sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Geórgia acusa Moscovo de violar acordo de cessar-fogo







por LUSAHoje

A Geórgia, que assinala hoje o primeiro aniversário da guerra com a Rússia pelo controlo da região separatista georgiana da Ossétia do Sul, acusa Moscovo de violar o acordo de cessar-fogo e a retirada de tropas assinado em 2008.


O plano de resolução, composto por seis pontos, foi anunciado a 12 de Agosto pelo chefe de Estado russo Dmitri Medvedev e o homólogo francês Nicolas Sarkozy, que assumia então a presidência rotativa da União Europeia.

Em declarações à agência de notícias espanhola EFE, o presidente do Parlamento georgiano, David Bakradze, afirmou que a "Rússia deveria ter reduzido as suas tropas para o número (existente) antes do conflito".

"Mas na prática a situação é totalmente diferente", acusou.

"Ao contrário, a Rússia aumentou os seus contingentes e constrói bases militares permanentes nas regiões (separatistas georgianas) de Abkhazia e Ossétia do Sul", denunciou.

Além disso, acrescentou, a "Rússia está a bloquear o acesso de observadores da União Europeia aos territórios ocupados".

"A Rússia está a nadar contra a corrente. O reconhecimento (da independencia) da Abkházia e da Ossétia do Sul conduz a Rússia a um beco sem saída, comparável à incursão da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) na ex-Checoslóvaquia ou no Afeganistão", adiantou.

Segundo Bakradze, "nenhum Estado democrático apoia acções desse tipo".

O responsável referiu que "a essência do problema é que historicamente a Rússia não quer reconhecer a Geórgia como um Estado soberano, considera-a como da sua esfera de influencia", adiantando serem possíveis "boas relações económicas, e uma cooperação no âmbito da segurança".

"Mas enquanto a Rússia ocupar 20 por cento do nosso território, quando centenas de milhar de nossos compatriotas se transformaram em refugiados devido à presença militar russa, nestas condições, a normalização é inconcebível" alertou.

A tensão tem aumentado nos últimos dias entre a Rússia e a Geórgia, um ano após o conflito entre Moscovo e Tbilissi sobre a região separatista georgiana da Ossétia do Sul.

No final de Agosto, o presidente Medvedev anunciou o reconhecimento da independência das repúblicas separatistas georgianas da Ossétia do Sul e da Abkházia.

Nos últimos dias multiplicaram-se as acusações de violação dos termos do cessar-fogo e da "fronteira" entre a Ossétia do Sul e a Geórgia, bem como ameaças de resposta a alegadas provocações.




http://dn.sapo.pt

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Venezuela apoiou narcotraficantes ligados às Farc, diz revista








Contatos de Chávez e Correa com Farc não se limitam aos indicados por computador de Raúl Reyes




BOGOTÁ - Uma reportagem publicada nesta quinta-feira, 6, pela revista colombiana Cambio aponta que o envolvimento do governo Chávez não se limita aos dados encontrados no computador do líder das Forças Armadas Revolucionárias (Farc) morto Raúl Reyes. Citando fontes colombianas e americanas, a publicação afirma que ex-funcionários do governo venezuelano estão envolvidos em operações feitas da Venezuela por narcotraficantes associados à guerrilha.



Na última semana, o governo da Colômbia anunciou que armamentos comprados pela Venezuela e produzidos na Suécia foram encontrados com a guerrilha, o que levantou suspeitas de eventuais ligações entre o governo Chávez e as Farc. As acusações do governo colombiano causaram uma nova crise diplomática entre os dois países. Chávez afirmou que as armas encontradas com as Farc - que incluíam lançadores de foguetes de fabricação sueca - foram compradas pela Venezuela na década de 1980 e roubadas em 1995 durante um ataque a uma base naval no Estado de Carabobo. Chávez ainda acusou o governo colombiano de "fazer chantagem" com as acusações, classificadas pelo líder venezuelano como "uma jogada suja e traiçoeira" do presidente colombiano, Álvaro Uribe.



Segundo a revista, o general venezuelano Hugo Armando Carvajal, diretor do serviço secreto militar do país, estaria envolvido não só com a entrega de armas e equipamentos às Farc, mas também com operações feitas em solo venezuelano por narcotraficantes associados à guerrilha. Carvajal é um dos funcionários venezuelanos que enfrenta sanções impostas pelos EUA pela acusação de manter vínculos com rebeldes colombianos envolvidos com tráfico de drogas. A medida prevê a suspensão de negócios comerciais, transações financeiras e o congelamento de bens e contas bancárias nos EUA.



Outros ex-funcionários que enfrentam sanções do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos pela mesma acusação são Henry de Jesús Rangel, Henry de Jesús Rangel Silva ex-diretor da polícia secreta e Ramón Emilio Rodríguez Chacín, que foi ministro de Interior e da Justiça. Fontes colombianas e americanas afirmam que os três favoreceram o tráfico de armas e drogas mediante o contato com um cartel de narcotraficantes em Arauca, conhecido como "clã dos irmãos Ríos", organização que até a segunda metade da década de 90 esteve envolvido com o chefe do tráfico das Farc, Tomás Medina Caracas, também conhecido como "El Negro Acacio",



Uma das fontes que ajudou a documentar as denúncias é Germán Arturo Rodríguez Ataya, piloto que foi capturado no fim de 2005 enquanto trabalhava com Ríos e as Farc no transporte de drogas e guerrilheiros feridos em operações militares. Ele deu as coordenadas de bases da guerrilha em território venezuelano e entregou fotografias dos contatos feitos com oficiais da Guarda Venezuelana, que entregaram o armamento aos rebeldes por ordem de Carvajal.



Além da entrega de armas e do envolvimento com o tráfico de drogas, oficiais do serviço de segurança colombiano que tiveram acesso aos dados obtidos por autoridades americanas afirmaram que o documento mostra que um dos negociadores de Chávez, responsável pela mediação com o grupo, visitou clandestinamente Tirofijo, número um das Farc, que morreu em 2008. Um empréstimo do governo venezuelano de US$ 250 milhões também teria sido feito aos rebeldes.



Envolvimento do Equador

A revista aponta ainda que as informações obtidas pelas autoridades colombianas também comprometem funcionários e ex-assessores de confiança do presidente do Equador, Rafael Correa. Entre eles está o major Manuel Silva, ex-chefe da Unidade de Investigações Especiais da Polícia, que confirmou a existência de encontros o ex-ministro de Interior Gustavo Larrea com as Farc. O documento pode servir para processar Larrea se Correa cumprir com o que prometeu. "Se provarem que Larrea se reuniu com as Farc, eu mesmo promoverei um processo por traição contra ele".



A Colômbia teria como provar ainda, além do conteúdo do computador apreendido no acampamento de Reyes, que "ações sistemáticas" de Correa contra a Colômbia começaram antes dele assumir a presidência do país. O guerrilheiro foi morto em março de 2008 num bombardeio colombiano contra um acampamento das Farc no lado equatoriano da fronteira.





www.estadao.com.br




quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Inflação para baixa renda volta a subir em julho, indica FGV








Habitação e educação fazem preços para famílias que ganham até 2,5 salários mínimos aumentarem 0,24% no mês


ALESSANDRA SARAIVA - Agencia Estado


RIO - A inflação do varejo sentida pelas famílias de baixa renda voltou a subir em julho. O Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1) avançou 0,24% no mês passado, ante aumento de 0,14% em junho. O índice é usado para mensurar o impacto da movimentação de preços entre famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos.

Veja também:

especial Entenda os principais índices

Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), que anunciou o índice há pouco, com esse resultado de julho o IPC-C1 acumula altas de 3,24% no ano; e de 3,97% em 12 meses. O desempenho de julho do indicador também ficou abaixo do apurado pelo Índice de Preços ao Consumidor de Brasil (IPC-BR), que mensura o impacto da inflação entre famílias mais abastadas, entre 1 e 33 salários mínimos, e subiu 0,34% no mesmo mês.

Porém, o IPC-BR acumula altas de 3,01% no ano e 4,67% em 12 meses. Em julho, as maiores contribuições para o avanço do IPC-C1 foram originadas de acelerações de preços; fim de deflação e quedas mais fracas em quatro das sete classes de despesa usadas para cálculo do índice. É o caso de Habitação (de -0,02% para 0,77%); Educação, Leitura e Recreação (de -0,54% para -0,09%); Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,08% para 0,23%); e Transportes (de -0,03% para 0,02%).

As outras classes de despesa apresentaram desaceleração de preços, de junho para julho. É o caso de Alimentação (de 0,31% para 0,02%); Vestuário (de 0,42% para 0,04%); e Despesas Diversas (de 0,24% para 0,20%). Às 11h, a FGV concede coletiva de imprensa sobre o índice, em sua sede no Rio.




www.estadao.com.br

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Passageiro danifica teto de avião com a cabeça em turbulência







Um avião que decolou domingo à noite do Rio de Janeiro com destino a Houston, nos Estados Unidos, foi obrigado a fazer um pouso de emergência em Miami, na madrugada desse domingo. Vinte e oito passageiros do voo 128 da Continental Airlines ficaram feridos depois que a aeronave passou por forte turbulência, quatro deles em estado grave. Passageiros que estavam sem cinto de segurança foram projetados violentamente para cima. Com o impacto, um deles chegou a furar o teto do avião ao bater com a cabeça.

O acidente aconteceu por volta de 4h30, quando o Boeing 767 que transportava 168 passageiros e 11 tripulantes sobrevoava o Oceano Atlântico, próximo ao espaço aéreo da República Dominicana. Durante a turbulência, as máscaras de oxigênio caíram do teto do avião, que perdeu altitude durante 10 segundos.

No aeroporto de Miami os passageiros feridos foram resgatados de macas e cadeiras de rodas e levados para três hospitais da cidade. Até o fim da noite de ontem apenas um permanecia internado. A Continental não divulgou a nacionalidades dos passageiros.

O comissário de bordo brasileiro Eleison de São Christóvão, 46 anos, estava trabalhando no voo 128. Sua mãe, a aposentada Cecy de São Christóvão, 69 anos, ficou aliviada ao saber que ele está bem. O comissário revelou a ela que o avião deveria ter vindo para o Brasil sábado. Mas a viagem foi transferida para a manhã de domingo por problemas técnicos detectados na hora do embarque. "Não sei se isso influenciou no que aconteceu. Mas a gente fica preocupada", desabafou Cecy.

No desembarque, no aeroporto de Miami, passageiros se emocionavam ao reencontrar parentes e amigos. "Eu achei que fosse meu último dia. Tinha sangue à beça. É um filme de terror, mas daqueles muito fortes", desabafou a brasileira Maria Cristina.

A industriária Noemi Lima, 54 anos, que chegou domingo dos EUA, contou que passou por forte turbulência no fim de semana quando viajava de Detroit para Houston, na tarde de sábado. "O avião sacudiu muito. As bagagens de mão, comida e refrigerantes foram no teto. Uma senhora que estava no avião desmaiou e precisou ser socorrida pela tripulação", disse.

Avisos de atar cintos acesos
A companhia Continental Airlines divulgou nota informando que no momento da turbulência o avião estava na altitude correta e que os avisos de atar os cintos também estavam acesos. A empresa disponibilizou um número de telefone para atender os parentes dos passageiros.

As autoridades americanas vão investigar se houve falha nos equipamentos de segurança do avião que não detectaram a força da turbulência ou se os pilotos demoraram a avisar os passageiros. Em entrevista a O DIA, o tenente Eddy Ballester, do Corpo de Bombeiros de Miami, contou que o incidente provocou vários danos na parte interna do avião.

O diretor da Federação Nacional dos Aeronautas (Fentac), Carlos Camacho, explicou que a aeronave pode ter enfrentado uma Clear Air Turbulance (CAT) - turbulência sob céu claro - espécie de bolha de vácuo que não pode ser detectada pelo radar, ou nuvens cúmulos nimbos, causadoras das tempestades. Segundo Carlos Camacho, o uso do cinto de segurança durante todo o voo poderia ter evitado os graves ferimentos nos passageiros do voo 128 da Continental Airlines.

Falta de informações irrita parentes
Parentes dos passageiros do voo 128 que estiveram ontem no Aeroporto Internacional Tom Jobim ficaram revoltados com a falta de informações. O guichê da companhia aérea ficou fechado durante todo o dia. Ele só foi aberto no início da noite para o check-in de outro voo que decolou às 21h45, também com destino a Houston, nos EUA.

Pai da passageira Geisi Ferreira, o aposentado Jorge Ferreira, 69 anos, ficou furioso. "Eu preciso de informações oficiais. Isso é um absurdo", reclamou. Além da filha de Jorge, estavam a bordo do avião o genro e seus dois netos. Por telefone ele conseguiu falar com Geisi, que disse que todos estavam bem, apesar de o marido ter batido forte com a cabeça no teto do avião.

Turbulências violentas em voos em maio
Outra forte turbulência deixou 21 feridos dia 25 de maio. Um Airbus da TAM, vindo de Miami, já se preparava para pousar quando houve o problema. Quatro dias depois, aconteceu o mesmo no voo 507 da Lufhtansa de São Paulo para Frankfurt, Alemanha. Segundo Carlos Camacho, passageiros foram lançados, bagagens de mão voaram e os carrinhos de bebidas se soltaram. Turbulências também atingiram o voo 447, da Air France, que caiu no Atlântico matando seus 228 ocupantes dia 31 de maio.



O Dia S.A.


http://noticias.terra.com.br






segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Ahmadinejad defende papel do Irã no cenário internacional






Da EFE


Teerã, 3 ago (EFE).- O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, defendeu hoje o papel do Irã no cenário internacional após receber a ratificação do líder supremo, Ali Khamenei, para seu segundo mandato presidencial.


Segundo a agência iraniana "Fars", Ahmadinejad disse que "a presença ativa no cenário internacional é um dever nacional", ao traçar a linhas gerais de seu novo mandato.


Ahmadinejad disse também que já passaram aqueles tempos em que as potências "arrogantes" ditavam as normas a outros países.


"Não empregaram de forma adequada suas possibilidades econômicas e políticas ao intervir nos assuntos do Irã durante as eleições", advertiu Ahmadinejad "àqueles Governos egoístas que prejudicaram o povo iraniano".


O líder iraniano pediu a estes países, que não nomeou, que voltem ao caminho da justiça e deixem de interferir nos assuntos internos das outras nações.


O governante iraniano, que jurará o cargo na quarta-feira perante o Parlamento islâmico, disse que, em seu novo mandato, deve empreender "grandes" ações para melhorar a produção nacional da riqueza, e mencionou especialmente o setor agrícola e turístico.


"Nestas eleições, foi ratificada a doutrina da revolução islâmica", acrescentou Ahmadinejad, para quem se mostrou um novo modelo da república ao mundo. EFE



http://g1.globo.com