da France Presse
da Folha Online
O pré-candidato democrata à Presidencia dos EUA Barack Obama saiu vitorioso, mas com uma diferença de apenas sete votos em relação à rival Hillary Clinton, nos "caucus" (votação direta em reunião partidária) organizados neste sábado em Guam, pequena ilha do Pacífico.
Obama obteve 2.264 votos e Hillary Clinton 2.257, em Guam, que contará apenas com quatro delegados à convenção democrata. Nenhum dos dois esteve pessoalmente em Guam para fazer campanha.
A ilha de Guam é uma base militar norte-americana no Pacífico a 20 horas de vôo de Washington D.C., a capital dos EUA, e a apenas três horas do Japão. O território irá enviar quatro delegados e cinco superdelegados à convenção do partido, que deve acontecer em agosto.
O demorado processo de contagem manual das cédulas começou logo após o encerramento da votação às 20h (7h em Brasília, o fuso horário tem uma diferença de 11 horas). As urnas dos cerca de 20 postos de votação foram levadas na mão até o prédio do Legislativo de Guam.
Longas filas de eleitores foram reportadas em escolas e centros comunitários, seguindo o cenário de outras primárias democratas que, diante da disputa acirrada, contam com participações recordes dos eleitores.
Os norte-americanos de Guam não podem votar nas eleições gerais de 4 de novembro porque a ilha não é considerada um Estado.
Campanha
Embora não tenham ido pessoalmente a Guam, Hillary e Obama investiram em muitos anúncios para levar os democratas às urnas e não pouparam promessas para garantir apelo entre os moradores da base militar dos EUA.
Tanto Hillary quanto Obama prometeram melhores planos de saúde para os guamanianos. Obama disse em entrevista ao jornal local "Pacific Daily News" que apoiaria um novo exame do limite de gastos médicos de U$ 5,4 milhões (R$ 8,9 milhões) imposto ao território.
Obama lembrou ainda que ele passou tempo em Guam em uma parada durante sua viagem à África e contou aos eleitores que suas raízes havaianas o tornaram "especialmente sensível" às necessidades dos moradores da ilha.
O ex-presidente dos EUA Bill Clinton, em campanha por sua mulher, Hillary, disse a rádio local Kuam que ela trabalharia para acabar com o limite orçamentário do programa de seguro saúde governamental para os pobres.
A equipe de campanha da senadora afirmou que, se eleita presidente, ela irá nomear um conselheiro na Secretaria de Defesa para ajudar Guam a planejar a infra-estrutura para receber 8.000 membros da Marinha dos EUA e seus dependentes. O Pentágono tem planos de transferir as tropas de Okinawa (no sul do Japão) para Guam --base militar estratégica no Pacífico-- até 2014.
www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u398335.shtml
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