sábado, 15 de setembro de 2007

Sarney acha caso Renan “ultrapassado”

O senador José Sarney (PMDB-AP) declarou, ontem, em entrevista tão logo desembarcou no Aeroporto Internacional Augusto Severo, em Natal, que o epidósio envolvendo o presidente do Senado, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), está superado. Na opinião do senador, a Casa deve, agora, administrar ‘‘outros problemas políticos’’ decorrentes do fato.


Ana Amaral/DN



Sarney, apontado pela imprensa nacional, como o principal articulador do resultado favorável a Renan Calheiros, negou que tenha cumprido esse papel. ‘‘Apenas votei a favor do senador Renan Calheiros por entender que não havia provas concretas de que ele tinha recebido dinheiro da empreiteira Mendes Júnior’’, disse. A seguir, a entrevista na íntegra.




Diário de Natal - Como o senhor avalia a absolvição do senador Renan Calheiros?




José Sarney - A minha visita a Natal é uma visita exclusivamente para a literatura. De maneira que eu não desejava tratar de assuntos políticos. Eu acho que esse assunto do senador Renan Calheiros é um episódio ultrapassado. E, agora, nós temos que viver outros problemas políticos, naturalmente decorrentes do fato.




O que o senhor acha das outras representações contra o senador Renan Calheiros que ainda estão no Conselho de Ética?




Eu acho que tem alguns assuntos que ficaram ainda para se encontrar solução que o Senado vai ter que conviver com eles.




O senhor acha que há possibilidade de o senador Renan Calheiros abdicar da presidência do Senado para pôr um fim na crise e para que as votações ocorram normalmente?




Olha, isso é uma decisão pessoal. Mas eu não vejo nenhum indício nesse sentido da parte dele.




O senhor acha que ele deveria se afastar ou pedir licença do cargo?




Ao meu ver, diante do estresse a que ele foi submetido durante esse período todo, era muito bom que ele fosse tirar uma férias uns dias, até para ele descansar com a família, sem que isso fosse uma manifestação de caráter político.




Senador, como o senhor avalia a repercussão que a absolvição do senador Renan Calheiros teve perante a opinião pública, que esperava, na sua maioria, que ele fosse cassado?




Olha, tem duas visões sempre. É uma visão que é da opinião pública e uma visão interna do Senado que tem que lidar com provas, com processos, que tem que decidir sobre coisas concretas, não é uma visão política. De certo modo, há uma certa contradição. Eu sempre fui contra que os senadores e deputados fossem julgados por eles mesmos. Eles deveriam ser julgados por um tribunal como ocorre em muitos lugares do mundo. Porque isso oferece essa maneira de contradição.




A oposição ainda aposta numa mudança desse quadro na apreciação de uma representação que foi apresentada pelo Democratas e pelo PSDB no que diz respeito à aquisição de rádios em Alagoas por supostos laranjas do senador Renan Calheiros. O senhor acredita que o senador Renan Calheiros será absolvido em todas as outras representações?




Eu não sou do Conselho de Ética. De maneira que esse assunto está submetido ao Conselho de Ética. Como senador, vamos todos esperar que o Conselho de Ética encaminhe esse assunto. Eu não conheço o teor e não posso condenar ninguém sem conhecer.




O senhor foi considerado um dos principais articuladores para esse resultado no Senado. O senhor se considera assim?




Eu sou considerado, muitas vezes, coisas que jamais eu fui. Eu não sou nem fui um dos principais articuladores. Apenas o meu voto foi a favor do senador Renan Calheiros, uma vez que eu não encontrei provas concretas dentro do processo de que ele tinha recebido recursos da empreiteira Mendes Júnior.




Caso o presidente Renan Calheiros se afaste da presidência do Senado, existe a possibilidade do sucessor ser o senador Garibaldi Alves Filho (PMDB)?




Eu não posso olhar em bola de cristal. Petrônio Portela dizia: a pior coisa em política é a gente opinar sobre hipóteses.




Houve alguma conversa do senhor com os prefeitos Agnelo Alves (sem partido) e Carlos Eduardo Alves (PSB) sobre o comando do PV aqui no Rio Grande do Norte?




Eu não tenho conhecimento. Eu não conversei sobre isso.




É verdade que o senhor acalenta o desejo de ser candidato a presidente da República em 2010?




Quem tem 77 anos, como eu, só tem passado, não tem mais futuro.




Flávia Urbano




Da equipe do Diário de Natal


Imagem da Padroeira em Natal


Quando as primeiras luzes dos carros que acompanhavam em carreata a chegada da imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida em Natal brilharam sob o Pórtico dos Reis Magos, a multidão aglomerada na passarela de Neópolis, se agitou, aplaudiu e começou a entoar cânticos em homenagem a Santa Mãe. Minutos depois, quando a imagem — que desfilou em carro aberto pela BR 101 até a igreja de Neópolis — passou sobre a estrutra, o momento foi de emoção. Pétalas de flores, bolas azuis e brancas e mais aplausos. Crianças, jovens e idosos enfrentaram os pingos de chuva que insistiam em cair para presenciar o acontecimento inédito na cidade.




A estudante Juliana Magno, 23, reuniu amigos da juventude católica para recepcionar a imagem com flores, fogos de artifício e muita música. ‘‘A vinda da imagem de Nossa Senhora aqui para Natal é um marco. Entre tantas capitais do país, está aqui na nossa cidade. Mas é bom lembrar que não estamos celebrando a imagem, mas sim o que ela representa para todos nós’’, declarou entusiasmada.




A carreata, que saiu do Aeroporto Augusto Severo e foi até a igreja de Neópolis, parou o trânsito da principal via de acesso da cidade. Eram centenas de carros e motos em torno do caminhão do Corpo de Bombeiros e de um trio elétrico animado pelo pároco de Neópolis, padre Antônio Nunes. Por cada metro que percorreu, diversos grupos de fiéis se aglomeravam pelos canteiros e ruas da cidade a fim de saldar a chegada da imagem.




A relações públicas Line Sabine — ‘‘devota demais’’ — vestia camiseta com imagem da santa padroeira do Brasil e estava ansiosa para ver a passagem da estátua. Para ela, Nossa Senhora Aparecida representa ‘‘a fé’’. A turismóloga Juliana Pessoa, foi deixar o irmão no aeroporto e quando soube da chegada da imagem, se dirigiu ao local onde ela desembarcou. ‘‘Não imaginei que ia poder ver assim de perto. Que Nossa Senhora nos abençoe’’, desejou.




CHEGADA




Poucos minutos haviam passado desde as quatro horas da tarde quando a imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida, símbolo da fé católica e padroeira do Brasil, aterrisou no Aeroporto Augusto Severo. A pouca quantidade de fiéis que aguardava a chegada da imagem no local, se contrastava com a que se aglomerou ao longo de todo o percurso percorrido pela imagem. Ao desembarcar da aeronave, a imagem foi recepcionada pelo arcebispo de Aparecida (SP), Dom Raimundo Damasceno, e entregue a quatro cadetes da Polícia Militar que carregaram a imagem até uma sala na Base Aérea de Natal.




A imagem peregrina e Dom Damasceno foram recepcionados pelo arcebispo de Natal, Dom Matias Patrício de Macêdo, pelo pároco de Neópolis — Paróquia de Nossa Senhora Aparecida — , padre Antônio Nunes, a governadora Wilma de Faria, os prefeitos de Natal e Parnamirim, Carlos Eduardo Alves e Agnelo Alves e pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf.




Na presença de autoridades políticas, empresariais e da Aeronáutica, o arcebispo de Aparecida agradeceu a acolhida e abençoou os presentes. Para o ascebispo de Natal, Dom Patrício de Macêdo, a vinda da imagem peregrina para a cidade ‘‘é uma alegria muito grande’’. E completou: ‘‘É uma satisfação maior ainda pelo fato de estarmos ordenando seis novos sacerdotes nesse mesmo período’’, disse.




GABRIELA FREIREDA EQUIPE DO DIÁRIO DE NATAL




Nota do Publicador!




Diz a Bíblia Católica -"Ave Maria" em Português: Online.

http://www.bibliacatolica.com.br/01/29/45.php


Livro do Profeta Isaias no Capíttulo 45. 9 Ai daquele que discute com quem o formou, vaso entre os vasilhames de terra! Acaso diz a argila ao oleiro: Que fazes? Acaso diz a obra ao operário: És incompetente?




Isaias Capítulo 45. 20 Vinde, reuni-vos todos, aproximai-vos, vós que fostes salvos dentre as nações! Nada disso compreendem aqueles que trazem seu ídolo de madeira, aqueles que oram a um deus impotente para salvar.




A versão em Português, pelo Padre João Ferreira de Almeida, Corrigida e Revista. Fiel, Online.


http://www.chamada.com.br/biblia/index.php?pesq=Que+fazes&modo=0&rpp=50&ver=ACRF




Isa 45:9 -
Ai daquele que contende com o seu Criador! o caco entre outros cacos de barro! Porventura dirá o barro ao que o formou: Que fazes? ou a tua obra: Não tens mãos?





Isa 45:20 -
Congregai-vos, e vinde; chegai-vos juntos, os que escapastes das nações; nada sabem os que conduzem em procissão as suas imagens de escultura, feitas de madeira, e rogam a um deus que não pode salvar.

Mulher atuou pela absolvição

Verônica pediu que perdoassem Renan


O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e a mulher, Verônica, montaram uma base e, juntos, dispararam telefonemas para senadores e mulheres dos parlamentares às vésperas da sessão de julgamento de sua cassação.

Verônica, segundo relato de fontes que presenciaram as ligações, utilizou o mote "de mulher para mulher" e pediu: "Eu que sou a esposa já o perdoei. Ele não merece ser cassado." Renan foi absolvido na quarta-feira da acusação de quebra de decoro por supostamente ter pago suas despesas pessoais - como a pensão alimentícia para a jornalista Mônica Veloso (com quem tem uma filha de 3 anos fora do casamento) - com recursos do lobista Cláudio Gontijo, da empreiteira Mendes Júnior.

Para disparar os telefonemas, Verônica e Renan contaram com a ajuda de amigos e aliados. A operação teve início no domingo e seguiu até o dia da sessão de julgamento.

Na quarta-feira pela manhã, horas antes de chegar ao Congresso, o próprio Renan se encarregou de ligar para senadores, entre eles os de posição mais firme contra ele.

Um dos parlamentares confirmou ao Estado que Renan chegou a pedir voto pela abstenção. O peemedebista foi salvo da cassação com 40 votos pela absolvição e 6 abstenções. "Você me conhece. Se não está convencido da minha inocência não vote pela cassação. Vote, ao menos, pela abstenção", teria pedido Renan, segundo relato de um senador.

Ontem, Renan deixou Brasília acompanhado de Verônica para um fim de semana longe da crise. Amanhã ele completa 52 anos e parte da comemoração já teria sido organizada por amigos em Alagoas: um almoço na Fazenda Tapado, em Murici.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Pai de Madeleine diz que acusações da polícia são "ridículas"




da Efe, em Londres








O pai de Madeleine McCann, a menina britânica de 4 anos desaparecida desde 3 de maio no sul de Portugal, afirmou que considera "ridículas" as acusações de que ele e sua mulher, Kate McCann, estejam envolvidos no desaparecimento ou na suposta morte de sua filha.








A última suposição, veiculada hoje pelos tablóides britânicos, é de que Madeleine morreu de uma overdose de soníferos, administrados pelos seus próprios pais, ambos médicos.








AP
Gerry McCann, pai de Madeleine, diz que acusações da polícia são "ridículas"








Análises toxicológicas revelam que Madeleine consumiu uma quantidade "significativa" de pílulas, segundo informação do jornal francês "France-Soir", repercutida nesta sexta-feira pela imprensa britânica. Os fluidos corporais achados no porta-malas do carro alugado pelos seus pais após o desaparecimento de Madeleine indicariam que ela foi sedada, de acordo com a imprensa britânica, que se baseia em uma notícia publicada ontem pelo jornal francês.








Segundo o jornal britânico "The Sun", Gerry McCann disse a um amigo que as notícias que tentam incriminar o casal são "ridículas".








De acordo com McCann, ele e a mulher são inocentes, mas se vêem "encurralados". "Pelo que me consta, não há prova alguma de que Madeleine esteja morta. Estamos totalmente unidos nisto. Não há a menor suspeita entre nós", afirmou o pai da menina.








Fontes próximas à investigação revelaram nesta semana que a polícia havia estabelecido uma correspondência de 88% entre o DNA achado no porta-malas do carro de aluguel e o de Madeleine.








Segundo a imprensa britânica, no porta-malas também havia restos de cabelo da menina. Por isso, os investigadores portugueses supõem que seu corpo esteve ali.








Investigadores estão examinando o cabelo, tentando descobrir se a menina recebeu soníferos durante um período de tempo determinado.








Inocentes








Os pais de Madeleine, Gerry e Kate McCann, ambos médicos, negaram várias vezes qualquer participação na suposta morte da menina. Eles insistem que ela foi seqüestrada por desconhecidos enquanto dormia com seus dois irmãos mais novos num apartamento da localidade de praia da Luz, onde a família estava de férias.








Divulgação
Madeleine, que desapareceu de um quarto de hotel em Portugal








Segundo o jornal "Daily Express", a polícia portuguesa trabalha com a hipótese de que Kate causou acidentalmente a morte de sua filha e depois tentou fingir um seqüestro.








Tablóides revelam também supostos trechos do diário de Kate, de 39 anos, publicados na imprensa portuguesa. O texto reflete a sua angústia por lidar com três criaturas "hiperativas".








A mãe descreve as dificuldades que tinha para controlar Madeleine e seus irmãos. Além disso, ela se queixa de que seu marido a deixava lidar sozinha com três criaturas "hiperativas e histéricas".








O casal McCann voltou para a sua casa no Reino Unido. Mas a polícia portuguesa pode voltar a requisitar a sua presença em Portugal para novos interrogatórios como "suspeitos".








Segundo o "Daily Express", Kate McCann supostamente se negou a responder a muitas perguntas durante os dois interrogatórios a que foi submetida em Portugal.

Bhutto promete voltar ao Paquistão em outubro

A ex-primeira-ministra Benazir Bhutto retornará ao Paquistão em 18 de outubro, após oito anos no exílio, anunciou hoje em Islamabad o partido da ex-chefe de governo. O atual governo paquistanês informou que ela é livre para retornar ao país quando quiser, mas acusações de corrupção serão formalmente apresentadas contra ela. Makhdoom Amin Fahim, vice-presidente do Partido Popular do Paquistão, anunciou a data em uma entrevista coletiva concedida hoje. Segundo ele, Benazir Bhutto entrará no país em um avião que pousará em Karachi.

Simpatizantes de Benazir celebraram entoando palavras de ordem, espalhando pétalas de rosa e estourando rojões. A ex-primeira-ministra retornará independentemente do resultado das negociações com o presidente do Paquistão, general Pervez Musharraf, disse Fahim. As partes buscam um acordo de partilha de poder para depois das eleições no país. "Nós decidimos que ela retornará independentemente de haver ou não negociações", disse o senador Babar Awan, outro líder do Partido Popular do Paquistão. "Este é o momento no qual a nação paquistanesa tem de se redefinir. Agora é a hora de lutar."

Parlamento ratifica Victor Zubkov como novo premiê da Rússia


Da Efe, em Moscou


A Duma [Câmara Baixa do Parlamento russo] ratificou nesta sexta-feira por maioria arrasadora Victor Zubkov como premiê da Rússia.


A favor de sua candidatura, proposta pelo presidente russo, Vladimir Putin, votaram 381 deputados, 47 foram contra e oito se abstiveram, informou a agência de notícias Interfax.


O único grupo parlamentar que votou em bloco contra a ratificação de Zubkov foi o do Partido Comunista, decisão que o líder da formação, Gennady Zyuganov, tinha antecipado na véspera.
Sergei Karpukhin /Reuters


Victor Zubkov, que foi aprovado pelo Parlamento como novo premiê da Rússia
O processo de aprovação de Zubkov como premiê teve duração de apenas uma hora e meia, quando o candidato fez um discurso de apresentação, foram ouvidos os chefes dos grupos parlamentares e houve a votação.


Em seu discurso aos deputados, Zubkov --que amanhã completa 66 anos-- ressaltou que as prioridades do Executivo serão "aumentar a defesa e garantir a estabilidade econômica do país". "Outra tarefa estratégica é o desenvolvimento de nosso complexo industrial militar, para o qual há recursos contemplados no orçamento", disse.


Zubkov concentrou seu discurso em assuntos econômicos, mas também antecipou que haverá mudanças na composição do gabinete e que a luta contra a corrupção será também uma de suas principais preocupações,


"Antes de tudo, devemos conseguir diminuir a inflação, colocar-nos a salvo das oscilações exageradas do rublo e, ao mesmo tempo, encontrar possibilidades de continuar reduzindo os impostos", disse.


Ele também se pronunciou a favor de reduzir as importações de produtos agrícolas e ressaltou que a agricultura deve ser uma das principais preocupações do governo. Zubkov se referiu também à corrupção e propôs a criação de um órgão especial.


Sobre a composição do futuro gabinete, ele ressaltou que "amadureceram as mudanças, que são necessárias".

Oposição admite dificuldade para barrar CPMF

Redução gradual da alíquota deve voltar ao debate no Senado.Pedro Simon afirma que governo 'vai comprar a alma das pessoas'.


ROBERTO MALTCHIK

O senador Heráclito Fortes (DEM-PI) admitiu nesta sexta-feira (14) que a oposição terá dificuldade para barrar no Congresso a aprovação da CPMF. O imposto tem validade apenas até dezembro deste ano e o governo quer ampliá-lo até 2011. O partido, no entanto, fechou questão na Câmara e dificilmente dará votos favoráveis à aprovação da matéria no Senado. "Do jeito que está é difícil passar aqui no Senado. Mas a CPMF é eficiente como imposto fiscalizador", avaliou o senador.

Heráclito Fortes indicou que alterações na proposta original, como a redução gradual da alíquota – hoje fixada em 0,38% sobre todas movimentações financeiras –, podem resultar em prejuízo à pressão oposicionista visando barrar a aprovação do texto. Como se trata de Proposta de Emenda Constitucional (PEC), a matéria precisa ser aprovada em dois turnos nos plenários da Câmara e do Senado. No Senado, onde o governo tem maioria apertada, precisa-se de 49 dos 81 votos para a aprovação da PEC.

O senador do Democratas admite que a CPMF tem um componente benéfico sobre o combate a sonegação, e analisou também o interesse dos governadores, inclusive dos tucanos Aécio Neves (MG) e José Serra (SP), na aprovação da prorrogação do tributo, conhecido como imposto do cheque. "Essa é uma questão que envolve sim os governadores", ponderou.


'Rolo compressor'


Pedro Simon (PMDB-RS) tem outra análise sobre os motivos pelos quais o governo pode ter vantagem na votação. De acordo com o parlamentar, o 'rolo compressor' será acionado tão logo a proposta chegue ao Senado. "Hoje, eu voto contra o imposto do cheque [CPMF]. Não sou da base do governo e também não sou da oposição. Mas acho que o governo vai comprar a alma das pessoas", afirmou Simon, em referência às táticas de pressão utilizadas pelo Planalto, como a execução de emendas parlamentares e a distribuição de cargos na Esplanada dos Ministérios.

O PMDB, mais uma vez, caminha dividido no debate sobre a CPMF. O senador Gilvam Borges (AP), por exemplo, disse que as articulações já começaram para que o texto seja aprovado no Senado, antes mesmo da aprovação em dois turnos no plenário da Câmara. "A oposição flexibiliza, e o governo flexibiliza também", acredita Borges.


Renan


O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), escolheu justamente a prorrogação da CPMF para trocar a agenda e deve se empenhar diretamente na aprovação da proposta.

Segundo auxiliares do peemedebista, o governo precisa de Renan para aprovar a matéria. O Planalto classifica como "imprescindível" o apoio de Renan e dos senadores Romero Jucá (PMDB-RR) e Roseana Sarney (PMDB-MA) para ver o imposto do cheque prorrogado até 2011.


Aprovação


A Comissão Especial da Câmara dos Deputados aprovou na madrugada desta sexta-feira (14), por 13 votos a 5, a prorrogação da CPMF até 31 de dezembro de 2011, com alíquota de 0,38%.

A aprovação do parecer elaborado pelo deputado Antônio Palocci (PT-SP), com rejeição de todas as medidas apresentadas pela oposição, foi uma vitória do governo, que enfrenta agora o desafio de aprovar o tributo em duas votações na Câmara dos Deputados, antes de ser encaminhada ao Senado Federal.

Para justificar a necessidade de prorrogação do tributo, Palocci fez questão de defender que a CPMF "não é um tributo que atinge mais os pobres, ao contrário do que a oposição vem afirmando". Segundo o deputado, a contribuição é paga por 27 milhões de brasileiros, que representam 14% da população.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Ata do Copom indica interrupção do processo de queda de juros


Pela primeira vez o Copom manifestou de forma mais explícita a preocupação com o risco para a inflação


Agência Estado


Recheada de alertas sobre riscos que o aquecimento da demanda traz para a inflação, a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada hoje pelo Banco Central, deixou entre boa parte dos analistas a impressão de que o BC prepara o terreno para interromper o processo de queda dos juros. A revelação de que os integrantes do Copom cogitaram manter a taxa Selic inalterada também alimentou a expectativa de que o BC vai dar uma parada no ciclo de alívio monetário, iniciado há exatos dois anos, que permitiu a redução da taxa de 19,75% para os atuais 11,25% ao ano.


A dúvida entre os analistas é saber se os indicadores econômicos que serão divulgados até a próxima reunião, em outubro, serão capazes de mudar essa expectativa. Alguns apostam que, se os números vierem favoráveis, haveria chance de mais um corte de 0 25 ponto porcentual da Selic no mês que vem. Para Carlos Thadeu Filho, economista da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a decisão sobre juros que será tomada na próxima semana pelo Federal Reserve (Fed), o banco central americano, será fundamental para definir a trajetória dos juros brasileiros daqui para frente.


"Se o Fed cortar os juros em 0,25 ponto porcentual e sinalizar novos cortes, os mercados vão se acalmar e acabarão forçando o Copom a manter a trajetória de queda dos juros", disse ele. Thadeu Filho também destacou o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, divulgado na quarta-feira, que ficou pouco abaixo do esperado e, na sua avaliação, pode mudar as expectativas para os juros.


Na ata, pela primeira vez o Copom manifestou de forma mais explícita a preocupação com o risco para a inflação trazido pelo ritmo mais acelerado da economia e da demanda interna aquecida. Esse aquecimento, alerta o Copom, traz "riscos não desprezíveis" de elevação dos preços dos produtos e serviços. "Essa preocupação com a inflação de demanda está presente em quase todos os parágrafos da ata", constatou o economista Sergio Vale, da MB Associados.


O documento chama a atenção ainda para o fato de que o aumento de investimentos, embora robusto, não tem sido suficiente para evitar que o uso da capacidade instalada (produção) da indústria permaneça em níveis historicamente elevados. "O aquecimento da demanda pode ensejar aumento no repasse de pressões sobre preços no atacado para os preços ao consumidor", alertam os diretores do BC.


A preocupação com o risco de um superaquecimento da economia já tinha sido manifestada, na terça-feira passada, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silvae, durante visita à Suécia. Contrariando avaliação do ministro da Fazenda, Guido Mantega, o Copom afirma na ata que as pressões inflacionárias, embora localizadas no preço dos alimentos, podem representar um risco para a trajetória da inflação.


A esse cenário desfavorável, soma-se o alerta de que a contribuição do setor externo para manter a inflação baixa, com o dólar mais barato, já não é mais tão efetiva. Além disso, a ata adverte que parcela importante do efeito dos últimos cortes da taxa Selic ainda não produziu impacto no ritmo de atividade. O mesmo alerta foi feito em relação ao aumento dos gastos públicos.


Para agravar o quadro, o Copom informou que a projeção de inflação para 2007 aumentou "marcadamente", embora permaneça abaixo do centro da meta de 4,5%. A projeção para 2008, também ficou "sensivelmente" maior. Para Sérgio Vale, a piora das expectativas de inflação deixará o Copom ainda mais cauteloso na condução de política de juros. "O BC tem de agir para garantir o cumprimento da meta de 2009", disse Vale, que aposta na interrupção do processo de queda dos juros já em outubro.

TAM utilizará apenas pista principal de Congonhas

Agencia Estado


A TAM informou que a decisão do governo de reduzir em 300 metros o comprimento das pistas do Aeroporto de Congonhas para construção de áreas de escape nas cabeceiras das pistas afetará pouco as operações da companhia. Os jatos Airbus A319 e A320 utilizados pela TAM em sua frota passarão a utilizar somente a pista principal de Congonhas, que terá agora 1.640 metros. A pista secundária, que hoje tem 1.435 metros, será reduzida para apenas 1.195 metros.

Segundo a TAM, o A319 continuará operando em Congonhas sem restrições em condições de pista seca e com "mínimas" restrições para decolagem com pista molhada. A TAM possui 15 aviões desse modelo e sete deles são dedicados à ponte aérea Rio - São Paulo. Os Airbus A320 também terão seus pousos e decolagens mantidos normalmente com a pista principal seca. Já com a pista molhada, diz a companhia, haverá "pequena limitação de peso" para pousos e decolagens. A TAM possui 62 aeronaves A320 em sua frota.

De acordo com estimativas preliminares da companhia, apenas 2% dos seus vôos em Congonhas poderão ser afetados com a nova configuração das pistas. No entanto, a empresa não pretende alterar o número de vôos que opera em Congonhas, por enquanto.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Diretoria da Ponte Preta critica diretor do Corinthians

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Campinas, SP, 12 (AFI) - A diretoria da Ponte Preta soltou uma nota nesta tarde repudiando a diretoria do Corinthians no caso Héverton. A nota foi direcionada principalmente ao vice de futebol do Timão, Antoine Gebran.

Apesar de todos os argumentos, o Futebol Interior apurou agora pouco com exclusividade que o meia Héverton está em São Paulo acertando sua transfêrencia ao Timão. O empresário do jogador, Nick, afirmou que a chance é 10 do jogador fechar com o clube da capital.


Confira a nota na íntegra:

A suposta contratação do meia Héverton pelo Corinthians transformou-se em uma novela de equívocos estrelada pelo vice-presidente de futebol da equipe paulistana, Antoine Gebran. Nos últimos três dias, o cartola tem usado a mídia para anunciar diversas atitudes que teria tomado em relação à contratação do meia pontepretano, só que nada do que Gebran fala foi realmente feito. A mais recente história do corintiano foi declarar em entrevista à rádio Bandeirantes que pagou a multa contratual de Héverton para o clube de Campinas. No entanto, a multa não foi paga nem houve nenhum contato oficial até às 14h40 desta quarta-feira.

“Ninguém pagou multa nenhuma. Sequer houve um contato do Corinthians com a Ponte. Eles estão usando a imprensa para dar destaque a algo que querem fazer, mas a situação de fato é: Héverton é contratado da Ponte, que não vai liberar o jogador. Se ele quiser quebrar o contrato, uma multa será paga. Até agora, nenhuma multa foi paga. Ponto final”, diz Sebastião Arcanjo, diretor de futebol da Ponte.

Gebran disse ainda na entrevista que cederia Eduardo Ratinho e Hilton, atualmente no Corinthians, para integrar o elenco pontepretano, e que a Ponte teria 40% do passe de Héverton até o final do ano. Tudo tirado da cartola do vice-presidente. A Ponte não foi consultada ou comunicada de nada, só ouviu na mídia, assim como a maioria absoluta dos torcedores.

Na última noite, em entrevista para a ESPN, o discurso de Antoine Gebran foi diferente. Em entrevista ao repórter Fábio Kfouri, disse que estava tudo acertado com o jogador e que só esperava um “OK” por parte da Ponte. “OK” que nunca seria dado, visto que a Ponte não está negociando o jogador: a atitude do Corinthians é unilateral.

De acordo com as leis vigentes, o jogador Héverton, contratado da Ponte Preta até 1º de dezembro de 2007, só pode deixar o time antes do prazo sob duas condições: negociando sua liberação com a diretoria ou rompendo unilateralmente o contrato que tem com o clube. “Como já dissemos várias vezes, porém, não há nenhum interesse nosso de liberar o Héverton para qualquer time que seja. A diretoria do Corinthians não nos procurou propondo um acordo e, se procurasse, a resposta seria negativa. Héverton é um atleta no qual a Ponte apostou muito e queremos esse jogador em nosso elenco”, afirma Arcanjo.

Portanto, caso realmente haja intenção de ir para o Corinthians por parte de Héverton, a única saída para o meia será romper o contrato que tem com a Ponte Preta. Neste caso, ele terá de pagar a multa de seu próprio bolso ou dar uma procuração ao Corinthians para que a equipe de São Paulo pague a multa no lugar dele.

Valores

O valor da multa não pode ser revelado, por questões contratuais. No entanto, a imprensa tem especulado algo em torno de R$ 300 mil, o que é considerado baixo para um time como o Corinthians pagar. Houve quem dissesse que a Ponte deveria ter aumentado o valor da multa quando o atleta começou a despontar. “Só que o valor da multa é proporcional ao salário, portanto teríamos de pagar mais ao jogador para ter uma multa maior. Ocorre que a Ponte é um time hoje que paga todo mundo em dia, tem suas contas planejadas, uma gestão coerente de negócios e não poderia se meter em aventuras”, diz Sebastião Arcanjo.

O diretor de futebol pontepretano lamenta ainda que a atual legislação permita que os agentes de jogadores ajam como verdadeiros “caxeiros viajantes”, oferecendo seus jogadores de cidade em cidade. “Mas infelizmente essa é a realidade. Se Héverton quiser sair basta pagar a multa e ele estará em outro time. Lamentamos muito, porém, pois apostamos no jogador depois que ele se aventurou na Turquia, tivemos paciência para esperar burocracias com documentos dele e demos ao atleta todas as condições para melhorar. Se agora que ele está bom o dinheiro e a camisa de outro time falarão mais alto, não podemos fazer nada a respeito.”

No entanto, Arcanjo ressalta que durante todo o tempo em que as especulações sobre a contratação estão sendo feitas. Héverton tem dito que permanecerá até o final do campeonato brasileiro da série B na Ponte Preta. “De nossa parte, esperamos que ele cumpra a palavra dada.”

Rússia fabrica bomba comparável a arma nuclear


Os artefatos explosivos a vácuo, segundo general russo, destroem tudo o que for vivo na zona de impacto




MOSCOU - O chefe adjunto do Estado-Maior das Forças Armadas russas, coronel-general Aleksandr Rukshin, anunciou ontem que a Rússia fabricou a bomba a vácuo mais potente do mundo, de poder comparável a uma arma nuclear. “Os resultados dos testes desta bomba confirmam que ela possui eficácia e capacidade destrutiva comparável a uma carga atômica”, disse o general ao noticiário Vremia, do Canal 1 da emissora pública russa. Rukshin disse que as bombas a vácuo, ao contrário das armas nucleares, não representam perigo para o meio ambiente, pois não provocam contaminação por radiação.


O Canal 1 exibiu algumas imagens do teste da nova bomba a vácuo, nas quais foi possível ver seu lançamento, a partir de um bombardeiro Tupolev modelo Tu-160, e sua descida, atrelada a um pára-quedas. As bombas a vácuo pulverizam sobre ou na zona do impacto um combustível que se mistura com o oxigênio da atmosfera que, ao ser detonado, destrói tudo o que for vivo. De acordo com a emissora, “tudo o que é vivo literalmente evapora. Após esta explosão, o solo lembra muito mais a superfície lunar, mas sem poluição química ou radioativa”.


Além disso, disse que “o Ministério da Defesa ressalta que a fabricação desta bomba não está relacionada a nenhum acordo militar internacional assinado pelo país, nem representa o lançamento de uma nova corrida armamentista”. Ainda segundo o Canal 1, a bomba russa contém menos explosivos que sua similar americana (7,1 toneladas contra 8,2), mas tem poder destrutivo quatro vezes maior e pode atingir uma área 20 vezes maior, além de criar uma temperatura duas vezes mais alta no epicentro da explosão.


Yuri Baliko, chefe de um centro de pesquisa do Ministério da Defesa russo, declarou que o explosivo da bomba é consideravelmente mais potente que o conhecido TNT por causa do uso de nanotecnologia em sua fabricação. Por causa disso, a nova bomba exige menos precisão para atingir o alvo, o que por sua vez barateia consideravelmente sua produção, declarou Baliko. O Canal 1 disse em reportagem que os militares do Pentágono chamam a bomba a vácuo dos EUA de “mãe de todas as bombas”, o que levou os cientistas russos a darem o nome de “pai de todas as bombas” à sua. “Esta bomba nos permite garantir a segurança do Estado e, ao mesmo tempo, combater o terrorismo internacional em qualquer situação e em qualquer região do mundo”, garantiu Rukshin.


As bombas a vácuo são especialmente eficazes em espaços fechados como bunkers, edifícios e cavernas, onde conseguem criar uma grande pressão e altíssimas temperaturas. Segundo a imprensa russa, tanto a antiga URSS como a Rússia usaram bombas a vácuo para destruir refúgios subterrâneos inimigos em cavernas de montanha, a primeira durante a invasão ao Afeganistão e a segunda na guerra da Chechênia.

(EFE)

Indonésia emite novo alerta de tsunami e registra tremor


A Indonésia emitiu um novo alerta de tsunami nesta quarta-feira depois de ter registrado outro terremoto, de magnitude 6,6, no sul da ilha de Sumatra. Até o momento, não há informações sobre vítimas.


A agência meteorológica do país afirmou que o terremoto, registrado após um outro mais forte que sacudiu a ilha mais cedo, ocorreu 76 km ao noroeste de Lais Bengkulu (sul de Sumatra) e a 18 km de profundidade.


O primeiro tremor - O forte tremor que atingiu a costa de Sumatra, na Indonésia, na manhã desta quarta-feira. O terremoto foi regraduado de 7,9 para 8,2 graus na escala Richter. Prédios balançaram também na Tailândia, na Malásia e em Cingapura.


O abalo, registrado às 18h10 locais (8h10 de Brasília), teve seu epicentro 100 quilômetros a sudoeste da cidade de Bengkulu, a uma profundidade de aproximadamente 15 quilômetros, informou o Instituto Geológico dos Estados Unidos. Foi o tremor mais forte desde o tsunami que atingiu o arquipélago em 2004.


Na capital, Jacarta, a 600 km do epicentro do tremor, prédios tremeram.Alguns prédios foram esvaziados após o terremoto. Outros países como Austrália, Paquistão, Irã e Iêmem também sentiram efeitos dos abalos.


Edifícios desabaram na cidade indonésia de Mukomuko, na costa oeste de Sumatra, disse um policial a uma rádio local.


Budi Darmawan disse que edifícios de três andares ou maiores desabaram ou ficaram muito danificados nesta cidade, que está localizada a aproximadamente 300 quilômetros do epicentro do tremor. Até agora quatro caíram, disse ele à rádio ElShinta.


"Muitos edifícios ficaram destruídos, prédios de três andares ou mais ficaram danificados ou desabaram," disse.


Na cidade de Bengkulu, onde um prédio caiu, moradores decreveram um clima de pânico na cidade. "Todos saíram de casa e correm para todas as direções", disse a testemunha Wait Said à AP. "Que Deus faça a água não chegar a nós". A testemunha ainda contou que as comunicações no local estão cortadas.


Alerta de tsunami retirado - A agência meteorológica indonésia retirou o alerta de tsunami emitido hoje mais cedo.


De acordo com a agência metereológica indonésia, ondas de três metros de altura atingiram a cidade de Pandang. Mas como o sistema de comunicações na região está prejudicado, as informações estão escassos. O Centro de Alerta de Tsunamis dos EUA confirmou que um pequeno tsunami atingiu Pandang.


A Índia e a Malásia também emitiram alertas. O Centro Nacional da Índia para Serviços de Informação sobre Oceanos se preocupa com as ilhas de Andaman e Nicobar. Nenhum alerta foi emitido para a área continental, após o terremoto na Indonésia. 'Até agora não há nenhum alerta para a terra firme', afirmou à Reuters um funcionário do centro.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Grupo radical islâmico reivindica ataques frustrados na Alemanha


da Folha Online


O grupo radical União Jihad Islâmica divulgou nesta terça-feira que estava por trás dos atentados frustrados na Alemanha na semana passada, informou o Ministério do Interior alemão.


Os três suspeitos --dois alemães convertidos ao islã de 22 e 28 anos e um turco de 29 anos-- foram presos na última terça-feira (4) por membros da unidade de elite antiterrorista GSG-9. Eles chamaram a atenção das autoridades porque foram pegos observando a base militar americana em Hanau, perto de Frankfurt, no final de 2006. Os três passaram por treinamento em campos no Paquistão e formaram uma célula terrorista na Alemanha.


Oficiais do serviço de segurança haviam dito previamente que três homens possuíam conexões com a União Jihad Islâmica, que está baseada no Uzbequistão. No entanto, é a primeira vez que os alemães afirmam que todo o grupo era integrante do movimento radical islâmico.


"Pela internet a União Jihad Islâmica reivindicou que estava ligada aos atentados frustrados na Alemanha no dia 4 de setembro", informou o Ministério em um comunicado. O texto divulgado pelo governo alemão também afirma que especialistas analisaram o website e comprovaram a autenticidade da mensagem.


Os atentados deveriam ocorrer na Alemanha --inclusive na base dos EUA em Ramstein--, segundo o Ministério.


A ação objetivava pressionar a Alemanha a fechar sua base aérea em Termez, no Uzbequistão, segundo o informe.


Segundo o Departamento de Estado americano, o grupo radical do Uzbequistão é responsável por arquitetar atentados a embaixadas americanas e israelenses em julho de 2004 na capital uzbeque, Tachkent.


Na noite desta segunda-feira, uma outra ameaça de ataque foi feita a uma base militar americana de de Spangdahlem, na região alemã da Renânia-Palatinado. O telefonema anônimo colocou em alerta um grande dispositivo de segurança no interior e exterior da base.


A voz era de um alemão, com sotaque estrangeiro, talvez russo ou turco, disse o porta-voz da polícia alemã. Até o momento, nada suspeito foi encontrado perto da base pelos policiais.

Renan: parlamentares vão ao STF por sessão aberta

Um grupo de dez parlamentares entrou, na tarde desta terça-feira, com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo para que a sessão do Senado de quarta-feira, que votará o pedido de cassação do presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL), seja aberta.

Assinaram a ação Raul Jungmann (PPS-PE), Fernando Gabeira (PV-RJ), Chico Alencar (Psol-RJ), Carlos Sampaio (PSDB-SP), Luiza Erundina (PSB-SP), Raul Henry (PMDB-PE), Paulo Renato Souza (PSDB-SP), Luciana Genro (Psol-RS), José Carlos Aleluia (Democratas-BA), Alexandre Silveira de Oliveira (PPS-MG), Fernando Coruja (PPS-SC), Gustavo Fruet (PSDB-PR), José Anibal (PSDB-SP).

Segundo informações da assessoria de imprensa do STF, a escolha do relator deve ocorrer apenas depois das 20h. Com isso, a matéria dificilmente será votada até a sessão de amanhã, por falta de tempo hábil.

No texto, os deputados argumentam que Renan Calheiros não é apenas presidente do Senado, mas também do Congresso Nacional. Os parlamentares afirmam que têm direito de assistir à sessão. "Ou seja, mesmo não sendo membros daquele colegiado (Senado), certo é que os impetrantes, enquanto membros do Congresso Nacional, são presididos pelo senador Renan", diz o mandado enviado ao Supremo.

Além do mandado de segurança, o senador Delcídio Amaral apresentou um projeto de resolução com o objetivo de tornar a sessão de quarta-feira aberta.

Calheiros é suspeito de usar o lobista Cláudio Gontijo, da empreiteira Mendes Júnior, para pagar contas pessoais. O presidente do Senado ainda responde a mais dois processo no Conselho de Ética. Um que investiga se ele usou a máquina pública para beneficiar a empresa de bebidas Schincariol e outro se ele usou laranjas para comprar veículos de comunicação em Alagoas.

Fonte: Redação Terra

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Corinthians/MSI: PF revela lavagem de dinheiro e ordem para matar

Belém PA

Como este é um novo capítulo, o recomeço é pelo fim.O que se tem nas linhas abaixo é parte, outra parte, da investigação promovida conjuntamente, em períodos e formas distintas, pelos ministérios públicos federal e de São Paulo e pela Polícia Federal. Alvo: a simbiose Corinthians/MSI e o patrono da jogada, o bilionário Boris Berezovski, mais conhecido como "o mafioso russo".

No final da semana da Pátria, Terra Magazine e o colunista Juca Kfouri, da Folha de S.Paulo, publicaram reportagem com trechos do relatório final do trabalho da PF, que está em grande porção ancorado em interceptações telefônicas feitas com autorização judicial.

A seguir, um resumo de temas e personagens. Vale a ressalva: o material é uma transcrição do relatório da PF, já de conhecimento de pelo menos um advogado.

Limpa esse dinheiro aíEm 16 de maio de 2007, às 20 horas, 37 minutos e oito segundos, Alberto Dualib, hoje afastado da presidência do Corinthians, conversa com seu braço direito informal, Renato Duprat Filho, e um certo Franal.

Dualib, de saída, acusa um advogado de trabalhar com suborno de magistrados. Em seguida, ao tratar da remessa de recursos de Berezovski para o Brasil, diz:

- Dinheiro não pode mandar mais aí como lavagem... tem que limpar isso aí.Dois meses antes, em 29 de março, às 13 horas e 56 segundos, dialogam Duprat e Fischer (funcionário da MSI). Transcreve a PF:

- Renato pergunta para Fischer quanto entrou no Corinthians até hoje e Fischer fala que foi uns 55 milhões. Fischer fala que todo o dinheiro que entrou foi para o Corinthians e que deve ter ficado uns 2 ou 3 com eles.

Dinheiro para fiscais

Na página 7 do relatório da PF, um diálogo sem data nem horário. Está descrito:

- Alberto (Dualib) diz ter feito um acerto com o pessoal do imposto de renda, mas que quem vai levar o dinheiro é Marcos. Alberto diz que a única coisa que Marcos está fazendo é levar o dinheiro para "aqueles fiscais", mas segue dizendo que isto eles (Alberto Dualib e Nesi Curi, então vice-presidente do Corinthians) mandaram ele fazer.

Prossegue o relatório:

- (...) Comentam que Kia sabia que, se ficasse no Brasil, seria preso. Também falam que, se Boris voltar para o Brasil, Kia não vem mais.

"Manda matar"

Sempre lembrando: uma conversa telefônica transcrita pode ter um impacto e uma dimensão exacerbados numa mera transcrição.

Dito isso, segue o relato da PF, ainda na página 7 e sequência do mesmo diálogo:

- Nesi diz que tem que ameaçar o pai do jogador (NR: não identificado) e que tem que arranjar "uma negrada em Itaquera" para matar Martinez. (NR: vice-presidente de Futsal do Corinthians).

Proposta ao russo

Ainda página 7, diálogo sem data e sem horário, transcrito assim no relatório da PF:

- Renato mostra fortes contatos com russos interessados em jogadores brasileiros. Nesse diálogo Renato recebe proposta para levar a Boris sobre aquisição de 8 estações de televisão de filiais da TV Globo.

Nas conversas, sempre, muita desfaçatez. O que se pretende, ao longo de uma das negociações, é que o governo brasileiro conceda asilo político a Boris Berezovski.

Asilo a Boris

Neste diálogo entre Rubão (Rubens Gomes da Silva) e Duprat, no dia 28 de maio, às 17 horas, 54 minutos e 40 segundos, é citado "Vicente". Vem a ser Vicente Cândido. Deputado estadual do PT em São Paulo, em conversas com pelo menos um jornalista defendia a concessão do asilo para o russo Berezovski e dizia falar em nome de José Dirceu.

Transcreve a PF:

- Rubão pede a Renato que converse com Vicente para arranjar alguma coisa (emprego) para ele no governo. Renato diz que pediu, mas a pessoa certa é o Gilberto.

Rubão pergunta como está o negócio da documentação em Londres e Renato diz que, momentaneamente, "eles" deram uma escanteada discreta no Vicente. Rubão pergunta por que e Renato (Duprat) diz que ainda tem que descobrir. Renato diz que é briga da turma "deles". Renato diz que quem manda é o Gilberto (assessor de Lula), que é o chefe dele (Renato) e que abre tudo para ele.

Cara a cara

Prossegue o relatório: - Renato diz que Gilberto está indo com Lula para Londres só para encontrar com "ele" (Renato).

(...) Rubão pergunta, já que o presidente (Lula) está indo para lá, por que Renato não coloca Boris cara a cara com ele, e Renato diz que não, pois este é um jogo forte demais e ele precisa tomar cuidado.

A propósito deste trecho acima. Lula esteve em Londres, mas não houve encontro algum com Berezovski. Da mesma forma, em encontro com dirigentes do Corinthians no Palácio do Planalto não prosperou a proposta para que o presidente telefonasse para o russo.

Em entrevista a Juca Kfouri, na semana passada, Gilberto Carvalho, chefe de gabinete da Presidência da República acima citado nas transcrições, disse:

- A pedido da direção do Corinthians, nos limitamos a ver se era possível conseguir a extensão do asilo político dele na Inglaterra para o Brasil e não sabíamos sobre o russo o que sabemos hoje. Agora temos tratado de extradição com a Rússia e é impensável tê-lo aqui. Além do mais, vi Duprat apenas na audiência com o presidente e jamais falei com ele sobre qualquer assunto depois disso.

Concessão do asilo

Contudo, o promotor do Gaeco José Reinaldo Guimarães Carneiro (leia aqui) afirmou a Terra Magazine no domingo, 9:

- (...) me preocupavam as manobras que percebia para concessão do asilo a Berezovski. O governo me respondeu dizendo que havia um diploma legal que autorizaria o governo a conceder asilo ao russo.

Afirmou ainda:

- No ano passado, eu mesmo, nós do Gaeco, recebemos uma comunicação de uma autoridade, de que agora não me recordo quem, mas tenho o documento, informando que o Boris seria beneficiário de um tratado entre vários países e que levaria o Brasil a aceitar seu status de asilado por ser signatário desse mesmo tratado.

Um certo Frank

De volta à planície e ao relatório da PF.

Dia 6 de dezembro de 2006, às 21h, sem especificar na caixa postal de quem, a mensagem deixada por um certo Frank:

- Diz que precisa de US$ 110.000 (cento e dez mil dólares) para pagamentos de autoridades e comenta que nunca teve um problema desses na empresa antes.

Ainda em 6 de dezembro de 2006, diálogo entre Marcos Motta e Fischer, às 17h21. Está no relatório da PF:

- Marcos Motta (advogado da MSI) e Fischer falam sobre uma transferência de valor que será depositada pelo Milan numa conta do Corinthians, o mesmo irá ocorrer com um depósito do Betis. Estão tentando fazer com que os clubes no exterior depositem na conta do MSI para o Corinthians não receber.

Carta de Boris

Em 17 de abril de 2007, às 11 horas, 46 minutos e 37 segundos, conversam Dualib e Rubão. Se faltavam provas da presença de Berezovski à frente do negócio, tudo se esclarece. Está dito no relatório:

- Rubão diz que tem uma cópia da carta de Boris admitindo um investimento de 50 milhões de dólares no Corinthians...

"Um bandido maior"

Diálogo seminal às 11 horas, 57 minutos e 54 segundos no dia 26 de abril deste 2007, entre Dualib e Rubão. Soa como um testemunho, quiçá um epitáfio:

- Alberto diz que não entende que parceria é esta, em que o Kia arruma investidores que não são parceiros do Boris. Alberto diz que na hora que ele compra um jogador igual ao Carlitos, ele (Kia) engana todo mundo, paga 22 milhões e 600, e ele fica com 65% do jogador. Alberto diz que isso não dá, que ele é um pilantra, e que é um bandido maior que o outro.

A memória do caso

Depois destes novos capítulos, uma ligeira memória do caso.

Em 2005, alertado pelo olor da parceria MSI/Corinthians, o Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), de São Paulo, pediu à Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) dados sobre Berezovski.

Eis, em parte, o resultado, que consta de relatório assinado pelo promotor José Reinaldo Guimarães Carneiro:

-Tais dados constam de minucioso relatório produzido pela Agência Brasileira de Informações - ABIN (fls. 11/16). Também se vê daquele documento a ligação de Boris Berezovski com sucessivos governos da antiga União Soviética e, posteriormente, da Rússia, fato que lhe propiciou a aquisição de empresas estatais a preços abaixo do valor real de mercado e, também, a acusação de ter representado "papel no desenvolvimento da 'jihad' islâmica ao financiar as ações de grupos ligados a Bin Laden na Tchetchênia em 1999"... Informou ainda a ABIN ao Gaeco:

-(...) assim, apontado como "banqueiro informal" dos movimentos tchetchenos, local que, nos dois anos seguintes, "se tornaria um centro para a ação de criminosos", tendo sua capital, Grozny, listada como importante ponto para o "tráfico internacional de heroína".

Ator de negócios

A partir do relato da ABIN deslancha a apuração do Gaeco. Em três meses, o resultado: trata-se de um mafioso de alta periculosidade. E é ele, apontava então o Gaeco em 2005, o verdadeiro gestor da MSI.

Kia Joorabichian, o iraniano, é apenas um representante de Boris e seus parceiros, tais como Badri Patarkatsishvili. Kia, na brilhante definição de um jornalista russo, é um "ator de negócios".

Entraram em cena, na seqüência, o Ministério Público Federal e a Polícia Federal. A investigação avançou e, neste 2007, o MP federal fez sua denúncia.

Em julho último a Justiça Federal aceitou denúncia. Kia e Berezovski tiveram prisão decretada. Dualib e Duprat se tornaram réus, acusados de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

Ruídos entre a PF e o MP Resta um ruído neste circuito, entre setores da PF e do MP federal. Na PF há quem entenda ter sido precoce o oferecimento da denúncia. E que a pressa teria espantado caça ainda maior.

Não é o que pensam integrantes do MP.

Entendem eles que toda investigação tem um tempo para começar e para acabar. E que é decisivo não errar a mão nesse tempo.

Alberto Dualib, personagem destacado nesse enredo, está afastado da presidência do Corinthians, e o clube decretou o fim da parceria. A novela, no entanto, não chegou ao fim. Longe disso.
Fonte: Terra Magazine

domingo, 9 de setembro de 2007

Placar para cassação de Renan ainda tem 23 votos indefinidos

Luiz Carlos AzedoDo Correio Braziliense


O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), está sendo aconselhado por seus aliados a trocar o cargo pelo mandato de senador, num acordo de bastidores com a oposição, no qual ele sofreria uma punição mais branda do que a cassação. Esse acordo salvaria seu mandato e, em parte, a imagem da Casa. Renan, entretanto, teme que o gesto acabe resultando na aprovação do pedido de cassação, pois seria um sinal de fraqueza numa hora decisiva.

Ele será julgado em sessão secreta na quarta-feira. Levantamento feito pelo Correio mostra um cenário apertado. Apuração junto a parlamentares e líderes de bancada apontou 30 votos pela cassação, 28 pela absolvição e 23 indefinidos. São senadores que não revelam o voto. Para que Renan perca o mandato, é preciso que 41 parlamentares votem pela cassação.

Renan cobra o apoio do Palácio do Planalto e diz contar com a adesão da bancada do PT para sua absolvição. “A minha relação com o PT nunca esteve tão bem como está agora, afirmou na quinta-feira, antes de viajar para Alagoas, onde passa o final de semana. A bancada petista tem 12 senadores. Renan, entretanto, não conta com todos. Alguns já declararam publicamente que votarão pela sua cassação: Eduardo Suplicy (SP) e Augusto Botelho (RR). A líder petista Ideli Salvatti (SC) trabalha pela absolvição, mas a lista dos indefinidos não pára de crescer: Aloizio Mercadante (SP), Paulo Paim (RS), Flávio Arns (PR) e Tião Viana (AC) condicionam o voto contra a cassação ao afastamento da Presidência do Senado.

Renan também não pode contar com o apoio maciço da bancada do PMDB, que tem 19 senadores. Os ex-governadores Jarbas Vasconcelos (PE) e Pedro Simon (RS) estão na linha de frente dos que defendem a cassação. E a lista dos “inescrutáveis” – senadores cuja posição é uma incógnita – está crescendo entre os peemedebista: Garibaldi Alves (RN), Gérson Camata (ES), Valter Pereira (MS) e Mão Santa (PI) permanecem indefinidos.

Aliados

A esperança de Renan é buscar votos entre os amigos da oposição. Isso é possível na votação secreta, porque nem todos concordam com a orientação dos líderes do DEM, José Agripino (RN), e do PSDB, Arthur Virgílio (AM), que defendem a cassação. Com 17 senadores, votam a favor de Renan, Edison Lobão (AM), aliado de Sarney, e Antônio Carlos Filho (BA), por conta das excelentes relações que o atual presidente do Senado mantinha com o seu pai, o falecido senador Antônio Carlos Magalhães (BA).

No PSDB, Renan espera contar com os votos de Eduardo Azeredo (MG), a quem protegeu no escândalo do mensalão, e João Tenório (AL), que assumiu a vaga aberta pela eleição de Teotônio Vilela Filho para o governo de Alagoas. A lista de inescrutáveis nos dois partidos também é grande.

Na verdade, cresce a convicção de que Renan não tem mais condições de permanecer à frente do Senado. Mesmo os aliados avaliam que, se for absolvido, Renan será um fardo pesado a carregar até as eleições, desgastando a imagem da Casa. Uma das hipóteses é a licença da Presidência do Senado, o que possibilitaria a substituição de Renan por Tião Viana. A outra, a renúncia pura e simples, com a indicação de um senador peemedebista de suas relações para o cargo. Até agora, Renan não deu o menor sinal de que pretende ceder: aposta no tudo ou nada da votação secreta. E exige solidariedade do governo, com o argumento de que a oposição quer cassá-lo para tomar o comando do Senado e criar dificuldades para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Sexta-feira, no 7 de Setembro, o ministro da Justiça, Tarso Genro, reiterou as declarações do presidente Lula de que o Palácio do Planalto não se envolverá na votação do pedido de cassação. Não é bem assim. O ministro das Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia, tem se movimentado em sentido contrário, cobrando o posicionamento dos parlamentares da base governista a favor de Renan.