da Folha Online
Familiares da Clara Rojas recolheram nesta terça-feira amostras de DNA para confirmar ou descartar a hipótese de um menino de três anos, localizado numa espécie de orfanato em Bogotá, seja seu filho Emmanuel, nascido em cativeiro.
"Cinco especialistas da Colômbia devem chegar a qualquer momento em Caracas, para fazer os exames em minha mãe e em mim", afirmou nesta terça-feira Iván Rojas, irmão de Clara, numa improvisada coletiva de imprensa no saguão do hotel em Caracas onde a família está hospedada.
Ontem, o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe sugeriu que as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) suspenderam a libertação dos três reféns (Clara, seu filho Emmanuel e a ex-congressista Consuelo González) porque o garoto não está mais em seu poder.
Segundo Uribe, a guerrilha jamais poderia cumprir sua promessa, "já que não está com o menino". Ele afirmou que um garoto de três anos, chamado Juan David Gomez, com a mesma descrição de Emmanuel, estaria vivendo em Bogotá há dois anos e meio, em um centro estatal de atenção a menores desamparados. Gomez teria sofrido desnutrição e malária.
Para Ivan Rojas, a hipótese de Uribe tem a vantagem de ser rapidamente confirmada ou descartada com a realização do teste do DNA. "Temos que lembrar que se trata somente de uma hipótese, mas não perdemos nada resolvendo isto. Como disse o presidente Chávez, será bom se for assim [que Emmanuel esteja livre], porque significa que temos um refém a menos", afirmou.
Ontem, o idealizador da operação, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, afirmou que seu país está preparado para fazer um teste de DNA do filho de Clara Rojas para esclarecer a acusação lançada pelo governo colombiano. "Estamos prontos para fazer o teste de DNA. Estou contatando dona Clara [González de Rojas, avó do garoto]".
Combates
Seis guerrilheiros das Farc morreram nos primeiros combates registrados em 2008, em diferentes regiões do país, segundo boletim divulgado nesta terça-feira pelo Centro de Operações do Comando do Exército, em Bogotá.
Três integrantes das Farc foram mortos na zona rural próxima ao município de Buenos Aires, em Cauca, no sudoeste do país. Outro membro do grupo guerrilheiro, morreu durante combate na zona rural de Bucarasica, no nordeste da Colômbia.
Em outro combate, dois guerrilheiros morreram nas imediações do setor conhecido como Costa Rica, ao norte do país.
Com France Presse e Efe
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u359459.shtml
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