sábado, 3 de abril de 2010

Explosão em fábrica em Lorena foi ouvida em municípios vizinhos


Acidente aconteceu na noite de sexta no interior de SP.
Ninguém ficou ferido; causas ainda são desconhecidas.


Do G1, com informações do SPTV

A explosão na fábrica de explosivos Órica, em Lorena, a 198 km de São Paulo, que destruiu uma das áreas de produção da empresa na noite de sexta-feira (2), foi ouvidas por moradores de outras cidades do Vale do Paraíba. Apesar do susto, ninguém ficou ferido.

A explosão aconteceu por volta das 22h. O Corpo de Bombeiros de Guaratinguetá foi acionado, mas teve a entrada impedida pela direção da fábrica. O incêndio foi controlado pela brigada da própria indústria.

Um dos advogados da empresa disse que houve detonação de produtos explosivos. A área de produção atingida segue um padrão especial de segurança e necessita ser isolada. Entretanto, os produtos produzidos ali não podem ser divulgados por causa do segredo industrial.

Toda atividade de produção de explosivos é controlada pelo Exército. Por isso, o ele deve fazer uma vistoria no local. A empresa não informou quantos funcionários estavam no trabalhando no momento da explosão. Apenas disse que a primeira preocupação foi evacuar o local com segurança através dos canais de acesso. Por medida de segurança a área permanece isolada.

Segundo a Defesa Civil, o impacto da explosão foi sentido em Lorena e em cidades vizinhas. O Comando Regional do Corpo de Bombeiros também esteve na empresa para avaliar a dimensão dos estragos, mas segundo o tenente Bernardes, não foi possível fazer o trabalho porque o local estava muito escuro.

Há cinco anos, uma outra explosão na mesma indústria matou três pessoas e deixou outras 12 feridas. 




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terça-feira, 30 de março de 2010

Professores furam bloqueio e fazem apitaço contra Serra

CAROLINA FREITAS - Agência Estado


Apesar do esquema de segurança com 100 policiais militares, metade deles da Força Tática, dez manifestantes do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) atrapalharam o protagonismo do presidenciável tucano José Serra na cerimônia de inauguração do Trecho Sul do Rodoanel Mário Covas. Discretos, entraram no evento e se misturaram entre o público. A presença deles só foi revelada quando o locutor anunciou o discurso de Serra. Os manifestantes começaram a apitar e a gritar palavras de ordem contra o governo estadual.

Serra chegou a titubear antes de começar a falar, mas, depois de um tempo de silêncio, iniciou o discurso. Sempre que os professores apitavam, o governador elevava o volume da voz. Questionado se havia ficado chateado com o protesto, o tucano deu de ombros e respondeu: "Tinha uma meia dúzia."

Ao contrário dos professores em greve, os operários que trabalharam na construção do Rodoanel aproveitaram o evento para saudar Serra com gritos de "Brasil urgente, Serra presidente". Imediatamente, o tucano segurou o braço do deputado Orlando Morando (PSDB), que com o punho fechado gritava o bordão, e pediu ao microfone: "Aqui, não queremos campanha antecipada, nem de um lado nem de outro. Se o outro faz, a gente se esforça para ficar quieto." Serra vistoriou pouco mais de dez quilômetros dos 61,4 km do Trecho Sul do Rodoanel na cabine do caminhão da piloto de Fórmula Truck Débora Rodrigues. O veículo colorido foi seguido por um comboio de carros de autoridades e convidados.

"Vistoria"

O anel viário será liberado ao trânsito apenas nesta quinta-feira, às 6 da manhã, mas o governador comandou hoje no local uma cerimônia para comemorar a conclusão da obra. O evento foi tratado pela equipe do governo como "vistoria", enquanto o mestre de cerimônias chamou de "inauguração". Serra deixa o Palácio dos Bandeirantes na sexta-feira.

Para o tucano, foi uma "inauguração até certo ponto". "Como a minha prestação de contas do governo é amanhã, eu não poderia vir aqui na quinta-feira", explicou o governador.

Segundo o secretário estadual dos Transportes, Mauro Arce, no Rodoanel faltam a pintura de faixas e a limpeza das vias para a liberação ao tráfego.

A obra será uma das principais bandeiras do governador na corrida à Presidência da República. A vistoria teve discurso de despedida de Serra, que durou 30 minutos.

Despedida

Serra aproveitou o último evento em obras de sua gestão para agradecer a sua equipe de governo e, em tom de despedida, falou sobre seu objetivo na vida pública. Ele dedicou especial atenção aos secretários de Desenvolvimento, Geraldo Alckmin (PSDB), e da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), e ao vice-governador, Alberto Goldman (PSDB). O tucano também revisou sua própria trajetória política. "Meu único sentido na vida pública é me dedicar às questões do nosso povo. É fazer acontecer coisas boas para o povo brasileiro e lutar sempre pela igualdade."

O governador disse que, diante da cerimônia no Rodoanel, sentia-se "plenamente preenchido". "Se eu tivesse de encerrar a minha vida pública hoje eu sairia contentíssimo pelo que fiz e pelo que ajudei a fazer."
O presidenciável admitiu a contribuição do governo federal para a obra, com recursos de R$ 1,2 bilhão. O trecho Sul custou, no total, R$ 5 bilhões. "Insistimos que Lula viesse, mas ele não pôde. Está envolvido com mudanças nos ministérios", disse Serra. "A contribuição do governo federal representou 24% do valor da obra. Sem ele, não teríamos bala para fazer a obra", reconheceu.


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