AP, REUTERS E AFP
A guerra de 2006 no Líbano “foi um grande e grave fracasso”, concluiu o relatório final da comissão que investigou como o governo de Israel conduziu o conflito com o grupo xiita Hezbollah. Apesar disso, a Comissão Winograd, apontada pelo governo, disse que o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, e o então ministro da Defesa Amir Peretz agiram de forma “sincera” e “pelo bem dos interesses de Israel”.
Olmert emergiu relativamente ileso do relatório. Um resultado crítico poderia ameaçar seu governo e seu declarado objetivo de assinar um acordo de paz com os palestinos até o final do ano. A oposição de direita havia anunciado que pediria sua renúncia se a comissão o considerasse culpado pelo fato de Israel não ter vencido a guerra contra o Hezbollah.
Um assessor de Olmert disse que o governo ficou “satisfeito” com o resultado da investigação. Segundo o secretário de gabinete de Olmert, Oved Yehezkel, o premiê aceitou as críticas do relatório, mas não deixará o cargo. “Assumir a responsabilidade significa permanecer, consertar, melhorar e seguir em frente”, disse Yehezkel.
Apesar de sua baixa popularidade, de acusações de fraude e da perda, no início do mês, de um aliado em sua coalizão, Olmert não tem um rival à altura. Ele também tem forte apoio do presidente americano, George W. Bush, que busca deixar como legado um acordo de paz.
O juiz aposentado Eliahu Winograd, que liderou a comissão de cinco investigadores, disse: “Encontramos graves falhas nas tomadas de decisão, tanto no nível militar quanto político.” Mas ele disse que a ofensiva lançada nos últimos dias da guerra, enquanto uma trégua era negociada, foi essencial.
Winograd chamou o conflito de uma “chance desperdiçada”, que terminou sem uma clara vitória sobre o Hezbollah. A guerra começou em 12 de julho de 2006, após a captura de dois soldados israelenses, e terminou um mês depois. O conflito matou 1.200 pessoas no Líbano, na maioria civis, e 159 israelenses, na maioria soldados.
Ontem, a neve surpreendeu os moradores do norte e centro de Israel, assim como da Cisjordânia, e levou ao fechamento de lojas e escolas.
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