Agencia Estado
Resultados não-oficiais apontam que o general Pervez Musharraf teve uma vitória esmagadora na eleição presidencial indireta do Paquistão, realizada neste sábado (6). "Este é um dia histórico", afirmou o general. Mas sua vitória é incompleta, já que ainda depende de uma decisão da Suprema Corte paquistanesa. A partir do dia 17, será decidido se o general é elegível para um novo mandato de cinco anos, já que Musharraf não poderia concorrer enquanto ocupa o cargo de comandante das Forças Armadas. Contudo, analista duvidam que o tribunal vá contestar a sua vitória.
Para garantir o poder, o general já havia prometido que renunciaria à chefia do Exército no dia 15 novembro. "É o primeiro passo em direção à transição para um sistema de governo normal", disse Musharraf em referência à sua promessa de deixar o comando militar e se tornar um líder civil.
Na votação, o general acabou se tornando praticamente o único candidato, já que os principais oponentes retiraram suas candidaturas. A oposição boicotou a eleição e somente representantes da coalizão governante e políticos independentes votaram.
No total, Musharraf obteve 671 votos. Seu principal rival, o juiz aposentado Wajihuddin Ahmad, recebeu 8 votos, e seis cédulas foram anuladas. O complexo colégio eleitoralpaquistanês é composto pelos 342 deputados da Assembléia Nacional, pelos 100 senadores e por cerca de 700 representantes das províncias de Punjab, Baluquistão, Sindh e da Fronteira Noroeste. "Esse resultado mostra que o povo quer a continuidade da nossa política", afirmou o primeiro-ministro paquistanês, Shaukat Aziz.
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