar, onde os constituintes estavam isolados por vários cordões de policiais. Armados com paus e pedras, os manifestantes foram reprimidos pela polícia com tiros e bombas de gás lacrimogêneo. A oposição classificou a reunião da assembléia de ilegal por ocorrer em um quartel militar e atacou a agenda prevista.


Reeleição eterna - De acordo com a agência oficial de notícias ABI, o texto da Carta nem sequer foi lido antes de ser votado, devido à tensão pelos confrontos. A exemplo do que tenta fazer o seu colega Hugo Chávez, na Venezuela, um dos artigos propostos por Morales em sua nova Constituição é a introdução na Bolívia da reeleição indefinida para presidente. Os protestos da oposição estão longe de terminar.