sábado, 2 de fevereiro de 2008

Dirceu sabia dos empréstimos ao PT, diz Valério

À Justiça, publicitário afirma que não apenas Delúbio tinha conhecimento do dinheiro levantado em bancos




Leonardo Werner





Em depoimento ontem à Justiça Federal, o empresário Marcos Valério, apontado como operador do mensalão, disse que a cúpula do PT e o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu sabiam dos empréstimos que sua agência de publicidade SMPB tomou em favor do partido nos Bancos Rural e BMG. Os valores chegam a R$ 55 milhões.




Valério foi ouvido pelo juiz federal Alexandre Buck Medrado Sampaio em Belo Horizonte, como réu no processo que investiga o escândalo do mensalão. Ele disse nunca ter tratado do assunto com Dirceu. A informação de que o ex-ministro sabia dos repasses teria sido dada pelo ex-secretário-geral do PT Silvio Pereira. A afirmação de que a cúpula do PT tinha conhecimento dos empréstimos foi atribuída ao ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares. Ele teria confirmado isso ao publicitário por “reiteradas vezes”.




Os empréstimos, segundo Valério, foram feitos mediante apresentação de cartas assinadas por Delúbio às instituições financeiras. Nesses documentos, o PT se comprometia a pagar a dívida, dando como garantia a contribuição de filiados.




O empresário disse que os valores eram destinados sempre a pessoas indicadas por Delúbio. E negou ter sido informado de que os repasses tivessem como fim a “compra de vontade de parlamentares”. “A única informação é de que o dinheiro seria destinado à quitação de dívidas de campanhas de partidos e diretórios nas eleições de 2002 ou na pré-campanha de prefeitos para 2004”, declarou.




Indagado se a SMPB era entidade financeira, para intermediar empréstimos, Valério respondeu que não, mas disse não considerar isso como crime. Ele garantiu que a SMPB não teve nenhum ganho, seja em cobrança de juros, em comissão ou outro encargo. Segundo ele, o único interesse da agência era fazer campanhas publicitárias na área política - especialmente em eleições para prefeitos, vereadores e deputados.




Rodrigo Dall’Acqua, advogado de Dirceu, afirmou que seu cliente sabia dos empréstimos feito pelo PT por meio da agência. Mas negou que o ex-ministro tivesse conhecimento de repasses a parlamentares. “Ressaltamos que Valério disse neste interrogatório que os empréstimos eram destinados ao PT. Portanto não interessava a ele se Dirceu sabia ou não. Ele fez uma distinção entre o governo e o PT. E os empréstimos foram para o partido, não para políticos”, argumentou.




Dirceu já negou ter conhecimento de qualquer um desses fatos, alegando desconhecer a vida financeira do PT.




Marcelo Leonardo, advogado de Valério, classificou o depoimento, que começou às 14 horas e terminou por volta das 21 horas, como “normal”, vinculado ao que havia sido dito pelo publicitário em ocasiões anteriores. Ao longo do interrogatório, Marcos Valério negou todas as acusações que lhe foram feitas. Também se recusou a responder a perguntas de representantes do Ministério Público e de advogados de outros réus do processo. Ele saiu sem falar com a imprensa.



http://txt.estado.com.br/editorias/2008/02/02/pol-1.93.11.20080202.10.1.xml

Bola Preta arrasta multidão fantasiada no centro do Rio

Segundo organizadores, 500 mil foliões participam do evento.
Luiza Brunet é musa do bloco tradicional, que completa 89 anos.
Alexandro Martello Do G1, no Rio
Simone Marinho
Ag. O Globo
Luiza Brunet, musa do Bola Preta, leva o estandarte do bloco (Foto: Simone Marinho/Agência O Globo)





O carnaval popular do bloco carnavalesco Cordão do Bola Preta, anima o Centro do Rio de Janeiro na manhã deste sábado (2), arrastando uma multidão de 500 mil, segundo informações dos organizadores.






Veja galeria de fotos



Mais do que animação, os foliões exibem as tradicionais fantasias e exaltam a continuidade do bloco carioca, que perdeu sua sede e ganhou outro espaço cedido pela Secretaria de Transportes do Rio de Janeiro pouco antes do início do carnaval deste ano.




Luiza Brunet





A madrinha da bateria do Cordão do Bola Preta, Luiza Brunet, é um dos grandes destaques da agremiação neste ano de 2008. Animada, acena para os foliões presentes e esbaja simpatia. A matogrossense também sai neste ano na escola de samba Imperatriz Leopoldinense como madrinha da bateria.





O bloco, conhecido como o "quartel general" do carnaval de rua carioca, executa marchinhas e sambas conhecidos, levando muita empolgação à multidão presente.




Foliões



Seu Valdir, uma versão carioca do Bin Laden, veio munido de uma arma de madeira e, apesar do clima festivo, mostra certo receio disfarçado. "Você é da Interpol? Está querendo ganhar dinheiro e me entregar para os Estados Unidos", afirma em tom de descontração à reportagem do G1.





Além da diversidade de fantasias, o bloco também traz para a irreverência do carnaval carioca. Fantasiado de baiana, com um grande adorno na cabeça, e se autodenominando Sandra, Adagoberto Arruda esbanja carisma e tira fotos, a pedidos, com outros foliões presentes. Diz que sempre soube que o Bola Preta não acabaria. "Aqui ninguém fica infeliz. A tradição é puxada pelo povo", diz ele.

Francisco Carlos, conhecido pela alcunha de "Seu Chico" ("se não ninguém me reconhece"), já vem ao Bola Preta há 15 anos. "É tranquilo. Ainda dá para trazer a família", diz ele, destacando o lado democrático do carnaval de rua carioca.






Daniela Dantas também compartilha dessa visão. Ao lado de seus filhos de 7 e 11 anos, diz que sempre traz seus meninos para o evento. "A gente vem para brincar", acrescenta seu filho João.





Letícia Alves, de 60 anos, também não perde o desfile do Bola Preta, que sai todo sábado de carnaval pela manhã há 89 anos. "É a cara do carioca. É um patrimônio, por isso não pode acabar", diz.

Eduardo Nicolau
Ag. Estado/AE
O bloco atraiu uma multidão (Foto: Eduardo Nicolau/Agência Estado)
Quem não chora não mama






"Quem não chora não mama, segura meu bem a chupeta. Lugar quente é na cama, ou então no Bola Preta." A tradicional marchinha de carnaval, de autoria de Nelson Barbosa e Vicente Paiva, marca registrada do Bola Preta, empolga novamente os foliões neste carnaval.




Em 2007, a música, assim como o Cordão do Bola Preta, foram declarados patrimônio cultural do Rio de Janeiro pelo governo do estado. O carro de som puxa, e o povo vai atrás entoando os famosos versos.



http://carnaval.globo.com/Carnaval2008

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Governador decreta luto de 3 dias em SC em homenagem a Beto Carrero

da Folha Online




O governador Luiz Henrique da Silveira decretou nesta sexta-feira (1º) luto oficial de três dias no estado de Santa Catarina em virtude do falecimento do empresário Beto Carrero.




Agência Senado
Empresário Beto Carrero, 70, morreu na madrugada desta sexta-feira em São Paulo
Empresário Beto Carrero, 70, morreu na madrugada desta sexta-feira em São Paulo





João Batista Sérgio Murad, 70, morreu na madrugada de hoje, vítima de um choque cardiogênico [quando o coração não consegue bombear o sangue para o restante do corpo adequadamente]. Ele havia sido submetido a uma operação cardíaca, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, mas não resistiu.




O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou condolências à família, além de uma coroa de flores para a última homenagem.




A missa de sepultamento está marcada para sábado, às 15h, e o enterro será às 16 horas, no cemitério municipal de Penha (SC).




O corpo do empresário já chegou à cidade e seguirá em cortejo fúnebre de caubóis do parque Beto Carrero World e do cavalo de estimação Faísca até o salão paroquial da Igreja de Penha, local onde será velado. Segundo a Polícia Militar, cerca de 2000 mil pessoas esperavam a chegada do corpo no aeroporto dos Navegantes.




O empresário, que tinha 70 anos, deixa mulher e três filhos.



http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u368935.shtml

Secretário-geral da ONU visita Quênia e pede fim da violência

Por Duncan Miriri






NAIRÓBI (Reuters) - Ban Ki-moon, secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), pediu aos quenianos, na sexta-feira, que coloquem fim à onda de violência iniciada um mês atrás e na qual morreram ao menos 850 pessoas.




Ban, que está no país africano para dar apoio a esforços diplomáticos realizados com vistas a encerrar o conflito, reuniu-se com negociadores do presidente queniano, Mwai Kibaki, e de Raila Odinga, líder da oposição.




Esses negociadores tentam chegar a um acordo para colocar fim à crise iniciada com a polêmica reeleição de Kibaki e responsável por abalar um dos países mais estáveis do continente.




"O importante neste momento é garantir a paz e a segurança", disse o secretário-geral a repórteres. "É preciso não haver mais assassinatos."




Mas, mesmo enquanto Ban dava essas declarações, a onda de violência continuava a atingir áreas do oeste do Quênia, onde membros de tribos rivais matam-se uns aos outros e realizam saques.




"Eu vi cerca de 20 casas queimadas e algumas lojas, além de dois policiais feridos por flechas", disse um jornalista queniano que visitou a área dos conflitos e que não quis ter sua identidade revelada.




"Ao menos dez pessoas de cada lado morreram", afirmou.




Dirigentes que participam de uma cúpula da União Africana (UA) realizada na Etiópia defenderam a adoção de medidas urgentes. Ban saiu daquela cúpula para visitar o Quênia, onde tenta dar força ao processo de mediação capitaneado por seu antecessor na ONU, Kofi Annan.



http://br.reuters.com/article/worldNews/idBRB56216520080201

Após denúncias, ministra de Lula pede demissão

Ministra da Igualdade Racial é a campeã dos gastos com cartão corporativo do governo






Leonencio Nossa, de O Estado de S.Paulo





A ministra da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, telefonou nesta sexta-feira, 1, para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para lhe pedir uma audiência e anunciou, em entrevista coletiva, sua demissão.







Na avaliação de assessores da Presidência, a situação de Matilde no governo é insustentável, depois de apontada como a recordista de gastos com o cartão de crédito corporativo, no ano passado.





Campeã dos gastos com cartão corporativo, a ministra prestou contas sobre suas despesas na quinta ao presidente.





Matilde foi sabatinada pelos ministros Dilma Rousseff (Casa Civil), Paulo Bernardo (Planejamento), Franklin Martins (Comunicação Social) e Jorge Hage (CGU). No diagnóstico do governo, ela cometeu "grave irregularidade" porque, além de tudo, contrariou a Lei de Licitações ao fazer compras num free shop.





O secretário-especial da Pesca, Altemir Gregolin, também foi chamado a dar explicações logo depois que Matilde deixou o Planalto. A situação dele, no entanto, é considerada aceitável pelo governo, já que seus gastos com cartão corporativo (R$ 21,6 mil em 58 roteiros de viagens realizadas em 2007) envolveram agendas de trabalho e técnicos da CGU não encontraram irregularidades.





Novas medidas





Em coletiva, na quinta, o ministro Paulo Bernardo disse que Lula assinará um decreto que altera as regras para uso dos cartões. As principais medidas:





- Proibição de saques em dinheiro para pagamento de despesas que poderiam ser pagas com o próprio cartão





- Proibição do uso do cartão corporativo para compra de bilhetes aéreos e pagamento de diárias a servidores.





- Encerramento do prazo de 60 dias de todas as contas correntes abertas em nome de servidores, onde são depositadas verbas relativas ao suprimento de fundos do Tesouro. O ministro Jorge Hage explicou que essas contas correntes são conhecidas dentro do governo como contas "tipo B".





Cartões Corporativos





Os cartões corporativos foram introduzidos no governo FHC, para, segundo o governo, facilitar a transparência das contas.No dia 13, o Estado revelou que ministros do governo Lula registraram altos gastos com cartão para quitar despesas de viagem.





O objetivo era diminuir os gastos por meio da comprovação de notas, um procedimento de prestação de contas menos transparente. O governo argumentou, em ofício encaminhado ao TCU no fim do ano passado, que os gastos com suprimentos de fundo estão sendo substituídos pelo cartão corporativo.



http://www.estadao.com.br/geral/not_ext52,0.htm

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Ataque suicida mata vice-governador e outros 5 no Afeganistão

da Folha Online



Um suicida se explodiu dentro de uma mesquita no sul do Afeganistão nesta quinta-feira, matando o vice-governador da Província de Helmand, Pir Mohammad, e outras 5 pessoas.




A explosão atingiu a mesquita na capital Lashkar Gah em um momento em que dezenas de pessoas rezavam, de acordo com o chefe da polícia Provincial, Mohammad Hussein Andiwal.




Além dos cinco mortos, a explosão feriu outras 11 pessoas, de acordo com Ahmad.




Musadeq Sadeq/AP
Policiais afegãos retiram táxi atingido por explosão ocorrida em Cabul
Policiais afegãos retiram táxi atingido por explosão ocorrida em Cabul; ataque suicida mata vice-governador em Helmand


O Taleban [milícia que controlava 90% do Afeganistão até a invasão da coalizão liderada pelos EUA em 2001] freqüentemente atacam autoridades afegãs, como parte da campanha para enfraquecer o governo do presidente afegão Hamid Karzai, apoiado pelos EUA.




Helmand --o principal centro mundial de produção de ópio e heroína-- vem sendo alvo de confrontos entre insurgentes e tropas britânicas e americanas, ao lado de forças afegãs.




A explosão na mesquita ocorreu horas depois que outra ação suicida com carro-bomba atingiu um ônibus do Exército afegão em Cabul, matando um civil e ferindo quatro pessoas.




O ataque quebrou janelas do ônibus e danificou um táxi que trafegava pela região, o bairro de Taimani, de acordo com o policial Jan Agha. Um soldado estaria entre os feridos.




Uma série de ataques contra ônibus das forças de segurança atingiu o país no ano passado.




Em setembro, um suicida se explodiu em um ônibus militar em Cabul, matando 28 soldados e dois civis. Em junho, uma bomba atingiu outro veículo que levava instrutores da polícia na capital, matando 35 pessoas.




O ano passado foi o mais violento no Afeganistão desde a derrubada do Taleban, em 2001.




Mais de 6.500 pessoas --em sua maioria insurgentes-- morreram devido à violência.




Com Associated Press



http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u368463.shtml

Presidente do Senado italiano vai formar governo de transição

Franco Marini tem ainda missão de impulsionar reforma da lei eleitoral



Gabriella Dorlhiac



O presidente italiano, Giorgio Napolitano, pediu ontem que o presidente do Senado, Franco Marini, verifique se existe a possibilidade de formação de um governo de transição. Com a iniciativa, Napolitano tenta a todo custo conseguir tempo para a reforma da lei eleitoral italiana - que dá muito poder aos pequenos partidos, criando coalizões instáveis - antes de convocar eleições.


“Pedi ao presidente do Senado, por sua responsabilidade institucional, que verifique a possibilidade de consenso para aprovar um projeto de reforma eleitoral e dê apoio a um governo que apóie essa nova lei e as decisões mais urgentes em alguns campos”, explicou Napolitano. Ele afirmou que tomou a decisão para evitar a dissolução do Parlamento - eleito há dois anos. Marini afirmou que tentará concluir a tarefa o “mais rápido possível”.


A atual crise italiana começou na semana passada, quando a coalizão de centro-esquerda do premiê Romano Prodi perdeu sua maioria no Senado, após a saída do pequeno partido Udeur. No dia 24, depois de ser derrotado na votação de moção de confiança, Prodi apresentou sua renúncia. A partir disso, o país enfrentou uma queda-de-braço entre a centro-esquerda, favorável a um governo de transição e à reforma da lei, e a direita, que exige eleições imediatas - pesquisas indicam que a aliança do ex-premiê Silvio Berlusconi venceria com facilidade. Berlusconi criticou ontem a decisão de Napolitano. “A única necessidade do país é a de não perder tempo”, afirmou.


O senador Edoardo Pollastri, brasileiro eleito pelos italianos residentes na América Latina, acredita que a decisão foi a melhor estratégia para encerrar a crise. “A escolha de Marini foi a melhor possível. Ele é respeitado tanto pela esquerda quanto pela direita”, disse Pollastri ao Estado. Para o senador, ainda não é possível prever se Marini conseguirá formar uma nova coalizão. “A sociedade civil vem pressionando muito pela formação de um novo governo e pela reforma da lei que acabaria com a instabilidade política.”


FRANCO MARINI



Nascido em 1933, Marini é um dos nomes mais respeitados da política italiana. Centrista, é membro do Partido Democrático


Formado em advocacia, Marini foi secretário-geral da Confederação Italiana de Sindicatos Trabalhistas (CISL), o segundo maior sindicato da Itália, entre 1985 e 1991


A ascensão política do atual presidente do Senado ocorreu nos anos 90, em meio a uma ofensiva anticorrupção que dizimou uma geração de políticos italianos


Foi ministro do Trabalho e da Previdência Social de 1991 a 1992


Objetivo, Marini repreendeu na semana passada os senadores que festejaram a derrota do premiê Romano Prodi com champanhe: ‘Isso não é um bar’


http://txt.estado.com.br/

Desmatamento provoca divergências no governo

Valor Online




BRASÍLIA - Unânimes em afirmar que o governo não pode permitir que cresça o desmatamento da Amazônia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, manifestaram ontem opiniões antagônicas sobre as causas e dimensão do problema. Marina, após sobrevoar as dez regiões mais devastadas na região amazônica, voltou a acusar madeireiros, pecuaristas e produtores de soja pela degradação da floresta. Lula afirmou que não se pode apontar culpados sem investigação mais cuidadosa, e chegou a dizer que está disposto a brigar com ONGs que acusam o agronegócio pelo desmatamento.




Lula minimizou o anúncio feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, que, com base em fotografias de satélite, anunciou um desmatamento recorde na Amazônia, de 3,2 mil metros quadrados no segundo semestre de 2007, pouco mais de 1,9 mil apenas em novembro e dezembro. O Estado de maior devastação foi o Mato Grosso, cujo governador, Blairo Maggi, é um dos maiores produtores mundiais de soja. Lula, ontem citou Maggi, um governador que tem sido parceiro do governo, e informou que ordenou a Marina Silva que se reúna para discutir o tema com os governadores e prefeitos da região afetada.




O governador (Maggi) está numa discordância enorme., não concorda que foi a soja , comentou Lula. Temos de ir em cada Estado que teve o problema, fazer levantamento, mapear, fotografar, detectar quem é o dono da terra , disse. Se tiver alguém que fez queimada ilegal, eu defendo que esse cidadão sofra processo para perder sua propriedade, as pessoas têm de aprender que o país tem leis, tem regras. Ele disse não ser verdade que a devastação é provocada pela pecuária e a agricultura. Se pegarem os dados da agricultura, vão perceber que para a produção atual, para criação de gado, não precisa derrubar um pé de árvore.




Enfático, sem atentar para a quase impossibilidade de verificar titularidade das terras ocupadas na região amazônica, Lula lembrou sua participação na reunião ministerial de emergência que tratou do desmatamento, e adotou o argumento de Maggi de que só a identificação dos donos das terras afetadas pelo desmatamento poderá revelar culpados pelos danos. Eu disse na reunião: a gente não pode culpar soja, feijão, gado, sem terra; não pode culpar ninguém antes de investigar o que aconteceu.




Marina voltou a culpar os pecuaristas, produtores de soja e madeireiros pelos danos ambientais na região, após o vôo sobre a região desmatada, em que foi acompanhada pelos ministros do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, da Justiça, Tarso Genro, e pelo ministro interino da Defesa, Enzo Martins, além do secretário executivo do Ministério da Agricultura, Silas Ribeiro. Não estou aqui para dizer que o culpado é beltrano ou fulano, mas vejam depois quem será multado por essas atividades , disse. Ela reafirmou existirem indícios concretos e desmatamentos consolidados na região e defendeu ação rápida para evitar que cresça o desmatamento até agosto, quando os dados finais serão anunciados.




Mais cedo, Lula havia minimizado os resultados do Inpe, com o argumento de que se referiam a comparação entre fotografias de satélite tomadas no último trimestre de 2006 e no último trimestre de 2007. Alardeou-se que estava crescendo o desmatamento , disse Lula, contando que teve um não como resposta quando perguntou ao presidente do Inpe se os dados mostravam que haverá maior desmatamento no fim do ano.




Na verdade queriam alertar que a gente não pode se descuidar de controlar a Amazônia , comentou. Detectaram que tem um tumorzinho, e em vez de fazer biópsia para saber como tratar, sai dizendo que estava com câncer , comparou. Se for constatado o aumento do desmatamento, o país tem todo o tempo do mundo para revertê-lo, argumentou. Se for o caso, vamos montar postos da Polícia Federal lá, tudo isso é controlável , disse o presidente.




(Sergio Leo e Paulo de Tarso Lyra | Valor Econômico)



http://oglobo.globo.com

Relatório sobre guerra no Líbano poupa Olmert

Comissão conclui que conflito de 2006 foi um 'fracasso', mas diz que premiê agiu pelo bem dos interesses de Israel



AP, REUTERS E AFP



A guerra de 2006 no Líbano “foi um grande e grave fracasso”, concluiu o relatório final da comissão que investigou como o governo de Israel conduziu o conflito com o grupo xiita Hezbollah. Apesar disso, a Comissão Winograd, apontada pelo governo, disse que o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, e o então ministro da Defesa Amir Peretz agiram de forma “sincera” e “pelo bem dos interesses de Israel”.


Olmert emergiu relativamente ileso do relatório. Um resultado crítico poderia ameaçar seu governo e seu declarado objetivo de assinar um acordo de paz com os palestinos até o final do ano. A oposição de direita havia anunciado que pediria sua renúncia se a comissão o considerasse culpado pelo fato de Israel não ter vencido a guerra contra o Hezbollah.


Um assessor de Olmert disse que o governo ficou “satisfeito” com o resultado da investigação. Segundo o secretário de gabinete de Olmert, Oved Yehezkel, o premiê aceitou as críticas do relatório, mas não deixará o cargo. “Assumir a responsabilidade significa permanecer, consertar, melhorar e seguir em frente”, disse Yehezkel.


Apesar de sua baixa popularidade, de acusações de fraude e da perda, no início do mês, de um aliado em sua coalizão, Olmert não tem um rival à altura. Ele também tem forte apoio do presidente americano, George W. Bush, que busca deixar como legado um acordo de paz.


O juiz aposentado Eliahu Winograd, que liderou a comissão de cinco investigadores, disse: “Encontramos graves falhas nas tomadas de decisão, tanto no nível militar quanto político.” Mas ele disse que a ofensiva lançada nos últimos dias da guerra, enquanto uma trégua era negociada, foi essencial.


Winograd chamou o conflito de uma “chance desperdiçada”, que terminou sem uma clara vitória sobre o Hezbollah. A guerra começou em 12 de julho de 2006, após a captura de dois soldados israelenses, e terminou um mês depois. O conflito matou 1.200 pessoas no Líbano, na maioria civis, e 159 israelenses, na maioria soldados.


Ontem, a neve surpreendeu os moradores do norte e centro de Israel, assim como da Cisjordânia, e levou ao fechamento de lojas e escolas.


http://txt.estado.com.br

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Governo diz que respeitará decisão do Congresso em relação aos cortes

Valor Online



BRASÍLIA - O governo vai acatar a decisão soberana do Congresso Nacional em relação aos cortes no Orçamento da União de 2008. Apesar de a equipe econômica ter apresentado a necessidade de um corte de R$ 20 bilhões para compensar, em parte, as perdas de arrecadação com a derrota da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), o Legislativo já avisou que a tesoura alcançará, no máximo, R$ 17 bilhões. O assunto foi tratado ontem, durante reunião da coordenação política de governo, no Palácio do Planalto.




Mesmo que o corte seja menor que o esperado pelo Executivo, o ajuste na despesa poderá ficar do mesmo tamanho que o planejado pela equipe econômica. O governo tem ampla liberdade para executar o Orçamento. Se o Congresso cortar menos do que precisamos, é só contingenciar o necessário para garantir o equilíbrio fiscal , resumiu o vice-líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR).




Para o coordenador da bancada mineira no Orçamento, deputado Virgílio Guimarães (PT-MG), se o corte for menor do que os R$ 20 bilhões propostos pelo Executivo, quem vai sair perdendo é o Congresso, não o governo. Vai sobrar mais espaço para o governo manipular o Orçamento , declarou Virgílio. Na opinião do petista, não há orçamento autorizativo ou impositivo. O que existe, de fato, são orçamentos realistas ou fictícios. Não se pode cobrar a execução de algo que não existe. Se o Congresso inflar o Orçamento, o governo simplesmente vai segurar os recursos até o final do ano , completou.




Para os líderes governistas, o governo tem razão em manter o discurso da austeridade, insistindo na necessidade do corte de R$ 20 bilhões, mesmo tendo o poder para contingenciar recursos orçamentários. Não podemos entregar de bandeja para a oposição o discurso de que a CPMF não era indispensável para o país. Não podemos admitir que o discurso deles estava correto , confirmou um aliado.




O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), ameaçou internar o governo no GA (Gastadores Anônimos), numa referência jocosa à pessoas que não conseguem abandonar algum tipo de vício. O governo sempre vai dizer que esse é o último aumento de carga tributária e promete que no mês que vem vai parar com isso. E não pára , provocou o tucano.




Arthur Virgílio, que parabenizou o Executivo por, pela primeira vez em cinco anos, prometer respeitar a soberania do Congresso, acredita que a economia necessária aos cofres públicos virá pela simples redução dos gastos supérfluos do governo. Basta diminuir os gastos com cartões corporativos, enxugar a máquina pública e demitir os companheiros que ocupam vagas na administração federal .




Para amparar sua sugestão, Virgílio apoiou-se em números, partindo da premissa de uma arrecadação de R$ 42 bilhões com a CPMF. Sem ela, ainda sobrariam outros R$ 15 bilhões dos demais impostos. Com o crescimento da economia na faixa dos 4,5%, outros R$ 10 bilhões poderão ser arrecadados. Sem a CPMF, o governo deixa de pagar R$ 10 bilhões da contribuição atrelada à rolagem da dívida pública. Isso tudo dá R$ 35 bilhões de ganho. Como eles perderam R$ 42 bi, só precisam cortar R$ 7 bi , resumiu o tucano.




(Paulo de Tarso Lyra |Valor Econômico)



http://oglobo.globo.com

Lobão Filho quer acabar com suplência no Congresso

da Folha de S.Paulo, em Brasília




Assim que tomar posse como senador, Edison Lobão Filho (DEM) pretende apresentar como projeto de lei a alteração das regras de suplentes para Câmara e Senado, as mesmas que o beneficiaram.




"Vou apresentar esse projeto acabando com a suplência e com o voto de legenda." Segundo ele, em caso de afastamento do titular, tem de assumir o segundo colocado na eleição.




Lobão Filho é o primeiro suplente do pai, Edison Lobão (PMDB), que assumiu Minas e Energia.




Ele não tomou posse porque, diz, prepara documentos para esclarecer as denúncias de que teria usado laranjas para ocultar sua participação em duas distribuidoras de bebidas endividadas. "Quero assumir limpo", disse. "Acho que tudo deve ficar pronto no fim da semana ou após o Carnaval."



http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u368131.shtml

Helicópteros militares são usados para deter multidão no Quênia

da Folha Online




Helicópteros militares foram usados nesta terça-feira para deter a violência que se alastra pelo Quênia após a morte de um legislador da oposição, que disseminou confrontos por todo o país africano.






Ao menos dez pessoas morreram nesta terça-feira, elevando para mais de 850 os mortos desde a vitória do presidente, Mwai Kibaki, nas controversas eleições de 27 de dezembro.






Segundo a agência Reuters, dois helicópteros dispararam na cidade de Naivasha contra uma multidão de cerca de 600 Kikuyus-- tribo ligada a Kibaki-- o que, segundo a polícia, seriam balas de borracha. Na mesma região, caminhões da polícia retiraram cerca de 300 membros da tribo Luos -- ligada ao líder da oposição Raila Odinga-- para os protegerem da multidão.






Os protestos se espalharam pelo país e culminaram em assassinatos entre membros de tribos rivais, que disputam a posse da terra, a riqueza e o poder no Quênia, uma ex-colônia britânica que se tornou um país independente há apenas 44 anos.






A tensão aumentou após a notícia do assassinato de Mugabe Were, do partido opositor Movimento Democrático Laranja (ODM). Were foi morto a tiros por dois desconhecidos na porta de sua casa, nas proximidades do bairro de Kibera, logo depois da 0h (horário local).






O líder da oposição, Raila Odinga, chamou o crime de um "assassinato político premeditado" e disse que o Quênia "está à beira da anarquia".






Mortes




Cerca de cem pessoas morreram nos últimos dias em Naivasha e Nakuru, regiões bastante conhecidas por seus lagos e belezas naturais, mas que agora estão completamente desertas.






Protestos atingiram também a cidade de Kisumu (oeste), considerada bastião da oposição, segundo moradores locais. Duas pessoas foram mortas pela multidão.






Cerca de 250 mil já foram deslocados pela violência que se espalhou pelo país.






Resultados oficiais mostram que Kibaki venceu as eleições de 27 de dezembro por uma pequena diferença, mas Odinga diz que a vitória foi fraudada.






Em visita a Ruanda, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, disse estar "profundamente preocupado" com a violência no Quênia e com a falta de diálogo entre os líderes.






O enviado-especial da ONU para prevenção do genocídio, Francis Deng, disse que está enviando uma equipe para investigar a violência no Quênia.






Com Associated Press



http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u367844.shtml

McCain vence primárias na Flórida; Giuliani deve deixar corrida

da Folha Online



O senador John McCain venceu as primárias na Flórida nesta terça-feira, ganhando força na disputa pela candidatura republicana à Casa Branca. Após o resultado, o ex-prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani, deve abandonar corrida e apoiar McCain.




McCain venceu na Flórida com 36% dos votos, contra 31% do ex-governador de Massachusetts Mitt Romney, que ficou em segundo. Giuliani ficou em terceiro, com 15%.




O ex-governador do Arkansas Mike Huckabee acabou em quarto lugar, com 13% dos votos.




Giuliani deve anunciar hoje sua saída da disputa. O ex-prefeito de Nova York tinha centrado sua campanha em uma vitória na Flórida, e sua derrota --após gastar cerca de US$ 35 milhões na campanha eleitoral-- o deixa praticamente sem possibilidades de lutar na Superterça da próxima semana, quando mais de 20 Estados realizarão suas prévias.




McCain derrotou Romney após uma disputa acirrada que incluiu troca de acusações e insultos de ambas as partes. "Ainda temos um longo caminho pela frente, mas estamos nos aproximando da candidatura", disse McCain a seus partidários após o anúncio da vitória.




Apesar da derrota, Romney --que já gastou milhões de dólares de sua fortuna pessoal na campanha pela candidatura-- disse que continuará na disputa.




Os pré-candidatos republicanos participarão de um debate na Livraria Presidente Ronald Reagan em Simi Valley, na Califórnia, na noite desta quarta-feira.




A senadora por Nova York Hillary Clinton foi a vencedora da votação democrata na Flórida.




Nenhum dos pré-candidatos democratas fez campanha no Estado e Hillary venceu com folgas, como previam as pesquisas.




Enquanto para o Partido Republicano as prévias da Flórida tenham valor significativo, para os democratas os votos são simbólicos, já que nenhum candidato poderá contar com o apoio dos 210 delegados a que teria direito na Convenção Nacional de agosto em Denver, que designará o candidato presidencial para as eleições de 4 de novembro.




A medida também é uma punição dos delegados democratas pela antecipação das primárias.




Vitória



A vitória na Flórida permitirá a McCain captar mais fundos para sua campanha e concorrer na Superterça.




Os 57 delegados republicanos em jogo na Flórida vão ficar com McCain, já que pelas normas do Estado eles não são repartidos proporcionalmente à porcentagem dos votos obtidos.




Focado principalmente na questão da segurança nacional, o senador já havia vencido na Carolina do Sul, há 10 dias, e em New Hampshire, em 8 de janeiro.




Para Romney, a derrota na Flórida é decepcionante e o obriga a apostar tudo na Superterça.




Em discurso na cidade de St. Petersburg, Mitt Romney disse que parabenizou McCain por sua vitória e reconheceu que seus seguidores podiam estar um pouco decepcionados.




Com vistas às primárias da próxima semana, Romney destacou sua posição a favor de uma mudança real em Washington, e destacou que isso não acontecerá "simplesmente mudando alguém de assento", em referência ao fato de que McCain deixaria de ser senador pelo Arizona para assumir a Presidência dos EUA.




Votação



A votação na Flórida marca o fim de uma fase da campanha presidencial, a última em uma série de votações em vários Estados.




As primárias continuam na próxima semana, com a Superterça marcada para 5 de fevereiro.




A Flórida, o quarto maior Estado em população dos Estados Unidos, foi a primeira prova da influência do voto hispânico.




Cerca de 20% da população da Flórida é hispânica (o número cresce para 60% no Condado de Miami Dade) e há muito tempo o grupo representa um papel influente --e por vezes decisivo-- na política norte-americana.




A situação da economia e a Guerra do Iraque foram as principais preocupações dos eleitores, enquanto a imigração ficou relegada a um quarto lugar, atrás dos valores familiares.



http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u368105.shtml

domingo, 27 de janeiro de 2008

Atriz Emma Thompson recebe prêmio em Davos

da Ansa, em Davos




A atriz britânica Emma Thompson recebeu o Prêmio Cristal, concedido pelo Fórum Econômico Mundial de Davos aos artistas comprometidos com causas sociais.




Stefan Wermuth /Reuters
A atriz britânica Emma Thompson segura o Prêmio Cristal durante o Fórum de Davos
A atriz britânica Emma Thompson segura o Prêmio Cristal durante o Fórum de Davos


O prêmio destaca os artistas que usaram seu trabalho para chegar a outras culturas e realizar tarefas humanitárias.




A atriz, de 52 anos, disse estar muito feliz com a premiação, que recebeu pessoalmente no evento.




Todos os anos, o Fórum Econômico de Davos reúne personalidades do mundo dos negócios e autoridades políticas de diferentes partes do mundo. Este ano, a reunião discutiu temas como governança corporativa e aquecimento global.




A protagonista de "Razão e Sensibilidade" participou do Fórum de Davos para se manifestar contra o tráfico de mulheres e a exploração sexual.





http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u367341.shtml

Obama quer ampliar base eleitoral após vitória na Carolina do Sul

MACON, EUA (AFP) — Após a vitória nas primárias da Carolina do Sul, que deu um novo fôlego à sua campanha, o senador Barack Obama quer provar que não é candidato de uma minoria e sim de todos os americanos.


O pré-candidato presidencial democrata Barack Obama discursa após anúncio de sua vitória nas primárias da Carolina do Sul, em Columbia



"Temos a coalização mais diversa", assegurou na noite de sábado o jovem senador de Illinois aos seus partidários.




Contudo, Obama, que quer representar "a mudança", deverá confirmar rapidamente que é capaz de reunir, como prometeu no sábado, "jovens e idosos, brancos e negros, hispânicos, asiáticos e indígenas".




Mais da metade dos eleitores democratas da Carolina do Sul são negros e os índices da votação mostraram que Obama se beneficiou de 80% dos votos dessa comunidade, com 24%, em contrapartida, dos brancos. Apesar de Obama nunca ter feito da cor da sua pele um tema de campanha, este fator foi decisivo, até agora, na corrida para a Casa Branca.




Em 1984 e 1988, o militante negro Jesse Jackson também venceu as primárias democratas na Carolina do Sul, mas estas vitórias tiveram principalmente um valor simbólico. Diferente de Jackson, Obama não é um candidato simbólico. O perigo para sua campanha, indicam os especialistas, é justamente se apresentar como "o candidato negro".




Entretanto, a grande prova para os pré-candidatos democratas acontecerá em nove dias, quando 22 estados realizarão suas primárias, na chamada "Superterça".




A principal rival de Obama, Hillary Clinton, é favorita em Nova York, na Califórnia, Nova Jersey e Massachusetts. Estes quatros estados enviarão 970 delegados para a convenção que designará formalmente o candidato democrata.




Enquanto Obama se concentrou na Carolina do Sul, Hillary já começou sua campanha da Califórnia, Nova York e Nova Jersey.




O porta-voz da campanha de Obama, Robert Gibbs, disse à AFP que o candidato espera vencer em Illinois - por onde é senador -, Georgia, Alabama e outros estados onde se organizam cáucus (assembléias eleitorais), um sistema particular de votação em que os eleitores escolhem o seu candidato após um debate. Ele acrescentou ainda que Obama pode vencer em estados que são compostos quase que exclusivamente por brancos, como Iowa.




A campanha para as primárias democratas já tomou dimensão nacional. Hillary se encontra no Tennessee, um dos estados mais disputados para a "Superterça". Obama viajou na noite de sábado para Macon, Georgia, e em seguida irá para o Alabama.




John Edwards, que viu suas possibilidades diminuídas, deve viajar para a Georgia, Missouri e Tennessee.




Entre os estados que realizarão primárias em 5 de fevereiro, há localidades muito progressistas, como Nova York e Califórnia, e outras mais moderados, como o Kansas. Alguns têm uma forte comunidade negra (Georgia e Alabama), outros uma importante presença hispânica (Arizona, Novo México) e outros são majoritariamente brancos (Dakota do Norte, Minnesota).




Os republicanos, por sua vez, realizarão suas próximas primárias na Flórida em dois dias. John McCain e Mitt Romney estão disputando voto a voto. Segundo uma pesquisa publicada no domingo pela C-Span, os dois candidatos têm 30% de intenção de voto.




O ex-prefeito de Nova York Rudolph Giuliani, que apostou todas as fichas neste estado, aparece em quarto lugar, atrás do ex-governador do Arkansas Mike Huckabee.



http://afp.google.com/article/ALeqM5gkBfFu_7Lvslj95jXCFJfA9lgC7Q