sábado, 5 de abril de 2008

Ministra nega ter dito que Sarkozy impõe condições à China

Reuters/Brasil Online






Por Crispian Balmer




PARIS (Reuters) - A ministra dos Direitos Humanos da França, Rama Yade, negou ter dito no sábado que o presidente Nicolas Sarkozy boicotaria a abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim caso a China se recuse a iniciar conversas com o Dalai Lama nem liberte prisioneiros políticos.




Em um breve comunicado, Rama Yade disse que em nenhum momento falou nada sobre Sarkozy impor condições durante sua entrevista ao jornal Le Monde, que foi publicada no sábado.




"O termo 'condições' não foi utilizado", disse ela.




O ministro do Exterior, Bernard Kouchner, também se apressou em assegurar à China que a França ainda não acertou a eventua participação de Sarkozy na cerimônia de abertura do jogos, em 8 de agosto.




"A França não impôs nenhuma condição. Impor condições minariam qualquer envolvimento no diálogo", disse Kouchner à TV France 2. "Todas as opções estão abertas", afirmou.




O Le Mond disse ter seguido à risca a entrevista, na qual Yade teria dito: "Há três condições que são vitais para que ele vá. O fim da violência contra o povo e a libertação de prisioneiros políticos, uma investigação sobre o que está acontecendo no Tibet e o início do diálogo com o Dalai Lama".




A França tem se esforçado para dar uma resposta coerente à violência nas regiões tibetanas da China e a subsquente repressão aos protestos ordenada por Pequim. Foi um dos primeiros países a sugerir o esvaziamento da cerimônia de abertura, mas voltou atrás ao constatar que seus laços econômicos com a China eram muito importantes para serem colocados em risco por causa de um boicote.




Sarkozy disse depois que poderia faltar à abertura e insistiu que apenas tomaria uma decisão após consutar aliados na União Européia.




O primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Gordon Brown, já deixou claro que estará na abertura dos jogos. Londres será a sede dos Jogos Olímpicos em 2012.




(Reportagem adicional de Sebastian Tong, em Londres)





http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2008/04/05/ministra_nega_

ter_dito_que_sarkozy_impoe_condicoes_china-426706775.asp

Silêncio no caso Ingrid pode ocultar intensa negociação

Agencia Estado





O silêncio e o aparente insucesso da missão humanitária francesa que tem como objetivo prestar socorro médico à ex-candidata à presidência da Colômbia Ingrid Betancourt pode estar escondendo uma intensa negociação de bastidores entre os países mediadores de um acordo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). A opinião é de um dos maiores especialistas em América Latina da França, o cientista político Olivier Dabène, do Instituto de Estudos Políticos de Paris (Sciences Po).





Docente da mesma universidade que formou Ingrid Betancourt - e também líderes políticos como Jacques Chirac -, Dabène disse, a partir da Venezuela, que não se convence totalmente com o aparente insucesso da operação de socorro e resgate iniciada pelo governo da França na quarta-feira. Desde então, diplomatas, médicos e enfermeiros aguardam em um avião médico Falcon 50, da Força Aérea francesa, a autorização para partir ao encontro da refém, seqüestrada em fevereiro de 2002 com sua assessora quando tentava estabelecer o diálogo com o grupo guerrilheiro.





A franco-colombiana sofre de hepatite B, leishmaniose, malária e desnutrição, supostamente causada por uma greve de fome que teria sido iniciada em 23 de fevereiro. Segundo versões de camponeses divulgadas nos últimos dias, o estado de Ingrid é grave. "Claro que fico pessimista com base nas notícias que recebemos", diz Dabène. "Mas as Farc sempre se mostraram muito imprevisíveis no trato dos reféns, ora recusando-se a libertá-los, ora libertando-os."





Reforçando a idéia de que as negociações ainda estão em andamento, o ministro francês de Relações Exteriores, Bernard Kouchner, disse ontem, em entrevista à rádio Europe 1, que seu governo continua aguardando um sinal dos guerrilheiros. "As Farc devem responder. Nós estamos esperando, de prontidão em Bogotá", afirmou Kouchner. "Nós estamos tentando, tentando, tentando, e não há outra solução. Estamos movendo toda a América Latina, que está envolvida neste momento", acrescentou.






www.atarde.com.br/mundo/noticia.jsf?id=862807

sexta-feira, 4 de abril de 2008

No ranking das capitais no Enem, SP ocupa 10º lugar

ANGELA PINHO




da Folha de S.Paulo, em Brasília




Os alunos da cidade de São Paulo tiveram a décima maior nota média entre as 27 capitais do país no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) do ano passado, atrás das capitais do Sul, de Goiânia e do Rio de Janeiro, por exemplo.




Em primeiro lugar, ficou Vitória --60,225 pontos em uma escala de zero a cem contra 54,119 dos estudantes de São Paulo. Em último, Cuiabá (46,936).




A média considera as notas da prova objetiva (perguntas e respostas) e da redação dos alunos de escolas privadas e federais, estaduais e municipais das capitais. Foi aplicado ainda um "fator de correção" --fórmula matemática para evitar que escolas com menor número de alunos que fizeram Enem tenham a pontuação distorcida.




Os dados do Enem por município e por escola foram divulgados ontem pelo Inep (instituto de pesquisa ligado ao MEC). A tabulação foi feita pela Folha --o instituto não o faz sob a alegação de ser contrário a rankings.




Se for considerada somente a rede pública das capitais, a que obteve melhor desempenho foi Porto Alegre, com 55,789 pontos, seguida por Florianópolis e Curitiba. Nessa lista, São Paulo mantém a décima posição, com 48,018.




Levando-se em conta apenas a rede privada, que é maior em São Paulo do que em outras cidades, a capital paulista vai para o 12º lugar, com 63,997 pontos, e a liderança da lista passa para a capital catarinense, com 69,674 pontos, seguida por Belo Horizonte e Aracaju.




Membro do Conselho Nacional de Educação e ex-integrante do Ministério da Educação e do governo do Distrito Federal em gestões petistas, Antonio Ibañez Ruiz diz que a posição da capital paulista não condiz com o orçamento nem com a qualidade dos professores do Estado e da cidade. "É um problema muito sério, de descontrole pedagógico e administrativo", afirma.




O Enem é aplicado desde 1998, e a divulgação das notas de cada escola, só há três anos. O exame é voluntário, mas a participação nele é incentivada por diversos vestibulares que levam em conta sua nota e pelo Prouni (programa que dá bolsas em universidades particulares para estudantes carentes), já que é pré-requisito para o estudante se inscrever.




A avaliação é composta por uma proposta de redação e 63 perguntas que buscam avaliar as "competências e habilidades" dos estudantes, sem as chamadas questões "conteúdistas", como as ensinadas nos cursinhos pré-vestibulares.




Na lista das vinte melhores colocadas, o Estado com maior número de escolas é o Rio de Janeiro: são oito, inclusive as duas mais bem colocadas --Colégio de São Bento e Santo Agostinho, ambas da rede privada. A primeira paulista da lista é o Vértice, da capital.




Para o presidente do Inep, Reynaldo Fernandes, porém, o Enem não diz qual é a melhor escola, apenas avalia o desempenho do estudante --"que depende da escola, mas também das condições de ingresso", como o contexto socioeconômico e familiar. Na sua opinião, só podem ser comparadas escolas com públicos semelhantes, levando-se em conta também os valores de cada uma.




Ele afirma não ter se surpreendido com a ausência, na lista das 20 melhores, de escolas estaduais, pois o fato já havia sido notado em avaliações anteriores. As escolas estaduais regulares não aparecem na lista nem mesmo se for levado em consideração apenas a rede pública, sem as escolas federais, que têm desempenho superior ao das particulares.




Para elevar o padrão de qualidade das escolas estaduais e municipais ao nível das federais, o ex-ministro Cristóvam Buarque defende que os professores sejam escolhidos em concursos nacionais.





www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u389016.shtml

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Croácia e Albânia são convidadas oficialmente a integrar a Otan

Líderes consideraram que Geórgia e Ucrânia ainda não estão preparadas para aderirem.
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) tem hoje 26 membros.







Da France Presse

Foto: Eric Feferberg/AFP
Eric Feferberg/AFP
Vista geral da primeira sessão de trabalhos do dia, na reunião da Otan em Bucharest (Foto: Eric Feferberg/AFP)





Croácia e Albânia foram convidadas oficialmente para entrar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) - hoje com 26 membros - pelos líderes do grupo reunidos em Bucareste, na Romênia, anunciou o secretário-geral da organização, Jaap de Hoop Scheffer.





"Os aliados decidiram oferecer convites aos dois países dos Bálcãs", disse De Hoop Scheffer.





Ao mesmo tempo, os líderes consideraram que Geórgia e Ucrânia ainda não estão preparadas para ser candidatas a aderir à Otan, mas concordaram em uma adesão a longo prazo das antigas repúblicas soviéticas.





"A Otan saúda as aspirações euroatlânticas de Ucrânia e Geórgia e os dirigentes da Otan se comprometeram a que estes dois países se convertam um dia em membros da Aliança", declarou Hoop Scheffer.





Apesar da rejeição da candidatura, a Geórgia considerou "histórica a promessa de um eventual ingresso a longo prazo na Otan.





Quanto à Macedônia, o país será convidado a iniciar negociações de adesão quando solucionar o conflito com a Grécia sobre seu nome.





A Macedônia deseja ser conhecida internacionalmente como República da Macedônia, mas a Grécia não aceita o nome por considerar que isto poderia implicar pretensões territoriais sobre sua região setentrional de mesmo nome.





http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL386338

-5602,00-CROACIA+E+ALBANIA+SAO+CONVIDADAS

+OFICIALMENTE+A+INTEGRAR+A+OTAN.html

Hillary e Obama discutem quem deve se opor ao Nafta

Colaboração para a Folha Online




Os pré-candidatos democratas à Casa Branca, Hillary Clinton e Barack Obama, debatem sobre qual deles deve se opor publicamente ao Nafta (Tratado de Livre Comércio da América do Norte) para conquistar o apelo dos líderes trabalhistas que acusam o tratado de ter causado uma migração de empregos dos Estados Unidos para outros países.




Embora não revelem publicamente, os pré-candidatos amplificaram o debate sobre o tema no partido, já que estão em plena campanha na Pensilvânia, Estado com um grande eleitorado de trabalhadores sindicalizados.




O objetivo é conquistar apoio entre os trabalhadores sindicalistas da AFL-CIO, confederação de sindicatos que reúne 830 mil trabalhadores e, segundo estimativas, tem influência direta em 4,1 milhões de eleitores democratas em todo país.




O problema é que opor-se ao acordo pode trazer grandes perdas nas questões de política internacional e até mesmo entre os economistas que discordam completamente da idéia de que acordos de comércio resultam na migração de empregos para outros países.




Uma oposição clara ao Nafta influenciaria também o apoio dos pré-candidatos diante das empresas e indústrias norte-americanas que se beneficiam do acordo comercial. Embora possam não representar milhões de votos, como os trabalhadores, eles representam milhões de dólares em verbas de campanha.




Com grandes riscos eleitorais envolvendo uma oposição pública ao acordo, eles discutem qual candidato poderia beneficiar-se mais com esta posição política.




Hillary já tem forte apelo entre os trabalhadores brancos e é, inclusive, a favorita para ganhar as eleições da Pensilvânia, de acordo com pesquisas de opinião. Uma postura contrária ao Nafta poderia fortalecer ainda mais sua posição diante do eleitorado e garantir de vez a vitória no Estado, fundamental para que se mantenha bem na corrida pela nomeação.




Contudo, Hillary atuou diretamente a favor do tratado durante seus anos como primeira-dama, um tratado que foi resultado direto do governo de seu marido, o ex-presidente Bill Clinton. Assim, ela poderia perder o apoio da classe industrial que poderia ser um importante apoio em seu possível governo.




Já Obama esforça-se para conquistar o eleitorado de trabalhadores que será importante não só na Pensilvânia, mas em outros Estados industriais como Kentucky e Indiana. Ele adaptou seu discurso para as questões importantes do eleitorado como empregos e plano de saúde.




Contudo, o senador está cauteloso quanto a perder o apoio dessa elite industrial favorável ao Nafta para conquistar votos populares em uma disputa na qual ele está na frente e com grandes chances de ganhar.




Retórica



Por enquanto, os pré-candidatos abordam o tema de maneira cautelosa. Em uma convenção estadual da AFL-CIO na Filadélfia, Obama prometeu opor-se a pactos de comércio que ameaçam empregos norte-americanos.




"O que eu me recuso a aceitar é que nós tenhamos que assinar acordos de comércio que são ruins para os trabalhadores norte-americanos", discursou Obama, sem citar diretamente o Nafta.




Hillary também é cautelosa com o tema. Em sua campanha na Pensilvânia, ela tem focado na criação de emprego como grande diferencial e apresentou diversas propostas para diminuir a migração de empresas e empregos para outros países.




Na quarta-feira, em um encontro econômico em Pittsburgh, ela revelou a sua agenda econômica. Ela quer liberar US$ 7 bilhões (R$ 12,1 bilhões) para encorajar empresas norte-americanas a manter suas indústrias no país, em vez de buscar países com taxas menores.




Os projetos da senadora incluem ainda oferecer novos benefícios fiscais para pesquisa e desenvolvimento de novos postos de trabalho. Também criaria ilhas de inovação e pesquisa por todo o país e providenciaria investimentos anuais de US$ 500 milhões (R$ 866 milhões) para encorajar a criação de uma grande onda de empregos na área de energia limpa.




"O presidente (George W.) Bush esperou e olhou enquanto nós perdíamos 3 milhões de empregos. E ele não tem feito nada em relação às falhas no nosso código fiscal que incentivam as empresas a procurarem empregos no exterior", afirmou Hillary sem citar diretamente o acordo.




Críticas



Nesta quarta-feira, Obama recebeu duras críticas do presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, por seu posicionamento contrário a um acordo comercial entre o país e os EUA que reduziria a maioria das tarifas das exportações norte-americanas.




"Eu acho deplorável que o senador Obama, um aspirante à Presidência dos Estados Unidos, não está consciente dos esforços da Colômbia. Eu acredito que é por cálculos políticos que ele defende uma posição que não corresponde à realidade da Colômbia", afirmou Uribe em um comunicado.




Com Associated Press



www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u388492.shtml

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Filho afirma que Ingrid Betancourt faz greve de fome e corre para a morte

da France Presse, em Paris
da Folha Online



O filho de Ingrid Betancourt, Lorenzo Delloye, afirmou nesta quarta-feira que a mãe iniciou uma greve de fome em desafio à guerrilha das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e ao presidente colombiano, Álvaro Uribe, e que "corre para a morte" em um "último combate" para obter sua libertação.




"Mediante este gesto inaudito em tais circunstâncias, mamãe iniciou com as Farc e com o presidente Uribe um combate que os coloca ante suas responsabilidades diante da história. Têm de tirar suas máscaras", disse Delloye em uma entrevista coletiva em Paris.




Segundo Delloye, a refém franco-colombiana, seqüestrada há mais de seis anos pelas Farc, parou de se alimentar há quase cinco semanas. "Isto demonstra que, apesar de sua extrema fragilidade, não perdeu nem um pingo de sua combatividade e lucidez", afirmou. "Minha mãe está correndo para a morte", destacou, no entanto, ao enfatizar a urgência da situação.




Ao se dirigir ao comandante das Farc, Manuel Marulanda, o filho de Ingrid Betancourt disse que não pede apenas que salve a vida de uma mulher, mas que leve em consideração a imagem que passará ao mundo. "A você cabe decidir se ficará para sempre como um criminoso de guerra, tratado como tal, ou se entrará nos livros como um ser humano", afirmou.




Delloye saudou as "iniciativas fortes" do presidente Uribe, "que fazem renascer a esperança", mas disse que as atitudes "não devem se limitar ao simbólico". "Quero acreditar que o senhor aumentará a vigilância para que seus homens respeitem o cessar-fogo e para que a missão humanitária enviada pela França possa socorrer minha mãe sem problemas", disse Delloye.




Missão



O presidente francês Nicolas Sarkozy anunciou nesta terça-feira o envio iminente à Colômbia de uma "missão humanitária", depois de ter pedido ao líder das Farc a libertação imediata de Betancourt, que segundo ele está "em perigo de morte iminente" depois de seis anos em cativeiro na selva.




Sarkozy telefonou para Uribe e decidiu enviar "imediatamente" uma "missão humanitária para tentar um contato com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e conseguir acesso" à refém franco-colombiana Ingrid Betancourt.




Durante a conversa, Sarkozy "expressou grande preocupação com as informações sobre a saúde de Ingrid Betancourt, que parece hoje estar correndo risco de morte", segundo um comunicado emitido pela Presidência francesa. De acordo com o chefe de Estado francês, a refém parece estar "em perigo de morte iminente".




Horas antes de o Palácio do Eliseu informar da ligação telefônica de Sarkozy a Uribe, o presidente francês havia se dirigido em mensagem televisiva ao chefe das Farc, Manuel Marulanda, para pedir a libertação imediata de Betancourt, refém da guerrilha desde fevereiro de 2002.




"Basta uma decisão de sua parte para salvar uma mulher da morte e manter a esperança de todos os que continuam detidos. Tome esta decisão: liberte Ingrid Betancourt", afirmou Sarkozy em sua mensagem ao chefe das Farc.



www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u388129.shtml

Advogado diz que pai de Isabella provará inocência

LUÍS KAWAGUTI
KLEBER TOMAZ
da Folha de S.Paulo



Os advogados de Alexandre Nardoni, 29, e Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, 24, pai e madrasta de Isabella Oliveira Nardoni, 5, afirmaram ontem que vão provar a inocência do casal no inquérito que apura a morte da menina.




No último sábado, Isabella foi achada deitada no jardim do prédio onde seu pai mora, no Carandiru, na zona norte de São Paulo. A menina era filha dele com Ana Carolina Cunha de Oliveira, 23, e passava o fim de semana com o pai. Anna Carolina era sua madrasta --Nardoni tem dois filhos com ela.




Quando os bombeiros chegaram ao local, Isabella estava com parada cardiorrespiratória. Por 34 minutos a equipe tentou reanimar seu coração, mas não conseguiu. Em depoimento à polícia, o pai disse suspeitar que a filha tenha sido atirada do sexto andar do prédio por algum desafeto seu.




"A família está muito abalada, dada à repercussão desse caso", disse o advogado do casal, Ricardo Martins de São José Filho que trabalha com o defensor Jairo Neves de Souza.




"Eles são totalmente, absolutamente, inocentes", disse São José Filho. A defesa do pai e da madrasta de Isabella se refere ao comentário da delegada [Maria José Figueiredo, do 9º Distrito Policial] que chamou Nardoni de "assassino" após ele prestar depoimento no domingo, como revelou a Folha. O delegado Calixto Calil Filho, titular do 9º DP, disse que a declaração dela será apurada.




O advogado também afirmou que a relação entre Nardoni e Anna sempre foi tranqüila. "Não existe informação sobre brigas. A relação deles é normal", disse São José Filho. O avô materno e a mãe relataram à Folha anteontem que o pai, a filha e a madrasta tinham uma boa relação.A polícia, porém, diz que quatro testemunhas declararam que houve discussão no apartamento.




Um policial que não quis se identificar disse que duas testemunhas (que moram no prédio vizinho ao do casal) afirmaram ontem, em depoimento, ter ouvido discussões e ofensas entre o casal, cerca de 15 minutos antes de Isabella ter sido encontrada no gramado.




Investigação



O delegado Calixto Calil Filho, do 9º DP, disse que vai apurar se a madrasta subiu com o marido ao apartamento. Em sua versão inicial dada à polícia, Nardoni disse ter chegado de carro ao prédio. Como os três filhos dormiam, levou Isabella sozinho ao apartamento e voltou para ajudar a mulher a trazer os outros dois filhos. Ao retornar ao apartamento, constatou que a menina não estava mais lá.




À polícia, Nardoni dissera que a menina teria sido jogada por um buraco feito numa tela de proteção no quarto dos meninos. Manchas de sangue foram encontradas no corredor do apartamento, no quarto dos filhos e na grade.




O delegado Calil Filho, --que já afirmara anteontem que o pai e madrasta são "candidatos a suspeitos"--, também disse ontem que duas outras testemunhas, um casal de advogados que mora no 1º andar, disseram ter ouvido gritos de "pára, pai" no sexto andar. Os gritos dariam a entender que a filha de Nardoni era agredida.




A defesa do casal alega, no entanto, que a suposta frase ouvida pelas duas testemunhas foi mal interpretada. Segundo São José Filho, a criança poderia estar sendo atacada por uma terceira pessoa e pedindo para ela parar e ao mesmo tempo gritando por socorro ao pai. "A advogada [testemunha] disse que escutou aos berros a frase "pára, pai" no horário em que a menina morreu", disse o delegado, que pedirá uma nova perícia no apartamento.




A mãe da menina deve depor hoje. Em sua página na internet, escreve "filha maravilhosa da minha vida, você será eterna. Lutarei pra conquistar tudo nessa vida em nosso nome".




Laudos do IML apontando a causa da morte da menina devem ficar prontos em 30 dias. A Folha revelou ontem que peritos do IML encontraram indícios de que a menina possa ter sido asfixiada e que suspeitam que ela possa nem sequer ter sido jogada do prédio.



www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u388126.shtml

terça-feira, 1 de abril de 2008

Bovespa fecha com alta de quase 3%, acompanhando o mercado americano

O Globo Online, com agências








RIO - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta consistente nesta terça-feira, seguindo a tendência positiva nas principais praças internacionais. Apesar de persistirem os temores em relação à crise de crédito e à economia americana, os investidores pareciam determinados a iniciar o novo trimestre com o pé direito. Diante do anúncio de novas baixas contábeis no setor bancário, os mercados reagiram com otimismo, estimando que isso significa que o pior da crise já passou. O mercado ainda repercutia também o pacote anunciado ontem pelo Secretário do Tesouro americano, Henry Paulson, para o sistema financeiro.




O Ibovespa, principal indicador do mercado financeiro brasileiro, avançou 2,96% a 62.775 pontos. O dólar recuou 0,40% a R$ 1,746. Em Nova York, o indicador industrial Dow Jones subia 3,19% e o Nasdaq, das ações de tecnologia, ganhava 3,67% por volta das 17h.




As bolsas européias também registraram alta de mais de 2%, impulsionadas pelos ganhos das ações do setor bancário, depois da reestruturação anunciada pelo banco UBS , que promete reverter as baixas contábeis causadas pela crise do crédito de risco. Na Alemanha, o Deutsche Bank, havia feito o mesmo antes. O índice londrino FTSE registrou alta de 2,64%, enquanto, em Frankfurt, o DAX subia 2,84%. Em Paris, o CAC-40 avançou 3,38%.




Na avaliação de Álvaro Bandeira, economista-chefe da Ágora Corretora, o mercado interpretou que as baixas divulgadas pelo UBS são as últimas por causa da crise do subprime. Segundo ele, os investidores começam a pensar que já é possível quantificar o tamanho do rombo que a crise americana causará nos mercados financeiros (clique aqui e assista à análise do economista ).




Entre os ativos de maior peso no Ibovespa, as ações preferenciais da Petrobras subiram 2,39% a R$ 75,76, enquanto as da Vale ganharam 2,18% a R$ 51,90. Os papéis PN do Bradesco avançaram 2,04% a R$ 49,80, e os da Usiminas (PN) se valorizaram 3,91% a R$ 102,51.




A alta das ações ordinárias do Banco do Brasil (BB) foi uma das maiores do pregão. Esses papéis subiram 6,70% a R$ 24,66, depois que a instituição anunciou ganho de R$ 362 milhões com a venda de parte das ações do sistema eletrônico Visanet .




Nesta terça-feira à tarde, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) também informou que liberou crédito de R$ 7,3 bilhões para a Vale , o maior empréstimo já concedido pela entidade.




A moeda americana sobe frente ao euro, que estava cotado no patamar do US$ 1,55 esta tarde, depois de ter atingido o nível de US$ 1,58 no dia anterior. No mercado de commodities, a cotação do petróleo estava em torno de US$ 100.




As praças acionárias da Ásia fecharam sem tendência comum nesta terça-feira. Os agentes dividiram-se entre as preocupações com o setor financeiro e o ambiente de crédito e dados econômicos da região. Também fez parte dos elementos considerados pelos investidores a observação feita ontem à noite pelo banco central da China, de que o controle da inflação permanece como prioridade. A autoridade monetária chinesa disse ainda que se compromete a manter uma posição de aperto com relação à política monetária.




Em Tóquio, o Nikkei 225 avançou 1,04%, aos 12.656,42 pontos. O Hang Seng, de Hong Kong, subiu 1,26%, atingindo 23.137,46 pontos. Em Seul, o Kospi caiu 0,10%, ficando em 1.702,25 pontos. O Shanghai Composite, de Xangai, declinou 4,13%, para 3.492,78 pontos.





http://oglobo.globo.com/economia/mat/2008/04/01

/bovespa_fecha_com_alta_de_quase_3_

acompanhando_mercado_americano-426634755.asp

Senadores apóiam Obama para acelerar definição democrata

da Efe




O pré-candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos Barack Obama recebeu hoje o apoio de mais um legislador democrata, a senadora por Minnesota Amy Klobuchar. O anúncio chega após o respaldo recebido na sexta-feira do senador pela Pensilvânia Bob Casey, e indica uma tendência dos senadores americanos.




Segundo o jornal de economia "The Wall Street Journal", sete legisladores democratas da Carolina do Norte prevêem apoiar em grupo a campanha de Obama antes das eleições primárias no Estado do 6 de maio.




A impressão de que a luta entre Obama e sua rival Hillary Clinton está se tornando perigosa e ameaça as possibilidades de uma vitória democrata em novembro explica, segundo o jornal, que cada vez mais os legisladores divulguem suas preferências.




Os senadores e membros da Câmara dos Representantes (deputados) fazem parte do seleto clube dos 800 superdelegados que provavelmente terão que decidir quem é o candidato presidencial.




Para se chegar à vitória, são necessários 2.024 delegados, escolhidos por votação popular no processo de primárias, iniciado em janeiro e que será concluído em junho.




Impasse



O problema é que nem Obama nem Hillary conseguiram os delegados suficientes e, dado o sistema de repartição proporcional nas primárias democratas, é quase matematicamente impossível que um deles obtenha o número necessário.




O senador por Illinois tem 1.625 delegados, frente aos 1.486 da senadora por Nova York, de acordo com a última apuração da rede de televisão americana CNN, e tudo indica que Obama finalizará as primárias com mais delegados e maior respaldo popular.




Diante desse cenário, aumentam as vozes que pedem a retirada de Hillary, embora a senadora por Nova York tenha deixado claro que não desistirá.




Além disso, a ex-primeira-dama culpou hoje o senador afro-americano e seus aliados de tentar impedir que as pessoas votem.




"Muitos partidários de Obama querem pôr fim à campanha porque não querem que o povo continue votando", disse em declarações a uma emissora filiada à rede de televisão CBS.




"Isso é o contrário do que eu acredito. Queremos que o povo vote. Quero que as pessoas de Montana votem", disse em referência às eleições primárias no Estado, previstas para ocorrer em 3 de junho.





http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u387981.shtml

segunda-feira, 31 de março de 2008

Criança pode ter sido jogada de prédio

Menina de 5 anos morreu ao cair do sexto andar de um edifício de classe média. Ela passava o fim de semana no apartamento do pai



Estado de Minas

Reprodução/Diário de São Paulo/Agência Globo


São Paulo – A polícia vai aguardar os laudos dos exames necroscópico, de lesões corporais e toxicológicos, que ficarão prontos em cerca de 30 dias, para esclarecer as circunstâncias que causaram a morte da menor Isabella de Oliveira Nardoni, de 5 anos, sábado à noite, na Zona Norte de São Paulo. Ela morreu por volta das 23h50, ao cair do sexto andar de um edifício na Rua Santa Leocádia, 138, Vila Isolina Mazzei. Segundo o Corpo de Bombeiros, a criança chegou a ser levada para a Santa Casa de Misericórdia, mas não resistiu. O delegado titular do 9º Distrito Policial Carandiru, Calixto Calil Filho, trabalha com a hipótese de homicídio, apontando que há fortes indícios de que a criança tenha sido arremessada por alguém.



Filha do consultor jurídico Alexandre Alves Nardoni, de 29 anos, e da bancária Ana Carolina Cunha de Oliveira (separados), Isabella visitava a cada 15 dias o pai e a madrasta, Anna Carolina Trotta Peixoto, de 24, estudante. Segundo o depoimento de Alexandre, sábado ele levou a menina até o apartamento e deixou-a acomodada na cama, descendo em seguida para buscar sua atual mulher, que aguardava no carro com outras duas crianças, de 11 meses e 3 anos.



Versão

O pai contou que, ao retornar ao apartamento, ouviu um barulho, olhou pela janela e viu a criança estendida no solo. Segundo Alexandre, o apartamento havia sido invadido por um ladrão. “Esta versão não me convence, devido à ausência de sinais de arrombamento no apartamento”, afirmou o delegado Calil Filho. Além disso, ele chamou a atenção para o fato de a tela da janela do quarto ter sido cortada e de ninguém ter dado queixa de desaparecimento de pertences. No entanto, Calil afirmou, em entrevista coletiva, que Alexandre e Anna Carolina não são suspeitos. “Eles estão sendo averiguados”, frisou.



Entre outros depoimentos que pretende reunir no inquérito, o delegado informou que deverá ouvir um engenheiro com quem Alexandre teria brigado há dias. O porteiro do edifício também afirmou não ter notado nenhum movimento ou sinal que indicasse arrombamento, ouviu apenas o barulho do corpo da menina caindo no solo.



O corpo de Isabella já foi liberado pelo Instituto Médico Legal (IML) e será sepultado nesta segunda-feira pela manhã, no Cemitério Parque dos Pinheiros. O avô materno da menina, Jorge Arcanjo Oliveira, disse que a relação de Isabella com a madrasta “era ótima”. A mãe, Ana Carolina Cunha de Oliveira, não teve condições de ir ao IML porque estava em estado de choque.




www.uai.com.br/UAI/html/sessao_7/2008/03/31/em_noticia_
interna,id_sessao=7&id_noticia=56808/em
_noticia_interna.shtml

Bovespa opera estável; dólar avança e encerra março com alta de 3,7%

da Folha Online




A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) se descolou do mercado americano no meio da tarde e opera próximo da estabilidade, retraído pela perspectiva de aumento da taxa básica de juros local.




O Ibovespa --principal indicador da Bolsa paulista-- recua 0,09%, a 60.396 pontos. O giro financeiro é de R$ 3,5 bilhões, com cerca de 141 mil negócios realizados.




Já o dólar comercial fechou hoje com avanço de 0,57%, sendo vendido a R$ 1,753. Em março, a moeda americana se valorizou 3,7%.




A turbulência da Bovespa tem duas explicações: os temores de aumento na taxa de juros na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Econômica) do Banco Central e a realização de lucros pelos investidores no último dia do primeiro trimestre.




"Há uma expectativa de que os juros comecem a subir", aponta Eduardo Roche, gerente de análise da Modal Asset Management. "Os dados de conjuntura [da indústria divulgados pela Fundação Getúlio Vargas] mostra que pode ser necessário aumentar os juros para segurar o consumo."




Os juros em alta prejudicam principalmente empresas que tem no mercado interno seu principal público-alvo. É o caso, por exemplo, de companhias aéreas, construtoras e comércio em geral.




EUA

Já o mercado americano reagiu positivamente ao indicador de produção na região de Chicago --uma das mais industrializadas do país-- feitos pelo ISM (Instituto de Gestão de Oferta, na sigla em inglês). O índice subiu para 48,2 pontos em março, contra 44,5 pontos em fevereiro. O mercado esperava que ficasse em 46,7 pontos. Os dados nacionais de produção manufatureira saem na terça-feira.




Com a notícia, o mercado se acalmou um pouco sobre a desaceleração econômica americana e sobre problemas relacionados à crise do crédito imobiliário de alto risco ("subprime"). Papéis do Citigroup, Merrill Lynch, Lehman Brothers e Washington Mutual apontam altas.




O índice Dow Jones avança 0,28%, enquanto que o tecnológico Nasdaq Composite tem ganho de 0,64%.




Na outra ponta, as ações das farmacêuticas Schering Plough e Merck despencam depois que uma pesquisa mostrou que o remédio Vytorin --produzido pelas duas empresas-- não possui efeito mais poderoso no combate ao colesterol ante remédios mais baratos e que já estão no mercado.




O governo americano ainda apresentou um projeto com um pacote de regras para o setor financeiro. A proposta mudará como o governo americano controla centenas de negócios, desde os maiores bancos do país e investimentos bilionários no setor imobiliário até o sistema de seguros e hipotecas. Porém, o secretário do Tesouro, Henry Paulson, admitiu que tais medidas só devem fazer efeito no longo prazo.





www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u387544.shtml

domingo, 30 de março de 2008

França monta operação na Guiana Francesa para receber Ingrid Betancourt

O Globo OnlineAgências internacionais A ex-senadora colombiana Ingrid Betancourt no cativeiro das Farc




PARIS e BOGOTÁ - As autoridades francesas enviaram um avião oficial à Guiana Francesa para ficar preparado no caso de uma possível liberação da ex-candidata presidencial colombiana-francesa, Ingrid Betancourt, seqüestrada em fevereiro de 2002 pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). As autoridades teriam informações sobre uma possível liberação de Ingrid ( o drama da ex-senadora ).




A informação foi publicada no jornal "Le Journal du Dimanche" deste domingo. Segundo a reportagem, um Falcon 900 oficial chegou na noite de sexta-feira ao aeroporto de Rochambeau, próximo à Caiena, capital do departamento francês da Guiana no litoral da bacia amazônica. Na tarde de domingo, a aeronave voltou para a Europa por questões operacionais, informou um porta-voz do governo. Um outro avião aguarda a chegada do Falcon 900 para partir rumo à América do Sul.




Fontes oficiais francesas citadas no jornal afirmaram que a decisão de preparar o avião está relacionada às últimas evoluções na Colômbia da crise dos reféns. Concretamente, se refere ao anúncio de quinta-feira do presidente colombiano, Álvaro Uribe, de estar disposto a uma troca humanitária dos reféns por prisioneiros das Farc , assim como as informações alarmantes sobre o estado de saúde de Ingrid. Segundo diversas testemunhas, ela está em péssimo estado de saúde. Na quinta-feira, Uribe lançou uma nova proposta para a guerrilha entregar a ex-senadora, oferecendo redução de sentenças, soltar guerrilheiros presos e dinheiro em troca da liberdade dela e de outros reféns ( Leia mais ).




Ex-marido de Ingrid Betancourt diz temer que ela esteja morta



O ex-marido de Ingrid Betancourt, Fabrice Delloye, afirmou neste sábado temer que a refém franco-colombiana das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) "esteja a ponto de morrer ou já esteja morta", após declarações alarmistas por parte de autoridades colombianas sobre seu estado de saúde.




- Tenho medo de que Ingrid Betancourt esteja a ponto de morrer ou já esteja morta. O que me angustia é a declaração do governo colombiano, e me pergunto se não dispõem de informações que ignoramos - disse.



http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2008/03/30/

franca_monta_operacao_na_guiana_francesa_

para_receber_ingrid_betancourt-426605010.asp