Por Patricia Lara
Agência Estado Os contratos futuros do petróleo mudaram de rota e são negociados em baixa moderada, em um mercado que aguarda os dados de estoques semanais da commodity e derivados nos EUA para determinar uma direção para o dia.
Às 9h03 (de Brasília), o contrato do Brent para vencimento em fevereiro era cotado em baixa de 0,04%, a US$ 97,80 por barril, após estabelecer o recorde de US$ 98,26 por barril, mais cedo, na ICE londrina. O contrato do WTI para o mesmo vencimento era transacionado em queda de 0,02%, a US$ 99,60 por barril, na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex). Ontem, o contrato do WTI cravou o nível psicologicamente incômodo dos US$ 100 por barril, mas encerrou o dia a US$ 99,62 por barril, em alta de US$ 3,64 (3,77%), na Nymex.
Em relação aos relatórios sobre estoques do petróleo, com divulgação às 13h30 (de Brasília), os analistas consultados pela Dow Jones projetam recuo de 1,8 milhão de barris do petróleo bruto e redução de 300 mil barris nos estoques de derivados. Os estoques de petróleo bruto nos EUA encontram-se no menor nível em três anos, dando suporte para a alta da commodity. O enfraquecimento do dólar - moeda referencial para negociação do contrato do petróleo - também dá apoio a um ajuste nos preços. As tensões geopolíticas são o terceiro pilar para a alta da commodity.
Para o diretor-gerente e economista-chefe da FACTS Global Energy, Jeff Brown, de Cingapura, os preços do petróleo devem se manter voláteis no curto prazo, em razão das tensões geopolíticas associadas a níveis apertados na ponta da oferta, mas os preços tendem a se desacelerar no final de 2008, diante da expectativa de oferta adicional.
A disparada do petróleo para US$ 100 o barril não deve afetar a demanda global pela commodity por enquanto ou mudar de forma significativa os padrões de consumo entre os consumidores chave, disse um funcionário da Agência Internacional de Energia (AIE). Segundo Eduardo Lopez, analista da AIE, a demanda de petróleo está concentrada em três regiões principais, os EUA, a China e o Oriente Médio, e nenhuma delas deve ver a demanda cair significativamente em resposta aos preços recordes. As informações são da Dow Jones.
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