sábado, 5 de janeiro de 2008

Banco do Brasil suspende crédito rural para adequar IOF

Técnicos do banco prometem reabrir financiamento até terça-feira.Interrupção temporária não deve afetar total de empréstimos feitos pela instituição.
Do G1, em Brasília, com informações da TV Globo

O Banco do Brasil suspendeu temporariamente financiamentos agrícolas que têm incidência do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O objetivo é readequar o crédito rural ao aumento do tributo, proposto pelo governo na última quinta-feira (3). Os financiamentos agrícolas, como o Fundo Constitucional do Centro-Oeste e o financiamento da reforma agrária, que não tem incidência do IOF, não foram alterados.



Trabalho


Os técnicos do Banco do Brasil trabalham durante o final de semana para que até terça-feira (8) todas as linhas de crédito rurais estejam reabertas. O BB prevê emprestar até R$ 40 bilhões para a safra 2007/08. Desse total, apenas R$ 15,6 bilhões já foram desembolsados. A suspensão temporária, no entanto, não deve afetar a tomada de empréstimo porque o pico da demanda ocorre em fevereiro, quando começa a safra no Nordeste e no Norte, e as safrinhas no Sudeste e Centro-Oeste.

De acordo com o decreto do governo, o IOF teve alíquota diária elevada de 0,0041%, para 0,0082% e implementou-se um adicional de 0,38%. Essa engenharia tributária elevou a cobrança do imposto anual de 1,5%, para 3%.


do site:

http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/0,,MUL248553-9356,00-BANCO+DO+BRASIL+SUSPENDE+CREDITO+RURAL+PARA+ADEQUAR+IOF.html

Mega-Sena deve pagar R$ 20 milhões neste sábado

da Folha Online


A Caixa Econômica Federal estima que o sorteio deste sábado da Mega-Sena pague R$ 20 milhões para o bilhete que acertar as seis dezenas do concurso 932.


Ninguém acertou as dezenas sorteadas no concurso anterior --número 931--, na véspera de Réveillon. Na ocasião, os números sorteados foram: 07 - 17 - 19 - 34 - 36 - 39.


As apostas para concorrer ao prêmio acumulado podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio. A aposta mínima --seis números-- custa R$ 1,50.

do site:

Oficiais da Scotland Yard examinam local em que Bhutto foi morta

da Efe, em Rawapindi


A equipe da Scotland Yard (polícia britânica) designada para atuar nas investigações sobre o assassinato da ex-premiê e líder opositora paquistanesa, Benazir Bhutto, fez uma perícia no local do crime neste sábado para tentar reconstruir a seqüência dos fatos.


Os cinco especialistas britânicos em combate ao terrorismo visitaram o parque de Liaqat Bath, em Rawalpindi, cidade próxima a Islamabad, informou à agência Efe uma fonte policial. Eles examinaram a área por duas horas.


Os oficiais da Scotland Yard também conversaram com autoridades policiais na Província do Punjab (leste) e visitaram uma delegacia de Rawalpindi para tirar fotografias do veículo blindado da ex-premiê, segundo uma fonte policial citada pela emissora Geo TV.


O parque de Liaqat Bath foi isolado por um cordão policial, enquanto os policiais mantinham afastados os curiosos que tentavam se aproximar.


"Eles chegaram muito tarde para investigar a morte de Bhutto", disse um morador que discutia com os policiais.


O governo do Paquistão prometeu não interferir nas investigações da Scotland Yard ou exercer qualquer pressão sobre os oficiais.


Os agentes britânicos chegaram à capital Islamabad nesta sexta-feira e se reuniram com quatro investigadores paquistaneses e três membros da delegação diplomática britânica no Paquistão para analisar a situação.


Os britânicos têm a difícil tarefa de esclarecer o assassinato de Bhutto, já que a família da líder se opõe à exumação de seu corpo. Eles ainda não falaram à imprensa.


A secretária de Informação do partido da ex-premiê, o PPP (Partido do Povo Paquistanês), Sherry Rehman, afirmou em entrevista publicada neste sábado que seu partido colaborará com a Scotland Yard, mas ainda insistiu em uma investigação internacional.

do site:

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Guido Mantega sairá de férias por 15 dias

Ministro da Fazenda começa recesso na próxima segunda-feira (7).Secretário-executivo responderá interinamente por ministério.


Da Agência Estado O ministro da Fazenda, Guido Mantega, entrará de férias na próxima segunda-feira (7). O período de descanso será de 15 dias. Durante esse período, responderá interinamente pelo Ministério, o secretário-executivo, Nelson Machado.



Mantega embarca agora na manhã desta sexta-feira (4) para São Paulo, e despachará à tarde na sede regional do Ministério. Nesta semana, o ministro apresentou um pacote de medidas para compensar a perda de R$ 40 bilhões de arrecadação com o fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).


O ministro das Comunicações, Hélio Costa, está de férias desde quinta (3), segundo despacho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, publicado nesta sexta no Diário Oficial da União. O período de descanso do ministro será de 23 dias.

do site:

http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL247019-5601,00-GUIDO+MANTEGA+SAIRA+DE+FERIAS+POR+DIAS.html

Carro-bomba na Turquia matou quatro pessoas e feriu 68

Agencia Estado


O atentado com carro-bomba contra um ônibus transportando militares deixou pelo menos quatro mortos e 68 feridos na cidade de maioria curda de Diyarbakir, no sudeste da Turquia, informaram autoridades. O ônibus passava na frente de um hotel cinco estrelas quando o carro-bomba explodiu, segundo a agência estatal de notícias Anatólia. Dois dos mortos eram soldados. Autoridades responsabilizaram rebeldes curdos pelo ataque.

Segundo a TV CNN-Turk, a polícia capturou dois suspeitos que estariam fugindo do local do ataque. A explosão atingiu pessoas e carros que passavam pelo local. Vidraças de prédios foram estilhaçadas e vários estudantes ficaram feridos. A explosão, que foi ouvida a três quilômetros de distância, parece ter sido uma retaliação a três ataques aéreos da Turquia contra esconderijos rebeldes curdos no norte do Iraque no mês passado.

Guerrilheiros do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) têm lutado há duas décadas pela independência da região onde os curdos são majoritários, no sudeste da Turquia. O grupo tem bases no norte do Iraque, que usam para atacar território turco. Em outubro, o Parlamento da Turquia autorizou que o Exército cruzasse a fronteira e atacasse alvos curdos no Iraque. Em dezembro, a aviação turca passou a bombardear supostas bases curdas no Iraque, provocando a morte de centenas de rebeldes. Líderes do PKK juraram então promover atentados nas grandes cidades da Turquia.

do site:

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Petróleo oscila e cai à espera de estoques nos EUA

Por Patricia Lara


Agência Estado Os contratos futuros do petróleo mudaram de rota e são negociados em baixa moderada, em um mercado que aguarda os dados de estoques semanais da commodity e derivados nos EUA para determinar uma direção para o dia.


Às 9h03 (de Brasília), o contrato do Brent para vencimento em fevereiro era cotado em baixa de 0,04%, a US$ 97,80 por barril, após estabelecer o recorde de US$ 98,26 por barril, mais cedo, na ICE londrina. O contrato do WTI para o mesmo vencimento era transacionado em queda de 0,02%, a US$ 99,60 por barril, na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex). Ontem, o contrato do WTI cravou o nível psicologicamente incômodo dos US$ 100 por barril, mas encerrou o dia a US$ 99,62 por barril, em alta de US$ 3,64 (3,77%), na Nymex.


Em relação aos relatórios sobre estoques do petróleo, com divulgação às 13h30 (de Brasília), os analistas consultados pela Dow Jones projetam recuo de 1,8 milhão de barris do petróleo bruto e redução de 300 mil barris nos estoques de derivados. Os estoques de petróleo bruto nos EUA encontram-se no menor nível em três anos, dando suporte para a alta da commodity. O enfraquecimento do dólar - moeda referencial para negociação do contrato do petróleo - também dá apoio a um ajuste nos preços. As tensões geopolíticas são o terceiro pilar para a alta da commodity.


Para o diretor-gerente e economista-chefe da FACTS Global Energy, Jeff Brown, de Cingapura, os preços do petróleo devem se manter voláteis no curto prazo, em razão das tensões geopolíticas associadas a níveis apertados na ponta da oferta, mas os preços tendem a se desacelerar no final de 2008, diante da expectativa de oferta adicional.


A disparada do petróleo para US$ 100 o barril não deve afetar a demanda global pela commodity por enquanto ou mudar de forma significativa os padrões de consumo entre os consumidores chave, disse um funcionário da Agência Internacional de Energia (AIE). Segundo Eduardo Lopez, analista da AIE, a demanda de petróleo está concentrada em três regiões principais, os EUA, a China e o Oriente Médio, e nenhuma delas deve ver a demanda cair significativamente em resposta aos preços recordes. As informações são da Dow Jones.

do site:

Inflação semanal tem maior recuo em Porto Alegre, informa FGV

da Folha Online


A inflação medida pelo IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor - Semanal), da FGV (Fundação Getulio Vargas) mostrou recuo em quatro das setes capitais onde é apurado, com destaque para a queda verificada em Porto Alegre no período até 31 de dezembro de 2007, segundo dados divulgados nesta quinta-feira.


O índice de inflação registrado em Porto Alegre recuou de 0,36% para 0,26% (recuo de 0,10 ponto percentual). Em seguida vieram as quedas registradas nos índices apurados em São Paulo (de 0,78% para 0,71%) e em Brasília (de 0,76% para 0,69%), de 0,07 ponto percentual cada.


Também recuou o índice registrado em Belo Horizonte, que passou de 0,55% para 0,53%.


Em Recife foi registrada a maior alta no período, de 0,21 ponto percentual, passando de 0,93% para 1,14%. No Rio de Janeiro, o índice passou de 0,48% para 0,58% e em Salvador, de 1.03% para 1,12%.


O IPC-S geral, divulgado ontem, mostrou uma alta de 0,70% no mesmo período. Em 2007, o índice acumulou alta de 4,60%. Os itens de alimentação puxaram a inflação medida pelo IPC-S em 2007. No acumulado do ano, o grupo apurou variação de 10,65%, seguido por saúde e cuidados pessoais, com alta dos preços de 4,18% no mesmo período.


A próxima apuração do IPC-S geral, com dados coletados até o dia 7 deste mês será divulgada no dia 8 de janeiro. Já os índices referentes às capitais devem ser divulgados no dia 9.

do site:

Quénia: polícia reprime milhares de opositores do Presidente



Thomas Mukoya/Reuters
A onda de violência começou no domingo, depois de ter sido anunciada a reeleição do Presidente Mwai Kibaki





Em Nairóbi
Quénia: polícia reprime milhares de opositores do Presidente


Agências


A oposição queniana, liderada por Raila Odinga, cumpriu a sua ameaça e milhares de apoiantes da sua candidatura - que saiu derrotada nas eleções de domingo - saíram hoje às ruas de Nairobi. O Presidente Mwai Kibaki acusou ontem o seu rival político de "genocídio" e "limpeza étnica" pela onda de violências políticas que varrem o país e que já matou pelo menos 300 pessoas, segundo organizações locais e internacionais de Direitos Humanos.

Apesar dos apelos à calma por parte da comunidade internacional, a oposição cumpriu as suas ameaças e manifestou-se no centro da capital. A polícia do Quénia tinha avisado que actuaria contra os manifestantes e, desde o início dos protestos, lançou gás lacrimogénio e utilizou canhões de água contra várias centenas de opositores do governo daquela nação africana. O Governo deu mesmo autorização aos agentes para atirar a matar contra os manifestantes mais violentos.

De acordo com a Reuters, os manifestantes marcharam por uma das principais estradas de Nairobi, bloqueando praças e ruas, ao passo que alguns agentes perseguiram seguidores de Odinga que transportavam paus.

De acordo com a AFP, dois deputados da oposição foram detidos pela polícia em Kisumu (oeste do país), por terem incitado os partidários de Odinga a manifestarem-se, indicou fonte policial.

A onda de violência começou no domingo, depois de ter sido anunciada a reeleição do Presidente Mwai Kibaki, que de imediato tomou posse para novo mandato, apesar dos fortes protestos da oposição.

Uma enorme multidão incendiou anteontem uma igreja nas proximidades da cidade de Eldoret, na província queniana de Rift Valley, no Ocidente do país, tendo morto pelo menos três dezenas de pessoas que aí se encontravam refugiadas.

A situação vivida actualmente é uma luta de poder entre o maior grupo, os kikuyu, ao qual pertence o Presidente e que tradicionalmente detém o poder, e os luo, terceiro maior grupo, ao qual pertence o líder da oposição, Raila Odinga.

Apesar dos apelos internacionais, em Nairobi pouco ou nada faz crer numa reconciliação imediata: depois de ter colocado como condição para se encontrar com o Presidente Kibaki, que este renuncie à sua declaração de vitória presidencial, o líder da oposição Raila Odinga manteve hoje a sua concentração de apoiantes.

do site:

http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1315485

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Britânicos ajudarão em investigação sobre Bhutto, diz Musharraf

ISLAMABAD (Reuters) - O presidente paquistanês, Pervez Musharraf, afirmou na quarta-feira ter pedido ajuda da polícia britânica na investigação sobre o assassinato da ex-premiê e líder oposicionista Benazir Bhutto.

"Estou grato ao primeiro-ministro Brown por ter aceito meu pedido", afirmou Musharraf durante um pronunciamento pela TV, referindo-se ao premiê britânico Gordon Brown.

"Esta equipe virá imediatamente e auxiliará nossa equipe na investigação...Espero que estas investigações sejam realizadas de maneira apropriada com a Scotland Yard e esclareçam todas as dúvidas", disse.

O presidente afirmou ainda que o Exército e os paramilitares serão mobilizados para garantir que as eleições de 18 de fevereiro transcorram de maneira pacífica. O pleito estava inicialmente marcado para 8 de janeiro.

Exército do Chile retira 54 pessoas da área do vulcão em erupção

SANTIAGO (Reuters) - O corpo de resgate desocupou nesta quarta-feira o parque onde turistas estavam presos atrás do vulcão em erupção Llaima, no sul do Chile, que começou a lançar lava no dia anterior e forçou os habitantes vizinhos a abandonarem a área, sem registros de vítimas.

O Llaima é um dos quatro vulcões mais ativos da América do Sul e está localizado 700 quilômetros ao sul de Santiago, dentro do Parque Nacional Conguillío, perto da fronteira com a Argentina. A erupção ocorreu exatamente no início da temporada de férias no país.

As autoridades desocuparam a região na terça-feira tirando dezenas de turistas que estavam no parque. No entanto, mais de 50 pessoas ficaram presas no local após um rio transbordar com o degelo no topo do vulcão e bloquear a via de acesso.

"Esta manhã foram retiradas pelo corpo do Exército as 43 pessoas que permaneciam na área do Parque Nacional Conguíllio. O mesmo aconteceu com outras 11 pessoas", disse em comunicado o Serviço Nacional de Emergências (Onemi).

Uma neblina cobriu a manhã desta quarta-feira impedindo a utilização de helicópteros para o resgate dos que ficaram presos no parque. Foram usados caminhões militares para a operação.

A última erupção do vulcão Llaima, de 3.125 metros de altura, aconteceu em 1994.

O Chile tem mais de 2 mil vulcões, 500 deles são considerados ativos e outros 60 têm registros de erupções nos últimos 450 anos.

"Mais uma vez estamos ameaçados por uma catástrofe natural", disse a jornalistas a presidente chilena, Michelle Bachelet, fazendo uma alusão ao recente terremoto que abalou o norte do Chile em novembro em 2007.

"Estamos tomando todas as medidas necessárias para evitar riscos pessoais e, felizmente, até agora não tivemos nenhuma perda", acrescentou.

(Por Antonio de la Jara)

do site:

http://br.reuters.com/article/worldNews/idBRN0265046320080102

Hospital de Londres é esvaziado após incêndio

Photo LONDRES (Reuters) - Um incêndio atingiu o último piso de um importante hospital de câncer em Londres nesta quarta-feira, provocando a retirada de todos os funcionários e pacientes, incluindo alguns em cirurgias.

O andar inteiro do Hospital Real Marsden foi tomado pelas chamas e os pacientes tiveram que ser retirados, em meio a temperaturas congelantes, para hospitais e igrejas próximos.

As ruas da região foram fechadas.

Um porta-voz do Corpo de Bombeiros de Londres descreveu o incêndio, que começou pouco depois das 11h16 (horário de Brasília) no hospital do oeste da capital, como "muito grande e sério".

Segundo ele, 25 caminhões de bombeiro e 125 bombeiros lutam contra as chamas.

"É um dos maiores incêndios que já tivemos que combater", afirmou.

Não há informações sobre vítimas ou indicações de possíveis causas.

Uma porta-voz do hospital disse que todos os pacientes estão em segurança.

Uma médica do hospital, Toni Burke, contou à Sky News que, pelo menos, dois pacientes estavam sendo operados quando o incêndio começou.

(Reportagem de Andrew Hough e Jeremy Lovell)

do site:

http://br.reuters.com/article/worldNews/idBRN0265161920080102

Elevação da IOF atinge cheque especial e cartão de crédito

Matemático financeiro diz que o impacto para o consumidor final não era grande

Fernando Nakagawa e Fabio Graner


BRASÍLIA - A decisão do governo de elevar tributos para compensar o fim da CPMF vai aumentar o custo de uma série de operações bancárias. Os financiamentos e empréstimos são os principais afetados, mas não são os únicos prejudicados. Contratação de seguros, compras no exterior feitas no cartão de crédito e até as exportações pagarão mais para os cofres públicos, por meio da elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em 0,38 ponto porcentual. As operações bancárias como saque e depósito ficarão livres da cobrança.

Veja também:

linkGoverno aumenta IOF para compensar CPMF

Para o consumidor, a elevação do IOF vai afetar transações ligadas ao crédito, como o financiamento da casa própria e de veículos, empréstimos bancários e uso do cheque especial. Mas há situações em que a elevação será maior. O ministro anunciou que a alíquota dobrou nas operações para pessoa física com cobrança diária de IOF.

Sem citar quais casos terão imposto maior, Mantega disse que a alíquota passará de 0,0041% para 0,0082% por dia. No ano, essa decisão aumenta o custo dos empréstimos em cerca de 1,5 ponto porcentual. "Estamos criando um pequeno adicional de 1,5% ao ano, é praticamente insignificante", disse.

O consumidor também deve sentir os aumentos quando contratar um seguro ou realizar compra no exterior usando o cartão de crédito. Atualmente, seguros de saúde e gastos em moeda estrangeira no cartão pagam 2% de IOF e passarão a pagar, no mínimo, 2,38%. Até nos casos em que atualmente há alíquota zero do imposto - como o seguro de financiamento imobiliário - haverá a incidência da alíquota adicional de 0,38%.

Apesar disso, o matemático financeiro José Dutra Sobrinho não acredita que o impacto será tão drástico para o consumidor final. Pela simulação de Dutra Sobrinho, quem financia um veículo de R$ 10 mil em 36 meses, com juros de 1,6%, paga hoje prestações mensais de R$ 372,79. Com o aumento do imposto, a parcela subirá para R$ 378,16.

O atuário Newton Conde avalia que, do ponto de vista geral, o aumento será significativo - principalmente para a arrecadação dos cofres públicos. "O impacto será forte porque metade dos brasileiros realiza operações financeiras regularmente, como compras a prazo ou cheque especial."

Procurada, a Receita Federal anunciou que só vai ter detalhes sobre como ficará a cobrança da CPMF quando o Diário Oficial da União trouxer o decreto com o aumento do IOF. A publicação é esperada para esta quinta-feira. A CSLL mais alta, que só valerá depois de três meses após a publicação da MP, também deve ter impacto de encarecimento do crédito, já que os bancos tendem a repassar este maior custo para os empréstimos.




do site:

http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac103590,0.htm

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Familiares de Clara Rojas fazem exame de DNA

da Folha Online




Familiares da Clara Rojas recolheram nesta terça-feira amostras de DNA para confirmar ou descartar a hipótese de um menino de três anos, localizado numa espécie de orfanato em Bogotá, seja seu filho Emmanuel, nascido em cativeiro.






"Cinco especialistas da Colômbia devem chegar a qualquer momento em Caracas, para fazer os exames em minha mãe e em mim", afirmou nesta terça-feira Iván Rojas, irmão de Clara, numa improvisada coletiva de imprensa no saguão do hotel em Caracas onde a família está hospedada.






Ontem, o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe sugeriu que as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) suspenderam a libertação dos três reféns (Clara, seu filho Emmanuel e a ex-congressista Consuelo González) porque o garoto não está mais em seu poder.






Segundo Uribe, a guerrilha jamais poderia cumprir sua promessa, "já que não está com o menino". Ele afirmou que um garoto de três anos, chamado Juan David Gomez, com a mesma descrição de Emmanuel, estaria vivendo em Bogotá há dois anos e meio, em um centro estatal de atenção a menores desamparados. Gomez teria sofrido desnutrição e malária.






Para Ivan Rojas, a hipótese de Uribe tem a vantagem de ser rapidamente confirmada ou descartada com a realização do teste do DNA. "Temos que lembrar que se trata somente de uma hipótese, mas não perdemos nada resolvendo isto. Como disse o presidente Chávez, será bom se for assim [que Emmanuel esteja livre], porque significa que temos um refém a menos", afirmou.






Ontem, o idealizador da operação, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, afirmou que seu país está preparado para fazer um teste de DNA do filho de Clara Rojas para esclarecer a acusação lançada pelo governo colombiano. "Estamos prontos para fazer o teste de DNA. Estou contatando dona Clara [González de Rojas, avó do garoto]".






Combates




Seis guerrilheiros das Farc morreram nos primeiros combates registrados em 2008, em diferentes regiões do país, segundo boletim divulgado nesta terça-feira pelo Centro de Operações do Comando do Exército, em Bogotá.






Três integrantes das Farc foram mortos na zona rural próxima ao município de Buenos Aires, em Cauca, no sudoeste do país. Outro membro do grupo guerrilheiro, morreu durante combate na zona rural de Bucarasica, no nordeste da Colômbia.






Em outro combate, dois guerrilheiros morreram nas imediações do setor conhecido como Costa Rica, ao norte do país.

Com France Presse e Efe






do site:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u359459.shtml


Incerteza predomina em Iowa a apenas dois dias da prévia partidária nos EUA

Teresa Bouza Des Moines (Iowa), 1 jan (EFE).- O Ano Novo trouxe novidades para a pesquisa eleitoral em Iowa, onde a apenas dois dias da primeira rodada de eleições na corrida pela Casa Branca o panorama ainda não está claro.




A pesquisa publicada nesta terça-feira pelo jornal "Des Moines Register" deve ser a última antes das eleições partidárias de quinta-feira e aponta como vencedores o democrata Barack Obama e o republicano Mike Huckabee.





Obama possui 32% do apoio dos potenciais eleitores democratas, ficando à frente de Hillary Clinton, que conta com 25% das intenções de voto democratas, e de John Edwards, que registrou 24%, de acordo com a pesquisa de opinião do jornal.






Do lado republicano, Mike Huckabee aparece na primeira posição, com 32% das intenções de voto dos potenciais eleitores, enquanto o ex-governador de Massachusetts Mitt Romney conta com a simpatia de 26% do eleitorado.
O senador John McCain está em terceiro lugar, com 13%, seguido por Ron Paul e Fred Thompson, ambos com 9%.




O jornal entrevistou 800 pessoas que pretendem participar dos "caucus" - reuniões de eleitores registrados que iniciam o processo de seleção dos candidatos à Presidência dos Estados Unidos - de quinta-feira e tem uma margem de erro de 3,5 pontos percentuais.




Os resultados chegam apenas um dia após outra pesquisa, do instituto de enquetes Zogby, mostrar Hillary como líder democrata com 30% do apoio popular, seguida por Obama e Edwards com 26%.




Entre os republicanos, Zogby apresentou o mesmo resultado do "Des Moines Register" e colocou Huckabee na primeira posição, com 29% dos potenciais votos conservadores, seguido por Romney que tem 27%. Com uma margem de erro de 3,3 pontos percentuais, a pesquisa aponta que os adversários estão tecnicamente empatados.



Os resultados das pesquisas reforçam ainda mais o caráter incerto da disputa em Iowa.




O próprio jornal recomenda um pouco de desconfiança para com os resultados, ao revelar que quase um terço dos entrevistados afirmou que poderia mudar de idéia no último minuto.



Inspiradas pelo clima da campanha, algumas pessoas batizaram a disputa como a do "ninguém sabe".




O fato é que não estão definidos os candidatos que representarão os dois partidos, quando exatamente serão escolhidos e quais fatores serão cruciais na disputa.
O que parece estar certo em Iowa é que o papel de quem pretende participar pela primeira vez dos "caucus" pode ser crucial numa disputa com margens muito próximas.




Os organizadores da campanha de Hillary lançaram uma ofensiva para aumentar a participação feminina; Obama concentrou sua campanha no voto jovem; e Huckabee optou por atrair a direita evangélica do estado.




Por sua vez, Romney tentou garantir que seus eleitores não ficarão em casa na quinta-feira à noite, quando se prevê que os termômetros registrarão menos cinco graus Celsius.




Annie Thiel e Brad Hamilton, moradores em Iowa, pretendem participar dos "caucus" na quinta-feira. Thiel, funcionária de um hotel de Des Moines, é uma eleitora indecisa. Ela não consegue se decidir por Hillary ou Obama.




"Gosto de suas idéias para apoiar a classe média e das promessas de regular os problemas com a cobertura médica", explicou ela, que reclama que "os salários estão estagnados e os preços não param de subir".





Brad Hamilton, um empresário de 48 anos, também votará pela primeira vez "em qualquer um, menos em Hillary", afirma. Ele diz estar "cansado das dinastias Bush e Clinton".




Sua idéia é apoiar Dennis Kucinich, democrata que, ao que tudo indica, perderá.





Dado o complexo sistema dos "caucus", que exige no lado democrata que os pré-candidatos tenham 15% dos votos para serem considerados "viáveis", é provável que Hamilton tenha que se unir a um dos vencedores e que Thiel opte pelo ganhador, o que ajuda a explicar a incerteza que cerca a atual eleição. EFE tb jfc/db






do site:

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2008/01/01
/incerteza_predomina_em_iowa_a_apenas_dois_
dias_da_previa_partidaria_nos_eua_1136479.html


Garcia: solução sobre reféns passa por Chávez e Uribe

Agencia Estado





Uma nova rodada de negociação entre o governo da colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) para a libertação de três reféns em poder da guerrilha somente terão sucesso se for levada em conta as divergências políticas entre os presidentes Álvaro Uribe e Hugo Chávez, da Venezuela. Essa avaliação foi expressa hoje pelo assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, que participou da comissão de observadores da fracassada operação de resgate do último dia 31.






Garcia deixou claro que as Farc continuam com o controle total da situação, que a libertação dos reféns é uma questão que mobiliza a opinião pública mundial e que será preciso "despolitizá-la". Conforme frisou, não há nenhuma expectativa de prazo para uma possível retomada das conversas nem do cenário político que prevalecerá nesse momento. Mesmo assim, esquivou-se de qualificar o resultado da operação como um fracasso. Preferiu avaliá-lo como uma frustração de expectativas.






"A despeito de todo o enfrentamento verbal que tenha havido entre os presidentes Uribe e Chávez, sempre houve necessidade de cooperação entre os governos, ela aconteceu", afirmou o assessor, ao desembarcar na Base Aérea de Brasília, antes de apresentar seu relato final a Lula. "Uribe e Chávez têm posições políticas muito diferentes. Para a retomada das negociações, tem de ser levada em conta essa complexidade", completou.




do site:

http://www.atarde.com.br/mundo/noticia.jsf?id=820423

segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Em comunicado lido por Chávez, Farc dizem que atividade militar impediu entrega de reféns

O Globo OnlineAgências internacionaisBom Dia BrasilCBN

O presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, caminha com o ex-presidente da Argentina Néstor Kirchner e o enviado brasileiro Marco Aurelio García ao chegar a Villavicencio - EFE

CARACAS e VILLAVICENCIO, Colômbia - Integrantes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) disseram em comunicado lido pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez, nesta segunda-feira, que a intensa atividade militar da Colômbia impediu a entrega dos três reféns que a guerrilha havia prometido libertar. Ao ler a carta da guerrilha na rede de televisão estatal venezuelana, Chávez disse que não vai desistir da operação que idealizou para receber os reféns: a ex-congressista Consuelo González, de 57 anos; a ex-candidata a vice-presidente Clara Rojas, de 44 anos, e o filho dela Emanuel, nascido no cativeiro em 2004. O presidente pediu à Colômbia um cessar fogo unilateral para que os seqüestrados possam ser libertados. (Veja como deveria ser a operação )




- As intensas operações militares realizadas na zona nos impedem por enquanto de entregar a você (os reféns) Clara Rojas, Emmanuel e a ex-parlamentar (Consuelo) Gonzalez de Perdomo, como era nosso desejo - disse Chávez, ao ler o comunicado da guerrilha.






" O governo colombiano ofereceu todas as garantias para que esta operação possa ser adiantada "

Pouco antes, o presidente colombiano, Alvaro Uribe, chegou a Vilalvicencio, no centro do país, para se reunir com os observadores internacionais que vão acompanhar a operação de resgate de reféns das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Ele pretende reiterar o compromisso do governo para garantir a libertação de três seqüestrados da guerrilha, cercada de incertezas depois de sucessivos adiamentos. O governo responsabilizou as Farc pela demora em concluir a operação.






- Ao chegar, (o presidente) falará com os comissários internacionais para deixar absolutamente claro que o governo colombiano ofereceu todas as garantias para que esta operação possa ser adiantada - disse o alto comissário colombiano para a paz, Luiz Carlos Restrepo.






Segundo o comissário, Uribe deixará claro que a guerrilha marxista "inexplicavelmente não entregou qualquer tipo de informação ao governo venezuelano", que coordena a operação. Algumas versões indicam, no entanto, que operações militares colombianas seriam o motivo da demora das Farc em informar o local exato onde os reféns serão entregues.






Chávez admite possibilidade de cancelar operação





Tensão, expectativa e incerteza marcam o último dia do ano na Colômbia. A promessa de resgate dos três reféns - a congressista Consuelo González, 57 anos; a assessora parlamentar Clara Rojas, 44 anos, e o filho dela Emanuel, nascido no cativeiro - atravessou o fim de semana sem uma solução e o governo da Venezuela já admite que pode demorar ainda vários dias. Diante da demora das Farc, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, idealizador do plano, afirmou que já teme pelo cancelamento do resgate dos reféns e denunciou uma conspiração americana contra a operação.






Integrantes da comissão internacional que viajou à Colômbia para acompanhar a operação - entre eles o ex-presidente argentino Néstor Kirchner - já estudam a possibilidade de voltar a seus países de origem para passar o réveillon em casa. Nesta segunda-feira, o chanceler venezuelano Nicolás Maduro, chegou de supresa ao aeroporto de Villavicencio, no centro de Colômbia, onde vai revisar a operação com o alto comissário para a Paz, Luiz Carlos Restrepo.






O resgate já havia sido adiado no sábado. A expectativa é que a libertação seja feita ainda nesta segunda-feira. A diretora da Delegação do Comitê Internacional da Cruz Vermelha na Colômbia, Bárbara Hintermann, pediu às Farc que dêem logo as coordenadas para que seja feito o resgate dos três reféns que a guerrilha prometeu libertar. Segundo ela, o pedido é de caráter humanitário, já que as famílias dos seqüestrados esperam há muito tempo.






Depois de um dia inteiro de expectativas, a segunda fase da missão Emanuel foi adiada novamente no domingo. O alto comissário para a paz, Luiz Carlos Restrepo, disse que o governo colombiano não tem responsabilidade pelo atraso e que está dando todas as garantias para operação. Mas jornais venezuelanos e colombianos especulam que a garantia não cobre possíveis ataques de grupos paramilitares durante o resgate e que isto está retardando o processo de liberação dos três reféns.






Mais dois helicópteros chegam ao aeroporto de Villavicencio

Tripulação prepara helicóptero venezuelano MI-17, marcado com símbolo da Cruz Vermelha, que será usado para o resgate de reféns das Farc. Foto de Jose Miguel Gomez

No início da tarde de domingo, hora local, dois novos helicópteros chegaram ao aeroporto de Villavicencio. São menores do que aqueles que estão pousados desde sábado. Isso pode significar que o local do resgate é de difícil acesso para aeronaves grandes. Por causa da chegada dos aparelhos, o governo colombiano concedeu mais 72 horas de prazo para o cumprimento da missão humanitária.






Enquanto os helicópteros permanecem no aeroporto de Villavicencio, aumenta a expectativa pela localização dos reféns. Na Venezuela, os parentes de Consuelo e de Clara e Emanuel torcem para que neste último dia do ano a ansiedade seja substituída pela felicidade e que a meia-noite traga de verdade o início de um feliz ano novo.




do Site:

http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2007/12/31/327829681.asp


Novas regras para uso de capacete entram em vigor

Agora é obrigatório ter selo de qualidade e fitas reflexivas do equipamento.
Passa a ser proibido usar película ou lentes de grau na viseira.









Do G1, com informações do Bom Dia São Paulo

Começa a valer nesta terça-feira (1) a resolução 203 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) que estabelece novas regras para o uso do capacete.








A resolução estabelece a obrigatoriedade do selo de certificação expedido órgão de qualidade industrial, ou por organismo por ele credenciado, e de elementos refletivos nas partes traseiras e laterais do equipamento; proíbe a fixação de película na viseira do capacete e reafirma a proibição de uso de óculos de grau ou de sol em substituição aos óculos de proteção quando o capacete não tiver viseira.








Até agora as sanções previstas no caso de descumprimento das novas regras para o uso do capacete são as mesmas estabelecidas pelo Código de Trânsito Brasileiro: multa, suspensão do direito de dirigir e recolhimento do documento de habilitação.








A resolução entraria em vigor em agosto, mas o Contran decidiu prorrogar para definir melhor as penalidades para quem descumprir as determinações. A intenção, segundo o Ministério, é fazer com que a sanção seja inferior à aplicada pelo não uso do equipamento.






do site:



http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL243112-5605,00-NOVAS+
REGRAS+PARA+USO+DE+CAPACETE+ENTRAM+EM+VIGOR.html

Mega-Sena acumulada pode pagar R$ 16 milhões

Quem sonha em virar o ano milionário e ainda não fez a sua aposta tem até as 19h desta segunda-feira para jogar na Mega-sena. O prêmio previsto para o concurso 931 é de R$ 16 milhões na faixa principal. O sorteio das seis dezenas será realizado às 21h30, no Caminhão da Sorte, que estará no Aterro do Flamengo, no Rio.




Este ano, a principal loteria brasileira distribuiu até agora R$ 693,9 milhões nas três faixas de premiação (4, 5 e 6 acertos). Só a faixa principal pagou R$ 423,4 milhões para apostadores de 22 cidades do país. São Paulo e Brasília lideram o ranking com três prêmios principais cada, enquanto Goiânia aparece em segundo lugar com dois prêmios.




Da Agência O Globo


Democratas trocam farpas às vésperas de eleição nos EUA

Hillary Clinton, Barack Obama e John Edwards mostram ares de celebridades.
Competição revela divisões culturais e temáticas de campanhas, candidatos e eleitores.





Do New York Times



As aparições públicas da senadora Hillary Rodham Clinton não são agendadas como algo convencional como "comícios", "encontros públicos" ou "discursos". Nos últimos dez dias, Clinton tem presidido eventos chamados "Pais e Mães Fazendo História", "A Hora de Escolher um Presidente", "Trabalhando por Mudanças, Trabalhando por Você", "A Hillary que eu Conheço" e "Cada Condado Conta".




Entenda como é a eleição nos Estados Unidos




Ela raramente nomeia seus principais concorrentes à nomeação presidencial Democrata, mas a presença deles paira no ar. "Algumas pessoas acham que você pode ter esperança por mudanças", declarou ela em um evento recente, numa farpa dirigida ao senador Barack Obama, de Illinois. "Algumas pessoas acham que você pode apenas exigi-la", acrescenta ela, numa estocada contra o ex-senador John Edwards, da Carolina do Norte. "Eu acredito que você faz mudanças trabalhando muito, muito duro", declarou Hillary antes de iniciar um resumo de seu currículo.





Rivalidade explícita

Foto: AP
AP
Os comícios de John Edwards são os mais barulhentos e agitados (Foto: AP)


Enquanto Obama, Clinton e Edwards tentam (de forma bastante educada) atacar um ao outro nos últimos dias antes dos encontros em Iowa na quinta (3), o sabor e a substância de seus desempenhos competitivos revelam uma divisão básica, cultural, temática e estilística em suas campanhas, seus correligionários e eles mesmos. O último zigue-zague de Obama por Iowa é apresentado apenas como turnê "Manifeste-se por Mudanças". Mas poderia muito bem ser chamado de "Turnê eu Não sou a Hillary" ("E nem sou o John Edwards, também").




Suas referências aos rivais são constantes e muito pouco veladas: tornar-se presidente, afirma ele, não tem sido sua "ambição de longa data" (o que se suspeita tanto em relação a Clinton quanto a Edwards); e não é, diz ele, algo a ser desejado "desde o jardim da infância" (como uma referência da ridicularização de Clinton retratada como criancinha); o país está cansado "dos mesmos argumentos e pessoas de sempre", afirma Obama.





E ele reconhece, sarcasticamente, que as pessoas dizem que talvez ele não seja agressivo o suficiente – numa referência a Edwards, cuja declaração em alto volume de que está numa "luta épica" contra "interesses arraigados" marcou sua última passagem pelo Iowa, também chamada de turnê "América se Erguendo: Lutando pela Classe Média".





Semelhanças em jogo


Mas há semelhanças: eles viajam com grandes cortejos, prometem "defender você" em Washington (ao mesmo tempo em que pedem aos eleitores que "me defendam" na quinta (3) à noite) e parecem estar precisando de uma (ou 10) boa noite de sono. Mas suas diferenças são mais reveladoras e, em última análise, refletem as diferentes idéias de mudança que os candidatos buscam encarnar.




Os eventos com diversos nomes diferentes de Clinton mostram uma candidata que se esforça para convencer os eleitores que um conjunto de qualidades aparentemente contraditórias pode co-existir numa única candidata: que ela é uma figura totalmente familiar; que é agente de mudanças; que ela já viveu na Casa Branca, mas que sua eleição seria histórica e sem precedentes; que ela é alguém durona, mas de quem se pode gostar. Os eventos de Edwards são barulhentos, se não forem sempre os mais lotados (Obama conseguiu superá-lo em 900 a 300 em dois comícios em Davenport na sexta-feira (28).





O som áspero da música "Our Country" ("Nosso País"), de John Mellencamp, marca suas chegadas um pouco tardias. Ele usa palavras belicosas (utilizou a palavra "luta" 22 vezes em 40 minutos no sábado (29) de manhã), conta histórias (sobre as surras de fazer sangrar o nariz que ele levou e deu quando garoto) e metáforas (os eleitores devem "enviar um lutador para a arena").




"Eu dou boas vindas ao seu ódio", disse Edwards sobre os "arraigados interesses", citando Franklin D. Roosevelt. Sua platéia, pesadamente composta por "meus irmãos e irmãs que fazem trabalho organizado" têm mais chances de começar com palavras de ordem espontâneas. Ele foi aplaudido de pé longamente em Davenport, que começou por sua esposa Elizabeth, que estava sentada atrás dele, enquanto alguns eleitores mais velhos tapavam os ouvidos.





Como um rockstar

Foto: AP
AP
Eventos do pré-candidato Barack Obama atraem mais público jovem (Foto: AP)


Obama se apresenta como o novo rosto definitivo, sem as marcas da experiência de que Clinton alardeia como sua principal qualidade. Ele chega de lugar nenhum, faz uma entrada espetacular no palco e tende a se dirigir ao público como uma única unidade cívica ("Olá, Marshalltown"), como um rock star faria. Seus eventos são ligeiramente mais desordenados do que os dos outros candidatos. Eles atraem gente mais jovem, muitos com adesivos de Obama nas costas, em vez dos adesivos menores colados na lapela dos que apóiam Clinton.




Crianças pequenas são mais comumente vistas nos eventos de Obama, às vezes entrando em áreas proibidas, como nos suportes das câmeras. Os eventos de Clinton são planejados de maneira ordenada e meticulosa e às vezes parecem até mesmo majestosos. Ela fica de pé com as mãos na cintura enquanto espera para falar, ela normalmente fica perto de sua filha, Chelsea, que em semanas recentes a tem acompanhado em silêncio, as mãos posicionadas em perfeita simetria com sua mãe.




Ao ser apresentada por um correligionário no Guthrie Center na última quinta-feira (27), Hillary e Chelsea Clinton estavam encostadas ombro a ombro, segurando uma a outra. Tendo agentes do Serviço Secreto ao seu lado, a Senadora de Nova York fala mais longe da platéia do que Obama, mas também passa mais tempo sorrindo e posando depois. Hillary tem uma tendência a usar a frase "quando eu for presidente", em vez de "se eu for eleita". Ela prefere o pronome "Eu", enquanto Obama usa mais o "nós" e Edwards o "eles". De certo modo, os pronomes escolhidos pelos candidatos refletem sua mensagem variada.




O "Eu" de Clinton é um representante de sua mensagem de experiência. Ela é meticulosa em comunicar sua sucessão de conquistas – todas as coisas "pelas quais batalhei" – até assuntos triviais, como ajudar vítimas de danos cerebrais traumáticos, aumentar o acesso à saúde pública para doenças mentais e ajudar os fazendeiros que plantam maçãs em Nova York, sendo que um deles, Mark Nicholson, apresentou-a no Guthrie Center. "Clinton". Hillary foi ao microfone, agradeceu a ele profusamente e o elogiou por "produzir frutas maravilhosas e expandi-las para que se transformem em sucos". As pessoas viajam longas distâncias para seus comícios, tanto para ver uma celebridade quanto para conhecer um candidato.





Trivia da Hillary

Foto: Reuters
Reuters
Hillary Clinton é meticulosa ao listar suas sucessivas conquistas (Foto: Reuters)


Hillary é quem, de longe, recebe mais pedidos de autógrafos de fotos. Antes de sua chegada, a multidão no Guthrie Center fez um "Jogo de Trivia da Hillary" na qual os competidores foram desafiados em diversas questões sobre a vida da candidata ("Em que faculdade Hillary estudou?"). Os vencedores sortudos ganharam uma camiseta da "celebridade". A campanha pela união de Obama se reflete em seu uso de "para nós" e "nós", o chamado novo tipo de política. Seu "nós" é constituído pela prospecção de uma coalizão com qualquer um disposto a mudar o sistema político – em vez de "jogar o jogo" dentro desse sistema, numa referência tácita aos Clintons e seu domínio sobre a política.





"Em vez de enviar alguém a Washington para jogar o jogo, precisamos de alguém que mude o plano desse jogo", declarou Obama. "Nós não somos uma nação dividida como sugerem nossos políticos". Enquanto ele começa a falar mais especificamente sobre o tema, a crítica de Obama a Clinton vai se tornando mais simples. Ele afirmou que deliberações sobre a saúde pública não deveriam acontecer "nos bastidores", numa referência à iniciativa abortada de Clinton nos anos 90, pela qual ela foi atacada por ter sido sigilosa em excesso. Ele se compromete a convidar a C-Span a transmitir suas deliberações sobre saúde pública, o que resulta numa de suas declarações mais confiáveis e sustentadas a merecer aplausos.





Conquistas antecipadas


Obama gosta de alardear que já conquistou "algumas das partes mais vermelhas de Illinois" a caminho de sua posição de senador, assim como Hillary evoca sua bem-sucedida campanha junto a eleitores republicanos no norte do estado de Nova Iorque e suas colaborações com republicanos no Senado. Edwards se comprometeu a forjar uma coalizão bipartidária pela vitória unida contra as forças do mal dos "outros": aqueles que defendem "a ganância corporativa", "os lobistas de Washington e as PACs de interesses especiais", e grandes executivos que recebem bônus de "empresas de petróleo, empresas farmacêuticas e companhias de seguros".




"Eles se infiltraram em tudo", grita Edwards, sua mão direita um punho cerrado em torno do microfone. Ele tem o dom de invocar uma raiva fresca, apesar de já ter feitos essas reclamações muitas vezes. "Eles têm um punho de ferro que segura nossa Democracia. Nós temos que retirar o poder deles".





Quando as aparições públicas de Edwards mudam de temas emocionais e populistas para assuntos internacionais mais pesados, os ambientes ficam consideravelmente menos barulhentos. Em Davenport, Edwards respondeu a uma pergunta de uma mulher que elogiou sua mensagem, mas o desafiou a "dar a ela um pouco de substância" quando o assunto era política externa.




Como parte da resposta, Edwards descreveu uma conversa telefônica que teve com o presidente do Paquistão, Pervez Musharraf no dia em que Benazir Bhutto foi assassinada. Edwards disse que incentivou Musharraf a "continuar com o processo de democratização" do Paquistão e a permitir uma investigação independente do assassinato de Bhutto. "Nós também falamos sobre a importância das próximas eleições", declarou Edwards, referindo-se, presumivelmente, ao Paquistão, não a Iowa.



Tradução: Luiz Marcondes



do site:

http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL243231-5602,00.html