terça-feira, 10 de março de 2009

Protecionismo contra crise não deve ser alternativa, diz Lula









Presidente diz que países em desenvolvimento devem 'rechaçar com veemência' a alternativa contra a crise






Denise Chrispim Marin e Tânia Monteiro - de O Estado de S.Paulo





Ed Ferreira/AE





Lula no PlanaltoBRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender, nesta terça-feira, 10, que o Brasil e os demais países em desenvolvimento devem "rechaçar com veemência" a alternativa protecionista para o combate à crise econômica. Lula insistiu nessa posição, em discurso durante o almoço que está oferecendo ao presidente Tabaré Vázquez, do Uruguai, que tem sido, também, um árduo crítico das medidas protecionistas adotadas pela Argentina.

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Em sua exposição, Lula insistiu que o mundo em desenvolvimento deve resistir à tentação de novos adiamentos da rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC) "sob pena de postergar a retomada do comércio e de agravar a crise". Também informou que para a reunião de cúpula do G-20, em Londres, no início de abril, levará a demanda de maior participação dos países em desenvolvimento nas decisões sobre a reforma das restituições multilaterais, porque as medidas a serem adotadas afetarão a todos os países igualmente.






No plano bilateral, o presidente assinalou o interesse da Petrobras na prospecção e exploração de petróleo e gás na plataforma continental do Uruguai. A companhia já tomou a iniciativa de investir US$ 100 milhões em melhorias no sistema de distribuição de gás no país vizinho. Lula também ressaltou a parceria Brasil e Uruguai em três projetos de infraestrutura. O primeiro, a construção de uma linha de transmissão de energia entre Candiota (RS) e San Carlos; o segundo, o projeto de hidrovia da Lagoa Mirim e o terceiro, a nova ponte sobre o rio Jaguarão, na divisa entre os dois países. Também mencionou o interesse brasileiro de expandir seus investimentos no Uruguai, especialmente nos setores aeronáutico, farmacêutico, naval, de auto peças e de informática. Tratam-se de setores com alto potencial de integração à cadeia produtiva brasileira.














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