sábado, 8 de dezembro de 2007

Direitos humanos fundamentais para combater pobreza

O Presidente da África do Sul, Thabo Mbeki, considerou hoje, em Lisboa, que a boa governação e o respeito pelos direitos humanos são fundamentais para combater a pobreza no continente africano.


Thabo Mbeki, que participou na primeira sessão plenária da Cimeira UE/África no debate sobre «boa governação e direitos humanos», disse que os líderes africanos presentes na reunião de Lisboa têm responsabilidades sobre milhões de pessoas, especialmente a população pobre que constitui uma fatia importante.




«Estamos determinados a fazer todos os possíveis para assegurar que estas massas escapem às garras da pobreza, ao subdesenvolvimento e à desumanização o mais breve possível», adiantou.




Nesse sentido, considerou que a boa governação e o respeito pelos direitos humanos são fundamentais para atingir esses objectivos, estando por isso os líderes africanos atentos à experiência de África enquanto continente.




«Como continente não queremos voltar aos dias de ditadura que puseram populações na pobreza», salientou, adiantando que é necessário «tirar lições dessa experiência».




Thabo Mbeki salientou igualmente que o continente africano está «arduamente a trabalhar» para conseguir pôr em prática a boa governação e os direitos humanos.




O Presidente sul-africano destacou que os documentos aprovados pela União Africana (UA) obrigam os países membros da UA a respeitarem a liberdade de imprensa, o acesso à informação, a luta contra a corrupção e a promoverem a participação na sociedade.




Thabo Mbeki chamou a atenção para a necessidade de existirem instituições que garantam a boa governação e o respeito pelos direitos humanos, apesar de ter salientado a existência de organizações, como o Conselho de Segurança das Nações Unidas, a Comissão dos Direitos Humanos, os mecanismos de prevenção de combate à corrupção e os objectivos do milénio.




O Presidente sul-africano destacou ainda a Parceria conjunta que vai ser aprovada na cimeira de Lisboa.




«A nova parceria é muito relevante. Devemos discutir o que devemos fazer juntos para respeitar os direitos humanos, boa governação, combate à pobreza e desenvolvimento sustentável», salientou.




A II Cimeira UE/África, que reúne em Lisboa cerca de uma centena de chefes de Estado e/ou de Governo africanos e europeus, deverá aprovar uma Parceria Estratégica sem precedentes, que regulará, a longo prazo, as relações políticas, económicas e comerciais entre os dois continentes.




Naquela que é a maior reunião política de alto-nível realizada na Europa nas últimas décadas, a Cimeira deverá ainda adoptar o primeiro Plano de Acção, com projectos a executar, no curto prazo (2008-2010), entre os dois continentes, o qual prevê mecanismos de controlo de aplicação e de acompanhamento.




Os líderes europeus e africanos deverão ainda aprovar um documento de natureza política, que será designado por Declaração de Lisboa.




A realização da segunda Cimeira euro-africana era uma das três grandes prioridades da actual presidência portuguesa da UE, que se iniciou em Julho e termina no final deste mês.




Na organização da cimeira assumiu particular relevo o braço-de-ferro entre o Reino Unido e o Zimbabué, com o primeiro-ministro britânico, Gordon Browm, a recusar-se a vir a Lisboa devido à presença do chefe de estado zimbabueano, Robert Mugabe, cujo regime é alvo de sanções europeias por autoritarismo e violações dos direitos humanos.




A primeira Cimeira UE/África realizou-se em Maio de 2000, no Cairo, durante a anterior presidência portuguesa do bloco europeu.




Diário Digital / Lusa

Democratas exigem investigação sobre vídeos da CIA

Líderes do Partido Democrata americano exigiram nesta sexta-feira que seja aberta uma investigação criminal sobre o episódio da destruição de fitas de vídeo com imagens de suspeitos de pertencer à rede Al-Qaeda sendo interrogados por agentes da CIA (a agência de inteligência americana).




O senador Dick Durbin, o segundo democrata mais poderoso do Senado, pediu ao secretário de Justiça, Michael Mukasey, que investigue "se os agentes da CIA que destruíram essas fitas de vídeo e mantiveram as informações sobre sua existência fora dos procedimentos oficiais violaram a lei ou não".




Outros influentes democratas (partido de oposição ao governo do presidente George W. Bush) também manifestaram descontentamento com o episódio.




"Nos últimos seis anos, o governo Bush passou por cima dos nossos ideais e da lei", disse o senador Edward Kennedy. "Agora que o Congresso democrata (o partido tem a maioria) exige respostas, o governo está encobrindo seus atos febrilmente."




O Comitê de Inteligência do Senado prometeu uma profunda investigação sobre o episódio.




A revelação da existência e da destruição das imagens veio depois que o jornal americano The New York Times comunicou à CIA, na noite de quarta-feira, que iria publicar uma reportagem sobre a destruição do material, que conteria evidências de que "métodos cruéis" foram aplicados durante os interrogatórios.




Em comunicado enviado a todos os funcionários da agência na quinta-feira, o diretor da CIA, Michael Hayden, alegou que as fitas, gravadas em 2002, teriam sido destruídas em 2005 para proteger a identidade de seus agentes.




O senador democrata Carl Levin, presidente do Comitê dos Serviços Armados do Senado, colocou em dúvida a justificativa da CIA de que as fitas foram destruídas para proteger a identidade dos agentes.




"Por essa teoria, seria necessário destruir todos os documentos da CIA que tenham nomes de agentes", disse Levin.




Nesta sexta-feira, o presidente Bush, afirmou que "não lembra" da existência das fitas e que não sabia dos planos de destruí-las.




A porta-voz da Casa Branca, Dana Perino, afirmou que Bush continua a ter confiança no diretor da CIA.




A revelação do episódio das fitas provocou muitas críticas de grupos de defesa dos direitos humanos, que acusam a agência americana de ter destruído provas de práticas equivalentes a tortura.




No comunicado interno, Hayden ainda disse que a CIA tinha conhecimento de que os primeiros interrogatórios teriam sido "severos", mas alega que uma inspeção realizada por órgãos de vigilância internos em 2003 apontou que as práticas utilizadas seriam legais.





De acordo com o correspondente da BBC em Washington Jonathan Beale, entre as técnicas aplicadas durante os interrogatórios estaria o afogamento, que segundo grupos de direitos humanos é enquadrado como tortura em vários tratados internacionais dos quais os Estados Unidos são signatários.




Países do Golfo Pérsico devem pressionar o Irã, diz Gates

Secretário de Defesa dos EUA ironiza a reação iraniana a relatório de inteligência sobre o país




MANAMA, Bahrein - As nações da região do Golfo Pérsico têm de exigir que o Irã confesse suas ambições nucleares do passado e prometa não desenvolver armas atômicas no futuro, disse o secretário de defesa dos EUA, Robert Gates.

Em um apelo por um amplo esforço diplomático, Gates pediu que os líderes do Golfo se unam para forçar o Irã a interromper seu programa de enriquecimento de urânio e para auxiliar o frágil governo iraquiano.

"para onde quer que se olhe, é a política do Irã fomentar instabilidade e caos, independentemente do valor estratégico ou do preço em vidas - sejam cristãs, judias e muçulmanas", disse Gates, no discurso de abertura de uma conferência internacional.

"Há pouca dúvida de que políticas externas desestabilizadoras são uma ameaça aos interesses dos Estados Unidos, aos interesses de todos os países do Oriente Médio e aos interesses de todos os países dentro do alcance dos mísseis balísticos que o Irã vem desenvolvendo", prosseguiu ele.

E, em um momento de sarcasmo, ele pediu que o Irã reconhecesse seu mau comportamento - que iria de armar terroristas no Iraque ao apoio a grupos extremistas como Hezbollah e Hamas.

Alguns membros da audiência questionaram a visão expressa por Gates quanto ao Irã, evidenciando a divisão do mundo árabe quanto à linha dura de Washington em relação a Teerã. Perguntado se os EUA estariam dispostos a dialogar com o Irã, Gates disse que o comportamento da atual liderança iraniana "não inspira confiança de que o diálogo seria produtivo".

Destacando o modo entusiástico com que o Irã acolheu a recente estimativa de inteligência dos EUA, que concluiu que o país deixou de buscar o desenvolvimento de armas atômicas em 2003, Gates fez a platéia rir ao sugerir que Teerã deveria também aceitar a veracidade de todos os outros relatórios americanos sobre o país.

"De fato, não se pode destacar apenas os trechos que interessam da Estimativa Nacional de Inteligência", disse Gates. "Já que aquele governo agora reconhece a qualidade das avaliações de inteligência americanas, suponho que também acatará como válidas as avaliações sobre seu financiamento e treinamento de milícias terroristas".

Embora Gates tenha usado o relatório para desfechar um ataque retórico ao Irã, a avaliação causou danos políticos ao presidente George W. Bush, que em outubro havia dito que as pessoas "interessadas em evitar a 3ª Guerra Mundial" deveriam trabalhar para impedir que o Irã adquirisse tecnologia para a criação de armas atômicas.




terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Opep se reúne amanhã dividida sobre possível aumento da oferta

Agência EFE



Abu Dhabi - A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) se reúne, nesta quarta-feira, nos Emirados Árabes Unidos (EAU), dividida entre aumentar o fornecimento de petróleo em pelo menos 500 mil barris diários ou deixar tudo como está, diante da incerteza sobre a economia mundial e da grande volatilidade dos preços atuais.




Às vésperas da 146ª conferência ministerial da Opep, a situação lembra a da última reunião do grupo, em 11 de setembro deste ano, em Viena, quando a Arábia Saudita convenceu os outros 12 membros de sua proposta de aumentar a cota oficial de produção de 25,8 para 27,5 milhões de barris diários (mbd) a partir de novembro.




O aumento real foi menor, de 500 mil barris diários, pelo fato de os membros do grupo já estarem produzindo acima da cota conjunta de produção de dez dos países-membros (todos, exceto Iraque, Angola e Equador).




Segundo um cálculo publicado nesta terça-feira pela consultoria especializada PVM, o grupo bombeou, em novembro, 27,27 mbd, enquanto que com Angola, Iraque e Equador, a produção total da organização chegou a 31,88 mbd.




Os comentários dos ministros dos países-membros que chegaram ontem e hoje a Abu Dhabi, onde acontecerá a conferência, foram quase idênticos aos de Viena: não há escassez de petróleo, a oferta é abundante, os altos preços se devem a fatores alheios à oferta e à demanda.




A diferença é que a cotação do barril de petróleo estava então a menos de US$ 80 e agora beira os US$ 90, após ter batido o recorde de US$ 99,29 para o Petróleo Intermediário do Texas (WTI, leve), de referência nos Estados Unidos, no último dia 21.




Mas a Opep tem tido desentendimentos sobre a escalada, relacionando-a a uma grande atividade de especulação nos mercados de futuros desencadeada pela forte queda do dólar, pelos conflitos de Irã, Iraque e Nigéria, e pela incerteza gerada pela crise hipotecária nos EUA.




- Não temos nada a ver com os preços - disse o ministro de Petróleo e Recursos Minerais saudita, Ali bin Ibrahim al-Naimi, ao chegar em Abu Dhabi na segunda-feira.




Entretanto, segundo fontes oficiosas, a Arábia Saudita defende voltar a abrir as torneiras para contribuir com a diminuição no preço do petróleo e frear a inflação nos países consumidores, o que pode afetar a demanda energética.




Um chefe de delegação que pediu anonimato disse que duas opções estão sendo discutidas: deixar as coisas como estão até a próxima reunião ou elevar a produção em 500 mil barris diários como medida política, "só para evitar que a Opep seja acusada de ser a responsável pelo aumento dos preços".




Naimi disse que "todas as opções estão abertas" e que só nesta quarta-feira, após o estudo dos últimos dados do mercado, o resultado da reunião será conhecido.




Para o ministro de Energia e Petróleo venezuelano, Rafael Ramírez, a Opep deve ver "as coisas com cuidado" porque ainda se acredita que "há bastante petróleo no mundo". Ele acrescentou que "o preço caiu 11% em poucos dias. É uma clara indicação da especulação".




A Venezuela - junto com Argélia, Equador, Catar, Irã e Líbia - integra o grupo de países que expressaram oposição a aumentar a oferta.




O chefe da delegação líbia, Shokri Ghanem, disse que o mercado está equilibrado atualmente e não requer mais barris, mas reconheceu que essa visão não abrange o futuro.




- Se o mercado precisar de petróleo, terá - ponderou.




Os observadores do setor também andam divididos: alguns prevêem que a Opep deixará tudo como está e outros asseguram que não há outra opção para o grupo a não ser aumentar a produção, diante das pressões dos países consumidores e da temporada de alto consumo de petróleo com o inverno no hemisfério norte.




- Duvido que realmente haja uma decisão de aumento (da produção), e, se ela existir, não será exagerada - disse o analista mexicano Raúl Cardoso, assessor da estatal mexicana Pemex.




Seu compatriota Alejandro Barbajosa, da publicação especializada "Argus Media", previu hoje que a Opep deve aumentar a oferta em 500 mil barris diários como medida política. Já o analista independente Kamel al-Harami falou que "ninguém sabe como a economia vai evoluir nos próximos dois meses e seria prematuro fazer algo agora".




Seu colega John Hall disse esperar "um anúncio de que a produção aumentará 1 milhão de barris diários", pois caso contrário os preços romperão a barreira dos US$ 100 por barril.



do Site:

http://oglobo.globo.com/economia/mat/2007/12/04/327445789.asp

Após ser perdoada, professora britânica chega a Londres

Agencia Estado






A professora britânica Gillian Gibbons, de 54 anos, presa no Sudão por ter deixado seus alunos chamarem um bicho de pelúcia pelo nome do profeta Maomé, desembarcou hoje em Londres depois de ter sido perdoada. O retorno da professora à Grã-Bretanha encerra um caso que ultrajou britânicos e islâmicos no mundo inteiro.


"Sou apenas uma professora primária comum de meia-idade", disse ela ao desembarcar no aeroporto de Heathrow pouco depois das 7 horas locais (5 horas pelo horário brasileiro de verão). "Fui lá para me aventurar e acabei encontrando um pouco mais do que procurava. Não acredito que alguém pudesse imaginar que isso se transformaria numa bola de neve", opinou.





Gibbons passou mais de uma semana na cadeia. Ela foi libertada ontem depois de dois integrantes muçulmanos da Câmara dos Lordes terem conversado com o presidente do Sudão, Omar Bashir, e de a professora ter escrito ao líder sudanês uma carta na qual dizia que em nenhum momento teve a intenção de ofender o Islã.



"Estou feliz por voltar. Fiquei um pouco chocada com toda essa cobertura da mídia. Quero ver minha família, meus amigos e descansar. Espero que vocês me dêem espaço para isso", disse a professora aos jornalistas.



"Foi muito difícil, mas quero que vocês saibam que eu fui bem tratada na prisão. Todos foram muito gentis comigo. Lamento por ter de deixar o Sudão. Vivi momentos fabulosos lá", declarou. Os filhos dela, John e Jessica, saíram de Liverpool, onde vivem, para buscá-la em Heathrow.




Gibbons foi sentenciada na semana passada a quinze dias de prisão e à deportação por ter insultado o Islã, ao permitir que seus alunos chamassem um ursinho de pelúcia de Maomé, nome do profeta mais reverenciado pela religião islâmica. Durante o julgamento, a professora insistiu que não teve a intenção de ofender o Islã.




do Site:
http://www.atarde.com.br/mundo/noticia.jsf?id=812311

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Peugeot anuncia investimento de R$ 110 mi no país em 2008

da Folha Online

O presidente mundial da PSA Peugeot Citroën, Christian Streiff, anunciou hoje o investimento de R$ 110 milhões no Rio em 2008. O anúncio foi feito durante um encontro com o governador Sérgio Cabral Filho, realizado no Palácio Laranjeiras.

Segundo a Peugeot, o investimento permitirá iniciar a produção de um novo veículo na fábrica de Porto Real, na região sul do Estado do Rio. "A decisão de lançar mais um automóvel brasileiro, que vem se somar aos quatro modelos diferentes já produzidos em Porto Real, é mais uma demonstração da confiança da empresa no Rio e no Brasil", afirmou Streiff por meio de comunicado.

A Peugeot iniciou hoje o terceiro turno em sua fábrica de Porto Real. Com isso, a capacidade de produção de veículos da unidade industrial passará de 100 mil para 150 mil unidades por ano.

A criação do novo turno gerou 700 novos empregos diretos na fábrica. Os novos funcionários foram contratados nos últimos três meses e fazem o efetivo total da unidade industrial passar para 3.200 colaboradores.

Viana diz que espera de Chávez respeito ao resultado do referendo

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), disse esperar que o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, aceite com naturalidade o resultado do referendo do seu país. Chávez foi derrotado no referendo que perguntava se a população aceitava a proposta de reforma constitucional que previa, entre outras medidas, a ampliação dos poderes do Executivo.

"Eu só espero que ele [Chávez] acate o resultado com naturalidade, que não se insurja contra o resultado porque a autoridade do voto é um bem sagrado na democracia", disse Viana.

Segundo ele, o respeito ao resultado das urnas fortalece a democracia. "Acredito que as instituições sendo fortalecidas, a democracia fica fortalecida. O povo da Venezuela agiu com a sua legitimidade política para tratar o assunto com democracia."

A relação entre o Congresso brasileiro e o presidente venezuelano ficou abalada desde que Chávez disse, em julho deste ano, que o Senado Federal age "como um papagaio" do Congresso americano.

Em setembro, Chávez voltou a criticar o Congresso pelo atraso em aprovar a entrada do seu país no Mercosul.

No sábado, o senador José Sarney (PMDB-AP) disse que a Venezuela vive "um retrocesso" político e que a compra de armas pelo país pode criar uma "corrida armamentista" que colocaria em risco a paz da América do Sul, "o continente mais pacífico da face da Terra".

O peemedebista discursou na 7ª Conferência Anual da América Latina, no Conselho das Américas, em Nova York, na sexta-feira. Sarney já fez várias criticas ao governo de Chávez.

Referendo

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela anunciou nesta segunda-feira a vitória do "Não" no referendo a respeito da reforma constitucional proposta por Hugo Chávez, em um resultado que marca a primeira derrota eleitoral do líder venezuelano em 9 anos.

O resultado oficial contrariou as previsões das pesquisas de boca-de-urna, que mostravam uma vitória apertada do "Sim".

Com um total de 97% das urnas apuradas, 50,7% dos votantes --o equivalente a cerca de 4,5 millhões-- optaram pelo "Não", contra 49, 29% -- cerca de 4, 3 milhões-- que escolheram o "Sim".

Após a derrota, Chávez atribuiu o resultado negativo à abstenção de 44% registrada. Dos 16 milhões de eleitores, apenas cerca de 8,8 milhões foram às urnas depositar seus votos.

Juiz paquistanês rejeita candidatura de Sharif

Agencia Estado
O ex-primeiro-ministro do Paquistão Nawaz Sharif corre o risco de não disputar as eleições parlamentares de janeiro. O juiz Raja Qamaruz Zaman, da cidade de Lahore, aceitou objeções levantadas por outros candidatos e rejeitou hoje a candidatura do ex-premiê. O advogado de Sharif, Imtiaz Kaifi, disse que irá apelar à Justiça para que seu cliente dispute as eleições. "Essa decisão foi tomada sob pressão. Isso mostra como serão livres e justas as eleições," disse, irônico, o advogado Kaifi.
Candidatos que disputam as vagas no Parlamento pela cidade de Lahore, no leste paquistanês, reclamaram que Sharif é inelegível por causa de sua condenação das acusações feitas em seguida ao golpe de Estado de 1999, no qual o general Musharraf derrubou o governo do ex-premiê. Os rivais também reclamam que Sharif não pagou o empréstimo tomado em um banco e que em 1997 seus partidários invadiram a Suprema Corte do Paquistão.
Uma eventual desqualificação da candidatura de Sharif poderá aprofundar a crise política no Paquistão provocada pelo estado de emergência decretado pelo presidente Pervez Musharraf há um mês. Sharif, que já foi primeiro-ministro do Paquistão por duas vezes, pressiona pela união da oposição e por um boicote às eleições, por causa do estado de emergência e do expurgo feito no judiciário por Musharraf.Sharif ainda deverá se encontrar hoje com Benazir Bhutto, também ex-premiê que lidera outra parte da oposição. Sharif e ela deverão discutir um possível boicote às eleições. O partido de Bhutto, no entanto, não acha a idéia atraente, por temer que Musharraf conquiste uma vitória incontestável se o pleito for boicotado.

Professora é libertada no Sudão e diz respeitar o Islã

Gillian Gibbons foi solta após perdão dado pelo presidente do país.
Ela disse que sentirá falta de seus alunos.
Da EFE

Foto: Reuters
Reuters
A professora Gillian Gibbons (Foto: Reuters)

A professora britânica Gillian Gibbons foi libertada nesta segunda-feira (3), após obter o perdão presidencial. Ela havia sido presa pela acusação de ofensas ao Islã.


O advogado Kamal al-Jizuri afirmou que a professora foi transferida para a embaixada britânica em Cartum e que é possível que retorne a seu país com os dois parlamentares britânicos que negociaram sua libertação.


Ela havia sido detida e condenada a 15 dias de prisão no Sudão por permitir que seus alunos de 7 anos batizassem um urso de pelúcia como Maomé.

Após a decisão do presidente sudanês Omar Hasan Al Bachir, cerca de 300 pessoas se concentraram em frente à embaixada britânica para protestar contra a medida. A maioria dos manifestantes, que pertencem a grupos fundamentalistas, gritavam coros contra o governo do Reino Unido e pediam a morte da professora.

Foto: AFP
AFP
Homem segura espada durante protesto no Sudão no último 30 de novembro(Foto: AFP)

Uma ampla operação policial em torno da embaixada impediu o acesso dos manifestantes à delegação, onde neste momento está Gibbons, acompanhada pelos dois parlamentares muçulmanos britânicos, Nazir Ahmed (trabalhista) e a baronesa Sayeeda Hussain Warsi (conservadora), que negociaram a libertação da professora.

Professora lamenta

Em uma nota divulgada através da baronesa Sayeeda Hussain Warsi, membro da Câmara dos Lordes, a professora britânica destacou a generosidade que recebeu da população sudanesa durante os quatro meses que trabalhou na escola Unity High School.

"Encontrei amabilidade e generosidade na população sudanesa. Tenho um grande respeito ao Islã e não ofenderia ninguém de propósito. Lamento se causei dor", afirmou.

Ela também ressaltou que seus alunos eram maravilhosos e estavam fazendo progressos em seus estudos. "Sentirei muitas saudades deles e estou muito triste por pensar na dor causada por este caso".

Gillian agradeceu a todas as pessoas que trabalharam em favor de sua libertação. "Lamento que não poderei retornar ao Sudão para trabalhar na Unity High", disse.


do Site:

http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,

MUL202028-5602,00-PROFESSORA+

E+LIBERTADA+NO+SUDAO+

E+DIZ+RESPEITAR+O+ISLA.html


domingo, 2 de dezembro de 2007

Olmert minimiza chances de acordo de paz até final de 2008

Reuters/Brasil Online

Por Ori Lewis

JERUSALÉM (Reuters) - O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, procurou reduzir a expectativa de que se possa chegar a um acordo de paz com os palestinos até o final de 2008, conforme o previsto na conferência de paz patrocinada na semana passada pelos Estados Unidos.

"Faremos um esforço para acelerar as negociações, na esperança de podermos concluí-las até o final de 2008, mas não existe nenhum compromisso com relação a um prazo determinado para a conclusão delas", disse no domingo, no início da reunião do gabinete israelense.

Na conferência realizada em Annapolis, Maryland, o presidente norte-americano, George W. Bush, assegurou aos líderes israelenses e palestinos que irá engajar-se no processo de paz, apesar do ceticismo profundo quanto às chances de um acordo ser fechado antes de ele deixar a Presidência.

Ao iniciarem, em Annapolis, as primeiras conversações formais de paz em sete anos, Olmert e o presidente palestino, Mahmoud Abbas, tentaram chegar a um acordo para a criação de um Estado palestino na Cisjordânia e Faixa de Gaza até o final do próximo ano.

Mas céticos dizem que o cronograma traçado por Bush para o processo de paz é ambicioso demais, em vista do fato de que tanto Olmert quanto Abbas são líderes politicamente fracos. Falando na primeira reunião de gabinete desde Annapolis, Olmert pediu cautela.

Num aparente indicativo a seus parceiros de direita na coalizão governamental de que não pretende fazer concessões sem iniciativas palestinas recíprocas, Olmert disse que qualquer avanço no processo de paz vai depender da adesão aos compromissos assumidos sob o "mapa do caminho" -o plano de paz traçado pelos EUA e que atolou num impasse.

Do Site:

http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2007/12/02/327410089.asp

Russos vão às urnas e previsão é de vitória de Putin

Reuters/Brasil Online

Por Conor Sweeney

MOSCOU (Reuters) - Os russos foram às urnas no domingo para votar numa eleição parlamentar que é vista pela maioria como um referendo sobre a atuação do presidente Vladimir Putin, e que ocorre em meio a acusações da oposição de que as forças pró-Kremlin têm vantagem injusta.

Os institutos de pesquisas dizem que o partido Rússia Unida, de Putin, vai conquistar uma vitória arrasadora e obter mais de 60 por cento das cadeiras no Parlamento. Mais de 100 milhões de russos têm direito a votar na eleição, realizada num dia de temperaturas abaixo do zero.

A previsibilidade do resultado e a ausência de debates sobre questões importantes provocaram a apatia dos eleitores, o que motivou uma campanha oficial para aumentar o comparecimento às urnas.

Putin, de 55 anos, é de longe o mais popular político russo, depois de presidir durante oito anos de boom econômico. Ele visa conservar sua influência depois de deixar a Presidência no início de 2008, e diz que uma manifestação clara dos eleitores lhe dará esse direito.

Os partidos de oposição, cada vez mais marginalizados, dizem que várias mudanças nas regras eleitorais, a cobertura fortemente enviesada da mídia, casos repetidos de pressão governamental sobre os eleitores e a participação do próprio Putin na campanha tornaram o pleito injusto.

"Esta é a eleição mais suja e irresponsável", disse a jornalistas o líder do Partido Comunista, Gennady Zyuganov, depois de votar em Moscou.

"Se sob (o falecido presidente Boris) Yeltsin havia pelo menos duas maneiras de conseguir votos -a intimidação e a fraude com os resultados-, hoje já criaram pelo menos 15 maneiras de trair os eleitores e prendê-los numa armadilha."

A divulgação de pesquisas de opinião foi proibida nos dias que antecederam o pleito, mas os institutos de pesquisa dizem que o Partido Comunista é o único além do Rússia Unida que tem a garantia de conseguir mais do que 7 por cento dos votos, o limite necessário para ter direito a ocupar cadeiras na nova Duma.

Putin declarou que a eleição será inteiramente democrática. Ele criticou estrangeiros por "enfiarem seus narizes" nos assuntos internos da Rússia e acusou os políticos da oposição de serem fantoches de potências ocidentais.

O principal organismo ocidental de observação de eleições, ODIHR, não está monitorando a eleição, tendo desistido depois de um desentendimento com Moscou em torno do atraso na emissão de vistos de entrada no país.

Apenas cerca de 300 observadores estrangeiros, dos quais cerca de metade vinda de ex-repúblicas soviéticas, foram credenciados para acompanhar a eleição. O Kremlin diz que a observação por monitores é desnecessária porque a Rússia tem os mais altos padrões de democracia.