sábado, 19 de julho de 2008
Amorim: países ricos adotam estratégia nazista na OMC
sexta-feira, 18 de julho de 2008
Protógenes deve indiciar Dantas e mais 12 antes de sair
da Folha de S.Paulo
O banqueiro Daniel Dantas e mais 12 pessoas, incluindo sua irmã, Verônica, e sua mulher, Maria Alice, deverão ser indiciados hoje pelo delegado Protógenes Queiroz por suposta gestão fraudulenta, investigada pela Operação Satiagraha.
As principais suspeitas contra o banqueiro giram em torno da manutenção e gestão do Opportunity Fund, nas Ilhas Cayman, e da falta de comunicação aos órgãos públicos e de controle interno de movimentações financeiras atípicas nas contas de correntistas do banco Opportunity.
Os advogados de Daniel Dantas e do grupo Opportunity têm negado irregularidades na gestão das empresas.
Segundo as investigações da Polícia Federal, Dantas estava legalmente proibido de organizar e gerir, a partir de meados da década de 90, o fundo das Ilhas Cayman, criado para participar da privatização de companhias estatais brasileiras.
Dantas e outros funcionários do banco foram intimados a comparecer hoje à sede da PF, em São Paulo, por volta das 10h. Caso Dantas não apareça, poderá ser indiciado à revelia. Queiroz deverá deixar hoje o comando da Operação Satiagraha. Outros dois inquéritos que surgiram dela passarão a ser presididos por outros delegados escolhidos pela direção geral da PF, em Brasília.
O crime de gestão fraudulenta de instituição financeira é previsto na lei federal 7.492/86, que trata dos crimes contra o sistema financeiro nacional. Prevê como pena reclusão de 3 a 12 anos, e multa.
O indiciamento é um ato policial pelo qual o presidente do inquérito conclui haver suficientes indícios de autoria e materialidade do suposto crime. O indiciamento não significa culpa ou condenação.
Após o indiciamento, que costuma ser o ato final do trabalho do policial, o inquérito é analisado pelo Ministério Público Federal, que decide se apresenta ou não denúncia à Justiça Federal.
Além do banqueiro, sua irmã e sua mulher, deverão ser indiciados hoje os funcionários ou sócios do grupo Opportunity Carlos Rodenburg, Arthur Joaquim de Carvalho, Danielle Ninnio, Dorio Ferman, Norberto Aguiar, Eduardo Penido, Maria Amália Coutrim, Rodrigo de Andrade, Itamar Benigno Filho e Paulo Moysés.
"Suborno"
O indiciamento de hoje deverá ser o segundo de Dantas no âmbito da Operação Satiagraha. O primeiro ocorreu sob a acusação do crime de corrupção. Anteontem, Dantas e assessores foram denunciados pelo Ministério Público Federal por supostamente terem promovido a tentativa de subornar o delegado da PF Victor Hugo Ferreira.
Após 16 dias de negociação, um assessor de Dantas, Humberto Braz, ex-diretor da Brasil Telecom Participações, e o professor universitário Hugo Chicaroni, ambos presos hoje, teriam oferecido até US$ 1 milhão para que o delegado tirasse da investigação os nomes do banqueiro, de Verônica e de sua mulher.
www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u423582.shtml
quinta-feira, 17 de julho de 2008
Vice de Kirchner causa crise no governo ao derrubar imposto agrícola
Fazendeiros e partidário se manifestam com a foto do vice-presidente argentino Julio Cobos
BUENOS AIRES (AFP) — A presidente argentina Cristina Kirchner sofreu nesta quinta-feira uma dura derrota no Senado, que derrubou seu projeto de imposto às exportações de alimentos justamente com o voto de minerva de um parlamentar de suas próprias fileiras, o vice-presidente da República, Julio Cobos.
O Senado derrubou a iniciativa governamental peronista que tentava redistribuir as rendas e assegurar preços internos baixos para os alimentos através de uma maior pressão fiscal sobre as exportações de grãos e manufaturas agroindustriais, que este ano alcançam os 35 bilhões de dólares.
No entanto, para que fiquem sem efeito os procedimentos de tributação proposto para soja e cereais é preciso elaborar um decreto ou uma resolução do Poder Executivo para revogar a resolução do ministério da Economia, que a colocou em andamento em março, desencadeando uma histórica rebelião no setor rural.
Foi o vice-presidente Cobos, um dissidente da opositora União Cívica Radical (UCR, social-democrata), que desencadeou a suposta crise vetando a lei ao quebrar uma paridade de 36 votos no recinto da câmara alta, da qual é titular por norma constitucional e, por isso, tem direito de desempatar uma votação.
"Não estou traindo a presidente. Que envie outro projeto. Quero que se chegue a um consenso. A história me julgará", afirmou o vice, aliado de Kirchner até esta quinta, quando causou ao governo esta dura derrota parlamentar.
Cobos, de fato, passou assim para o lado da oposição, aliada dos patrões agropecuários contra o plano de governo de arrecadar apenas por direitos alfandegários 11 bilhões de dólares dos 24 bilhões de dólares da colheita de soja.
Momentos antes, o chefe do bloco de senadores no poder, Miguel Pichetto, disse que seria 'inacreditável que um vice-presidente votasse contra seu próprio governo, salvo que quisesse enfraquecê-lo, feri-lo de morte ou começar a aniquilá-lo".
"O vice-presidente causou um dano muito importante a seu Governo", alfinetou Pichetto ao terminar a sessão.
As autoridades do governo e seus habituais porta-vozes se mantiveram em silêncio depois da tensa votação.
Falando posteriormente à imprensa, Cobos desmentiu que tenha provocado uma crise política ao votar contra o imposto e que tenha a intenção de renunciar ao cargo.
"Não me passa pela cabeça renunciar. Seria trair a vontade popular, já que fui eleito de forma conjunta com a presidente e com igual quantidade de votos. Crise política seria minha renúncia e não vou renunciar", enfatizou.
O analista Rosendro Fraga opinou que a posição do vice-presidente confirma a divisão dentro do oficialismo e que a presidente Cristina Kirchner "vai ter mais governabilidade se aproximando mais de Cobos".
"A governabilidade não está em jogo. O que Cobos fez não foi votar contra o governo e sim a favor de uma Argentina que necessita de acordos e consensos. Estamos numa Argentina muito dividida", analisou, por sua vez, a consultora Graciela Rommer.
O líder da opositora União Cívica Radical (UCR), Gerardo Morales, falando à imprensa, garantiu que não há uma situação de golpe de Estado.
"A estabilidade do mandato de governo não está em perigo. Não há situação de golpe de Estado. Não há 'grupos de tarefas'. É preciso dialogar e reconhecer os que pensam diferente", afirmou o senador Morales.
O ex-presidente Néstor Kirchner (2003-2007) afirmou nesta semana, em um comício, que havia setores golpistas entre seus partidários e tentativas de destituir a presidente.
A última crise causada por um vice-presidente ocorreu durante o governo do conservador radical Fernando de la Rúa (1999-2001), que caiu em meio a uma rebelião popular, um ano e meio depois da renúncia de seu companheiro de fórmula, o centro-esquerdista Carlos Alvarez.
Néstor Kirchner, marido da presidente, assegurou que o Governo respeitaria a decisão do Congresso, e reiterou que o objetivo oficial é impedir que 'na mesa dos argentinos pesem os preços internacionais dos alimentos'.
Os Kirchner converteram a lei de impostos às exportações na pedra angular de seu governo, com o argumento de que se trata de um plano de redistribuição da riqueza, em um país que ainda tem 12 milhões de pobres, numa população de 40 milhões de pessoas.
A Argentina é o primeiro exportador mundial de farinhas e azeites de soja, o quarto de trigo, o segundo de milho e o terceiro em grãos de soja, segundo a secretaria de Agricultura dos Estados Unidos.
Após a votação, as comemorações tomaram conta durante o amanhacer desta quinta em Palermo, onde estavam concentrados os líderes ruralistas que mantiveram o confronto com o governo por causa da medida para aumentar substancialmente os impostos e aplicar uma tabela flutuante, cuja taxa aumentava à medida que os preços internacionais aumentassem.
A metade da colheita agrícola total do país, de cerca de 100 milhões de toneladas na safra 2007-2008, continuava retida nesta quinta pelos agricultores, atacadistas e exportadores que argumentavam a incerteza e o mal-estar causados pelo projeto.
A iniciativa, segundo a argumentação oficial, visava a gerar fundos adicionais de imposto para construir hospitais, moradias e estradas no interior.
A soja ocupa mais de 50% da superfície cultivada na Argentina e é considerada o 'ouro verde' do século XXI' no país, onde nos últimos meses toda a oposição se uniu aos agricultores para realizar gigantescas manifestações contra a proposta tributária do governo.
http://afp.google.com/article/ALeqM5haN4rME3Kza49cw8c2reg9o3oXGA
quarta-feira, 16 de julho de 2008
ONU afirma que responderá a ataque à missão conjunta em Darfur
da Efe, em Nova York
O Conselho de Segurança da ONU afirmou hoje que atuará contra os responsáveis pelos ataques a patrulhas da missão de paz conjunta com a União Africana (UA) em Darfur (Unamid), que mataram oito soldados da organização, no total, e feriram outros 22.
Aos sete mortos no ataque de 8 de julho contra a missão da ONU soma-se um militar que morreu hoje em outra emboscada.
Os 15 membros do principal órgão da ONU condenaram e qualificaram de "inaceitável" o ataque sofrido em 8 de julho pela patrulha por 200 agressores não identificados que estavam à cavalo e em 40 veículos fortemente armados.
"O Conselho manifesta particular preocupação com o fato de que o ataque foi premeditado, deliberado e tivesse como objetivo causar baixas", indica.
A declaração respalda a investigação iniciada pelas Nações Unidas e pede ao governo do Sudão para garantir que sejam identificados os responsáveis da emboscada e que eles sejam levados à Justiça.
"O Conselho ressalta a determinação de atuar contra estes responsáveis após conhecer o resultado da investigação da Unamid", ressalta.
O órgão lembra que qualquer ataque às forças de paz da ONU pode constituir um crime de guerra e pede a todas as partes que respeitem o direito humanitário internacional.
Crime de guerra
"O Conselho ressalta que qualquer agressão ou ameaça contra a Unamid é inaceitável e exige que não volte a ocorrer", reitera o texto.
Os integrantes do principal órgão tornaram pública sua condenação ao ataque após escutar um relatório do subsecretário para a Manutenção da Paz, Jean Marie Guehénno, sobre a situação da força internacional em Darfur.
Guehénno informou aos membros do órgão em reunião a portas fechadas da morte de outro militar da missão em um novo ataque a uma patrulha de militares da ONU e da UA em Darfur, segundo precisou a porta-voz da ONU, Marie Okabe.
O governo sudanês afirmou após a emboscada de 8 de julho que um dos maiores grupos rebeldes de Darfur estava por trás da agressão, mas fontes diplomáticas questionaram a versão pela potência e a sofisticação do armamento empregado.
O embaixador do Reino Unido, John Sawers, assegurou na saída da reunião que é preciso esperar que se conclua a investigação, mas ressaltou que os atacantes empregaram "armas que não tinham sido vistas antes" na região.
Ele anunciou que o país fez circular hoje no Conselho um projeto de resolução para renovar o mandato da Unamid, que expira em 31 de julho.
"Encontramo-nos em uma situação grave e o Conselho ressaltará o completo respaldo a esta missão nestes momentos difíceis", apontou.
Sawers assegurou que "ninguém fica feliz" com que, sete meses após o desdobramento, somente 40% dos 20 mil soldados que deveriam integrar a missão estejam no Sudão.
Ele agradeceu a promessa do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, de contar com 80% da força desdobrada até o final de 2008.
www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u423081.shtml
terça-feira, 15 de julho de 2008
"A Miss Vietnã era inferior às demais, mas foi para a final ", diz Natália Anderle
A Miss Brasil conversou com o jornal "O Dia" sobre sua desclassificação no Miss Universo
Quem Online
Em entrevista ao jornal “O Dia” desta terça-feira (15), a miss Brasil Natália Anderle comentou diretamente do Vietnã o resultado do concurso Miss Universo, realizado no domingo (13).
A representante brasileira, que não se classificou para a final do concurso, conta que ficou decepcionada com o resultado. “Fiquei muito triste, chateada mesmo. Esperava ficar entre as 15 finalistas. Dei o melhor de mim e cheguei aqui como uma das favoritas”.
Segundo a publicação, a gaúcha afirmou que os jurados tomam suas decisões baseados em critérios subjetivos. “Cabeça de jurado é complicada. A Miss Vietnã, por exemplo, era muito inferior às demais concorrentes, mas passou para a final porque seu país sediou o evento”, disse.
Embora esteja desapontada por não ter vencido, Natália não poupou elogios a venezuelana Dayana Mendonza, que levou o título de mulher mais bonita do mundo. “Ela trabalhou muito pelo título desde que chegou, é comunicativa e soube fazer a social. Fico feliz por ela”, contou.
Quando voltar ao Brasil, Natália pretende fixar residência no Rio de Janeiro. “Tenho muitas propostas de trabalho, mas primeiro vou cumprir minha agenda de Miss Brasil”, finalizou.http://revistaquem.globo.com/Revista/Quem/0,,EMI8074-9531,00-A+MISS+VIETNA+ERA+INFERIOR+AS+DEMAIS+MAS+FOI+PARA+A+FINAL+DIZ+NATALIA+ANDER.html
segunda-feira, 14 de julho de 2008
Betancourt diz que quer "desaparecer" por alguns dias
da Ansa
A dirigente política franco-colombiana Ingrid Betancourt reiterou hoje que pretende "desaparecer" por algumas semanas com seus filhos, Melanie e Lorenzo Delloye, na tentativa de se reencontrar plenamente com a família.
"Agora vou tirar uma semana. Vou sair de onde estou (na França) e ir para o campo. Depois, vou sair com meus filhos para umas férias durante algumas semanas para ficar só com eles, para voltar a ser mamãe", disse Betancourt à rádio colombiana Caracol, desde Paris. "Tenho essa sede de voltar a reconstruir os laços de amor com eles (meus filhos)."
Betancourt foi resgatada no último dia 2 de julho junto a outros 14 reféns pelo exército colombiano em uma operação em que militares se infiltraram no local de cativeiro das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
A ex-candidata presidencial comentou que "estava preparada para mais quatro anos de seqüestro, de modo que eu não tenho nada (em vista para um futuro próximo)", além de continuar a luta pela libertação de outros reféns e pela paz no país.
"O que quero fazer primeiro é voltar a ter uma vida, porque quando me libertaram, caí de pára-quedas na minha família que, como toda família, tem rotinas, tem suas agendas, suas vidas", expressou.
A ex-refém afirmou que continuará "trabalhando a cada dia com mais esforço" para a libertação dos 23 reféns políticos ainda em poder das Farc, para "conseguir conquistar a paz na Colômbia".
www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u422258.shtml