sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Paulo Autran: uma vida dedicada ao teatro



Ator, diretor e produtor teatral faleceu nesta sexta-feira, aos 85 anos, de enfisema pulmonar
Beth Néspoli, do Estadão






Celia Thome/AE
Paulo Autran




SÃO PAULO - "Sou apenas um homem de teatro. Sempre fui e sempre serei um homem de teatro. Quem é capaz de dedicar toda a sua vida à humanidade e à paixão existentes nestes metros de tablado, esse é um homem de teatro." Na voz de Paulo Autran, essas palavras foram ouvidas nos palcos de dezenas de cidades brasileiras no espetáculo Liberdade, Liberdade, um dos muitos grandes sucessos de sua longa carreira.






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Paulo Autran: uma vida dedicada ao teatro
Ouça a homenagem da Rádio Eldorado ao ator Paulo Autran
Imagens do livro 'Paulo Autran - Sem Comentários'
Web guarda grandes momentos do 'Senhor dos Palcos'





Síntese corajosa da resistência contra o regime militar, a peça estreou no Rio de Janeiro em abril de 1965. E já naquela época, o texto traduzia a carreira do ator, diretor e produtor Paulo Autran - 57 anos dedicados à arte de interpretar.






Morto nesta sexta-feira, 12, aos 85 anos, de enfisema pulmonar, Autran, além do teatro, participou ainda de filmes, entre eles Terra em Transe, de Glauber Rocha, teleteatros e novelas na televisão. Sua carreira tem aspectos bastante originais. Raros são os atores, no Brasil, e no mundo, capazes de enumerar tantos protagonistas em sua trajetória, sobretudo num repertório de peso, como Paulo Autran.






Ao atuar pela primeira vez numa novela já tinha alcançado prestígio e popularidade - seu nome era reconhecido nacionalmente - por sua atuação nos palcos. Afinal, ele havia viajado por todas as regiões do Brasil apresentando desde tragédias gregas e shakespearianas até peças brasileiras de forte comunicação como Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto, em palcos, quadras e até mesmo lonas de circo. Tal proeza, reconhecimento nacional através do teatro - atuou em apenas três novelas -, talvez nenhum ator jamais repita. E não só porque os tempos mudaram. Essa é trajetória é original mesmo dentro de sua geração.






Curiosamente, sua estréia profissional só se deu aos 27 anos, mais precisamente no dia 13 de dezembro de 1949, no Rio, na peça Um Deus Dormiu Lá em Casa, de Guilherme Figueiredo. Nessa peça, contracenava com a atriz Tônia Carrero, responsável pelo convite ao ator amador, que ela vira num palco de Copacabana, atuando na peça À Margem da Vida, de Tennessee Williams. Apesar da data de sua estréia profissional, quase ao fim da temporada anual, Paulo Autran ganhou os principais prêmios de ator daquele ano. "Não foi bom para mim. Era muito imaturo e, na época, fiquei completamente idiotizado", contou em entrevista ao Estadão.






A verdade é que, até então, não estava preparado para os percalços e glórias da nova profissão. Advogado formado na famosa faculdade do Largo de São Francisco, em São Paulo, Autran entrara pouco antes para o teatro amador como muitos jovens de sua época. Afinal, em 1943 o teatro brasileiro ingressara no modernismo com um grupo de amadores dirigidos por Ziembinski. "Eu não me sentia dentro de um movimento, ninguém sentia assim na época. Simplesmente fazíamos teatro. Éramos atraídos para isso. E todo mundo dizia que eu era muito ‘natural’ em cena." Tendo nascido no Rio, por conta das mudanças de endereço do pai, delegado, Autran cresceu em São Paulo.






Fã de Dulcina de Moraes, freqüentava teatro desde os oito anos de idade. Naquela época, o palco era tomado pelos grandes atores, de gestos ‘grandiloqüentes’, voz impostada. O movimento amador veio para mudar não só a hierarquia em cena, passando a dar igual valor a atuação, direção, iluminação e cenário, como também para mudar um estilo de representação. E o temperamento de ator de Autran - rigoroso na técnica, sóbrio, elegante, capaz de criar modulações de voz, de intenções e de gestos no limite da filigrana, adequava-se como uma luva às novas exigências do palco.






Estreou no TBC em 1946 como amador, antes da profissionalização da casa fundada por Franco Zampari. Foi numa excursão ao Rio, com um grupo amador dirigido por Abílio Pereira de Almeida que foi ‘descoberto’ por Tônia. Depois da entrada no mundo profissional com Um Deus vieram outras peças e outros prêmios. Foi salvo da ‘idiotia’ por Adolfo Celi, o seu grande mestre, um dos muitos diretores italianos contratados pelo Teatro Brasileiro de Comédia. "Com ele aprendi que a arte de interpretar exigia muito mais do que ser ‘natural’ em cena." Em 1951, o produtor Franco Zampari contratou Autran para o TBC e Tônia para a companhia cinematográfica Vera Cruz. Voltou então a São Paulo, declaradamente a cidade de seu coração.






No TBC, onde ficaria de 1951 a 1955 faria sua formação, sob a tutela de vários diretores de grande prestígio, como Ziembinski, Albert D’Aversa, Ruggero Jacobi e, sobretudo, Adolfo Celi. Nesse teatro, a meca do teatro brasileiro na época, amadurece como ator e, segundo ele própria afirmava, percebe o quanto precisa aprender, livrando-se da empáfia do jovem ator premiado. No TBC, atua em nada menos do que 18 peças, em pouco mais de quatro anos, entre elas Antígona, de Sófocles; Seis Personagens em Busca de um Autor e Assim É se lhe Parece, de Luigi Pirandello; Mortos sem Sepultura, de Sartre e Leonor de Mendonça, de Gonçalves Dias.






Em 1956, funda sua própria companhia com Tônia Carrero e, claro, o mestre Adolfo Celi na qual estréia no papel de Otelo numa interpretação unanimemente elogiada. Décio de Almeida Prado, o então respeitado crítico do Estado, escreveu que Autran não precisa altear o tom de voz para passar toda a autoridade, a força e a dor do general Otelo. A companhia termina em 1961, mas nesse curto período encena 17 peças, entre elas Fim de Jogo, de Beckett e Lisbela e o Prisioneiro, de Osman Lins. E foi na Cia. Tônia-Celi-Autran que ele conheceu seu primeiro retumbante fracasso, na peça Frankel, de Antonio Callado. "Era um drama ambientado no Xingu. No terceiro dia de peça, tinha quatro pessoas na platéia. E não foi muito além disso. Tivemos que suspender a temporada logo depois da estréia."






Em compensação, logo depois de desfeita a companhia dirigida por Celi, Autran atuaria no musical My Fair Lady e iria viver um estrondoso sucesso. Em seguida, viria Liberdade, Liberdade, Depois de Queda, de Arthur Miller, Édipo Rei e O Burguês Fidalgo e Morte e Vida Severina, todos grandes sucesso de público. "Uma coisa aprendi nesses anos todos de teatro. Não há regras", diria Autran em entrevista sobre os percalços da profissão. Sim, porque após essa série de sucessos, a coisa mudaria de figura. "Veio uma série de montagens mornas. Não eram um grande sucesso, nem um grande fracasso. De alguma forma, parecia que eu só fazia o já esperado de mim."






O impressionante é que nessa ‘série morna’ Autran enumera Macbeth, de Shakespeare; As Sabichonas, de Molière e Assim É... Se lhe Parece, de Pirandello. Pela primeira e única vez na sua vida, Autran afastou-se do palco durante seis meses. "Precisava pensar o que estava acontecendo na minha carreira." Chegou a conclusão de que ser a um só tempo ator e produtor atrapalhava. Decidiu então ‘oferecer-se’ ao diretor Antunes Filho. Foi assim, sob a batuta de Antunes, na peça Em Família, de Vianinha, em 1972, que recuperou seu bem-sucedido casamento com o palco. E nunca mais parou.






O mais jovens, aqueles que não tiveram a oportunidade de vê-lo em muitos desses grandes papéis - teatro é arte efêmera - certamente ainda puderam comprovar o seu talento nos seus últimos trabalhos. Por exemplo, na detalhada composição para o velhinho judeu da peça Visitando o Senhor Green. Os mais ousados, que esperam no camarim após o espetáculo para um abraço ao ator, invariavelmente surpreendiam-se com a diferença entre Autran e seu alquebrado Sr. Green. Mesmo fumando muitos cigarros diários, vício que lhe valeu algumas pontes de safena, Paulo Autran ostentava disposição invejável. Se não estava atuando, podia ser visto quase todo fim de semana na platéia dos teatros paulistanos. Jamais deixou de acompanhar a cena teatral.






Inquieto, nos últimos anos ainda arrumou tempo e energia para excursionar pela direção e apostar em novos talentos. Assim, dirigiu Vestir o Pai, de Mário Viana, protagonizada pela atriz Karin Rodrigues, uma grande amiga, por quem nutria profundo amor, e com quem se casou. E atuou na peça Adivinhe Quem Vem para Rezar, o primeiro texto levado ao palco do dramaturgo Dib Carneiro Neto, editor do Caderno 2.






Diante de um ator como Paulo Autran, o risco não é o excesso de reverência, mas o seu oposto - não dimensionar a importância de sua arte. Foi no bojo de uma renovação da cena que ele começou sua carreira, o surgimento do teatro moderno. Saíam de cena os arroubos do astro personalista, entrava o ator com inteligência para dissecar um personagem, revelar e ampliar seus sentimentos e contradições, aliando em iguais medidas intensidade e contenção. Outras inovações vieram, atores de sua geração arriscaram-se em experimentações. Paulo Autran não. Mas cuidou sim de aprimorar o modelo que adotou ao limite da minúcia, o que pôde ser plenamente comprovado na montagem de O Avarento, seu último trabalho no palco. Quem viu, não esquece sua interpretação do sovina Harpagon rica de detalhes, precisa nos tempos de humor. Se existir céu, Molière certamente o receberá de braços abertos.


Agência descarta revisar pedágio em federais


MARTA SALOMONda Folha de S.Paulo, em Brasília


O diretor-geral da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), José Alexandre Resende, descartou ontem revisão dos pedágios das rodovias federais privatizadas na primeira etapa do programa. Um dia depois de o TCU (Tribunal de Contas da União) determinar que a agência reguladora avalie, no prazo de 30 dias, a taxa de retorno de investimento dos contratos, Resende afirmou que "não há desequilíbrio" nas concessões.


A determinação do TCU foi provocada pelo resultado do leilão de mais sete trechos de rodovias federais na segunda etapa do programa, realizado na terça-feira. As novas concessionárias vão operar com rentabilidade anual inferior a 9%, enquanto as concessões antigas trabalham com taxas de retorno entre 17% e 24% ao ano, pactuadas em contrato.


Relatório apresentado pelo ministro Ubiratan Aguiar e aprovado pelos colegas do tribunal argumenta que a rentabilidade das rodovias privatizadas no primeiro mandato do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso não é compatível com o atual cenário de estabilidade econômica do país. O texto sugere a redução das tarifas para rever o que chamou de "lucros exorbitantes".


Os contratos prevêem a possibilidade de o poder concedente - a ANTT-, por ato de ofício de seu diretor-geral, dar início à revisão da tarifa básica dos pedágios. Essa possibilidade consta no artigo 70 do contrato da NovaDutra, por exemplo. As tarifas das rodovias privatizadas na primeira etapa do programa variam de R$ 3,50 (Ponte Rio-Niterói) a R$ 7,80 (Via Dutra).


Carlos Serman, superintendente de exploração de infra-estrutura da ANTT, informou que a revisão da tarifa "não é impossível", mas demandaria uma longa e difícil negociação com as concessionárias.


"Se a situação do país mudou e o nível de risco caiu, a expectativa de evolução do tráfego não se confirmou, e as rodovias operam com tráfego 20% inferior, em média, à previsão inicial", argumentou.


Serman insistiu em dividir responsabilidade com o TCU pelos reajustes já autorizados nas tarifas. Ele disse que todas as informações sobre reajustes são submetidas à Secretaria de Fiscalização de Desestatização do tribunal.


O TCU determinou estudos para a eventual revisão das tarifas cobradas na ponte Rio-Niterói, na rodovia Presidente Dutra, que liga o Rio de Janeiro a São Paulo, no trecho da BR-040 entre Juiz de Fora (MG) e o Rio de Janeiro, na BR-116 entre o Rio de Janeiro e Teresópolis e no trecho da BR-290 no Rio Grande do Sul, todos privatizados no governo FHC. O diretor-geral da ANTT foi indicado para o posto pelo ex-presidente tucano. Seu mandato expira em fevereiro.

Pai conta como descobriu droga em brinquedo do filho

Menino de 6 anos ganhou carrinho em festa pelo Dia das Crianças em Eldorado. Droga estava acondicionada em um preservativo ao lado de notas falsas de R$ 50.


Do G1, em São Paulo, com informações da TV Morena

O pai de uma criança de 6 anos conta como encontrou droga e dinheiro falso dentro de brinquedo que o filho ganhou de presente em festa do Dia das Crianças, na quinta-feira (11), em Eldorado (MS). O evento foi realizado na escola que o garoto estuda.



Ele explicou que recebeu uma ligação da mulher falando que o menino tinha encontrado a droga e dinheiro dentro do carrinho de brinquedo. "Nossa, pensa a surpresa", disse o pai do menino.



O carrinho não funcionava e, tentando consertá-lo, o garoto acabou derrubando o brinquedo no chão, que se abriu e revelou o conteúdo: 50 gramas de uma substância branca, semelhante a cocaína e 40 notas falsas de R$ 50. "Ele mostrou o que tinha dentro do carrinho para minha esposa. Ela me ligou na hora. Fui pra casa e corremos para a polícia", disse o pai.


No Boletim de Ocorrência foi registrado que o dinheiro e o produto foram encontrados pelo pai do menino, que nega essa versão. O brinquedo, as notas e a substância foram entregues à Polícia Civil, que deve encaminhar as amostras para o Instituto de Criminalística da cidade.



Segundo informações da Polícia Militar (PM), a instituição de ensino presenteou os alunos com brinquedos que teriam sido doados pela Receita Federal de Ponta Porã.



A PM entrou em contato com a diretoria da escola, que teria informado aos policiais que os brinquedos teriam sido doados pela Receita Federal de Ponta Porã à Prefeitura de Eldorado. Ainda de acordo com a PM, a prefeitura teria repassado os brinquedos ao colégio. Por conta da Dia das Crianças, a direção da instituição resolveu presentar os alunos.



A reportagem da TV Morena procurou a direção da escola e a Receita Federal de Ponta Porã para comentarem o caso, mas ninguém foi encontrado.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Tião Viana assume Presidência do Senado

SÃO PAULO, 11 de outubro de 2007 - Com o licenciamento da Presidência do Senado Federal, anunciado hoje (11) por Renan Calheiros (PMDB-AL), quem assume o cargo é o senador Tião Viana (PT-AC), que ocupava a vice-presidência. O peemedebista ficará ausente por 45 dias.

Integra do texto


SÃO PAULO, 11 de outubro de 2007 - Com o licenciamento da Presidência do Senado Federal, anunciado hoje (11) por Renan Calheiros (PMDB-AL), quem assume o cargo é o senador Tião Viana (PT-AC), que ocupava a vice-presidência. O peemedebista ficará ausente por 45 dias.
Em pronunciamento feito no início desta noite, Renan afirmou que, com a atitude, pretende " do país?. interesse pelos ?respeito o claro deixando Casa, da hamonia? a preservar P <>


"E homenageio, sem dúvida, as altas responsabilidades das funções que exerço, contribuindo verdadeiramente para evitar os constrangimentos ocorridos na sessão de 9 de outubro".


Uma vez mais, o senador disse que vai enfrentar os processos contra ele que estão no Conselho de Ética da Casa, " do da dia, com dignidade, sem subterfúgios".


Repetiu também que não fez uso das prerrogativas do cargo, "em meu benefício ou contra quem quer que seja".


"Minha trincheira de luta sempre foi a inflexível certeza da inocência, à qual estou convicto, prevalecerá com a verdade, como aconteceu na minha absolvição".


Renan trouxe à tona a transitoriedade do poder, comparando-a à solidez da honra, " de nada?. nome em sacrifico não que permanente, bem um P <>


"Resistirei firme na minha defesa, honrando a confiança de minha família, do povo de Alagoas, dos meus amigos, dos meus colegas do http://www.gazeta.com.br/integraNoticia.aspx?Param=3%2C0%2C+%2C938931%2CUIOU

Genocídio arménio de 1915 abala relações com os EUA


Carlos Gomes





MURAD SEZER / ap
Centenas de turcos protestaram junto da Embaixada dos EUA em Ankara





No dia em que o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, anunciou que apresentaria ao Parlamento da Turquia um pedido de autorização do Governo para fazer uma incursão militar no Iraque contra rebeldes separatistas curdos, uma comissão do Congresso norte-americano aprovou um texto que reconhece como genocídio o assassínio em massa de arménios, por turcos otomanos, durante a Primeira Guerra Mundial (ver texto ao lado).




O recém-eleito presidente turco, Abdullah Gul, condenou o texto aprovado pela comissão da Câmara dos Representantes norte-americana e disse que a atitude é "inaceitável", considerando-a susceptível de lesar as relações entre a Turquia e os Estados Unidos da América (EUA).




O texto aprovado anteontem pela Comissão de Negócios Estrangeiros da câmara baixa do Congresso dos EUA - por 27 votos contra 21 - deverá ser agora apresentado àquela câmara para eventual votação em sessão plenária.




As autoridades turcas rejeitam veementemente a classificação de "genocídio" para qualificar o massacre de arménios em 1915, sob o Império Otomano, ao qual sucedeu a Turquia em 1923. Em vez disso, chamam-lhe "represálias" contra um povo que se aliou ao inimigo russo em plena Primeira Guerra Mundial. A agência noticiosa turca, Anatólia, revelou que o Governo da Turquia já convocou o seu embaixador em Washington, Nabi Sensoy. Por outro lado, Recep Tayyip Erdogan declarou que o seu gabinete fará tudo para impedir que a Câmara dos Representantes dos EUA aprove o referido texto.




O presidente dos EUA, George W. Bush, mobilizou os seus ministros contra o texto aprovado pela Comissão de Negócios Estrangeiros do Congresso. Segundo a Casa Branca, trata-se de uma ameaça à aliança estratégica de Washington com a Turquia e a missão militar dos EUA no Iraque. Recorda-se que a Turquia (membro da OTAN) facilita o trânsito, através do seu território, do reabastecimento das missões dos EUA no Iraque e no Afeganistão.




Entretanto, o Governo Autónomo Curdo do Iraque advertiu ontem a Turquia sobre a anunciada intenção de atacar militarmente milhares de rebeldes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) no norte do Iraque. O PKK é considerado uma "organização terrorista" pelo Governo turco.




O embaixador do Iraque na Turquia, Sabah Omran, citado pela Imprensa iraquiana, afirmou ontem que uma intervenção turca no Iraque seria ilegal.




Massacre e êxodo




A Argentina, Bélgica, Canadá, França, Itália, Rússia e Uruguai contam-se entre as duas dezenas de países que já reconheceram formalmente que os turcos otomanos perpetraram genocídio contra os arménios, durante a Primeira Guerra Mundial. O Império Otomano - enfrentando então a aliança formada pela França, Grã-Bretanha e Rússia - convocou todos os seus homens para a luta. O recrutamento não foi bem aceite por muitas das minorias étnicas e religiosas. Os arménios insurgiram-se contra a guerra e a opressão do Governo central e muitos deles aliaram-se aos russos. Em 24 de Abril de 1915, os turcos mataram centenas de arménios e, em Maio seguinte, a comunidade arménia (dois ou três milhões de pessoas) foi forçada a partir para a Síria e a Mesopotâmia (actual Iraque).


quarta-feira, 10 de outubro de 2007

IGP-M registra a maior alta desde fevereiro de 2003







O indicador acumula alta de 4,94% no ano e de 6,07% em 12 meses. IGP-M é utilizado na correção de aluguéis e tarifas.











Do G1, com informações da Agência Estado










A inflação medida pelo Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) voltou a subir em outubro, segundo dados da primeira prévia do mês divulgados nesta quarta-feira (10) pela FGV. A taxa passou de 0,80% na primeira prévia de setembro para 0,84% no início de outubro.









Foi a maior taxa de inflação para uma primeira prévia desde fevereiro de 2003, quando a taxa subiu 0,89%.










O IGP-M é o indicador de inflação utilizado na correção dos aluguéis. Ele também é utilizado para calcular o reajuste de alguns contratos e tarifas públicas.










No caso dos três indicadores que compõem o IGP-M, o Índice de Preços por Atacado (IPA) teve alta de 1,14% na prévia anunciada hoje, ante elevação de 1,19% na primeira de setembro. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,23% (alta de 0,05% em setembro). Já o Índice Nacional de Custos da Construção (INCC) subiu 0,41% na primeira prévia de outubro, ante alta de 0,13% na primeira prévia de setembro.










Até a primeira prévia de outubro, o IGP-M acumula elevações de 4,94% no ano e de 6,07% em 12 meses.










A maior contribuição para a aceleração partiu do grupo alimentação, cuja taxa passou de -0,25% em setembro para 0,38%. Nesta classe de despesa, os principais destaques foram: frutas (-3,98% para 7,67%), hortaliças e legumes (-4,02% para 0,05%) e aves e ovos (-0,43% para 0,72%).
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Investidor realiza lucros e Bovespa cai 0,19% na abertura

Por Sueli CampoAgência Estado


O índice Bovespa abriu o pregão de hoje em baixa, com o investidor inclinado a realizar lucros após o recorde de pontos de ontem. Às 10h14, o Ibovespa caía 0,19%, a 63.431 pontos. Os investidores sinalizam embolsar ganhos, em sintonia com as bolsas norte-americanas. Ambos os mercados tiveram uma terça-feira de conquistas inéditas. O Ibovespa renovou o recorde histórico e cravou no fechamento seu 39º recorde do ano, aos 63.548,7 pontos, alta de 1,42%.


A ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) sem surpresas consolidou ontem à tarde o otimismo no mercado. Após o a divulgação do documento, os investidores passaram a precificar chance menor de vir um novo corte de juro nos EUA. Mas os participantes da reunião não deram indícios sobre suas decisões futuras, afirmando que elas "vão depender de como as perspectivas econômicas tenham sido afetadas pelos acontecimentos nos mercados e por outros fatores".


Portanto, hoje, a Bolsa brasileira tem espaço para realizar um pouco de lucros. O ganho no mês aumentou para 5% e no ano atinge 42,89%. Mas, segundo analista, se o fluxo financeiro se mantiver forte como ontem, por exemplo, a Bovespa pode absorver durante a sessão essa realização de lucros. O mercado aqui vai observar com atenção o comportamento do índice Dow Jones da Bolsa de Nova York, que ontem fechou em nível recorde (14.087,55 pontos). Segundo um operador, se o Dow Jones seguir acima dos 14 mil pontos, a Bovespa deve ter um ajuste mais limitado. Se perder essa marca, a correção de preços aqui pode ser mais intensa.


Na Bovespa, já se nota entre os analistas uma expectativa em relação à oferta de recompra das ações preferenciais da Telemar prevista para amanhã. O grupo disse que conseguiu financiamento de até R$ 12,7 bilhões para a oferta pública de aquisição de ações (OPA) e confirmou a elevação da proposta de R$ 35,09 para R$ 45,00 por papel. Para ser bem-sucedida, essa operação precisa da adesão de dois terços dos acionistas detentores dos papéis preferenciais.

IBGE: inflação é maior para famílias de baixa renda

Agencia Estado


A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que calcula a variação de preços para a camada de renda mais baixa da população (até seis salários mínimos, R$ 2.280), foi de 0,25% em setembro, ante taxa de 0,59% em agosto.

Apesar da desaceleração, o índice acumula em 2007, até setembro, alta de 3,39%, bem acima da variação acumulada em igual período do ano passado (1,32%) e também superior ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado em 2007 (2,99%). Em 12 meses, o INPC acumula alta de 4,92%. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

IPCA

No IPCA, que mede a inflação para as famílias com renda mensal de até 40 salários mínimos, os preços dos produtos não alimentícios sofreram desaceleração de agosto (0,22%) para setembro (0,11%). Com isso, sua contribuição para o IPCA ficou em 0,09 ponto percentual em setembro, enquanto no mês anterior havia sido de 0,18 ponto percentual.

O grupo vestuário (de -0,03% em agosto para 0,45% em setembro), com a nova coleção de roupas e calçados no mercado, voltou a subir em setembro. A Habitação (de 0,05% em agosto para 0,54% em setembro) também apresentou variação mais elevada, em parte por causa da taxa de água e esgoto, que subiu de 0,02% para 1,23%, tendo em vista as variações registradas em duas regiões metropolitanas: Rio de Janeiro e São Paulo. Outras causas de alta no grupo foram as variações nos preços de condomínio (de 0,31% para 1,05%), artigos para reparos de residência (de 0,49% para 0,87%) e gás de botijão (de 0,05% para 0,68%). Houve destaque também o aumento nos preço dos remédios, de 0,04% em agosto para 0,22% em setembro.

Por outro lado, o telefone fixo, cujas contas de agosto haviam aumentado 1,14%, influenciadas principalmente pelo reajuste de 21 de julho, ficou 1,01% mais barato, em média, em setembro. Isso em decorrência das variações registradas nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte (-3,78%), Recife (-2,86%), Belém (-3,15%), Fortaleza (-2,64%) e Salvador (-4,67%), onde a transição da medição tarifária de pulso para minuto levou a uma redução no valor das contas.

Já em relação aos combustíveis, enquanto o litro do álcool caiu menos (de -3,76% em agosto para -1,77% em setembro), a aceleração da queda da gasolina prosseguiu (-0,89% em agosto e -0,79% em setembro).

Construção

O Índice Nacional da Construção Civil, calculado pelo IBGE em convênio com a Caixa Econômica Federal, teve variação de 0,42% em setembro, com avanço de 0,13 ponto porcentual em relação a agosto (0,29%). No ano, o acumulado é de 4,32%, e nos últimos 12 meses, 5,39%.

O custo nacional por metro quadrado passou de R$ 593,17 (em agosto) para R$ 595,68 em setembro, sendo R$ 341,94 relativos aos materiais e R$ 253,74 à mão-de-obra. A parcela dos materiais variou 0,59%, 0,20 ponto percentual acima da taxa de agosto (0,39%). Já a mão-de-obra, com 0,20%, avançou 0,04 ponto percentual em relação ao mês anterior (0,16%).

No ano, os materiais acumularam alta de 3,50%, enquanto para a mão-de-obra a alta foi de 5,45%. Nos últimos 12 meses, foram observadas as seguintes variações: 4,74% (materiais) e 6,27% (mão-de-obra).

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

AGRONEGÓCIO: IBGE reduz projeção de safra em setembro

O maior volume de produção está localizado na Região Sul, com previsão de 59,9 milhões de toneladas.

Integra do texto


SÃO PAULO, 8 de outubro de 2007 - O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (0,3% sua estimativa para a produção agrícola de 2007. A nova projeção, referente a setembro, prevê uma safra de 133,3 milhões de toneladas, o que representa uma expansão de 14% sobre a safra de 2006 (117 milhões de toneladas).


O organismo destacou a queda nas produções de aveia em grão (-1,2%), cevada em grão (-8,7%) e milho em grão safra (-2,8%), em relação às estimativas feitas em agosto. A cultura de trigo em grão, por sua vez, apresentou alta de 0,7%. As retrações registradas nas culturas de aveia em grão e cevada em grão foram decorrentes das geadas e estiagens verificadas no Paraná, destaca o safra reflete a falta de chuvas na Bahia e as modificações nos dados referentes a ano, em relação a 2006, serão trigo em grão (62,1%), milho em grão safra (36,7%), aveia em grão (35,4%) e algodão herbáceo em caroço (32,9%). Ao todo, 17 das 25 culturas analisadas tiveram crescimento na estimativa de produção frente a 2006.


O maior volume de produção está localizado na Região Sul, com previsão de 59,9 milhões de toneladas. Em seguida aparecem as regiões Centro Oeste (44 milhões de toneladas), Sudeste (15,9 milhões), Nordeste (10,1 milhões) e Norte (3,4 milhões). (André Magnabosco - InvestNews)

Helicóptero que escoltava Musharraf cai na Caxemira

Quatro soldados morreram; presidente já havia chegado ao seu destino quando ocorreu o acidente


Agência Estado e Associated Press


MUZAFFARABAD, Paquistão - Um dos três helicópteros que escoltavam o presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, caiu na parte paquistanesa da Caxemira nesta segunda-feira, 8, matando quatro soldados que estavam a bordo.



Segundo o porta-voz do Exército, major-general Waheed Arshad, Musharraf já havia chegado ao seu destino quando o acidente aconteceu. Arshad afirmou que a queda ocorreu por falhas técnicas.



Segundo Abbas Gardezi, um jornalista local, a aeronave caiu a cerca de 20 quilômetros ao sul de Muzaffarabad, a principal cidade da Caxemira paquistanesa. Segundo ele, quando o helicóptero atingiu o chão, houve uma forte explosão.



Um graduado oficial do Exército, que pediu anonimato, disse que a aeronave era uma das três que levaram Musharraf a Muzaffarabad para as cerimônias que lembraram o aniversário do terremoto de 7 de outubro de 2005, que matou milhares de pessoas.



O porta-voz do presidente, Rashid Qureshi, seria um dos vários feridos do acidente. A informação, divulgada por um funcionário do governo, foi confirmada por um agente da inteligência, mas não há detalhes sobre o estado de saúde do porta-voz.

domingo, 7 de outubro de 2007

Boatos sobre separação de Sarkozy tomam conta da França

Por Jon Boyle


PARIS (Reuters) - A situação do casamento do presidente francês, Nicolas Sarkozy, voltou a ocupar as manchetes na sexta-feira depois de um porta-voz ter se recusado a responder uma pergunta sobre os boatos de que o "primeiro casal" da França estaria prestes a anunciar sua separação.


A fábrica de especulações ganhou reforço nesta semana depois de Cecilia Sarkozy ter abandonado uma viagem oficial a Sófia ao lado do marido, que recebeu a maior condecoração da Bulgária devido a seus esforços para garantir a libertação, em julho, de seis enfermeiras presas na Líbia.


"Para onde foi Cecilia?", perguntou o jornal Le Parisian nesta semana a respeito da ex-modelo, que apareceu ao lado do marido apenas pontualmente desde a vitória dele nas urnas, em maio.


Questionado sobre se Cecilia Sarkozy anunciaria neste final de semana sua separação, o porta-voz do presidente, David Martinon, disse, em uma entrevista coletiva: "Não comento boatos de redações, e certamente não comentarei esse."


Em regra, os meios de comunicação franceses mostram-se reticentes a respeito da vida particular de figuras públicas. Mas a possibilidade de um divorciado liderar o país pela primeira vez na era moderna alimentou o interesse pelo casamento dos Sarkozy.


Os dois desempenharam o papel do "casal perfeito" até Cecilia abandonar Sarkozy em 2005, trocando-o por um executivo do ramo da publicidade.


O presidente surpreendeu ao reconhecer, em cadeia nacional de TV, que seu casamento enfrentava problemas. Ele chegou a sair com uma jornalista. Mas quando o casal voltou a ficar junto seis meses mais tarde, Sarkozy disse que dessa vez "seria certamente para sempre".


Os boatos mais recentes foram alimentados pela notícia de que Cecilia havia abandonado um programa de TV sobre sua amiga Rachida Dati, ministra de Justiça da França. Sarkozy também apareceria no programa.


As novas especulações sobre o divórcio surgem apenas cinco meses depois do dia da posse do presidente, quando o casal apareceu beijando-se em público.

Recuperar a família

Igreja reunida em Fátima

Os responsáveis das Conferências Episcopais Europeias criticaram ontem o aumento dos divórcios e de abortos na Europa, bem como a diminuição dos casamentos, considerando que este facto diminui o conceito de família tradicional.


Este foi o balanço do primeiro dia de trabalhos do Conselho das Comissões Episcopais Europeias (CCEE), que decorre em Fátima e onde participam 36 cardeais e bispos.

O aumento das famílias monoparentais também preocupa a Igreja que ontem disse que muitos casais olham para o casamento apenas como um contrato entre duas pessoas. O CCEE deixou um alerta aos poderes políticos para que estes tenham em atenção este fenómeno que é transversal à sociedade e afecta a educação das novas gerações.

Ainda em Fátima, e no âmbito das Jornadas Nacionais de Informação Pastoral dos Ciganos, o presidente da Comissão Episcopal da Mobilidade, D. António Vitalino, bispo de Beja, apelou à Igreja Católica para investir na evangelização da comunidade cigana em Portugal, incentivando assim à sua integração social.

Nos últimos anos, a comunidade cigana foi alvo de avanços de outras igrejas e seitas, no entanto, a Igreja Católica quer inverter este fenómeno.

D. António Vitalino acredita que a dispersão dos ciganos por todo o País dificulta a acção dos sacerdotes, mas que é possível evagelizar esta comunidade que conta com 50 mil pessoas em Portugal.
Lusa

Boatos sobre separação de Sarkozy tomam conta da França

Por Jon Boyle


PARIS (Reuters) - A situação do casamento do presidente francês, Nicolas Sarkozy, voltou a ocupar as manchetes na sexta-feira depois de um porta-voz ter se recusado a responder uma pergunta sobre os boatos de que o "primeiro casal" da França estaria prestes a anunciar sua separação.


A fábrica de especulações ganhou reforço nesta semana depois de Cecilia Sarkozy ter abandonado uma viagem oficial a Sófia ao lado do marido, que recebeu a maior condecoração da Bulgária devido a seus esforços para garantir a libertação, em julho, de seis enfermeiras presas na Líbia.


"Para onde foi Cecilia?", perguntou o jornal Le Parisian nesta semana a respeito da ex-modelo, que apareceu ao lado do marido apenas pontualmente desde a vitória dele nas urnas, em maio.


Questionado sobre se Cecilia Sarkozy anunciaria neste final de semana sua separação, o porta-voz do presidente, David Martinon, disse, em uma entrevista coletiva: "Não comento boatos de redações, e certamente não comentarei esse."


Em regra, os meios de comunicação franceses mostram-se reticentes a respeito da vida particular de figuras públicas. Mas a possibilidade de um divorciado liderar o país pela primeira vez na era moderna alimentou o interesse pelo casamento dos Sarkozy.


Os dois desempenharam o papel do "casal perfeito" até Cecilia abandonar Sarkozy em 2005, trocando-o por um executivo do ramo da publicidade.


O presidente surpreendeu ao reconhecer, em cadeia nacional de TV, que seu casamento enfrentava problemas. Ele chegou a sair com uma jornalista. Mas quando o casal voltou a ficar junto seis meses mais tarde, Sarkozy disse que dessa vez "seria certamente para sempre".


Os boatos mais recentes foram alimentados pela notícia de que Cecilia havia abandonado um programa de TV sobre sua amiga Rachida Dati, ministra de Justiça da França. Sarkozy também apareceria no programa.


As novas especulações sobre o divórcio surgem apenas cinco meses depois do dia da posse do presidente, quando o casal apareceu beijando-se em público.