sexta-feira, 13 de março de 2009

Ritmo de demissões pode ser menor no primeiro trimestre de 2009, avalia CNI







Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil





Brasília - O ritmo de demissões no primeiro trimestre de 2009 deverá ser menor que o registrado no último trimestre de 2008, de acordo com a avaliação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que realizou uma pesquisa ouvindo 431 empresas. De acordo com o economista Flávio Castelo Branco, gerente executivo da CNI, apesar de 36% dos empresários pesquisados afirmarem que ainda pretendem demitir ou cancelar terceirizações devido aos impactos da crise financeira mundial no Brasil, esse percentual é menor que o registrado no último trimestre de 2008.






“Grande parte do ajuste foi feita quando os empresários perceberam que havia menor demanda mundial por seus produtos, menor nível de produção seria exigido e deliberaram um processo de ajuste mais curto, mas imediato, buscando novo nível de produção. Nossa expectativa é que o ano de 2009, principalmente o primeiro semestre será de busca de equilíbrio de produção. Será em um patamar abaixo do que vinha sendo praticado, mas há sinais um pouco mais fracos de aprofundamento da crise”, disse.






Para Castelo Branco, muitas empresas ainda procuram ajustar emprego e produção. “Há ainda um processo de ajuste ao longo desse semestre, empresas que estão buscando seu nível de ajuste. Mas em outras, esse processo já foi completado”, afirmou.






Entre as empresas ouvidas, de 4 a 11 de março, 75 eram de grande porte, 147 eram médias e 209 de pequeno porte, distribuídas em todos os estados e abrangendo 30 setores industriais. Das empresas consultadas, 80% responderam que demitiram ou adotaram alguma ação em relação aos seus empregados motivadas pela crise financeira internacional. Entre as ações estão a suspensão de terceirizações e de contratações planejadas, férias coletivas e adoção de banco de horas.






Na opinião do presidente da CNI, Armando Monteiro Neto, a tênue reversão na atitude das empresas não significa que a crise está passando. Ele avaliou que a recuperação da economia mundial e a conseqüente recuperação da economia brasileira só deverá ocorrer a partir de 2010. Armando Monteiro alerta para uma possível estagnação do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto – soma de toda riqueza do país).






“O mundo está pior e o Brasil também está pior. Isso demonstra que a teoria do descolamento [que diz que o Brasil está imune à crise] é frágil. O comércio internacional está caindo e no, último trimestre de 2008, não só a indústria caiu como também o setor de serviços. Todos os analistas concordam que a retomada da economia dificilmente se dará em 2009. Todos concordam que essa retomada de crescimento só poderá se dar a partir de 2010", afirmou






Armando Monteiro Neto reafirmou que a economia brasileira vai sentir os efeitos da crise internacional durante todo o ano de 2009. "Será um ano difícil para o mundo e para o Brasil. Existem países que estão sentindo muito e outros que estão sentindo menos. O Brasil está nesse segundo grupo. No entanto, crescer menos pode significar crescimento zero do PIB”, disse.






Segundo ele, o que ainda não está claro sobre o comportamento da indústria é o desempenho do primeiro trimestre de 2009 em relação ao último trimestre de 2008. “Cabe ainda fechar os números de março. Se houver retração em relação ao último trimestre de 2008 teremos já um ambiente de recessão técnica. Sabemos que o primeiro trimestre de 2009 será pior que o mesmo período de 2008”, explicou.






As expetativas divulgadas hoje (12) pelo Banco Mundial levam para uma redução do PIB mundial, em 2009, que poderá ficar entre 1 ou 2 pontos. “Há dois meses a expectativa era que o mundo ainda pudesse crescer. Agora já há uma avaliação de crescimento negativo do PIB global. Nessa análise, os países emergentes estão considerados e são aqueles que ainda podem ter desempenho positivo. Esse resultado será muito negativamente afetado pelo desempenho dos países centrais. Eu espero que o Brasil ajude o mundo a garantir que não tenhamos um crescimento do PIB global negativo. Mas certamente, com essa conjuntura internacional é muito difícil acreditar que o Brasil possa ter um crescimento positivo nesse ano”, afirmou.









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quarta-feira, 11 de março de 2009

Obama assina lei de finanças que o coloca em situação delicada







WASHINGTON, EUA (AFP) — O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou aberta nesta quarta-feira a caça aos projetos incluídos por legisladores nas leis de financiamento com as quais o país não tem nenhuma relação, mas promulgou discretamente no mesmo dia uma lei cheia de tais projetos.





Obama anunciou nesta quarta-feira ter assinado a lei dedicando 410 bilhões de dólares ao financiamento do funcionamento do Estado federal até o fim do ano orçamentário, em setembro de 2009.





Obama escolheu anunciar a notícia por comunicado, em vez de assinar o decreto durante uma cerimônia pública. O texto coloca o presidente numa situação delicada, já que contém milhares de projetos introduzidos por legisladores que nada têm a ver com a lei.





Esta prática, chamada "earmarks", é praxe no Congresso americano. Ela é normalmente utilizada por parlamentares que querem aproveitar leis para servir aos interesses particulares de suas circunscrições. Ela contradiz a promessa feita por Obama de uma gestão mais transparente.





O presidente americano deu a entender que esta é a última vez que assina uma lei com "earmarks", e disse que vai caçar a partir de agora os "earmarks" injustificados.





Obama se opôs à supressão pura e simples da prática dos "earmarks", destacando que ela permitiu financiar projetos válidos.


Obama assina polêmica lei de finanças

Mapa




www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5gwaGqz-g6D2UO59SGAvl6U58MDDg

terça-feira, 10 de março de 2009

Protecionismo contra crise não deve ser alternativa, diz Lula









Presidente diz que países em desenvolvimento devem 'rechaçar com veemência' a alternativa contra a crise






Denise Chrispim Marin e Tânia Monteiro - de O Estado de S.Paulo





Ed Ferreira/AE





Lula no PlanaltoBRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender, nesta terça-feira, 10, que o Brasil e os demais países em desenvolvimento devem "rechaçar com veemência" a alternativa protecionista para o combate à crise econômica. Lula insistiu nessa posição, em discurso durante o almoço que está oferecendo ao presidente Tabaré Vázquez, do Uruguai, que tem sido, também, um árduo crítico das medidas protecionistas adotadas pela Argentina.

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Como o mundo reage à crise

Em sua exposição, Lula insistiu que o mundo em desenvolvimento deve resistir à tentação de novos adiamentos da rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC) "sob pena de postergar a retomada do comércio e de agravar a crise". Também informou que para a reunião de cúpula do G-20, em Londres, no início de abril, levará a demanda de maior participação dos países em desenvolvimento nas decisões sobre a reforma das restituições multilaterais, porque as medidas a serem adotadas afetarão a todos os países igualmente.






No plano bilateral, o presidente assinalou o interesse da Petrobras na prospecção e exploração de petróleo e gás na plataforma continental do Uruguai. A companhia já tomou a iniciativa de investir US$ 100 milhões em melhorias no sistema de distribuição de gás no país vizinho. Lula também ressaltou a parceria Brasil e Uruguai em três projetos de infraestrutura. O primeiro, a construção de uma linha de transmissão de energia entre Candiota (RS) e San Carlos; o segundo, o projeto de hidrovia da Lagoa Mirim e o terceiro, a nova ponte sobre o rio Jaguarão, na divisa entre os dois países. Também mencionou o interesse brasileiro de expandir seus investimentos no Uruguai, especialmente nos setores aeronáutico, farmacêutico, naval, de auto peças e de informática. Tratam-se de setores com alto potencial de integração à cadeia produtiva brasileira.














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Governo federal deve abrir 4,8 mil vagas para substituir terceirizados em 2009

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Desse total, 1.599 vagas já estão autorizadas e têm destino certo.
Planejamento se comprometeu a substituir 12.633 terceirizados até 2010.

Marta Cavallini Do G1, em São Paulo


O Ministério do Planejamento deve abrir ainda este ano 4.858 mil vagas por meio de concurso público para substituir terceirizados. Desse total, 1.599 vagas já foram autorizadas e têm destino certo (veja tabela abaixo). A última portaria com a autorização foi publicada nesta segunda-feira (9) – 287 vagas para o Ministério do Planejamento.

Confira lista de concursos e oportunidades

As outras portarias que autorizaram substituições no Ministério da Educação (290 vagas), Ministério da Integração Nacional (293 vagas), Ministério da Justiça (450 vagas) e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (279 vagas). O prazo para publicação do edital é de seis meses a partir da publicação da portaria.






http://g1.globo.com/Noticias/Concursos_Empregos/0,,MUL1035444-9654,00-GOVERNO+FEDERAL+DEVE+ABRIR+MIL+VAGAS+PARA+SUBSTITUIR+
TERCEIRIZADOS+EM.html

segunda-feira, 9 de março de 2009

Crescimento da economia brasileira pode ficar próximo de zero em 2009, diz CNI







Segundo economista, está havendo 'ajuste forte' na atividade.
CNI avalia que corte de juros poderia ser superior a um ponto.





Alexandro Martello Do G1, em Brasília


A crise financeira internacional está gerando um "ajuste forte" na economia brasileira, que poderá registrar um crescimento próximo de zero neste ano, segundo avaliou nesta segunda-feira (9) o gerente-executivo da Unidade de Política Econômica da entidade, Flávio Castelo Branco. "Possivelmente, teremos um crescimento próximo de zero ou negativo", disse ele.





Ele lembrou que, em dezembro do ano passado, a previsão da CNI era de um crescimento de 1,8% a 2,4%. Nesta terça-feira (10), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE) divulga o resultado do PIB do quarto trimestre do ano passado e, consequentemente, de todo ano de 2008. No terceiro trimestre, que ainda não contabilizou os impactos da crise, o crescimento do PIB foi de 6,8%.








"Mesmo assim, a economia brasileira pode crescer mais do que a média mundial. O cenário de ajuste é forte. Se os números não se agravarem mais, é um cenário otimista. Se vai entrar em recessão técnica, ou não [que se configura por dois trimestres consecutivos de queda do PIB], vamos ver", disse Castelo Branco, da CNI.





Juros

Por conta deste cenário de forte desaceleração econômica, o economista da CNI disse que seria possível reduzir mais os juros nesta semana. Na próxima terça e quarta-feiras (10 e 11) está marcada uma nova reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, para definir o nível da taxa básica de juros, atualmente em 12,75% ao ano. O mercado acredita que os juros serão reduzidos em um ponto percentual, para 11,75% ao ano.





"O Copom deveria intensificar os cortes de juros e reduzir mais do que um ponto percentual. Há mais risco de crescimento zero do que de inflação neste ano. A política monetária [definição dos juros pelo BC] está atrasada. A política monetária deveria responder com cortes mais fortes de juros", avaliou Castelo Branco.










http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/0,,MUL1035283-9356,00-CRESCIMENTO+DA+ECONOMIA+BRASILEIRA+PODE+FICAR+PROXIMO+DE+ZERO+EM+DIZ+CNI.html