Do G1
A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, afirmou nesta quinta (24) que o resultado da última pesquisa Ibope é "bom", mas que não vai subir no salto alto. "Para esse momento, é um quadro interessante, mas não subimos em salto alto e achamos que as coisas estão definidas", disse a candidata, durante entrevista à Rádio Itatiaia de Minas Gerais. Dilma disse que está "muito agradecida ao povo" pela confiança.
Nesta manhã, a presidenciável Marina Silva, candidata do PV à Presidência da República, minimizou o terceiro lugar e disse que começar com 9% é positivo. Na quarta (23), líderes da oposição afirmaram que José Serra (PSDB) ainda vai crescer.
Pesquisa Ibope divulgada em Brasília mostrou Dilma com 40% das intenções de voto e o candidato do PSDB com 35%. Marina tem 9%, segundo o levantamento, encomendado ao instituto pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
"É de fato uma pesquisa interessante, mas pesquisa não substitui eleição. Bom, é, mas não pode substituir o processo eleitoral. Ainda tem muita água para rolar debaixo da ponte", afirmou Dilma. "A pesquisa reflete o momento e mostra que há um desafio enorme pela frente", completou.
Para Dilma, há uma tendência de polarização na campanha entre ela e José Serra. "Temos um projeto de continuidade do governo do presidente Lula, manter o que está certo e evançar", afirmou.
Campanha antecipada
Na entrevista, Dilma contestou a decisão do Ministério Público Eleitoral (MPE), que encaminhou nesta quarta (23) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) uma representação contra ela. A procuradoria-geral eleitoral acusou Dilma, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, e o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), de terem feito campanha antecipada durante a inauguração de um hospital.
No pedido, o MPE alegou que o Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, não recebeu recursos federais para justificar a presença da candidata petista. Segundo Dilma, não houve campanha antecipada nem pedido de votos no evento.
A respeito das acusações de Serra sobre a suposta participação de Dilma na montagem de um dossiê contra os tucanos, a candidata do PT respondeu: "As acusações são estratégia eleitoral de Serra, mas não está dando certo".
Coligações
Dilma minimizou os conflitos causados pelas coligações entre PMDB e PT em Minas Gerais e no Maranhão. "É importante o Brasil perceber que a gente não governa com um só partido", afirmou. Militantes do PT em Minas tentaram até o último instante evitar a coligação com o PMDB. O PT-MA contestou a coligação na Justiça e o deputado federal Domingos Dutra (PT-MA) fez greve de fome por alguns dias em protesto contra a decisão da executiva nacional do partido.
"É uma visão estreita. É possível governar em coalizão. O governo Lula foi um bom exemplo de como é possível governar em coalizão", afirmou Dilma. Segundo ela, a aliança entre PT e PMDB segue um programa de governo e que a presença de Patrus Ananias (PT) como a candidato a vice na chapa encabeçada pelo ex-ministro da Comunicações Hélio Costa (PMDB) garantirá uma forte atuação na área social.
Enchentes
Sobre as enchentes que atingem os estados de Alagoas e Pernambuco, Dilma afirmou que a questão é "gravíssima". A candidata creditou o problema aos governos anteriores. Segundo ela, durante os últimos 25 anos não houve política habitacional, gerando o aumento de favelas e de construções em encostas e margens de rios.
"Aumentou o risco para essas comunidades porque não tinha política habitacional". Segundo Dilma, o atual governo aumentou os investimentos por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida.
Dilma disse que as prefeituras e governos estaduais não podem permitir que as pessoas construam casas nas margens de rios e enconstas. "Não pode morar em área de risco, não tem prevenção que resolva", afirmou.
Por fim, a candidata arriscou um placar na partida entre Brasil e Portugal pela Copa do Mundo nesta sexta (25). "Estamos bem. Vamos fazer 1 x 0".
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