Por Duncan Miriri
NAIRÓBI (Reuters) - Ban Ki-moon, secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), pediu aos quenianos, na sexta-feira, que coloquem fim à onda de violência iniciada um mês atrás e na qual morreram ao menos 850 pessoas.
Ban, que está no país africano para dar apoio a esforços diplomáticos realizados com vistas a encerrar o conflito, reuniu-se com negociadores do presidente queniano, Mwai Kibaki, e de Raila Odinga, líder da oposição.
Esses negociadores tentam chegar a um acordo para colocar fim à crise iniciada com a polêmica reeleição de Kibaki e responsável por abalar um dos países mais estáveis do continente.
"O importante neste momento é garantir a paz e a segurança", disse o secretário-geral a repórteres. "É preciso não haver mais assassinatos."
Mas, mesmo enquanto Ban dava essas declarações, a onda de violência continuava a atingir áreas do oeste do Quênia, onde membros de tribos rivais matam-se uns aos outros e realizam saques.
"Eu vi cerca de 20 casas queimadas e algumas lojas, além de dois policiais feridos por flechas", disse um jornalista queniano que visitou a área dos conflitos e que não quis ter sua identidade revelada.
"Ao menos dez pessoas de cada lado morreram", afirmou.
Dirigentes que participam de uma cúpula da União Africana (UA) realizada na Etiópia defenderam a adoção de medidas urgentes. Ban saiu daquela cúpula para visitar o Quênia, onde tenta dar força ao processo de mediação capitaneado por seu antecessor na ONU, Kofi Annan.
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