sábado, 6 de outubro de 2007

Rio: polícia prende um dos maiores ladrões de cargas do país

Do Diário OnLine


A PF (Polícia Federal) prendeu na madrugada deste sábado, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, Marcos Antônio Chaves, apontado como um dos maiores ladrões de cargas do Brasil. Ele foi detido juntamente com outras três pessoas quando deixavam um bar.

De acordo com o delegado da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra o Patrimônio, Hylton Coelho, Marco Antonio atua na região Sudeste, especialmente no eixo Rio-São Paulo e no estado do Espírito Santo.

Somente neste ano, ele teria sido responsável por um prejuízo superior a R$ 1 bilhão no transporte rodoviário em todo o Brasil. Ele também é suspeito de ter liderado o roubo de mais de 100 toneladas em mercadorias, que variam de fios de cobre, reatores de energia e até mesmo alimentos (óleo e arroz).

Boa parte de todo este material foi encontrado em um galpão localizado às margens da Rodovia Presidente Dutra, altura do município de Nova Iguaçu, Baixada Fluminense (RJ). No dia da descoberta deste galpão, Marco Antonio estava no local, mas conseguiu fugir.

Segundo o delegado, o ladrão começou a ser monitorado a partir de julho - início da Operação Hipócrates - por meio de escutas telefônicas. Hylton acredita que nos próximos dias, a partir de novas investigações e do depoimento de Marco Antonio, outros integrantes da quadrilha poderão ser presos.

Paquistão: Musharraf vence eleição e aguarda Justiça

Agencia Estado


Resultados não-oficiais apontam que o general Pervez Musharraf teve uma vitória esmagadora na eleição presidencial indireta do Paquistão, realizada neste sábado (6). "Este é um dia histórico", afirmou o general. Mas sua vitória é incompleta, já que ainda depende de uma decisão da Suprema Corte paquistanesa. A partir do dia 17, será decidido se o general é elegível para um novo mandato de cinco anos, já que Musharraf não poderia concorrer enquanto ocupa o cargo de comandante das Forças Armadas. Contudo, analista duvidam que o tribunal vá contestar a sua vitória.

Para garantir o poder, o general já havia prometido que renunciaria à chefia do Exército no dia 15 novembro. "É o primeiro passo em direção à transição para um sistema de governo normal", disse Musharraf em referência à sua promessa de deixar o comando militar e se tornar um líder civil.

Na votação, o general acabou se tornando praticamente o único candidato, já que os principais oponentes retiraram suas candidaturas. A oposição boicotou a eleição e somente representantes da coalizão governante e políticos independentes votaram.

No total, Musharraf obteve 671 votos. Seu principal rival, o juiz aposentado Wajihuddin Ahmad, recebeu 8 votos, e seis cédulas foram anuladas. O complexo colégio eleitoralpaquistanês é composto pelos 342 deputados da Assembléia Nacional, pelos 100 senadores e por cerca de 700 representantes das províncias de Punjab, Baluquistão, Sindh e da Fronteira Noroeste. "Esse resultado mostra que o povo quer a continuidade da nossa política", afirmou o primeiro-ministro paquistanês, Shaukat Aziz.

Blog do Josias: "Renan quer alterar Conselho de Ética", diz Jarbas


Da Folha Online


O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) disse em entrevista ao blog do Josias que o próximo passo do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), será tentar alterar a composição do Conselho de Ética do Senado.


Jarbas e o senador Pedro Simon (PMDB-RS) foram destituídos na quinta-feira da CCJ

(Comissão de Constituição e Justiça) do Senado pelo líder da bancada do PMDB, Valdir Raupp (RO). Na ocasião, Raupp negou que tivesse tomada a decisão para beneficiar Renan, caso a CCJ analise um pedido de cassação do presidente do Senado.


"Se mexeram na comissão de Justiça, é obvio que tentarão mexer também no Conselho de Ética", disse Jarbas ao blog.


Em nota oficial divulgada na quinta-feira, Raupp disse que decidiu afastar os senadores após decisão da maioria dos senadores do PMDB. "Tenho o maior respeito e apreço pelos dois senadores que são históricos do partido e que não tenho nada pessoal contra eles, mas todos sabem que ambos não acompanham às deliberações da maioria da bancada", afirmou.


Renan já foi absolvido pelo plenário do senado em um processo de cassação. Mas ainda responde a três denúncias no Conselho de Ética por quebra de decoro parlamentar.


Leia aqui a entrevista completa de Jarbas Vasconcelos ao blog do Josias.

Do Site:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u334441.shtml

TSE pode ampliar fidelidade partidária


Tribunal decide na terça se donos de mandatos majoritários podem trocar de legenda




BRASÍLIA - Depois de garantir aos partidos a titularidade dos mandatos de deputados federais, estaduais e vereadores, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) responderá na próxima terça-feira se também podem perder seus mandatos senadores, prefeitos, vice-prefeitos, governadores, vice-governadores, presidentes e vice-presidentes da República que mudarem de partido depois de eleitos.O ministro que relata essa consulta, formulada pelo PRTB, é Carlos Ayres Britto. No julgamento de quinta-feira no Supremo, Britto foi adepto da punição mais severa para os infiéis. Ele e o ministro Marco Aurélio Mello defenderam que todos os deputados que se elegeram e mudaram de legenda no início do ano deveriam imediatamente perder os mandatos.


Acabou vencido no julgamento pela tese de que poderiam perder mandatos os deputados que mudaram de legenda após o dia 27 de março deste ano, quando o TSE respondeu à consulta sobre os cargos proporcionais. A assessoria técnica do TSE já deu parecer favorável ao entendimento de que os eleitos pelas eleições majoritárias (como senadores) também podem perder os mandatos em razão da infidelidade partidária.Os advogados do DEM preparavam para esta semana, com base no julgamento do Supremo Tribunal Federal, recurso ao TSE para pedir de volta os mandatos dos senadores que abandonaram a legenda desde as eleições. Entre eles estão a líder do governo no Congresso, Roseana Sarney (MA), que hoje está filiada ao PMDB; o senador César Borges (BA), que se filiou recentemente ao governista PR; e Romeu Tuma (SP), que já comunicou que migrará para o PTB.


Outro que poderia ser atingido, caso o TSE confirme a tese da fidelidade para os cargos majoritários, seria o vice-presidente da República, José Alencar. Ele deixou o PL (hoje PR), pelo qual se elegeu, para se filiar ao PRB, partido recentemente criado e que abriga parlamentares ligados à Igreja Universal. Os defensores da tese da fidelidade vêem chances de o TSE responder positivamente à consulta, mas restringiria os efeitos apenas para os senadores. De qualquer forma, se o entendimento para os senadores e demais cargos majoritários for o mesmo do Supremo Tribunal Federal, apenas quem mudasse de legenda após a data do entendimento estaria ameaçado de perder o mandato.


***


Lula se esquiva de comentar julgamento


FLORIANÓPOLIS - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem, em Florianópolis, que acha “positiva” a fidelidade partidária. “É uma coisa importante, até para fortalecer os partidos políticos”, comentou. “Agora, você não pode mexer no meio do caminho. Você precisa construir com as pessoas sendo candidatas e sabendo que as regras são essas e, portanto, não pode mudar”.


“Às vezes, não é apenas o deputado que muda, ou o senador. Às vezes, é o partido que muda. Nesse caso, nós temos partido que mudou até de nome! Deputados não são obrigados a ficar num partido que tem um nome diferenciado”, completou, em referência ao DEM, ex-PFL. Lula esquivou-se, porém, de comentar diretamente a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). “Cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém”.Em Florianópolis, onde assinou contratos para incorporação do Banco do Estado de Santa Catarina (Besc) ao Banco do Brasil, ele reverenciou a corte. “Não comento decisões da Suprema Corte; não cabe ao presidente da República dizer se a Suprema Corte acertou ou errou. A Suprema Corte é a Suprema Corte. Nós temos que respeitar, acatar, fazer cumprir”.


O resultado do julgamento do STF não o fará transmitir nenhuma orientação à sua base aliada no Congresso, destacou o presidente. “Não tem orientação, não tem por que orientar a base.

Alguns partidos que se sentiram prejudicados pediram parecer da Suprema Corte e ela decidiu. Então, nem governador nem presidente comentam a decisão”.


Sobre o eventual pedido de licença, em 2010, para fazer campanha e tentar eleger o sucessor, Lula outra vez desconversou. “Primeiro, não estou pensando em 2010. Estou pensando no Brasil, em governar até 31 de dezembro de 2010. Quando chegar 2010, e ainda falta muito tempo, é que vou pensar”.


De Florianópolis, o presidente seguiu para a região de Chapecó, no interior de Santa Catarina, onde visitou as obras da usina hidrelétrica Foz do Chapecó, investimento de R$2,2 bilhões – 49% em recursos públicos e 51% da iniciativa privada. A usina faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que prevê desembolso de R$18,7 bilhões em infra-estrutura energética na região Sul.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Milhares de iranianos saem às ruas para protestar contra Israel


Presidente do Irã questiona legitimidade do Estado israelense e protesta contra ocupação da cidade santa






Efe





Ahmadinejad sugeriu que Ocidente concedam outros territórios para o Estado israelense, como o AlascaTEERÃ - Os moradores das principais cidades iranianas saíram às ruas nesta sexta-feira, 5, em uma grande manifestação para comemorar o Dia de Al-Quds (Jerusalém), e em protesto contra a presença israelense na Cidade Santa. O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, questionou em discurso a legitimidade do Estado de Israel e protestou contra a presença israelense na cidade santa.






Segundo a agência estudantil de notícias Irna, milhares de pessoas em Teerã começaram sua passeata às 10 horas (horário local) e se concentraram em frente à Universidade de Teerã. Os manifestantes iranianos gritaram lemas como "Morte a Israel e aos Estados Unidos", em apoio ao povo palestino e contra "os crimes" do Estado judeu.






"Deve ser permitido que os povos investiguem os crimes do regime sionista e conheçam sua 'caixa-preta'", disse o presidente iraniano em declarações divulgadas pela agência pública iraniana de notícias estatal.






O presidente iraniano propôs de modo irônico que os Estados ocidentais concedam aos israelenses outro lugar para construir um Estado, e citou como candidatos "os amplos territórios do Alasca ou do Canadá para que os israelenses levantem seu país".






"Há mais de 60 anos que os jovens e o povo oprimido palestino foram suprimidos de seus direitos humanos", disse Ahmadinejad. "Por que não permitir decifrar a 'caixa-preta' da Segunda Guerra Mundial?", perguntou Ahmadinejad, em referência ao Holocausto judeu, cuja existência já chegou a negar.






Segundo a televisão iraniana, o protesto deste ano conta com uma participação maior que em anos anteriores. Os manifestantes levam bandeiras palestinas, emblemas do grupo libanês Hezbollah e retratos do fundador da República Islâmica do Irã, o falecido aiatolá Ruhollah Khomeini, do líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, e do líder do Hisbolá, Hassan Nasrallah.






O Dia de Al-Quds é comemorado nos países muçulmanos na última sexta-feira do Ramadã, mas as autoridades iranianas se anteciparam aos outros Estados e decidiram lembrá-lo nesta sexta. Como o Ramadã é regido pelo calendário lunar, ainda é impossível determinar qual será a última sexta-feira do mês sagrado muçulmano.






O ministro de Assuntos Exteriores iraniano, Manouchehr Mottaki, afirmou no aeroporto de Teerã que "o regime sionista chegou ao máximo ponto de impotência em seus 60 anos de vida". Para o chefe da diplomacia iraniana, Israel, apoiado pelos EUA, golpeou militarmente os palestinos, os libaneses e os sírios, já que, segundo Mottaki, este é o único trunfo de Israel para demonstrar sua existência.


Famílias tradicionais em crise

Igreja está preocupada com o futuro da Europa por causa dos abortos e dos divórcios


Os responsáveis das Conferências Episcopais Europeias criticaram hoje o aumento dos divórcios e de abortos no continente bem como a diminuição dos casamentos, considerando que isso está a destruir o conceito de família tradicional.


No balanço do primeiro dia de trabalhos do Conselho das Comissões Episcopais Europeias (CCEE), os 36 cardeais e bispos reunidos em Fátima lamentaram o aumento das relações de facto e das famílias monoparentais, considerando que estes dados indicam um «cenário muito preocupante para a Europa».


«Muitos consideram hoje o matrimónio como um simples contrato entre duas pessoas», referem os bispos europeus, que apontam também o relativismo e as migrações internas como outras causas das separações e divórcios.


Para a CCEE, os poderes políticos devem dar atenção a este fenómeno que prejudica o crescimento demográfico e afecta a «coesão social» e a educação das novas gerações. «A Europa perderá o seu futuro se perder a família», avisam os bispos.


Em particular, a Igreja Católica europeia nota diferenças no discurso dos jovens que continuam a ter como meta a família e o casamento e a realidade que depois se verifica de facto.


«Está em crise, de facto, a forma tradicional de família», devido à «mentalidade individualista e secular» a que se soma um «ambiente que minimiza o papel primordial» do núcleo familiar em benefício do «interesses efémero e materialista».

TECNOLOGIA: Equador suspende operações da Microsoft no país

SÃO PAULO, 5 de outubro de 2007 - O SRI , a agência de arrecadação do Governo do Equador, suspendeu hoje as operações da companhia norte-americana de informática Microsoft no país. [...]continuar fornecendo sua tecnologia ao desenvolvimento do Equador, fomentando a inclusão digital e beneficiando a mais de um milhão de equatorianos de forma direta e indireta"

Integra do texto


SÃO PAULO, 5 de outubro de 2007 - O Serviço de Rendas Internas (SRI), a agência de arrecadação do Governo do Equador, suspendeu hoje as operações da companhia norte-americana de informática Microsoft no país. A empresa revelou que o "fechamento temporário" de suas operações se deve a não entrega de documentações em anexo aos pagamentos efetuados ao SRI.


A Microsoft esclareceu que o problema aconteceu por " locais?. disposições e leis as acata ?respeita que declarou companhia a disso, Além organismo. pelo solicitada documentação imediata, forma de entregar, dispõe se humano? erro um P <>


A companhia norte-americana também informou que "nos últimos 14 anos de operação no país sul-americano, sempre esteve e está em dia com o pagamento de impostos, apresentado ao fisco pontualmente".


"Devido a um erro administrativo de caráter humano, a Microsoft não cumpriu com o prazo estabelecido pelo SRI para a entrega de documentação anexa solicitada (pelo organismo)" empresa. pela difundido comunicado o acrescentou , P <>


A Microsoft, líder da indústria da informática no mundo, expressou sua intenção de " ? um milhão de equatorianos de forma direta e indireta". (Redação - Com agências internacionais -

Decisão do STF foi 'cajadada cívica', diz líder do DEM


Partido pretende recuperar duas vagas na Câmara. Onyx Lorenzoni diz que decisão foi 'mais que um tapa na cara' da Casa.





ROBERTO MALTCHIK





O líder do Democratas na Câmara, deputado Onyx Lorenzoni (RS), anunciou nesta sexta-feira (5) que o partido entrará na próxima quarta-feira (10) com ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para reaver os mandatos dos deputados Gervásio Silva (PSDB-SC) e Jusmari Oliveira (PR-BA), que deixaram a legenda depois de 27 de março.




"Tenho 100% de confiança de que vamos reaver os mandatos. Não tem muito para discutir. Eles mudaram de partido depois de 27 de março", argumentou.




A decisão do Supremo Tribunal Federal, que freia a infidelidade partidária, partiu do julgamento de três mandados de segurança, um deles do Democratas.




Para o deputado Onyx Lorenzoni, a decisão do Supremo foi mais do que "um tapa na cara" na Câmara, que deixou de aprovar regras rígidas para coibir o chamado troca-troca partidário. "Na verdade, foi uma cajadada cívica. A decisão do Supremo está de bom tamanho", avalia.





Mudanças programáticas





O líder do Partido da República (PR), Luciano Castro (RR), já tem prontas as justificativas para garantir o mandato dos parlamentares que podem perder a vaga na Câmara.




Três parlamentares do partido se enquadram na nova interpretação do Supremo sobre a fidelidade partidária e podem ficar sem mandato. "A pior coisa do mundo é querer segurar um parlamentar a ferro e fogo. Não vamos perder ninguém. Vamos discutir tudo na justiça", informou Castro.




A deputada Jusmari Oliveira (PR-BA) saiu do Democratas em 5 de março, mas ingressou tarde demais no PR. "Ela se integrou ao partido por discordar das mudanças programáticas do DEM. Está tudo documentado", assegurou Luciano Castro.


Enviado da ONU adverte para impacto global


O enviado especial da ONU a Mianmar, Ibrahim Gambari, disse nesta sexta-feira no Conselho de Segurança do órgão que a repressão aos protestos pró-democracia no país asiático pode ter um forte impacto no resto do mundo. Gambari também pediu a libertação de todos os prisioneiros políticos do país.


"O mundo não é o mesmo de 20 anos atrás, e nenhum país pode se dar ao direito de se isolar dos padrões adotados por todos os membros da comunidade internacional", disse o enviado da ONU. "É essencial que os líderes de Mianmar reconheçam que o que acontece dentro do país pode ter sérias repercussões internacionais."


Gambari mencionou informações "preocupantes de abusos" por parte da junta militar que controla o país. Chamaram a atenção do diplomata "o toque de recolher noturno, com operações em residências, espancamentos, prisões arbitrárias e desaparecimentos".

Encontro - A líder da oposição em Mianmar, Aung San Suu Kyi, rejeitou nesta sexta-feira uma proposta de diálogo com a junta militar. A oferta do governo birmanês foi qualificada como "surreal" por seu partido, a Liga Nacional pela Democracia (LND). "Não é viável. A proposta está ligada às mesmas condições reiteradas várias vezes pelo regime militar", disse à agência Efe Win Hlaing, parlamentar da LND exilado na Tailândia.


Em um comunicado oficial na noite desta quinta-feira, foi anunciado que o general Than Shwe, chefe da junta militar, estaria disposto a se encontrar com Suu Kyi. No entanto, foram impostas certas condições: a líder oposicionista deveria abandonar sua atitude de "confronto" e parar de pedir à comunidade internacional que imponha sanções econômicas a Mianmar.


Da mesma forma, a LND condiciona o encontro entre Suu Kyi e Shwe à libertação de sua líder. Ela está em prisão domiciliar desde junho de 2003, situação que é prorrogada a cada seis meses pelos militares.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Com champanhe, líderes coreanos assinam cessar-fogo


Coréia do Norte e Coréia do Sul concluíram nesta quinta a histórica reunião de cúpula.Pelo acordo, só assinaram um armistício e não um tratado de paz.
Do G1, em São Paulo, com agências






Reuters
O presidente sul-coreano, Roh Moo-hyun, e o líder norte-coreano, Kim Jong-il (dir.), selam acordo de paz. (Foto: Reuters)





Coréia do Norte e Coréia do Sul concluíram nesta quinta-feira (4) a histórica reunião de cúpula em Pyongyang com um pacto de paz, uma declaração conjunta destinada a promover a prosperidade na península e a promessa de livrar totalmente a península dos programas nucleares, 54 anos depois do fim da guerra.






VEJA OS PRINCIPAIS PONTOS DO ACORDO





O presidente da Coréia do Norte, Kim Jong-Il, e seu colega do Sul, Roo Moo-Hyun, assinaram a declaração conjunta. Eles, porém, só assinaram um armistício e não um tratado de paz, e precisam da assinatura dos Estados Unidos e da China, que também participaram na guerra, para acabar oficialmente com a mesma. Apesar do acordo, ainda não serão permitidas as viagens entre coreanos, mas ambos os países ampliarão o encontro das famílias separadas e vão iniciar a troca de mensagens em vídeo (clique aqui para saber mais sobre a divisão das Coréias).





Saiba mais
» Presidente sul-coreano cruza a fronteira entre as Coréias
» Com aval dos EUA, Coréia do Norte aceita acabar com instalações nucleares





Um tratado de paz acabaria formalmente com mais de meio século de guerra, desde o conflito de 1950-1953 que levou à divisão da península em dois Estados.





Com taças de champanhe nas mãos, o presidente sul-coreano e o líder norte-coreano também reiteraram o compromisso para garantir que os acordos para o desmantelamento das instalações nucleares da Coréia do Norte sigam adiante.





O regime comunista aceitou, em 13 de fevereiro, renunciar ao programa nuclear em troca de uma importante ajuda energética e de garantias de segurança, quatro meses depois de ter testado sua primeira bomba atômica.





Segundo um acordo anunciado na quarta-feira pela China, a Coréia do Norte aceitou fechar sua principal instalação nuclear, em Yongbyon, antes de 31 de dezembro sob a supervisão dos Estados Unidos.





A reunião de cúpula que chegou ao fim nesta quinta foi apenas a segunda nos 59 anos de divisão da Península da Coréia. Um primeiro encontro histórico quebrou o gelo entre os dois vizinhos inimigos em 2000.





Confira os principais pontos da declaração:





A Coréia do Norte e a Coréia do Sul decidiram encaminhar-se para uma relação de respeito mútuo e confiança, superando as diferenças entre os dois países em idéias e regimes.





As duas Coréias não interferirão nos assuntos internos uma da outra e as relações intercoreanas serão encaminhadas de acordo com os princípios de reconciliação e reunificação.





Visando à futura reunificação, as duas Coréias revisarão seus respectivos sistemas legislativos e institucionais.





As duas Coréias cooperarão inteiramente para acabar com a hostilidade militar, garantir a redução das tensões e assegurar a paz na península.





Ambas não se considerarão inimigas e os conflitos serão resolvidos por meio do diálogo. Ambas se opõem a qualquer guerra na península coreana e respeitam as obrigações de não-beligerâncias.





Em busca de medidas para diminuir a tensão, será realizada uma reunião dos ministros da Defesa em novembro em Pyongyang.





A Coréia do Sul e a Coréia do Norte compartilharam a necessidade de pôr fim ao atual sistema de armistício e estabelecer uma paz permanente. Promoverão uma reunião na península de três ou quatro líderes dos países com envolvimento direto (China e EUA) para tentar declarar formalmente o fim da guerra de 1950-1953.





As duas Coréias decidiram trabalhar conjuntamente para pôr em prática o comunicado conjunto de 19 de setembro e o acordo de 13 de fevereiro, ambos adotados durante a reunião de seis lados, na busca de uma solução para o problema nuclear na península.





A Coréia do Norte e a Coréia do Sul decidiram fomentar e ampliar a cooperação econômica ligada a um desenvolvimento equilibrado da economia e à prosperidade comum.





Ambas estimularão o investimento entre os dois países e promoverão a exploração de recursos, além de oferecer tratamento prioritário e especial para os projetos econômicos bilaterais.





Criarão uma "Zona especial de paz e cooperação do Mar Ocidental (Mar Amarelo)", a fim de diminuir a tensão militar.





Também permitirão a passagem dos navios civis na rota direta da cidade norte-coreana de Haeju (com as cidades sul-coreanas).





Iniciarão o transporte de mercadorias por ferrovia entre a cidade de Munsan (Sul) e Bongdong (Norte).





Tentarão reformar a ferrovia entre as cidades norte-coreanas de Kaesong e Sinuiju e a estrada norte-coreana entre Kaesong e Pyongyang para que os dois países possam utilizá-las.





Construirão estaleiros nas cidades norte-coreanas de Anbyon e Nampo, além de iniciar projetos em agricultura, saúde e meio ambiente.





Promoverão a troca cultural e social.





Abrirão o turismo via aérea entre Seul e o principal monte norte-coreano de Paektu.
Enviarão os torcedores das equipes das duas Coréias a Pequim por ferrovia por ocasião dos Jogos Olímpicos de 2008.





Impulsionarão projetos humanitários.





Ampliarão o encontro das famílias separadas e iniciar a troca de mensagens em vídeo.
Consolidarão as ajudas nos desastres naturais.





Cooperarão a favor do interesse do povo coreano na comunidade internacional.





Para pôr em prática esta declaração, as duas Coréias realizarão reuniões entre os primeiros-ministros dos dois países. A primeira acontecerá em novembro em Seul. Os presidentes das duas Coréias prometeram reunir-se periodicamente para tratar dos temas atuais.

Medo escondido em Myanmar










População fala em dezenas de detenções em Yangun, durante a noite














As forças de segurança de Myanmar fizeram esta noite dezenas de interrogatórios em Yangun. Durante o recolher obrigatório, a polícia passou a pente fino a zona do Pagode de Shwedagon - ponto de partida dos protestos das últimas semanas.

















Durante os protestos de 24 de Setembro, os manifestantes foram filmados e fotografados, sendo agora, muitos deles, detidos."Temos de nos esconder. Aderimos às manifestações de uma forma muito pacífica. Não sei o que se passa, mas temos de nos esconder. Espero que as coisas voltem ao normal dentro em breve", contou à AFP um habitante de Yangun, sob anonimato.













"Em termos visuais, Yangun voltou ao normal, mas creio que as tensões são subjacentes e o medo continua lá", indicou por outro lado Charles Petrie, o mais alto representante da ONU em Myanmar.













A China aplaudiu, entretanto, os esforços do enviado das Nações Unidas no sentido de impedir a repressão, pelo Governo, dos protestos, reiterando o apelo para que os generais se contenham no impedimento dos mesmos.













O enviado da ONU, Ibrahim Gambari, reuniu-se com o general Than Shwe, bem como a opositora do regime Aung San Suu Kyi, durante a visita de quatro dias a Myanmar.














Luta pela democracia














República independente desde 1948, Myanmar é governada com pulso de ferro por uma Junta Militar, há 45 anos. No poder em 1962, com um golpe militar, os generais assumem os destinos do país (ainda com a designação Birmânia). Ne Win inaugura o que classifica como “a via birmanesa para o socialismo” – nacionaliza a economia, cria um Estado unipartidário e extingue a imprensa independente. Está instalada a ditadura.













Aung San Suu Kyi é a face visível da oposição ao regime, desde o final dos anos 80, quando a população acorda de um estado letárgico de 26 anos, desde o início da ditadura de Ne Win. Quase 30 anos depois do golpe militar de 62, o general convertera um dos países mais prósperos da Ásia num dos mais pobres do Mundo.













Nas universidades, começam os primeiros protestos pró-democracia, detonados pela degradação da economia. Agosto de 1988 fica registado na História, com centenas de estudantes a morrer às mãos da repressão militar contra as manifestações, em Rangun.













Conscientes da febre revolucionária que se vive no país, os generais convocam eleições livres, mas sem imaginar a dramática derrota que esperava o regime: A Liga Nacional pela Democracia (LND) conquista 396 dos 485 assentos parlamentares. Ainda assim, os militares negam-se a transferir o Governo. A Junta Militar permanece, ilegalmente, no poder. É redigida uma nova Constituição e os deputados eleitos da LND constituem um Governo no exílio. Em 1989, a Junta adopta a designação de Myanmar, em vez de Birmânia.













Em 1991, Aung San Suu Kyi, líder da LND, símbolo internacional da resistência pacífica e filha do general Aung San – herói da independência - recebe o Nobel da Paz, sob prisão domiciliária que se prolonga até à actualidade. Em 2006, é pela primeira vez permitido o contacto internacional de Suu Kyi, numa entrevista com o enviado especial das Nações Unidas.













“A revolução de açafrão”













Os protestos começaram em Agosto deste ano, num movimento contras as duras medidas económicas impostas pelo regime – que eleva em 500 por cento o preço dos combustíveis (petróleo e gás). Centenas de activistas são presos. Em Pakokku, um grupo de monges sai às ruas reclamando democracia, recebendo como resposta a agressão do Exército (em Myanmar, os monges - cerca de 400 mil - são tradicionalmente venerados, pelo que a sua participação nos protestos tem um peso significativo).













O gesto do regime indigna religiosos e população civil. É exigido ao Governo um pedido de desculpas mas, findo o prazo dado para o efeito, os monges saem às ruas, apoiados por milhares de civis. A cor das suas túnicas apelida a revolução que encabeçam de “revolução de açafrão”.













Com o passar dos dias, as marchas de protesto budistas ganham politização, com elementos da Liga Nacional pela Democracia entre os manifestantes. Entre 50 a cem mil pessoas saem às ruas de Yangun. O Exército ameaça recorrer à força. Monges e população resistem, desafiando o regime repressivo de mais de quatro décadas.





quarta-feira, 3 de outubro de 2007

"Não há provas" de que Diana estava grávida, diz juiz




Da BBC Brasil








Detalhes "íntimos" da vida da princesa Diana serão apresentados no inquérito sobre sua morte, mas uma prova de que ela estaria grávida poderá jamais ser encontrada, disse nesta quarta-feira o juiz Scott Baker, que analisa o caso.








Segundo o juiz, provas científicas podem não ser suficientes para determinar se ela estava, ou não, grávida quando morreu em um acidente de carro em Paris, dez anos atrás.
Baker acrescentou que há evidências de que, na época do acidente, ela estava tomando pílula anticoncepcional.








Jerome Delay/AP
Diana olha para trás dentro de Mercedes momentos antes de acidente em Paris








O juiz disse ainda que há informações contraditórias sobre se Diana estava prestes a se tornar noiva de Dodi al Fayed, que morreu no mesmo acidente, que também matou o motorista do carro, Henri Paul.








Como o pai de Dodi, Mohammed al Fayed, alega que o casal foi morto para que não se casasse, a questão da gravidez é uma das 20 que serão analisadas no inquérito em Londres.








De acordo com o juiz, a dúvida é relevante: "Primeiro, afirma-se que sua gravidez ou suspeita de gravidez seria o motivo ou parte do motivo para que se matasse Diana".








"Segundo, seu corpo foi embalsamado pelos franceses e afirma-se que o objetivo foi esconder o fato de que ela estava grávida."








Não foi realizado nenhum teste de gravidez em Diana no hospital de Paris para o qual ela foi levada depois do acidente, já que não havia nenhuma razão aparente para isso.








Mais tarde, em um exame póstumo, não foi encontrada nenhuma evidência de que ela estava nas primeiras semanas de gravidez, mas os jurados também deverão ouvir evidências sobre o quão possível seria encontrar sinais de gravidez em um exame póstumo.








Segundo o juiz, é provável que, neste caso, não haja como provar cientificamente se Diana estava grávida ou não.








"Vocês vão, claro, considerar as evidências científicas apresentadas, mas também vão ouvir depoimentos de várias fontes sobre o que Diana disse a amigos e ver evidências de detalhes íntimos de sua vida pessoal."








Também foram mostradas aos jurados fotos inéditas dos últimos momentos da vida da princesa, e do carro, logo após o acidente.








O juiz Scott Baker disse ainda ao júri que há uma série de diferentes evidências sobre se o motorista, Henri Paul, estava bêbado ou não.








Segundo Baker, enquanto amostras indicavam que Paul havia bebido mais do que o limite aceito na Grã-Bretanha para que se possa dirigir, testemunhas contaram não ter visto nenhum sinal óbvio de que ele estava intoxicado naquela noite.








AP
Equipes analisam Mercedes destruída após acidente que matou Diana em Paris








"Há a questão se ele estava, ou não, apto a dirigir por causa de drogas ou álcool, e também se as evidências foram fabricadas ou criadas para dar a impressão de que ele estava bêbado quando, na verdade, ele não estava."








Do lado de fora, Mohammed al Fayed criticou os comentários do juiz.








Segundo o porta-voz de al Fayed, Michael Cole, "os advogados foram levados a acreditar que seria uma apresentação neutra do caso".








"Mas questões contenciosas e disputadas foram apresentadas logo no início --e isso poderia apresentar a aparência de uma tendência, seja ela intencional ou não."








O inquérito, realizado no Tribunal de Justiça Real de Londres, pode durar até seis meses.



Começa julgamento no STF que decidirá a fidelidade partidária

BRASÍLIA - O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou nesta quarta-feira, 3, por volta das 14h30, a sessão que julgará a fidelidade partidária, que determina a perda de mandato a deputados federais, estaduais e vereadores que trocarem de legenda.




Mas senadores, prefeitos, governadores e presidente da República não serão atingidos e poderão trocar de partido sempre que quiserem. Isso ocorre porque os mandados de segurança impetrados por PPS, DEM e PSDB no Supremo referem-se apenas às eleições proporcionais.



Os mandados de segurança que o STF julgou nesta tarde atingem apenas 23 deputados que deixaram o PPS, o DEM e o PSDB. Os efeitos do julgamento não se estendem para os outros deputados que mudaram recentemente de legenda, como Clodovil Hernandes (SP), que saiu do PTC e se filiou ao crescente PR.



Para cada novo caso, os partidos terão de impetrar novo mandado de segurança no STF. Como a tese já estará definida pelos ministros, os outros julgamentos serão mais rápidos.



PPS, DEM e PSDB entraram no Supremo depois que o TSE, em resposta a sua consulta, concluiu que o mandato parlamentar pertence ao partido e não ao deputado. Três dias depois dessa interpretação, o PRTB quis saber do tribunal se o mesmo entendimento vale para os cargos majoritários - de senadores, prefeitos, governadores e presidente.



Enquanto o TSE não responder a essa segunda consulta, os partidos não podem se movimentar para pedir de volta os mandatos de senadores que se desfiliem.




Anistia a "infiéis"



A Câmara já prepara alternativas para manter os mandatos de deputados que trocaram de partido caso o STF decida devolvê-los às legendas pelas quais se elegeram. Uma das propostas é a votação de um projeto de lei que anistie os que mudaram de sigla desde a eleição de 2006. Líderes partidários prevêem também uma crise entre os dois Poderes, porque a Câmara poderá usar mecanismos para não decretar a perda de mandato dos parlamentares.



O julgamento no Supremo provoca tensão principalmente em partidos da base aliada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que incharam com as adesões de deputados que deixaram a oposição. O próprio Lula comentou em reunião do Conselho Político ontem o clima de preocupação existente na Câmara.

Vendas e produção da indústria sobem em agosto, aponta CNI

Segundo a confederação, expansão da atividade englobou a maior parte dos setores industriais
Renata Veríssimo, da Agência Estado


BRASÍLIA - As vendas e a produção da indústria tiveram expansão em agosto, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Dados divulgados nesta quarta-feira, 3, as vendas reais, que medem o faturamento das empresas, subiram 6,5% em agosto ante agosto de 2006 e 1,3%, em termos dessazonalizados, em relação a julho de 2007. De janeiro a agosto, as vendas reais acumulam crescimento de 4,3%.


As horas trabalhadas na produção aumentaram 4,3% em relação a agosto de 2006 e 0,2%, excluindo fatores sazonais ante julho de 2007. No acumulado dos oito primeiros meses do ano, a alta é de 3,8%.



A utilização da capacidade instalada ficou praticamente estável em relação a julho deste ano (82,4%), atingindo 82,3% em agosto. Na comparação com o mesmo mês do ano passado (80,6%), o indicador subiu 1,7 ponto porcentual.



O número de empregos na indústria aumentou 3,9% em relação a agosto de 2006 e 0,4% ante julho. No acumulado do ano, os postos de trabalho subiram 3,6%.



As remunerações pagas pela indústria aumentaram 3,7% em relação a agosto de 2006. E acumulam alta de 4,8% de janeiro a agosto deste ano na comparação com igual intervalo do ano passado.



A CNI chamou a atenção para quatro fatores positivos nos números de agosto. As vendas reais da indústria cresceram significativamente pelo segundo mês consecutivo e a expansão da atividade industrial englobou a maior parte dos setores industriais.



Além disso, o dinamismo da atividade industrial não veio acompanhado de intensificação no uso da capacidade instalada. E, por fim, a CNI destacou a continuidade da expansão do emprego, que se mantém em trajetória de crescimento por quase dois anos.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Atentado suicida em Cabul deixa dez vítimas, entre mortos e feridos



Atentado suicida em Cabul deixa dez vítimas, entre mortos e feridos




CABUL (AFP) — O ataque suicida que destruiu um ônibus da polícia na manhã desta terça-feira no oeste de Cabul deixou dez vítimas, entre mortos e feridos, informou uma fonte oficial do governo afegão.





"A princípio, temos cerca de 10 mortos ou feridos", disse o porta-voz do ministério do Interior Zemarai Bashary à AFP.





"Os feridos ainda estão sendo socorridos", destacou Bashary.





Segundo o chefe da polícia criminal, Alishah Paktiawal, o "ataque suicida" ocorreu às 07h00 (23h30 Brasília de segunda-feira) "contra um ônibus da polícia" e atingiu principalmente a frente do veículo.





No sábado passado, 30 pessoas, a maioria militares, foram mortas em outro atentado suicida contra um ônibus em Cabul.

Correa tem votos para fazer reformas


Líder equatoriano deve controlar 72 das 130 cadeiras da Constituinte, bancada suficiente para impor agenda política





Renata Miranda





Quito - Resultados preliminares de uma apuração paralela da eleição de domingo no Equador dão ao Aliança País, partido do presidente Rafael Correa, 72 das 130 cadeiras que comporão a Assembléia Constituinte. Os números, divulgados ontem pela ONG Participação Cidadã, não são oficiais, mas devem ser confirmados pelo Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) no dia 11.




Para o analista Marco Romero Cevallos, professor de estudos sociais da Universidade Andina Simón Bolívar, em Quito, a obtenção da maioria das cadeiras da Constituinte dá a Correa pleno controle do órgão, pois, para aprovar os projetos, serão necessários os votos de pelo menos 66 deputados. “Esses resultados preliminares dão a Correa a maioria suficiente para pôr em prática a agenda de reformas constitucionais prometida durante sua campanha”, disse Cevallos ao Estado, por telefone. De acordo com o analista, a votação de domingo fortaleceu a imagem do presidente equatoriano. “Correa sai dessa eleição como a figura política mais robusta do país, responsável pelas mudanças que o Equador precisa.”




O ex-presidente peruano Alejandro Toledo (2001-2006), que participou do processo eleitoral da Constituinte equatoriana como observador internacional, afirmou que, com a vitória do Aliança País, uma grande carga de responsabilidade recairá sobre Correa. “A eleição de domingo deu ao presidente um mandato forte e uma enorme responsabilidade porque não terá a quem culpar se suas reformas não funcionarem”, disse Toledo.




Em entrevista concedida ontem, Correa afirmou que a nova Constituição - a 20ª do país - não terá a sua “marca registrada”. “Não será uma Constituição de Rafael Correa, nem do Aliança País”, disse. “Vamos fazer uma Constituição para todos, não para preparar o país para os próximos quatro anos de governo, mas sim para as próximas décadas.”




A Constituinte será instalada no dia 31 e funcionará durante 180 dias - podendo ter seu prazo prorrogado por mais dois meses. Para entrar em vigor, a Constituição deverá ser aprovada num referendo previsto para o ano que vem.




Correa descartou a possibilidade de seguir modelos políticos estrangeiros na condução do fórum constitucional, numa clara resposta às acusações da oposição de que tentaria impor um modelo de governo parecido com o de seu colega venezuelano, Hugo Chávez. O presidente também rejeitou a possibilidade de a Constituinte equatoriana sofrer bloqueios semelhantes aos do fórum constitucional instalado na Bolívia desde o ano passado.




Correa reafirmou que gostaria que a Constituinte convocasse eleições antecipadas. “Isso (eleições antecipadas) será decidido pela Assembléia. Mas pelo menos para presidente, vice-presidente e legisladores deve haver eleição, porque haverá uma nova Constituição.”




O líder equatoriano declarou que, assim que os resultados forem confirmados, pedirá à Constituinte a dissolução do Congresso unicameral, o qual ele qualifica de “corrupto e incompetente”. O partido governista não tem nenhum deputado no Congresso em razão do boicote à eleição legislativa do ano passado.

Quénia: Expansão urbana caótica estimula crime nas cidades do mundo

"A VIOLÊNCIA URBANA PELO MUNDO"

Nairobi, - Os números de crimes aumentam nas cidades de todo o mundo e agora afectam mais da metade dos moradores das zonas urbanas dos países em desenvolvimento, afirmou nesta segunda-feira a agência da ONU para assentamentos humanos, a UN-habitat. grandes cidades.

Destacou ainda que o Rio de Janeiro e São Paulo são responsáveis por mais da metade da violência do Brasil.

As taxas dos crimes globais aumentaram cerca de 30% entre 1980 e 2000, o que equivale a três mil crimes a mais por cada grupo de 100 mil pessoas, alertou o relatório desta agência da ONU sediada em Nairobi.

Nos últimos cinco anos, 60% das cidades de países em desenvolvimento foram vítimas de crime, segundo dados deste documento que atribuía a tendência de aumento da violência principalmente à rápida e caótica urbanizada.

"A violência urbana e o crime estão aumentando mundialmente, dando impulso a um medo generalizado e tirando investimentos de muitas cidades", lamentou o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, citado no estudo.

"Isto é especialmente verdade na África, América Latina e no Caribe. Na América Latina, onde 80% da população é urbana, a expansão rápida de cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Cidade do México e Caracas são responsáveis de mais da metade da violência em seus respectivos país.

O relatório, intitulado "Enhancing Urban Safety and Security: Global Report on Human Settlements 2007" afirma que mais da metade da população mundial agora vive em cidades, além de apontar para um declínio na violência urbana na América do Norte e no Leste Europeu.

No entanto, mais da metade das cidades tanto de países ricos ou pobres têm medo de crimes "o tempo todo" ou "muito freqüentemente", relatou o documento, citando a opinião de entrevistados.

Pessoas pobres que vivem em favelas são mais afectadas pelo aumento da criminalidade, assim como os quase 100 milhões de crianças de rua nas cidades do mundo.

"A insegurança afecta os pobres mais intensamente", afirmou Anna Tibaijuka, directora da UN-Habitat. "Isto desfaz laços socioculturais e impede a mobilidade social".

O relatório, divulgado exactamente no Dia Mundial da Habitação, em 1° de Outubro, pede um plano urbano efectivo e um governo eficaz como medidas chave para a prevenção de crimes.

Lula diz que país terá mais dez universidades federais até 2010

O presidente voltou a prometer que vai ‘zerar’ déficit de bibliotecas no país. Ele também comentou sobre a derrota da seleção brasileira de futebol feminino.


Dio G1, em São Paulo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira (1º), em seu programa semanal de rádio “Café com o presidente”, que continuará investindo em educação e disse que seu compromisso é "terminar o mandato com mais dez universidades federais novas".



“Tenho a responsabilidade de resolver, se não toda, parte do problema da educação no Brasil. Estamos fazendo investimentos nessa área. Já aumentamos de oito para nove anos o tempo de permanência de uma criança na escola. Investimos em escolas técnicas e estamos resolvendo os problemas do ensino universitário. Meu compromisso é terminar o mandato com mais dez universidades federais novas, 48 extensões universitárias e 214 escolas técnicas profissionais”, afirmou.



A exemplo do que já havia ocorrido durante visita do presidente à Academia Brasileira de Letras, no Rio de Janeiro, na sexta-feira (28), Lula voltou a prometer “zerar” até 2008 o número de municípios brasileiros sem biblioteca.

“O brasileiro lê pouco. Estamos ampliando o programa nacional de bibliotecas escolares para beneficiar 30 milhões de alunos e 85 mil escolas públicas. Pretendemos levar biblioteca, ao menos uma, para todos os municípios brasileiros”, disse o presidente.



Futebol


Lula encerrou o seu programa semanal com críticas às entidades esportivas que controlam o esporte feminino no Brasil, especialmente o futebol. Segundo o presidente, a derrota das meninas da seleção brasileira feminina de futebol para a Alemanha, na final da Copa do Mundo, disputada na China, demonstra que o país ainda está começando um processo de transformação na área.

“Assisti ao jogo pela televisão. Acho que essa seleção enaltece o nome do Brasil e o esporte nacional. Mas as meninas não estão sendo valorizadas como deveriam ser pelas entidades que cuidam do esporte feminino no país”, disse Lula, sem apontar as entidades responsáveis pelo tema. Oficialmente, controla a equipe liderada pela atacante Marta, eleita a melhor jogadora do mundo, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
O presidente, porém, valorizou o segundo lugar no Mundial. “Elas precisam levantar a cabeça, pois o estamos começando um processo grande no país”.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Enviado da ONU encontrará chefe da junta de Mianmar


Por Aung Hla Tun





YANGON (Reuters) - O representante da Organização das Nações Unidas (ONU) Ibrahim Gambari foi informado de que se encontrará na terça-feira com o chefe da junta militar de Mianmar, na tentativa de convencer o governo do país a moderar a repressão contra as manifestações pró-democracia, as maiores dos últimos 20 anos.





Gambari viajou na segunda-feira para Naypydaw, a recém-construída capital no meio da floresta, na esperança de transmitir ao general Than Shwe a preocupação internacional com a repressão da semana passada às passeatas lideradas por monges budistas.





Farhan Haq, porta-voz da ONU, disse em Nova York que Gambari recebeu dos militares a notícia de que "ele poderá se encontrar com o general Than Shew na terça-feira".





O principal objetivo da visita de Gambari, com aval do Conselho de Segurança da ONU, é convencer a junta a abrir um diálogo com a oposição.





O embaixador britânico Mark Canning disse que a China, que tem grande influência sobre a junta, defendeu que a missão de Gambari seja a mais abrangente possível. Por isso, Pequim obteve permissão para que ele voasse para Naypydaw, onde encontrou o primeiro-ministro em exercício, general Thein Sein, e os ministros de Informação e Cultura.





Gambari então voltou a Yangon, antiga capital e maior cidade birmanesa, para um encontro de uma hora com a líder oposicionista Aung San Suu Kyi, Prêmio Nobel da Paz, que passou quase 12 dos últimos 18 anos em prisão domiciliar --sua situação atual.





A volta imediata de Gambari a Naypidaw despertou esperanças de que esse vaivém diplomático esteja surtindo efeito.





Than Shwe, no entanto, tem tradicionalmente mostrado dar pouca atenção ao mundo exterior.
Após passeatas que atraíram até 100 mil manifestantes, governos ocidentais afirmam que o número de mortos na repressão aos protestos pode ser muito maior que os 10 informados pelo governo.





Em 1988, a repressão a uma dissidência semelhante provocou estimadas 3.000 mortes. (Reportagem adicional de Ed Cropley em Bangcoc, Evelyn Leopold nas Nações Unidas e Paul Eckert em Washington)