terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Após ser perdoada, professora britânica chega a Londres

Agencia Estado






A professora britânica Gillian Gibbons, de 54 anos, presa no Sudão por ter deixado seus alunos chamarem um bicho de pelúcia pelo nome do profeta Maomé, desembarcou hoje em Londres depois de ter sido perdoada. O retorno da professora à Grã-Bretanha encerra um caso que ultrajou britânicos e islâmicos no mundo inteiro.


"Sou apenas uma professora primária comum de meia-idade", disse ela ao desembarcar no aeroporto de Heathrow pouco depois das 7 horas locais (5 horas pelo horário brasileiro de verão). "Fui lá para me aventurar e acabei encontrando um pouco mais do que procurava. Não acredito que alguém pudesse imaginar que isso se transformaria numa bola de neve", opinou.





Gibbons passou mais de uma semana na cadeia. Ela foi libertada ontem depois de dois integrantes muçulmanos da Câmara dos Lordes terem conversado com o presidente do Sudão, Omar Bashir, e de a professora ter escrito ao líder sudanês uma carta na qual dizia que em nenhum momento teve a intenção de ofender o Islã.



"Estou feliz por voltar. Fiquei um pouco chocada com toda essa cobertura da mídia. Quero ver minha família, meus amigos e descansar. Espero que vocês me dêem espaço para isso", disse a professora aos jornalistas.



"Foi muito difícil, mas quero que vocês saibam que eu fui bem tratada na prisão. Todos foram muito gentis comigo. Lamento por ter de deixar o Sudão. Vivi momentos fabulosos lá", declarou. Os filhos dela, John e Jessica, saíram de Liverpool, onde vivem, para buscá-la em Heathrow.




Gibbons foi sentenciada na semana passada a quinze dias de prisão e à deportação por ter insultado o Islã, ao permitir que seus alunos chamassem um ursinho de pelúcia de Maomé, nome do profeta mais reverenciado pela religião islâmica. Durante o julgamento, a professora insistiu que não teve a intenção de ofender o Islã.




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