Por Nathália Ferreira
Bruxelas - A economia da zona do euro
(grupo dos 16 países que adotam o euro como moeda) deve sofrer
contração de 4% em 2009, seguida por um crescimento de 0,7% em 2010 e
expansão de 1,5% em 2011, segundo relatório trimestral com previsões da
Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia (composta pelos 16
países da zona do euro e mais 11 países). Mas a comissão alertou que a
perspectiva é "altamente incerta", observando que "medidas monetárias e
fiscais significativas" estão sustentando os passos da região rumo à
recuperação. Para a União Europeia como um todo, a previsão é de
contração de 4,1% este ano, antes de expansão de 0,7% em 2010 e
crescimento de 1,6% em 2011.
Mas embora as economias da União
Europeia e da zona do euro devam se recuperar ao longo de 2010, o
desemprego continuará subindo, segundo a comissão, que prevê que a taxa
alcance 10,9% na zona do euro em 2011, enquanto na União Europeia deve
ficar em torno de 10,3%. Em dezembro passado, os países da UE
concordaram em gastar cerca de 200 bilhões de euros para sustentar as
economias. Combinados a um repentino declínio na receita tributária,
esses gastos causaram forte deterioração nas finanças públicas do
bloco. A comissão espera que o déficit total dos governos da UE
represente 7,5% do Produto Interno Bruto em 2010, quase o triplo do
nível registrado em 2008. No próximo ano, entre os 27 países do bloco,
apenas a Bulgária deve ter déficit abaixo do limite estabelecido pela
UE de 3% do Produto Interno Bruto (PIB).
"Um período prolongado
de consolidação fiscal terá que acontecer para colocar a dívida pública
novamente em um patamar sustentável", disse a comissão em relatório. Os
ministros das Finanças da UE já concordaram que as medidas de estímulo
fiscal precisam ser encerradas até 2011, no máximo. A comissão espera
que o apoio dos governos para a recuperação econômica "suma" ao longo
do próximo ano.
Reino Unido
A Comissão Europeia
revisou hoje a projeção para a economia do Reino Unido (que faz parte
da UE mas não da zona do euro) e espera agora uma contração mais forte
em 2009 como um todo, mas também prevê crescimento no quarto trimestre.
Em seu relatório trimestral com projeções para países da União
Europeia, o braço executivo da UE informou que prevê contração de 4,6%
da economia britânica este ano, contra estimativa feita em setembro de
contração de 4,3%. Mas a comissão acredita que o Reino Unido
provavelmente sairá da recessão no quarto trimestre, com previsão de
que o Produto Interno Bruto cresça 0,4% em comparação ao terceiro
trimestre, quando o PIB encolheu 0,2%.
"É esperado crescimento no
segundo semestre deste ano, embora isso reflita uma série de fatores
temporários, tais como os maiores gastos do governo", disse a comissão.
O governo do Reino Unido prevê que a economia voltará a crescer antes
do final deste ano, mas espera contração entre 3,25% e 3,75% em 2009
como um todo. A comissão reiterou que, com o desemprego subindo, os
gastos dos consumidores continuarão caindo em 2009 e atingirão o ponto
mais baixo em 2010, antes de subirem moderadamente em 2011. Já o
investimento empresarial deve se estabilizar no começo de 2010, mas
crescer a um ritmo baixo a partir de então. As informações são da Dow
Jones.
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terça-feira, 3 de novembro de 2009
domingo, 1 de novembro de 2009
Segunda etapa da campanha contra aftosa começa em 18 Estados e no DF
Produtores têm 30 dias para aplicar a dose da vacina em bois e búfalos
Em novembro, o rebanho de bovinos e bubalinos de 18 Estados e do Distrito Federal deve ser vacinado contra a febre aftosa. É a segunda etapa da campanha de 2009 e a previsão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento é que 160 milhões de animais sejam imunizados.Produtores rurais do Acre, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo, Sergipe, Tocantins e os que estão próximos da capital do país têm 30 dias para aplicar a dose da vacina em bois e búfalos. No Estado do Amapá, no entanto, a campanha vai até 15 de dezembro.
Todos os Estados das regiões Centro-Oeste e do Sudeste, além de Rondônia, Acre, Tocantins, Bahia, Sergipe, Rio Grande do Sul, Paraná e a maior parte do Pará são territórios reconhecidos pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como área livre de aftosa com vacinação.
Em maio de 2007, Santa Catarina alcançou o status de área livre sem vacinação e já não vacina mais o rebanho contra a febre aftosa desde o ano 2000.
No Brasil, são criados 200 milhões de bovinos e mais de um milhão de búfalos. Desse total, 89% dos animais estão em áreas livres de febre aftosa.
Esta vacinação é mais uma etapa no cumprimento de um cronograma para atingir a meta de erradicação da febre aftosa do país. Em algumas regiões, onde a execução das atividades de prevenção encontra dificuldades, há necessidade de reforço e presença do Serviço Veterinário Oficial, como no Amapá e na Calha do Rio Amazonas, enfatizou o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Inácio Kroetz.
O Amapá é considerado área de risco desconhecido para a febre aftosa. Nesta etapa da campanha, a vacinação de todo o rebanho terá acompanhamento do Serviço Veterinário Oficial. A ação, promovida pelo Ministério e realizada por meio da Superintendência Federal de Agricultura no Amapá, vai contar com a colaboração de veterinários, técnicos e auxiliares de outras unidades da federação e do setor privado.
Durante a mobilização, haverá também a vacinação de 60 mil suínos contra a peste suína clássica. Ao todo, 300 técnicos e fiscais federais agropecuários também vão vacinar cerca de 500 mil bovinos e búfalos contra a aftosa.
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