segunda-feira, 14 de setembro de 2009

PSD compara endividamento para TGV com “compras nos saldos” que não “servem para nada”






Filomena Fontes, Nuno Simas




Sem se deixar impressionar pelas críticas que chegam de Espanha e pelos ataques de José Sócrates, a líder do PSD reforçou hoje que se o TGV avançar o país “vai empobrecer” e comparou mesmo a perda de fundos comunitários com os saldos.






“Preocupa-me o endividamento. Estarmos a obter fundos para nos endividarmos. Parece-me pouco racional. É como as compras nos saldos: compra-se muita coisa e depois não servem para nada”, afirmou Manuela Ferreira Leite aos jornalistas, depois de inicoiar o segundo dia de campanha nas Termas de Cabeço de Vide, Portalegre.






Ferreira Leite mantém tudo o que disse no debate com Sócrates - “fui clara e mantenho o que disse” – e afirma-se perplexa com as acusações do seu adversário que domingo, num comício, qualificou a suspensão do TGV como um “ataque baixo” e “anti-democrático”. “Deixa-me perplexa que haja um primeiro-ministro que considere que a defesa da independência económica do país seja um ataque baixo”, afirmou.






E reagindo às afirmações do ministro do Fomento espanhol e do presidente da Extremadura, que alertaram para possível perda de fundos europeus, a líder social-democrata diz que essas reacções lhe dão razão. “Há interesses espanhóis neste projectos”.






A ex-ministra das Finanças garantiu que tomaria a mesma posição caso o Governo em Madrid fosse do PP e não do PSOE e não faz declarações consoante as “cores políticas seja de quem for”. “Essa é uma característica do engenheiro Sócrates”, acusou.









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