quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Líderes da Câmara fecham acordo para votar pela web livre nas eleições







Votação está prevista para acontecer ainda nesta noite.
Para valer em 2010, proposta precisa ser publicada até 3 de outubro.




Eduardo Bresciani Do G1, em Brasília



Os líderes da Câmara chegaram a um acordo para aprovar ainda na noite desta quarta-feira (16) o projeto de reforma eleitoral mantendo a internet livre de restrições no período das eleições. Após a votação, o projeto irá para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e precisa ser publicado no Diário Oficial até 3 de outubro para valer para o pleito de 2010.


Pelo acordo, a Câmara vai aceitar apenas quatro emendas do Senado relativas à internet. Além da emenda que determina a “livre manifestação de pensamento”, serão aceitas outras emendas que tiram a responsabilidade de portais pela divulgação de propaganda em sites pessoais e blogs sem que seja de conhecimento dos provedores.

O provável texto da Câmara resolverá o impasse em relação ao debate. Será derrubada a emenda do Senado que trata do tema. Desta forma, o debate será livre na web. Já o rádio e a televisão, por sua vez, só poderão realizar debates com dois terços dos candidatos.


O vice-líder do PMDB, Rodrigo Rocha Loures (PR), comemorou o acordo. "Vamos retomar o texto original da Câmara, exceto na parte da internet. Por acordo a Câmara decidiu apoiar a internet livre".

O líder do PSDB, José Aníbal (SP), concordou com o acerto entre os líderes, mas criticou a “pressa” da Casa. Ele defendia que a Casa atendesse mais mudanças feitas no Senado, mas foi derrotado. “O Senado fez bons avanços e a Câmara vai decidir de afogadilho. Será só mais um remendo eleitoral”.


Com a decisão das líderes, temas retirados pelo Senado, como a impressão de parte dos votos depositados nas urnas eletrônicas e a permissão de voto em trânsito para a Presidência da República, voltam para o texto.


Ficarão de foras inovações feitas pelo Senado, como a eleição direta a qualquer tempo no caso de cassação de mandatos de governadores e prefeitos e a exigência de “reputação ilibada” para os candidatos.

A pressa em aprovar o projeto tem dois motivos. O primeiro é que para a reforma entrar em vigor nas eleições de 2010 ela precisa ser sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e publicada no Diário Oficial até o dia 3 de outubro. O segundo motivo é que a partir desta quinta-feira (17) a pauta da Câmara estará trancada por uma Medida Provisória, o que impediria a votação do projeto. Por se tratar de lei ordinária, a reforma eleitoral não poderia se beneficiar da brecha criada por Temer que permite votações de alguns projetos mesmo com a pauta trancada.



http://g1.globo.com





segunda-feira, 14 de setembro de 2009

PSD compara endividamento para TGV com “compras nos saldos” que não “servem para nada”






Filomena Fontes, Nuno Simas




Sem se deixar impressionar pelas críticas que chegam de Espanha e pelos ataques de José Sócrates, a líder do PSD reforçou hoje que se o TGV avançar o país “vai empobrecer” e comparou mesmo a perda de fundos comunitários com os saldos.






“Preocupa-me o endividamento. Estarmos a obter fundos para nos endividarmos. Parece-me pouco racional. É como as compras nos saldos: compra-se muita coisa e depois não servem para nada”, afirmou Manuela Ferreira Leite aos jornalistas, depois de inicoiar o segundo dia de campanha nas Termas de Cabeço de Vide, Portalegre.






Ferreira Leite mantém tudo o que disse no debate com Sócrates - “fui clara e mantenho o que disse” – e afirma-se perplexa com as acusações do seu adversário que domingo, num comício, qualificou a suspensão do TGV como um “ataque baixo” e “anti-democrático”. “Deixa-me perplexa que haja um primeiro-ministro que considere que a defesa da independência económica do país seja um ataque baixo”, afirmou.






E reagindo às afirmações do ministro do Fomento espanhol e do presidente da Extremadura, que alertaram para possível perda de fundos europeus, a líder social-democrata diz que essas reacções lhe dão razão. “Há interesses espanhóis neste projectos”.






A ex-ministra das Finanças garantiu que tomaria a mesma posição caso o Governo em Madrid fosse do PP e não do PSOE e não faz declarações consoante as “cores políticas seja de quem for”. “Essa é uma característica do engenheiro Sócrates”, acusou.









http://ultimahora.publico.clix.pt