sábado, 16 de agosto de 2008

Peregrinos ignoram perigo e seguem para santuário no Iraque











Reuters

Soldado passa por mulher iraquiana em Baquba, na província de Diyala  - Reuters

KERBALA, Iraque - Centenas de milhares de peregrinos desafiaram os diversos ataques a bomba que sacudiram o país e chegaram à cidade santa de Kerbala, neste sábado, para participar de um rito que se tornou uma demonstração anual de força da maioria xiita.

Muito dos peregrinos andaram por dias, sob temperaturas acima dos 50 graus, para celebrar o nascimento do Iman Mohammed al-Mehdi, uma figura messiânica que os xiitas acreditam ter desaparecido séculos atrás e que irá voltar para trazer paz ao mundo.

A explosão de uma bomba colocada em um carro estacionado em Bagdá atingiu alguns peregrinos no início da manhã deste sábado, deixando seis mortes e outros 10 feridos, informou a polícia.

Na noite de sexta-feira, uma van cheia de explosivos foi detonada perto de uma estação de ônibus na cidade de Balad, onde peregrinos estavam reunidos. Nove pessoas morreram e 40 ficaram feridas, de acordo com os números da polícia. A cidade xiita fica em uma região predominantemente sunita, na região norte de Bagdá.

Autoridades disseram que conseguiram evitar o derramamento de sangue em Kerbala. No ano passado, a peregrinação foi marcada por tiroteios entre facções xiitas e forças de segurança iraquianas.

"Graças a Deus, a situação está sob controle", afirmou o capitão Abdullah Muhammad, do Exército iraquiano em Kerbala.




http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2008/08/16/peregrinos_ignoram_perigo_seguem_para_santuario_no_iraque-547784926.asp

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Saída de capital estrangeiro da Bovespa divide opiniões











Vinicius Konchinski Repórter da Agência Brasil




São Paulo - A possível influência da fuga de capital estrangeiro da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) sobre os investimentos estrangeiros diretos, aqueles que se destinam à parte produtiva da economia e geram empregos, tem divido a opinião de economistas.Alguns acreditam que o capital que sai do mercado de ações brasileiro é somente “especulativo” e não altera os planos de expansão ou ampliação de empresas estrangeiras por aqui. Outros dizem que a saída do capital da bolsa reduz o ritmo da economia brasileira, o que afugenta o investimento produtivo, inclusive o estrangeiro.







O ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega, sócio da Tendências Consultoria Integrada, está no primeiro grupo. Em entrevista à Agência Brasil, ele afirmou que as empresas do exterior que pretendiam investir no país antes da crise internacional e das quedas da Bovespa já planejaram a sua aplicação há algum tempo e não mudarão de idéia devido à fuga dos que buscam ganhos imediatos do Brasil.







“O dinheiro que sai do país é o que está aplicado em ações. Não há notícias de fuga de investimentos em novas instalações, expansão de empresas etc” afirmou o economista. Ele citou relatórios do Banco Central (BC), que estimam a entrada de U$ 35 bilhões (R$ 56 bilhões) em investimentos estrangeiros diretos neste ano, 10% do total previsto para o país.






Segundo Mailson, dois fatores são determinantes para o investimento produtivo: as perspectivas de ganhos e a situação da empresa que fará a aplicação. Para ele, as perspectivas da economia brasileira estão “entre as melhores do mundo”






Ricardo José de Almeida, professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da Universidade de São Paulo (USP), tem outra opinião. Segundo ele, se a previsão do BC de investimentos estrangeiros diretos de US$ 35 bilhões foi feita no início do ano, “com certeza, não se confirmará” devido às incertezas nos cenários nacional e internacional.






Almeida considera equivocada a suposta divisão entre investimento “especulativo” e “produtivo”, já que um financia o outro. “O dinheiro que entra na Bolsa acaba sendo usado pelas empresas para financiar investimentos; com mais investimentos, mais o país cresce; com o crescimento, mais pessoas aplicam na bolsa; e assim vai...”






“A saída do investidor estrangeiro da bolsa faz os preços das ações cair e reduz o crescimento do país”, complementou o professor. “Se a economia não vai crescer o que se esperava, o investidor vai se afugentar, seja lá de onde for.”

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Abertura de "A Favorita" já indicava Flora como assassina











JONATHAN PEREIRA
Colaboração para a Folha Online

A revelação de que Flora (Patrícia Pillar) foi a assassina do empresário Marcelo Fontini (Flávio Tollezani) era mostrada desde o primeiro capítulo de "A Favorita". A indicação está na vinheta de abertura, que resume a trajetória de Flora e Donatela (Cláudia Raia).

Reprodução/TV Globo
Flora (Patrícia Pillar) em "A Favorita"
Abertura da novela das oito já dava a dica de que Flora (Patrícia Pillar) seria a assassina de Marcelo em "A Favorita"

A abertura começa com a tela dividida ao meio: o lado de Flora fica em preto e o de Donatela, em branco --cores que costumam simbolizar o mal e o bem, respectivamente.

Ambas começam brincando, depois formando uma dupla sertaneja, até que largam o violão e se separam. Na animação, elas abaixam o instrumento e cada uma olha para o canto oposto ao da outra.

As duas vão para a cidade grande, onde um homem aparece dividido, cada metade no lado de cada uma das personagens. Elas voltam a ficar frente a frente, pois vão brigar pelo amor de Marcelo.

Em seguida, Flora ganha a tela inteira, sentada, segurando o bebê que teve com esse homem. Novamente a imagem é dividida, com o homem no meio e as duas discutindo.

De repente, a arma é empunhada, e um tiro disparado do lado preto --o de Flora. O homem cai, Flora é separada da filha, Lara (Mariana Ximenes), e levada para a cadeia.

Enquanto Donatela brinca com a criança, a personagem de Patrícia Pillar está cabisbaixa, na prisão. A animação volta para as pastagens do início, Lara aparece dividida entre os lados e, mais uma vez, Flora e Donatela estão frente a frente.

Portanto, a resposta para o famigerado segredo revelado na semana passada já estava no ar desde o primeiro dia em que a trama foi ao ar, sem que ninguém percebesse.

Veja a abertura da novela "A Favorita".


Reprodução
Frame da abertura da novela "A Favorita"
Frame da abertura da novela "A Favorita" mostra o lado preto (de Flora) dando o tiro no personagem Marcelo; revelação já estava no ar desde o primeiro capítulo da trama, na vinheta de abertura





www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u432824.shtml

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Negociações para crise no Zimbabwe prosseguem hoje em Harare











As discussões sobre a partilha do poder entre Robert Mugabe, o líder do MDC Morgan Tsvangirai e Arthur Mutambara poderão prosseguir num Hotel de Harare, com a mediação do presidente sul-africano.






Da Redação com agências






Harare - As negociações entre o governo e a oposição zimbabweanas são retomadas nesta segunda-feira (11), após o discurso do chefe do Estado, Robert Mugabe, à nação em homenagem aos heróis da libertação do país.






As discussões sem interrupção visam remover os pontos em litígio entre as duas partes.






"As negociações vão ser retomadas hoje após a cerimónia de homenagem aos heróis da independência nacional", disse à imprensa Edwin Mushoriwa, porta-voz da facção dissidente do Movimento para Mudança Democrática (MDC, oposição).






O chefe Arthur Mutambara, que assiste a cerimónia de homenagem aos heróis da independência, pela primeira vez, sublinhou que o presidente Mugabe vai dirigir-se, como faz todos os anos, à nação, durante a cerimónia em honra aos zimbabweanos tombados pela independência da antiga colónia britânica da Rodésia do Sul.






As discussões sobre a partilha do poder entre Robert Mugabe, o líder do MDC Morgan Tsvangirai e Arthur Mutambara poderão prosseguir num Hotel de Harare, com a mediação do presidente sul-africano, Thabo Mbeki.







As negociações foram interrompidas na noite de domingo para segunda-feira, após longas horas de discussões.







"Catorze horas de discussões mostraram que há uma série de desacordos. Se houvesse acordo as negociações se fariam em duas horas", disse à imprensa Edwin Mushoriwa, porta-voz da facção dissidente do MDC.







O diário estatal "The Herald" indicou que o acordo poderá ser alcançado para breve, porque o presidente Mugabe, de 84 anos, 28 dos quais no poder, disse estar "confiante" que os obstáculos serão removidoss. As negociações foram iniciadas há três semanas, na África do Sul.







A 21 de Julho, os chefes da oposição e o governo iniciaram negociações para a partilha do poder a fim de desbloquear a crise no país, paralisado desde a reeleição de Mugabe, contestada pela oposição, devido a violência contra os seus membros.







Segundo informações não confirmadas da imprensa sul-africana, as negociações registaram um avanço decisivo que inclui a aprovação de uma amnistia para os responsáveis dos massacres cometidos no início de 1980 contra a minoria Ndebele, no sul do país.







Vão ainda beneficiar da amnistia, os autores da violência recente contra os membros da oposição.







Um acordo será igualmente concluído sobre a questão da terra, cuja redistribuição à maioria negra catalisa as tensões e provocou a queda brusca da produção agrícola no Zimbabwe, antigo celeiro de trigo na África Austral, cuja economia está mergulhada em profunda crise.







www.africa21digital.com/noticia.kmf?cod=7583190&canal=401

domingo, 10 de agosto de 2008

Geórgia se retira da Ossétia do Sul, mas a Rússia aumenta a pressão







otografia 1 de 3

Tropas georgianas em Gori



TBILISSI (AFP) — A Rússia impôs neste domingo um bloqueio marítimo à Geórgia e assumiu o controle de Tskhinvali, a capital da Ossétia do Sul, depois que Tbilissi anunciou a retirada de suas forças de quase toda essa região separatista pró-russa.

"Saímos de praticamente toda Ossétia do Sul, como mostra de nossa boa vontade para deter o enfrentamento militar", declarou o secretário do Conselho de Segurança Nacional da Geórgia, Alexander Lomaya.


Lomaya também informou que as forças russas se dirigem para o sul e as georgianas estão tomando posição para defender a cidade de Gori.

A cidade georgiana de Zugdidi, oeste do país e perto da região separatista da Abkházia, igualmente foi bombardeada pela Rússia, segundo o ministro da Reintegração da Geórgia, Temur Yakobashvili.

O Exército russo confirmou que controla a maior parte de Tskhinvali.

"A maior parte de Tskhinvali é controlada pelas forças de manutenção da paz", majoritariamente russas, disse Nogovitsyn, durante uma entrevista coletiva à imprensa.

Mas a situação pode mudar a qualquer momento, já que os georgianos estão convocando reservistas para o campo de batalha, segundo essa autoridade militar.

De acordo com a fonte, os georgianos dispõe de cerca de 7.500 soldados e centenas de blindados e peças de artilharia na região de Tskhinvali.

O Estado-Maior russo informou ainda que o general Anatoli Jrulev, comandante das tropas russas posicionadas na Ossétia do Sul, ficou ferido na explosão de um obus durante os combates com as forças georgianas, mas não corre perigo de vida, segundo a Interfax.

O governo georgiano afirmou que Moscou enviou 6.000 homens de reforço à Ossétia do Sul e que 4.000 soldados russos foram embarcados em anvios de guerra na Abházia, outra região separatista georgiana pró-russa.

Rússia e Geórgia, no entanto, concordaram em abrir dois corredores humanitários para retirar os feridos e refugiados do conflito na Ossétia do Sul, informou a agência russa Ria Novosti.

Segundo uma porta-voz do governo rebelde, Irina Gagloïeva, Tskhinvali está inteiramente destruída e os habitantes que não conseguiram fugir sofrem com a falta de produtos de primeira necessidade, remédios, eletricidade e gás.

Vinte pessoas morreram e 150 ficaram feridas nos ataques da madrugada de domingo nessa cidade.

No plano diplomático, a Geórgia fez um apelo aos Estados Unidos e pediu à secretária de Estado Condoleezza Rice que atue de medidadora junto aos russos, segundo anunciou à AFP o secretário de segurança georgiano Alexandre Lomaya.

A Casa Branca, por sua vez, advertiu a Rússia para as "importantes conseqüências que uma escalada perigosa e desproporcional" da intervenção russa na Geórgia pode ter sobre as relações bilaterais.

"Deixamos claro aos russos que se a escalada perigosa e desproporcionada de sua parte continuar, terá um impacto significativo a longo prazo nas relações entre Rússia e Estados Unidos", disse em Pequim o vice-conselheiro de segurança nacional Jim Jeffrey.

Para Jeffrey, a resposta russa à retirada das forças georgianas da Ossétia do Sul será uma "prova" reveladora das verdadeiras intenções da Rússia nesse conflito com Tblisi.

Esta foi a advertência mais veemente lançada por Washington a Moscou desde o início das hostilidades na sexta-feira.

O Conselho de Segurança da ONU, por sua vez, terminou no sábado uma nova rodada de discussões informais sobre o duro conflito entre Rússia e Geórgia sem chegar a um consenso sobre uma trégua.

"Chegamos à conclusão de que será muito difícil, talvez impossível, conseguir algo em comum para fazer uma declaração", disse o embaixador belga Jan Grauls aos jornalistas.

Os 15 embaixadores do Conselho se reuniram hoje, a portas fechadas, para ouvir o assistente do secretário-geral da ONU para Operação de Manutenção de Paz, Edmond Mulet, sobre os últimos acontecimentos na região.

Mais cedo, em entrevista à emissora americana CNN, o presidente georgiano, Mikhail Saakashvili, declarou que seu país estava pronto para um cessar-fogo na Ossétia do Sul, se a Rússia detivesse seus ataques.

Assistindo os Jogos Olímpicos em Pequim, o presidente americano, George W. Bush, pediu o fim dos bombardeios russos e comentou que os Estados Unidos trabalham com seus aliados europeus para lançar uma mediação internacional para retomar o diálogo.



http://afp.google.com/article/ALeqM5h8u0UwvOcdj5JuXuN0XszZECA_ug