sábado, 14 de fevereiro de 2009

Israel não aceita acordo com Hamas sem libertação de soldado

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Da France Presse


JERUSALÉM, Israel, 14 Fev 2009 (AFP) - Israel não concluirá nenhum acordo de trégua com o movimento islâmico palestino Hamas para a Faixa de Gaza sem a libertação do soldado Gilad Shalit, anunciou o primeiro-ministro Ehud Olmert.


"A posição do primeiro-ministro é que Irsrael não alcançará acordos sobre a trégua antes da libertação de Gilad Shalit", afirma um comunicado oficial.


Ao mesmo tempo, o Hamas acusou Israel de impedir a conclusão de uma trégua duradoura na Faixa de Gaza.


O grupo radical denunciou um recuo de Israel sobre a trégua. "Pediram uma trégua sem limite de tempo e não de un ano e meio como acordado", afirmou o porta-voz do Hamas, Fawzi Barhum.


"Os recentes ataques israelenses na Faixa de Gaza e sua obstinação são obstáculos colocados por Israel aos esforços por uma trégua", acrescentou, antes de afirmar que o movimento responsabiliza o Estado hebreu "pelas consequências desta perigosa escalada".





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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

O que eu sei sobre o Caso Paula








Enviado por Ricardo Noblat

Às 12h02 da última quarta-feira meu celular deu o sinal de que recebera uma mensagem. Abri e li:

"Caro Noblat: minha filha sofreu um ataque de neonazistas na Suíça onde trabalha oficialmente. Teve o corpo retalhado a faca com a sigla de um partido de extrema direita. Grávida de gêmos, abortou-os. Você me conhece do bairro de São José, no Recife.. Nós nos reencontranos no aniversário de 80 anos de Armando Monteiro Filho. Trabalho com Roberto Magalhães. Assinado: Paulo Oliveira".

Lembrei de Paulo. Imediatamente tentei falar com ele. Consegui seu celular por meio do deputado Roberto Magalhães (DEM-PE), que sabia do que acontecera.

Magalhães e o senador Marco Maciel (DEM-PE) haviam acionado o Ministério das Relações Exteriores, como me contaria depois Paulo.

Liguei e falei com Paulo em Zurique, onde ele chegara na véspera. Paulo me contou o que publiquei neste blog às 15h52 daquele mesmo dia.

Trocamos pelo menos meia dúzia de telefonemas antes que eu postasse a notícia. Pedi-lhe fotos de Paula grávida. Ele acionou Jussara, sua mulher,que estava no Recife, e as fotos vieram por e-mail - três. Em todas, Paula exibe a barriga crescidinha.

Pedi fotos que comprovassem a agressão sofrida por Paula. Quem as remeteu por e-mail foi o economista suíço Marco Trepp, companheiro de Paula.

Os dois pretendiam se casar. Foi o que a própria Paula me disse por telefone. "Providenciei os papéis brasileiros que provam que eu sou solteira. Mas eles ainda terão de ser traduzidos oficialmente aqui para que possam ter validade".

Perguntei como ela se sentia. "Mal", respondeu. E não quis mais falar. Devolveu o celular ao pai.

Debruço-me sobre algumas questões abordadas por leitores do blog na seção de comentários.

1. Paula estava grávida ou mentiu?

As fotos que publiquei são de uma grávida. Tanto as que mostram Paula feliz quanto as que mostram sua barrica riscada por um estilete ou outro objeto cortante.

Dona Jussara me garantiu esta tarde que Paula estava sendo acompanhada por um ginecologista suíço. Que tem o resultado do exame de ultrasom que atestou sua gravidez. E o do exame que descobriu o sexo dos gêmos. Espera entregá-los à imprensa em breve.

Na rápida conversa que tive com Paula, perguntei se ela seria submetida a uma curetagem. Ela respondeu que os médicos que a atenderam na manhã daquele dia lhe haviam dito que a placenta continuava colada à parede do útero. E que talvez acabasse sendo expelida naturalmente.

2. Por que Paula, depois de agressão que diz ter sofrido, correu para um banheiro da estação de trem ao invés de procurar ajuda de moradores da região?

A estação de trem é próxima do local da suposta agressão. O local é uma área semideserta. Os agressores, segundo relato do pai da Paula, a deixaram só de calcinha e sutiã. Nevava. Para onde correr?

Do banheiro, Paula telefonou para seu companheiro Marco, que chegou pouco depois acompanhado de uma ambulância e de dois detetives da polícia de Zurique.

Foi no banheiro, segundo o pai da Paula, que ela começou a perder sangue e temeu estar abortando.

Um dos detetives, Hug Andreass, pos em dúvida a história contada por Paula tão logo a ouviu. Insinuou que ela poderia ter se autoflagelado. E advertiu-a de que seria processada se estivesse mentindo.

Foi por causa do comportamento de Andreass que duas policiais, em nome da chefatura de polícia de Zurique, visitaram, ontem, Paula no hospital e lhe pediram desculpas.

3. Paula pode ter estado grávida, perdido as gêmas antes da suposta agressão e se autoflagelado?

Em tese, sim. Mas ainda não foram apresentadas provas de que isso aconteceu.

Os médicos que a socorreram na noite de domingo podem comprovar se ela chegou ao hospital perdendo sangue.

É de se imaginar que a polícia examinou o banheiro da estação onde ele foi encontrada. É fácil para os médicos provarem que ela nunca esteve grávida.

Dizer que ela hoje não está grávida, ou que não estava ontem, ou anteontem, não significa que ela não estivesse grávida na noite do domingo.

Há casos de mulheres que abortam e que se autoflagelam depois. Mas por que Paula retalharia nas duas coxas e na barriga a sigla do partido de ultradireita que governa a Suiça?

Logo ela que estava pronta para casar com um suíço e continuar morando na Suíça?

Logo ela que tem o emprego estável de advogada em Zurique da empresa dinamarquesa A P Moeller/Maersk, líder mundial em transporte de contêineres?

Paula trabalhou para a Maersk em São Paulo. Convidada pela empresa, mudou-se para a Suíça.

Uma pessoa descontrolada emocionalmente, a ponto de retalhar o próprio corpo, seria capaz de desenhar com um estilete a sigla de um partido nas coxas e na barriga só para conferir credibilidade à história de que fora atacada por três neonazistas?





http://oglobo.globo.com/pais/noblat/post.asp?t=o-que-eu-sei-sobre-caso-paula&cod_Post=161445&a=111







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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Amorim expressa à Suíça preocupação com ataque racista contra brasileira







Da EFE






Brasília, 12 fev (EFE).- O ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, informou hoje que autoridades de sua pasta comunicaram ao pessoal diplomático suíço no país sua "profunda preocupação" com o ataque supostamente racista sofrido pela engenheira brasileira Paula Oliveira em Zurique.


Amorim se referiu ao incidente em que a engenheira sofreu mais de 100 pequenos ferimentos cortantes, feitos nos arredores de uma estação de trem de Zurique por três neonazistas com cabeças raspadas e suásticas tatuadas nos braços, segundo denunciou a própria jovem agredida.


O chanceler tinha convocado o embaixador da Suíça no país, Wilhelm Meier, mas como o diplomata não está no Brasil o pessoal do Ministério das Relações Exteriores recebeu outros representantes da delegação suíça.


"Expressamos nossa profunda preocupação com um caso que tem conotações xenófobas muito fortes", declarou Amorim em entrevista coletiva, embora tenha esclarecido que o Governo brasileiro aguarda mais informações das autoridades suíças.


Segundo fotos publicadas na imprensa local, os agressores da jovem de 26 anos gravaram por todo seu corpo com estiletes as iniciais SVP, que de acordo com a imprensa local correspondem ao Partido Popular Suíço, um dos integrantes da atual coalizão de Governo suíça.


Paula estava grávida e esperava gêmeos, mas a agressão sofrida, que incluiu pancadas em todo o corpo, fez com que ela sofresse um aborto, segundo informaram seus familiares no Brasil.


Tanto a advogada como sua família estão convencidos de que o ataque teve conotações racistas, especialmente porque ocorreu no momento em que ela conversas em português com sua mãe pelo celular.


Amorim disse que se trata de um incidente chocante e muito grave, e afirmou que o Brasil acredita que as autoridades suíças vão averiguá-lo "com todo o rigor" que o caso requer. EFE





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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

PT reforça campanha para fortalecer Dilma em SP e MG

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Da Agência Estado



Enquanto os tucanos se dividem em São Paulo e Minas Gerais na disputa entre seus governadores, José Serra e Aécio Neves, pela definição do candidato do PSDB à Presidência em 2010, o PT se une nos dois Estados em torno da provável candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. No final desta semana, o PT começa a intensificar a agenda de Dilma dentro do próprio partido, de olho na candidatura da ministra à Presidência da República em 2010.


Dilma é vista como a candidata preferida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas seu nome enfrenta algumas resistências dentro da legenda - tanto pelo fato de não ter disputado nenhuma eleição quanto pela disposição de alguns petistas em pleitear o posto de candidato à vaga ao Palácio do Planalto. A ideia é, portanto, aproximar Dilma do PT e criar um palanque para a ministra nos dois Estados.


Dilma fará uma "turnê" pelo sudeste, onde participará de eventos do PT em São Paulo e em Minas Gerais. Na Capital paulista, Dilma será homenageada em um jantar promovido pela ex-ministra do Turismo Marta Suplicy em sua casa, localizada no Jardim Europa. O jantar, que será realizado na sexta-feira, contará com as presenças de deputados federais e estaduais da legenda, assim como de vereadores da Capital e de prefeitos da região metropolitana. O cardápio e a lista fechada de convidados, entretanto, estão guardados a sete chaves pela própria Marta, organizadora do jantar.


No dia seguinte a ministra deve participar da abertura do Encontro Estadual do PT em Belo Horizonte. A expectativa dos organizadores é reunir mais de 100 prefeitos, outros 92 vice-prefeitos e 659 vereadores do partido em Minas. Embora o diretório regional do PT negue o viés eleitoral do encontro, que faz parte das comemorações dos 29 anos de fundação da legenda, a presença de Dilma casa com a estratégia definida pela própria direção estadual do partido, pela qual a aproximação da ministra com movimentos sociais petistas seria uma forma de treinamento para se comunicar melhor com a população.


O tema de abertura do encontro será "O Desafio dos Gestores Petistas no Executivo e Legislativo". Ao lado da ministra deverá estar ainda presente o ex-prefeito Fernando Pimentel (PT), que vem sendo cotado pelo próprio presidente Lula para auxiliar nas costuras políticas de viabilização da candidatura de Dilma à Presidência.


Em Minas, porém, Pimentel é acusado de ter ajudado a provocar dissidências no partido, depois da aliança informal com Aécio em torno da candidatura de Márcio Lacerda à prefeitura de Belo Horizonte. Não por acaso, dois petistas que compõem o ministério do presidente Lula e que foram contrários à aliança, Luiz Dulci (da secretaria-geral da Presidência) e Patrus Ananias (do Desenvolvimento Social e Combate à Fome) não confirmaram presença no encontro.






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terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Mortos por incêndio na Austrália podem passar de 200







Da EFE


Sydney (Austrália), 10 fev (EFE).- Bombeiros continuam hoje tentando salvar cidades inteiras das chamas do gigantesco incêndio que castiga o sul da Austrália, onde já matou 181 pessoas, número que ainda pode aumentar, pois há pelo menos 50 desaparecidos, como admitiu hoje o primeiro-ministro do estado de Victoria, John Brumby.


Mais de 7 mil pessoas têm dormido em centros de acolhimento, tendas de campanha ou em seus carros, por estarem ser lar devido às chamas.


Desde sábado, quando começou a onda de incêndios, o fogo arrasou mais de 3 mil quilômetros quadrados e cerca de mil imóveis no estado de Victoria .


Os médicos legistas que trabalham em um necrotério temporário em Melbourne advertiram que alguns restos de corpos podem ficar sem identificação devido ao terrível estado em que se encontram.


A Polícia criou uma unidade especial, batizada Força Phoenix, para investigar as causas dos incêndios e suas consequências, e se comprometeu a entregar aos legistas um relatório individual sobre cada uma das vítimas.


A investigação pode durar entre seis meses e um ano, e a Polícia não descarta que a lista final de vítimas mortais acabe incluindo mais de 300 nomes, segundo informa o jornal "The Age".


"Quando se vê as áreas atingidas desde o ar, é horrível. Em particular, em volta das cidades Kinglake e Marysville. Há centenas e centenas de casas completamente destruídas, portanto o número (de mortos) continuará crescendo", admitiu Brumby, após sobrevoar o nordeste de Victoria.


Kinglake, cerca de 80 quilômetros ao norte de Melbourne, é a cidade com maior número de mortos, 35 até o momento.


Sua estrada de acesso foi aberta hoje, mas somente para os serviços de urgência.


O número de atendimentos da Cruz Vermelha subiu de 5 mil a 7 mil e não se sabe o número exato de desabrigados que foram a viver com parentes ou com amigos ou daquelas que transformaram seus veículos em casas temporárias.


O Governo da Austrália recebeu mensagens de condolência de Brasil, Andorra, Cuba, França, Indonésia, Japão, México, Paquistão, Turquia e Cingapura, entre outros países. EFE




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domingo, 8 de fevereiro de 2009

Bombeiros retomam buscas na região onde avião caiu no Amazonas







Foram confirmados 24 mortos e quatro sobreviventes.
Equipes procuram por mais uma suposta vítima.

Do G1, em São Paulo, com informações da TV Amazonas

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O Corpo de Bombeiros de Manaus retomou, na manhã deste domingo (8), os trabalhos de resgate para encontrar mais uma suposta vítima que estaria no avião que caiu no sábado (7) no Rio Manacapuru, no Amazonas. Foram confirmadas 24 mortes.

 

Apenas quatro pessoas conseguiram sobreviver à queda da aeronave Bandeirante, que ficou parcialmente submersa no rio. 

"Um ribeirinho que ajudou a resgatar os sobreviventes nos contou que viu uma pessoa ser levada pela correnteza. Iremos até o local que ele nos indicar para ver se encontramos mais alguém", afirmou o tenente do Corpo de Bombeiros de Manaus Marco Antônio Calmon Gama, que está coordenando os trabalhos de busca. "As equipes têm 30 homens: 10 mergulhadores e 20 bombeiros de superfície."

  

O número de vítimas resgatadas não bate com as informações passadas pelo piloto antes do acidente. De acordo com a Aeronáutica, ele afirmou que havia 20 pessoas na aeronave, entre passageiros e tripulação.

 

A empresa Manaus Aerotáxi, proprietária do avião da Embraer EMB 110 Bandeirante, prefixo PT-SEA, confirmou a morte de 24 pessoas e o resgate de quatro com vida. No entanto, a companhia diz que conversou com parentes dos passageiros e ninguém saberia de mais uma pessoa que poderia estar desaparecida.

 

A empresa divulgou o telefone (92) 3652-1620 para que as famílias das vítimas possam obter mais informações sobre o ocorrido. Em seu site, há uma nota de pesar às vítimas.

  

As quatro pessoas resgatadas com vida são: Yan da Costa Liberal, de 9 anos, Brenda Dias Moraes, 21 anos, Éric Evangelista da Costa, 23 anos, e Ana Lúcia Reis, 43 anos. 

Segundo Marcelo Alves Cabral, diretor do Hospital Regional de Manacapuru, onde eles foram atendidos, todos passam bem. "Eles tiveram apenas escoriações e estavam muito nervosos, mas conversando bem, não estavam em estado de choque. O Éric é quem teve um corte mais profundo nas costas, mas todos foram medicados e já liberados", afirmou Cabral. 

"Eles me contaram que ouviram quando um dos motores parou e a aeronave perdeu altitude, teria batido em alguma coisa e depois entrou de bico na água. Como eles estariam no fundo do avião, conseguiram se salvar saindo pela porta de emergência", contou Cabral. 

O acidente

O avião decolou da cidade de Coari e, cerca de uma hora depois, caiu no Rio Manacapuru, próximo à ilha de Monte Cristo, na comunidade Santo Antônio, região da cidade de Manacapuru, por volta de 16h (horário de Brasília). 

Segundo a Aeronáutica, o piloto entrou em contato com a torre do aeroporto de Manaus e informou que voltaria para Coari por causa da forte chuva. Nesse momento, o Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta) perdeu contato com a aeronave. 

  

 

Ampliar FotoFoto: Arte/G1

Confira onde ocorreu o acidente (Arte/G1)

Ainda segundo o Comando da Aeronáutica, o avião desapareceu dos radares do controle aéreo a 20 minutos de chegar a Manaus. 

Segundo o 1º sargento do Corpo de Bombeiros de Manaus, Marimar Machado Marques, o piloto teria tentado fazer um pouso forçado no aeroporto de Manacapuru, mas caiu a cerca de 500 metros da cabeceira da pista, dentro do rio. 

Aproximadamente 40 homens da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Marinha trabalharam nas buscas. Duas equipes de mergulhadores do Corpo de Bombeiros de Manaus também foram deslocadas para o local. A chuva forte dificultou os trabalhos de resgate. 

O Comando da Aeronáutica informou que vai apurar as causas do acidente. 













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