Filomena Fontes, Nuno Simas
Sem se deixar impressionar pelas críticas que chegam de Espanha e pelos ataques de José Sócrates, a líder do PSD reforçou hoje que se o TGV avançar o país “vai empobrecer” e comparou mesmo a perda de fundos comunitários com os saldos.
“Preocupa-me o endividamento. Estarmos a obter fundos para nos endividarmos. Parece-me pouco racional. É como as compras nos saldos: compra-se muita coisa e depois não servem para nada”, afirmou Manuela Ferreira Leite aos jornalistas, depois de inicoiar o segundo dia de campanha nas Termas de Cabeço de Vide, Portalegre.
Ferreira Leite mantém tudo o que disse no debate com Sócrates - “fui clara e mantenho o que disse” – e afirma-se perplexa com as acusações do seu adversário que domingo, num comício, qualificou a suspensão do TGV como um “ataque baixo” e “anti-democrático”. “Deixa-me perplexa que haja um primeiro-ministro que considere que a defesa da independência económica do país seja um ataque baixo”, afirmou.
E reagindo às afirmações do ministro do Fomento espanhol e do presidente da Extremadura, que alertaram para possível perda de fundos europeus, a líder social-democrata diz que essas reacções lhe dão razão. “Há interesses espanhóis neste projectos”.
A ex-ministra das Finanças garantiu que tomaria a mesma posição caso o Governo em Madrid fosse do PP e não do PSOE e não faz declarações consoante as “cores políticas seja de quem for”. “Essa é uma característica do engenheiro Sócrates”, acusou.
http://ultimahora.publico.clix.pt
Nenhum comentário:
Postar um comentário