sábado, 21 de junho de 2008

Sobe para 12 o número de mortos após tumulto em boate no México





Sobe para 12 o número de mortos após tumulto em boate no México





Ao menos nove jovens, um agente judicial e dois policiais morreram pisoteados.




Blitz contra a venda de bebida alcoólica provocou correria de cerca de 500 adolescentes.






Do G1, com agências internacionais

Após a morte de sete jovens, um agente judicial e dois policiais em uma boate da Cidade do México, durante tumulto provocado por uma blitz para reprimir a venda de bebidas alcoólicas a adolescentes, a Secretaria de Segurança Pública confirmou a morte de outras duas pessoas em um hospital público. Com isso, sobe para 12 o número de mortos na tragédia.

Outros 178adolescentes estão feridos, e 39 foram detidos por “alteração da ordem pública”. Esse grupo teria retornado à boate e provocado um confronto com policiais.

De acordo a Secretaria de Segurança Pública, o incidente ocorreu em uma casa de dois andares, a New Divine, no norte da capital mexicana, que funcionava como danceteria. O complexo tinha apenas uma porta, e a saída de emergência estava bloqueada por caixas.

Entre os detidos está o dono do local, Alfredo Maya, suspeito de ser o responsável pela tragédia ao ter anunciado a chegada da polícia ao local.

A polícia realizava uma operação para revisar as condições em que funcionava o local, levando a administração do estabelecimento a anunciar, pelo sistema de som da boate, sobre a blitz, o que provocou caos entre os jovens. Segundo a polícia, o proprietário havia sido avisado sobre a blitz com antecedência, mas não providenciou medidas de segurança.

500 adolescentes

A casa noturna recebia ao menos 500 jovens. Os adolescentes foram à boate para festejar o fim de um curso escolar.

A chegada dos policiais provocou pânico, segundo a Secretaria de Segurança. As mortes aconteceram quando os todos freqüentadores tentaram sair do prédio ao mesmo tempo.


Fotografias publicadas na mídia mexicana mostravam três corpos estendidos na rua à entrada da casa noturna e dezenas de sapatos espalhados pela calçada.

A venda de bebidas alcoólicas para menores de 18 anos é proibida no México, e o funcionamento das casas noturnas só é permitido em horários estabelecidos.

* Com informações das agências France Presse, EFE e Reuters





http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL609176-5602,00-SOBE+PARA+O+NUMERO+DE+MORTOS+APOS+TUMULTO+EM+BOATE+NO+MEXICO.html

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Brasil/Justiça indicia 11 militares por morte de jovens











Quatro tiveram a prisão preventiva decretada; se forem condenados, poderão pegar de 36 a 90 anos de cadeia





RIO - Os 11 militares investigados pela morte de três jovens do Morro da Providência, no Rio, presos temporariamente desde domingo , foram indiciados ontem por homicídio triplamente qualificado – cometido por motivo torpe, com meio cruel e sem chance de defesa das vítimas. Além disso, quatro deles tiveram a prisão preventiva decretada pelo juiz Edmundo Franca de Oliveira, da 2ª Auditoria Militar do Rio, para impedir que atrapalhem a investigação. Os jovens foram entregues pelos militares a traficantes do Morro da Mineira, após terem sido detidos por desacato. “Todos tinham conhecimento do resultado que aconteceria com a entrega dos jovens aos traficantes. Houve tempo suficiente para que tomassem atitude, nem que fosse avisar ao comando superior”, afirmou o delegado Ricardo Dominguez, responsável pelo indiciamento.





Se forem condenados pela Justiça, a pena poderá ser de 36 a 90 anos de prisão. No inquérito, finalizado ontem em 200 páginas, o delegado pediu à Justiça civil a preventiva dos 11 militares e a quebra do sigilo telefônico de alguns deles. Para o delegado, a “ordem dada pelo tenente Vinícius Guidetti foi ilegal”. Segundo ele, os militares estavam na base de comando, no Santo Cristo, descansando antes de assumir um novo turno na Providência. Guidetti, então, reuniu os subordinados e mandou que subissem com os jovens no caminhão do Exército. “Eles sabiam que não era a rotina. Não haveria sentido sair no momento do descanso, muito menos fora da rota normal. Deveriam sair do Santo Cristo para a Central do Brasil, não para o sambódromo”.





Na opinião de Dominguez, a hipótese mais provável é a de que o elo entre militares e traficantes tenha sido o soldado José Ricardo Rodrigues, cuja família mora em uma favela do complexo do São Carlos. Ele teria sido chamado pelo tenente para servir de guia até o Morro da Mineira. “A conclusão é que houve um contato prévio (com o tráfico). O meio utilizado não ficou claro”, disse. O indiciamento dos 11 homens por homicídio triplamente qualificado vai gerar controvérsias em torno da intenção deles, segundo especialistas ouvidos pela reportagem. “O delegado entendeu que os militares assumiram o risco da morte dos jovens ou quiseram o resultado morte”, explicou o jurista Alberto Toron. “Com esse indiciamento, a polícia entende que eles devem ser enquadrados como partícipes no crime a que responderão os traficantes”, disse o criminalista Cristiano Avila Maronna.





No entanto, se ficar comprovada a versão do tenente Guidetti, pela qual a intenção era dar apenas “um susto” nos rapazes, os militares podem ser enquadrados em um crime menos grave. O objetivo de sua defesa é justamente mostrar que, “para ele, era impossível ocorrer as mortes dos rapazes. Ele não teve nem a vontade, nem a previsão de que isto aconteceria”, disse o advogado Figueiredo Rocha.





Assassinos - Até o fim da tarde de ontem, cinco dias após a morte dos três moradores do Morro da Providência, no centro, a polícia do Rio ainda não havia realizado nenhuma operação para localizar os assassinos, do Morro da Mineira, na zona norte. Ontem, os delegados da 4ª DP, na Central do Brasil, Ricardo Dominguez, e 6ª DP, na Cidade Nova, Rodolfo Waldeck, e o diretor de Polícia da Capital, delegado Sérgio Caldas, reuniram-se para discutir estratégia de investigação dos responsáveis pelas mortes. O inquérito será comandado pelas duas delegacias, com apoio de especializadas. Caldas negou que a investigação esteja em ritmo lento. (AE)





***

General defende permanência do Exército

BRASÍLIA - Comandante do Exército, o general Enzo Peri defende a permanência dos militares no Morro da Providência e diz que nunca conversou com o presidente Lula sobre os trabalhos na favela. Ele alega que a obra é importante para a comunidade, porque melhora as condições de vida da população da Providência, favela ao lado do Palácio Duque de Caxias, sede do Comando Militar do Leste. Peri diz que “não cogita” desenvolver este trabalho com a proteção da Força Nacional de Segurança Pública, como definiu liminar da Justiça. Indagado se defendia a atuação do Exército em morros ou regiões em que o estado não entra, lembra que existe “um clamor” da população para a atuação das Forças Armadas, mas ressalta que é preciso debater abertamente o assunto. A seguir, os principais trechos da entrevista à reportagem.





AGÊNCIA ESTADO - Por que o Exército apóia a decisão do governo de recorrer contra a retirada dos militares do morro? No Planalto há setores contra a presença das tropas na área.





ENZO PERI - O Morro da Providência está junto a um quartel nosso, o Palácio Duque de Caxias, sede do Comando Militar do Leste. É uma área que estava com problemas sérios de tráfico. Quando surgiu a oportunidade deste projeto com o Ministério das Cidades, entendemos que era uma boa oportunidade.





AE - Foi uma decisão política fazer esta obra? Nesta obra não houve mistura de eleições com o Exército? Houve pedido do presidente?





EP - Da parte do Exército, não existiu e não existe isso. Eu nunca tratei deste assunto com o presidente da República. Não tratei com o ministro.





AE - Mas era óbvio que a obra iria se estender pelo ano eleitoral?





EP - Para mim interessa que estou tratando com o Ministério das Cidades, que é um órgão permanente. Entendemos que a obra é muito importante para a comunidade.





E só nesta primeira fase, que estamos terminando em 45 dias, ela dá trabalho para cerca de 80 moradores, que passaram a ter carteira assinada. A concepção da obra é emprego da mão-de-obra local. Na segunda fase, absorveria mais de 300 pessoas da comunidade.





AE - Mas e se o Exército tiver de sair do morro?





EP - Aí, o Exército sai.





AE - Mas o Exército acharia ruim sair, como se estivesse sendo expulso pela sociedade?





EP - Essa consideração deve ser da sociedade e não da Força. Nós estamos lá querendo ajudar a comunidade.





AE - O Exército acha possível ficar lá, com a segurança do seu trabalho sendo feita pela Força Nacional de Segurança Pública?





EP - Não estou cogitando isso. (AE)




www.correiodabahia.com.br/poder/noticia.asp?codigo=155978


quinta-feira, 19 de junho de 2008

Governadora Wilma assina contratos para combate à seca e à pobreza













Assecom/RN





A governadora Wilma de Faria vai assinar amanhã (20), às 11h, em Brasília, novos contratos de empréstimos junto ao Banco Mundial. Entre empréstimos e contra-partidas, o Governo do Estado vai investir cerca de US$ 82,5 milhões (de dólares), o equivalente a quase R$ 135 milhões, em programas de combate à seca e à pobreza rural no Rio Grande do Norte.






A maior parte do dinheiro será aplicada no Programa de Desenvolvimento Sustentável e Convivência com o Semi-árido Potiguar, que inclui a construção de barragens submersas, açudes, cisternas e outros equipamentos que possam melhorar a distribuição de água tanto nas áreas urbanas como na zona rural. Com os recursos do financiamento, o Programa, executado pelo Governo do Estado, pretende reduzir o problema da falta de água em todas as regiões.






Entre as obras previstas estão a ampliação e automação do sistema produtivo da Adutora Monsenhor Expedito, através da construção de uma bateria de oito poços nas margens do riacho Boa Cica, que irá reduzir, pela metade, a retirada de água da Lagoa do Bonfim. Além disso, serão recuperados 47 açudes com mais de cinco milhões de metros cúbicos de capacidade de armazenamento em regiões críticas, construídas 80 barragens subterrâneas e instalados 70 dessalinizadores. O programa ainda prevê a implantação de sistemas de abastecimento de água em aproximadamente 70 comunidades da região e a recuperação e modernização de perímetros irrigados.






Os beneficiários são comunidades pobres do meio rural, constituídas de pequenos produtores rurais (assalariados, parceiros, arrendatários, posseiros, assentados), artesãos e outros grupos, desde que estejam representados por organizações comunitárias. Eles apresentam os projetos (instalação de casas de farinha, unidades de produção de mel e outros produtos ou compra de bovinos, por exemplo) e recebem recursos para viabilizar as atividades produtivas. Os critérios para que as associações apresentem seus projetos para esse novo financiamento, serão publicados após a assinatura dos contratos.





http://tribunadonorte.com.br/unoticia.php?id=78798

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Obama lidera intenções de voto em Estados-chave, aponta pesquisa Publicidade

















Colaboração para a Folha Online





O provável candidato democrata à Presidência dos EUA Barack Obama lidera as intenções de voto em Ohio, Pensilvânia e Flórida, três dos chamados "swing-states" --ou Estados-pêndolos--, aqueles que não possuem inclinação para nenhum dos grandes partidos e serão essenciais para a escolha do novo presidente dos EUA nas eleições gerais de novembro.





Segundo uma pesquisa da Universidade Quinnipiac divulgada nesta quarta-feira, a vantagem de Obama sobre o provável candidato republicano John McCain é pequena em Ohio --48% a 42%-- e na Flórida --47% contra 43%.

AP
O provável candidato democrata Barack Obama (à esq.) lidera intenções de voto em Ohio, Flórida e Pensilvânia, aponta pesquisa
O provável candidato democrata Barack Obama (à esq.) lidera intenções de voto em Ohio, Flórida e Pensilvânia, aponta pesquisa





Já na Pensilvânia, a situação é mais favorável ao democrata, que lidera por uma diferença de 12 pontos percentuais, 52% contra 40%.





A escolha do candidato à vice-Presidência não modificou significativamente as respostas dos eleitores, segundo a pesquisa.





No caso de a escolhida para compor chapa com Obama for a ex-pré-candidata Hillary Clinton, 40% dos entrevistados afirmaram estar mais propensos a votar nos democratas, enquanto 43% disseram que se afastariam do partido.





A inclusão de políticos locais nas chapas presidenciais recebeu uma resposta ainda mais fraca.





O governador de Ohio Ted Strickland convenceria apenas 11% dos eleitores a votar em Obama e afastaria 17% dos entrevistados.





No entanto, 68% dos eleitores afirmaram que a presença de Strickland na chapa não faria nenhuma diferença.





Entre os republicanos, a presença do Representante do Estado na Câmara, Rob Portman ao lado de McCain atrairia apenas 5% dos eleitores. Outros 10% afirmaram que estariam menos propensos a votar para McCain e 78% afirmaram que não mudariam de opinião.





Foram entrevistadas 1.453 pessoas na Flórida, 1.396 em Ohio e 1.511 na Pensilvânia, com uma margem de erro de 2,6 pontos percentuais.




www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u413751.shtml

terça-feira, 17 de junho de 2008

Lula se diz indignado com mortes no Morro da Mineira

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Presidente ficou irritado ao saber da participação de militares na morte de 3 jovens, no Rio de Janeiro





Luiz Roberto Marinho - Agência Estado






BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou-se indignado com o episódio do assassinato dos três jovens entregues ao tráfico do Morro da Mineira, no Rio de Janeiro, por uma patrulha do Exército. O presidente mostrou-se ainda mais irritado pela participação do Exército.




Veja também:

linkJobim decidirá se Exército continua operação em favela

linkDelegado do Rio pode pedir quebra de sigilo de militares

linkMilitares devem ser punidos, diz Jobim

linkDelegado diz que militar confessou ter entregado jovens no Rio

linkO Exército está preparado para atuar na segurança pública?




O desabafo foi manifestado ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, e ao comandante do Exército, general Enzo Peri, em despacho fora de agenda, pela manhã, no Palácio do Planalto, segundo fontes da Presidência da República. De acordo com as fontes, Jobim fez um relato minucioso do episódio ao presidente da República e solicitou sua autorização para acompanhar in loco o caso, junto com o comandante do Exército. Ambos já estão no Rio.




O despacho, iniciado por volta das 9hs, atrasou em quase uma hora a reunião do presidente Lula com os cinco ministros que integram a coordenação política do governo - da Casa Civil, Dilma Roussef; das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro; da Fazenda, Guido Mantega; do Planejamento, Paulo Bernardo, e da Secretaria Geral da Presidência, Luiz Dulci.




Desculpas

Parentes dos três jovens do Morro da Providência encontrados mortos no fim de semana ouviram nesta terça, do general Mauro César Lorena Cid, comandante da 9.ª Brigada de Infantaria, o primeiro pedido de desculpas formal do Exército. Acompanhadas de advogados, as mães das vítimas foram até o Ministério Público Estadual para ter acesso ao inquérito e formalizaram uma denúncia contra a União sob a acusação de triplo homicídio qualificado.



Cid anunciou, em reunião com líderes da comunidade, no centro da capital fluminense, que o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e integrantes do alto escalão do Exército estavam a caminho do Rio para decidir sobre a eventual permanência das Forças Armadas na comunidade. Segundo líderes comunitários, as obras do projeto Cimento Social no morro deverão ser retomadas até quinta-feira, mas só continuariam após a retirada das tropas.




Versões diferentes

Depois de o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), chamar os militares envolvidos na morte de três jovens no Morro da Providência de "marginais" e de ter classificado o crime de "atrocidade", a única sobrevivente contou uma versão bem diferente do que aconteceu. "Voltamos de táxi do baile da Mangueira. Na praça, no alto do morro, fomos parados e um soldado meteu a mão no cordão do Wellington. Ele reagiu e foi agredido. Reclamamos e eles disseram que estávamos presos sem nenhum motivo. Levaram eles e me liberaram", disse M., de 16 anos.




O tenente, o sargento e um soldado disseram em depoimento à polícia que Wellington reagiu com palavrões à abordagem. Desde o início da ocupação militar na Providência, outras 12 pessoas foram detidas por desacato. "O Exército não pode conviver com o ilícito. O militar pode e deve deter alguém que esteja em flagrante delito", justificou o chefe de Comunicação Social do Comando Militar do Leste, Carlos Alberto Neiva Barcellos.




Ele classificou o "incidente" que terminou na morte de três jovens como um "fato isolado", que não torna insustentável a presença do Exército na Previdência. Barcellos afirmou que o Exército "repudia veementemente qualquer desvio de conduta e qualquer ação fora da legalidade". Ele informou que foi aberto inquérito militar para apurar o crime.




A única informação confirmada é que os três jovens mortos foram detidos por desacato. No entanto, o comandante da tropa, cujo nome não foi divulgado, determinou que eles fossem liberados por não haver motivo para detê-los.




O secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, afirmou que o episódio comprova que o Exército não está preparado para atuar nas ruas do Rio. "Se a Polícia Militar, que vive esse problema diuturnamente há 200 anos, tem suas mazelas, uma corporação que começou a fazer isso há pouco tempo já incorrer num problema desses é uma demonstração disso", afirmou Beltrame.




"É, no mínimo, um momento de retomar uma série de conceitos, rever muitas coisas." Barcellos ainda evitou comentar as críticas de Beltrame.




o governador elogiou o trabalho da Polícia Civil, que investigou o crime. "A polícia atuou com firmeza no caso desses 11 marginais que não honram a farda do Exército", disse Cabral, que está em viagem oficial à Alemanha. Ele disse esperar que o caso seja acompanhado por Lula e pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim. O governador ressaltou que o comportamento dos militares presos não condiz com a reputação do Exército, "uma instituição que merece todo o apreço do povo".




(Colaboraram Tânia Monteiro, Talita Figueiredo e Alexandre Rodrigues, de O Estado e S. Paulo)




www.estadao.com.br/cidades/not_cid191140,0.htm

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Cabral chama de 'marginais' militares suspeitos de levar jovens a traficantes














Para governador, suspeitos têm que ser tratados como criminosos.
"Não é porque alguém tem a farda que deve ser protegido", afirmou.






Do G1, no Rio





O governador Sérgio Cabral chamou nesta segunda-feira (16) de "marginais" os militares do Exército que teriam entregado três jovens a traficantes do Morro da Mineira, na manhã de sábado (14). Os jovens acabaram sendo mortos pelos criminosos de uma facção rival à do Morro da Providência, ocupado pelo Exército.





Três dos 11 militares suspeitos confessaram o crime para a polícia. Segundo a delegacia, o conteúdo dos três depoimentos é muito parecido e não apresentam contradições.






Cabral considerou o caso muito grave e disse que a Polícia Civil identificou e pediu à Justiça a prisão dos 11 militares. A declaração foi feita em Berlim, onde o governador está em missão oficial em busca de novos negócios para o estado do Rio.






“A Polícia Civil atuou com firmeza no caso desses 11 marginais que não honraram a farda do Exército Brasileiro. Eles estão apenas travestidos com a farda, portanto devem ser tratados como criminosos”, afirmou Cabral.






O governador disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Ministério da Defesa estão acompanhando o caso.






“Temos que agir dentro da lei. Não é porque alguém tem a farda que deve ser protegido. É como agimos em relação a soldados e oficiais da PM que cometem desvios”, completou.






Sérgio Cabral ressaltou que a conduta desses militares nada tem a ver com o Exército Brasileiro. O governador afirmou que o Exército é uma instituição honrada que merece todo o apreço do povo.





O depoimento

Os três militares que confessaram o crime contaram que abordaram os jovens porque perceberam que um deles estava com algo debaixo da camisa e preso na cintura. Eles suspeitaram que fosse uma arma e abordaram os três.






Durante a revista, houve confusão, e os militares levaram os jovens para a Delegacia Judiciária Militar, na região do Santo Cristo, para atuá-los por desacato. Na ocasião, o capitão que era o responsável pelo local não quis autuar os jovens, e pediu para liberá-los.






No entanto, os militares levaram os jovens para o Morro da Mineira, onde, segundo a polícia, a facção criminosa é inimiga dos traficantes da Providênci.






De acordo com a delegacia, os militares entregaram os jovens aos traficantes da região, e saíram em seguida. Eles não cobraram dinheiro ou favor dos criminosos ao entregar as vítimas.






"Durante o depoimento, deu para perceber que os militares não tinham noção das consequências. Eles queriam dar um corretivo nos jovens. O tenente é do Espírito Santo, e estava no Rio há pouco tempo. À princípio, todos os 11 responderão por homicídio", disse um dos agentes que participa da investigação, que não quis ter o nome revelado.





Prisão temporária

A Justiça decretou a prisão temporária dos militares por 10 dias no domingo (15).
Segundo os agentes da 4ª DP que investigam o caso, os mandados de prisão foram cumpridos na noite de domingo. Os suspeitos estão presos no 1º Batalhão de Polícia no Exército, na Tijuca, Zona Norte do Rio.






Os militares presos são um tenente, três sargentos e sete soldados. Segundo os agentes da delegacia, três suspeitos foram ouvidos pelo Exército no CML no domingo.




http://g1.globo.com/Noticias/Rio/0,,MUL603122-5606,00-CABRAL+CHAMA+DE+MARGINAIS+MILITARES+SUSPEITOS+DE+LEVAR+JOVENS+A+TRAFICANTES.html

domingo, 15 de junho de 2008

Referendo: Irlanda diz que resolução do impasse também cabe à UE









Andrew Winning /Reuters
Cowen diz que não há uma solução óbvia para sair do impasse

O primeiro-ministro irlandês, Brian Cowen, entende que cabe à União Europeia, e não apenas a Dublin, encontrar uma saída para o dilema provocado pela rejeição do Tratado de Lisboa no referendo organizado pelo país.

“Quero que a Europa contribua com algumas soluções em vez de sugerir que isto é apenas um problema da Irlanda”, afirmou Cowen em declarações ao canal público de rádio RTE.

Num recado aos parceiros europeus, o primeiro-ministro irlandês lembra que “se não houver desenvolvimentos políticos” “o Tratado não pode evidentemente entrar em vigor”, pois este tem de ser ratificado pelos 27 Estados-membros.

Cowen admite, porém, que a Irlanda poderá ficar isolada se for o único Estado a rejeitar o novo tratado europeu, o que não trará benefícios ao país. “A Irlanda está numa posição que vai ter de resolver”, sublinhou.

Depois da surpresa causada pelo anúncio dos resultados do referendo irlandês – com o “não” a obter 53,4 por cento dos votos –, a quase totalidade dos líderes europeus defendeu a continuação do processo de ratificação, permitindo aos oito países que ainda não o fizeram pronunciar-se sobre o tratado.

A decisão deve ser tomada na cimeira europeia da próxima quinta e sexta-feira, em Bruxelas, e aumentam os indícios de que os Estados-membros tentarão convencer Dublin a realizar uma nova consulta popular, mediante algumas cedências, como a garantia de que o país manterá um comissário após 2014.

Espera-se, por isso, que Cowen seja colocado sob pressão para decidir qual o caminho que a Irlanda quer seguir, havendo mesmo quem admita que uma eventual saída da UE poderá estar em cima da mesa.

O primeiro-ministro irlandês confirmou que os seus homólogos lhe apresentaram várias concessões “sobre várias matérias”, mas sustenta que “não há uma solução óbvia” para resolver o impasse, tanto mais que a repetição do referendo não seria vista com bons olhos pelo eleitorado.

“A minha tarefa é a de garantir que os nossos interesses não sejam lesados, que sejam tidos em conta, que sejam defendidos. Trata-se de encontrar soluções que, neste momento, não me parecem evidentes”, explicou, antecipando o difícil encontro da próxima semana.

Após a divulgação dos resultados, o primeiro-ministro irlandês, que liderou a campanha a favor do “sim”, não quis excluir a hipótese de repetir a consulta, tal como sucedeu em 2002 com um segundo referendo ao Tratado de Nice, um ano após o chumbo na primeira votação. Contudo, vários analistas consideram que esta é uma estratégia de risco que poderá ser vista como uma humilhação para a Irlanda, um dos pequenos países da UE, face à pressão de Bruxelas e dos grandes Estados.




http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1332367&idCanal=11