sábado, 21 de julho de 2007

Transformers: O Filme



(Transformers: The Movie, 2007)




Por: Thiago Sampaio





Efeitos especiais pra lá de impressionantes, humor refinado, cenas de ação espetaculares e várias nostalgias à série original dos anos 80 fazem de "Transformers: O Filme" um blockbuster quase perfeito ao que se propõe. Uma diversão da melhor qualidade, que, sem dúvidas, já entra para o quadro dos melhores filmes do ano.





Criados na década de 80 pela Hasbro, conceituada empresa de brinquedos, os Transformers – robôs alienígenas que se camuflavam como veículos – marcaram uma era com um excelente desenho animado que gerou uma série de genéricos e revistas em quadrinhos. Era uma diversão para todo jovem daquela década imaginar como seriam tais robôs no mundo real, porém era da consciência geral que, o cinema, por mais que evoluíssem os efeitos, não seria capaz de dar vida a seres tão complexos, pelo menos com extremo realismo. Pois bem, mais de vinte anos depois, eles chegam aos cinemas em uma versão live-action e, mesmo com tamanho avanço de recursos, as pessoas questionam se é mesmo possível a realização de um filme não-animação. Simplesmente não há resposta melhor para tal indagação do que a de conferir o longa, pois não há palavras que definam tal mágica. Sim, é uma mágica ver a magia dos anos 80 ganhando forma concreta e de maneira impecável, idêntica às nossas imaginações. Antes de tudo, quero adiantar que sou suspeito para defender “Transformers”, afinal, cresci assistindo fielmente à série e, até hoje, guardo uma réplica do Bumblebee como talismã. Mas, pelo visto, a encantação não foi só de minha parte, e sim geral.




Na trama, durante séculos, duas raças alienígenas robóticas — os Autobots e os Decepticons — estiveram em guerra, colocando em risco o destino do Universo. Quando a batalha finalmente alcança a Terra, só o que separa os perversos Decepticons do poder total é uma pista guardada pelo adolescente Sam Witwicky (Shia LaBeouf), cujas preocupações, até o momento, estavam relacionadas apenas aos amigos, carros, escola e garotas. Antes que consigam entender o que está acontecendo, Sam e sua amiga Mikaela (Megan Fox) se vêem bem no meio do confronto dos robôs gigantes. E, depois de conhecerem os Autobots, compreendem o verdadeiro motivo: o garoto guarda consigo a chave de um segredo que pode ser a única chance de sobrevivência da humanidade. A partir daí, ele vai descobrir o verdadeiro sentido do lema da sua família: “Sem sacrifício, não há vitória”.




Vamos logo ao que mais interessa: os efeitos especiais estão impecáveis. Que soltem uma bomba na Academia se o filme não levar o prêmio da categoria no ano que vem! Impressionante como tudo soa absurdamente real, e, mesmo ao mostrar os humanos em contato com as máquinas, em nenhum momento notamos alguma diferença entre eles ou sinal de fundo verde. A interação é perfeita. O alto investimento de 150 milhões de dólares (valor até “baixo” se comparado aos 250 de “Homem-Aranha 3” e os 300 de “Piratas do Caribe 3”, visto que “Transformers” se mostra o melhor desses nesse quesito) é perceptível a cada mínimo detalhe. As transformações dos veículos em robôs e vice-versa são uma atração a parte. Conferimos detalhes mínimos se locomovendo para formar um ser gigantesco em questão de 3-4 segundos, com destaque para a impressionante transformação do líder dos Autobots, Optimus Prime, que é nada menos que um caminhão cargueiro. Seus movimentos, seja num leve toque de mão ou em uma agitada seqüência de ação (que inclui as transformações em pleno movimento), são irretocáveis.




E como é ver máquinas gigantescas estrelando cenas de ação que atingem um nível de gigantismo nunca visto até então no cinema? Uma sensação de adrenalina constante. Nunca gostei de Michael Bay como diretor, pois ele sempre se limitou a fazer cenas de ação e negligenciar a trama, mas “Transformers: O Filme” é o filme perfeito para o cineasta, pois ninguém entende melhor de destruição em massa do que ele. Tudo bem, ele continua com aquela mania chata de abusar dos cortes rápidos em edição supersônica, deixando o espectador um tanto perdido perante tamanha confusão visual, mas essa característica é mais perceptível apenas no clímax, quando a tensão realmente tem que ser levada ao extremo ao espectador, por isso, é aceitável. Nota-se seu esforço em fazer deste seu melhor filme, o que ele consegue com sobras (e muitas sobras) e ainda arruma espaço para se auto parodiar na cena em que um jovem, vendo as arruaças dos robôs, corre com uma câmera e diz “isso é melhor do que Armageddon”.




Então se o intuito da produção é manter o clima sempre a mil, o objetivo é cumprido com primor. A cada momento somos surpreendidos com uma cena de ação mais impressionante que a outra. Logo no início, o ataque do Decepticon, Blackout, à base militar causa uma ânsia por tamanha brutalidade e, principalmente, pela perfeição dos detalhes. Acreditem, um robô gigante atirando veículos para todos os lados e explodindo tudo ao seu redor soa algo totalmente crível. Quando acontece a eletrizante perseguição entre Bumblebee e Barricade em seus modos veículos, o espectador (e, principalmente, se for fã) já está com o coração na mão, sentindo-se jogado na adrenalina do filme por completo. Quando chega ao clímax, quando todos os personagem mecânicos confrontam-se entre si (com direito ao confronto entre Optimus e Megatron), bem, já dá para ter uma idéia da emoção transmitida.




Claro que muitos críticos inconformados irão dizer que o roteiro é muito superficial, a história é boba, etc, etc. Mas afinal, em um filme sobre veículos que se transformam em robôs, queriam viagens à la Charlie Kauffman ou paranóias ao estilo David Lynch? A franquia sempre foi marcada pelo ar despretensioso, cujos maiores atrativos são mesmo as cenas de ação e os personagens pra lá de exóticos. Esse é um filme que não tenta esconder sua raiz de “filme pipocão”, até porquê seria muita audácia tentar disfarçar isso. Tudo bem que poderiam se aprofundar um pouco mais no conflito entre os Autobots e os Decepticons no planeta Cybertron (e não a desnecessária citação ao planeta Marte) antes de caírem na Terra. Porém, dentro do possível, o roteiro de John Rogers, Roberto Orci e Alex Kurtzman faz um trabalho correto, aproveitando muito bem os longos 144 minutos de duração, que parecem passar muito rapidamente, de tão contínuo que é o clima tenso.




O molde do roteiro é sim batido, mostrando o bem contra o mal com o mal à procura de algum 'material' que faça expandir mais ainda o mal...e tudo está nas mãos de um garoto, que tem uma série de guardiões do bem. Clichê? Sim, e muito! Mesmo assim, esse é o esqueleto da série oitentista, e o filme faz questão de resgatar muitos detalhes em homenagem aos fãs. Os 'leigos' certamente irão se divertir pelo espetáculo visual, mas os fãs irão sentir um prazer extra ao identificar uma série de referências escondidas. Dentre elas, até uma piadinha sobre o fato de Bumblebee não ser mais um fusca e ser transformado em um Chevrolet Camaro, por motivos de direitos autorais, fato que levou a indignação de muitos fãs. Isso, além de uma série de falas breves como o momento em que Witwicky exclama se os robôs foram produzidos no Japão (país onde os “Transformers” foram de fato inventados). Homenagens estão distribuídas aos montes, ideal para quem curte nostalgias.




Uma vertente fora muito bem abordada pelo roteiro: o humor. “Transformers” é um filme extremamente engraçado, de modo que durante toda a projeção acontecem tiradas cômicas bastante criativas, mas sem nunca cair o clima eletrizante. As tentativas de Bumblebee em seu modo carro de tentar juntar Sam com Mikaela e, principalmente, as cenas em que todos os Autobots tentam se esconder em um jardim de uma casa são de bolar de rir. Tipo de humor não apelativo, que só acrescenta ao ótimo produto final da obra. Como bom filme americano, e estreando em pleno 4 de julho (dia da independência dos EUA), ele não podia deixar de ter suas mensagens políticas, mas nada que se deva levar a sério. Pelo contrário, ele chega até a dar belas cutucadas na terra do Tio Sam, indagando a 'fábrica de verdades' que os EUA fazem, transmitindo ao resto do mundo forçadamente a imagem de país perfeito.




É claro que os fãs conhecedores de todos os personagens irão se incomodar com a aparição maior ou menor de alguns robôs (particularmente, achei que justo o líder Optimus Prime teve poucas chances de mostrar seu potencial em cena), mas isso faz parte em uma franquia superlotada de personagens (vide “X-Men”). Certo é que Bumblebee continua sendo o mais contagiante por seu jeito extrovertido e simpático, além de um exímio e fiel guerreiro. Outros aspectos interessantes também são visados pelo texto, como os paralelos entre a estupidez humana e a negligência dos Decepticons em almejarem guerras. Uma pergunta colocada pelo Autobot Ironhide chega até a ser pertinente: “será mesmo que vale a pena se sacrificar por uma raça tão medíocre e violenta como a dos humanos?”. Bom, pelo visto, a população ainda prefere ficar com a teoria de Optimus Prime, que “os humanos merecem uma chance, pois são seres ainda em evolução, com muito a aprender”. Será? Bom, pelo menos os realizadores do filme conseguiram transformar o sonho de muita gente em realidade, e isso é um belo sinal de evolução.




Sempre existirão aqueles que jamais dirão que um típico "filme pipoca" como "Transformers" é um filme de qualidade, tampouco um dos melhores do ano. Dentro de sua proposta, trata-se de um longa completo, com todos os ingredientes para agradar os que procuram um bom filme de ação e várias receitas extras para levar ao delírio os fãs. Michael Bay definitivamente surpreendeu, e que ele seja bem-vindo na continuação, que sem dúvidas será lançada. Que venham mais "Transformers" e novos personagens. Rodimus Prime (vulgo Hot Rod) seria uma boa opção!

Seqüestro de sul-coreanos não acelerará retirada de tropas do Afeganistão

O presidente da Coréia do Sul, Roh Moo-hyun, pediu neste sábado a libertação imediata de 18 cidadãos sul-coreanos seqüestrados na quinta-feira no Afeganistão, embora Seul tenha afirmado que retirará suas tropas desse país segundo o calendário previsto, no final deste ano.


"Os seqüestradores devem libertar os sul-coreanos sãos e salvos e o mais rápido possível", declarou Roh em um discurso transmitido pela televisão.


O presidente, que destacou que os reféns eram civis envolvidos em atividades humanitárias, declarou: "Civis inocentes não devem ser seqüestrados".

Os talibãs reivindicaram na sexta-feira o seqüestro de 18 jovens cristãos evangélicos sul-coreanos que viajavam de carro entre Cabul e Kandahar, cerca de 120 km ao sul da capital.

O presidente sul-coreano lembrou que os 200 militares sul-coreanos ainda presentes no Afeganistão não estavam envolvidos em combates, e sim dedicados a tarefas de saneamento e reconstrução.

Poucas horas antes, o ministro das Relações Exteriores, Song Min-soon, afirmou que a Coréia do Sul não tem a intenção de acelerar a retirada de seu contingente no Afeganistão, prevista para até o final do ano.

"O governo informou ao Parlamento no final do ano passado que o contingente de 200 soldados concluirá sua missão no Afeganistão e retornará até o final do ano", disse à imprensa Song Min-soon.

"Começamos os preparativos para efetuar essa tarefa (...) mas não se pode repatriar 200 pessoas da noite para o dia", acrescentou.

Song disse também que uma equipe de crise sul-coreana chegaria neste sábado a Cabul para ajudar na libertação dos reféns.

Os talibãs afirmaram neste sábado ter executado um dos dois reféns alemães em seu poder no Afeganistão, ao término do ultimato dado para o cumprimento de suas exigências, segundo um porta-voz dos extremistas.

As exigências eram a retirada dos 3.000 militares alemães presentes no Afeganistão e a libertação dos presos talibãs no país asiático.

No entanto, o Ministério das Relações Exteriores afegão afirmou neste sábado que um dos dois reféns alemães dos talibãs estava vivo e que o outro havia falecido, vítima de um ataque cardíaco.

"Segundo informações de organizações de segurança afegãs, um dos reféns morreu após uma crise cardíaca e o outro está vivo", declarou o porta-voz do ministério, Sultan Ahmad Baheen.

A notícia foi corroborada pelo ministro alemão das Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier.

O porta-voz dos talibãs, Yusuf Ahmadi, ressaltou que os insurgentes não haviam decidido ainda a sorte dos 18 sul-coreanos.

Os reféns partiram no dia 13 de julho para o Afeganistão para realizar "atividades evangélicas e tarefas voluntárias" em hospitais e lares de acolhida para crianças. Seu retorno estava previsto para segunda-feira, segundo informou sua igreja, a Comunidade Protestante Saem-Mul.

ckp/dm

Prazo para pré-conferências de saúde em Rio Claro está no fim

Quarta-feira, dia 25, termina o prazo para a realização de pré-conferências de saúde no município de Rio Claro. As reuniões são parte da 8a. Conferência Municipal de Saúde que a Fundação Municipal da Saúde e o Conselho Municipal da Saúde organizam para os dias 3 e 4 de agosto, no Sesi.


As pessoas e entidades interessadas em fazer pré-conferências devem ligar para 3522-3600, ramal 111. De acordo com levantamento feito por Cátia Cristina Chiarinoti, responsável pelos agendamentos, até o final da tarde de sexta-feira, 20, 58 pré-conferências tinham tido data marcada. "Destas, 50 já foram realizadas", observa.


A organização da Conferência Municipal de Saúde faz o acompanhamento das pré-conferências e oferece material de apoio, como lista de presença, regimento e outras orientações técnicas.


A Conferência Municipal de Saúde estará aberta a toda a comunidade. Na plenária serão analisadas e votadas as propostas apresentadas nas pré-conferências. Entre os bairros que fizeram pré-conferência estão o Cervezão, Mãe Preta, Bairro do Estádio, Jardim das Palmeiras e o Distrito de Ajapi.


"Queremos uma grande participação popular", afirma o presidente da Fundação Municipal de Saúde, Luiz Ângelo Albuquerque. A idéia também é compartilhada pela presidente do Conselho de Saúde, Ivete Costa Cipolla. "É uma oportunidade das pessoas contribuírem para melhorias num setor de grande importância para suas vidas", afirma.


Nas pré-conferências, além de apresentarem propostas que serão analisadas na plenária do dia 4, os participantes deverão eleger os delegados e suplentes que participarão da conferência. Os delegados eleitos são os representantes da comunidade com direito à voto na plenária, onde também votam os delegados natos, que são os membros titulares do Conselho Municipal de Saúde.


A conferência municipal é realizada a cada dois anos e seleciona propostas para serem encaminhadas à conferência estadual e, posteriormente, à nacional. Neste ano, o tema discutido é "Saúde e Qualidade de Vida: Política de Estado e Desenvolvimento".


Para facilitar as discussões, o tema foi dividido em três eixos: Eixo I - Desafios para a Efetivação do Direito Humano à Saúde, Eixo II - Políticas Públicas para a Saúde e Qualidade de Vida: o Sus na Seguridade Social e o Pacto pela Saúde, e Eixo III - A participação da Sociedade na Efetivação do Direito Humano à Saúde.


Outras informações sobre a 8A. Conferência Municipal de Saúde podem ser obtidas no telefone 3522-3600, ramal 155, com a presidente e demais membros do Conselho Municipal de Saúde.

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Bovespa recua e investidor embolsa lucro acumulado

Por Sueli CampoAgência Estado


Hoje o movimento na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) é inverso ao verificado ontem, quando os balanços das empresas do setor de tecnologia nos Estados Unidos puxaram para cima os mercados de ações mundiais. A Bolsa paulista abriu em baixa e caía 0,52%, aos 57.823, às 10h14, com os investidores embolsando os últimos ganhos. A Bovespa recua influenciada basicamente pelos índices futuros em Nova York, que são pressionados pelos balanços da Google abaixo do esperado e Microsoft em linha com as previsões, ambos divulgados ontem à noite.


Ontem, graças aos bons números de companhias como IBM, SAP, Juniper e Honeywell, o índice Dow Jones - termômetro da Bolsa de Nova York - fechou pela primeira vez na história acima dos 14 mil pontos. No Brasil, a Bovespa seguiu o ritmo e registrou seu 32º recorde no ano, ao encerrar em 58.124,6 pontos, com valorização de 0,99%.


Hoje a agenda é bem mais leve. Nos EUA, o presidente do Fed de St. Louis, William Poole, fala sobre o mercado de hipotecas de segunda linha (subprime), e prossegue a temporada de balanços. Já divulgaram resultados Caterpillar, cujas ações caíam 7% reagindo ao resultado ruim, e Citigroup. Na Europa, as bolsas também operam no vermelho, também repercutindo dados financeiros corporativos. Já na Ásia, a maioria das bolsas terminou a sexta-feira no terreno positivo, se ajustando ao encerramento recorde do Dow Jones ontem. As bolsas chinesas já estavam fechadas quando o governo anunciou aumento de 0,27 ponto porcentual do juro, com a intenção de frear o crescimento da economia e conter a inflação, e corte de 20% para 5% no imposto sobre o ganho com rendimento de depósitos bancários.


Mas a alta de juros na China não afetou os preços dos metais básicos na London Metal Exchange, que sobem. Essa valorização nas commodities metálicas pode ser o contraponto positivo do dia, sustentando as ações da Vale e das siderúrgicas, que ontem subiram forte. Hoje a Companhia Vale do Rio Doce informou comprou 51% de participação em empresa australiana de carvão por US$ 90 milhões. No começo do dia, as ações ordinárias da Vale operavam em queda, enquanto as preferenciais classe A tinham leve alta.


Destaques


As ações das companhias aéreas brasileiras devem continuaram no foco, com notícias de que o avião da TAM voava com problema no reverso, parte dos sistemas de freio. As ações da empresa recuava quase 3% na abertura - segunda maior baixa da Bovespa.
Os papéis da Vivo devem repercutir o balanço da empresa. A companhia de telefonia móvel registrou prejuízo de R$ 112,8 milhões no segundo trimestre, com queda de 77,1% sobre igual intervalo do ano passado. No início dos negócios, as ações da Vivo lideravam as perdas da Bolsa paulista (-3,34%)


A semana termina com duas estréias na Bovespa, o Frigorífico Minerva, terceira empresa do setor a abrir capital, e o Banco da Patagônia, da Argentina, com o lançamento dos certificados de depósito de ações (BDRs - Brazilian Depositary Receipts).

Prejuízo da Vivo encolhe 77% no 2o trimestre

Por Alberto Alerigi Jr.


SÃO PAULO (Reuters) - A Vivo, maior operadora de telefonia celular do país em número de usuários, divulgou nesta sexta-feira queda de 77 por cento no prejuízo do segundo trimestre, para 112,8 milhões de reais, apoiada por aumento de receitas e redução de provisões para dívidas não pagas por clientes.


A companhia registrou no segundo trimestre uma provisão para devedores duvidosos (PDD) de 101,2 milhões de reais, queda de 70,1 por cento em relação ao mesmo período de 2006, quando tinha sido de 338,7 milhões de reais.


"Este resultado demonstra o rígido controle realizado sobre os novos clientes adquiridos nas campanhas de final de ano e sobre a carteira em cobrança", informou a Vivo em comunicado ao mercado.


A receita líquida cresceu 16,3 por cento na mesma base de comparação, para 3,021 bilhões de reais, impulsionada por crescimento de 21,2 por cento no faturamento de serviços, enquanto a receita com aparelhos caiu praticamente 10 por cento.


A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) somou 634,2 milhões de reais no trimestre passado, mais que o dobro do obtido um ano antes (306,3 milhões de reais).


A operadora encerrou o trimestre passado com 30,24 milhões de assinantes, avanço de 6 por cento sobre os três meses encerrados em junho do ano passado e de 4,2 por cento sobre o período de janeiro a março de 2007.


A receita média por usuário (Arpu, na sigla em inglês) foi de 29,9 reais, crescimento de 24,1 por cento sobre o segundo trimestre de 2006, mas queda de 0,3 por cento em relação os primeiros três meses de 2007.

IGP-M sobe 0,19% na segunda medição de julho, aponta FGV

RIO - O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) apurou alta de 0,19% na segunda medição de julho, conforme pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgada nesta sexta-feira. Em período correspondente de um mês antes, havia subido 0,26%. No ano, o indicador avançou 1,66%. Em 12 meses, a expansão foi de 3,91%.

Na segunda parcial de julho, o Índice de Preços ao Atacado (IPA), que representa 60% do índice geral, aumentou 0,14%, depois de variação positiva de 0,05% em intervalo semelhante de junho. Os produtos agrícolas avançaram 1,13%, acelerando o ritmo de crescimento ante a segunda prévia do sexto mês deste ano, quando viram acréscimo de 0,20%. Os produtos industriais cederam 0,17% após estabilidade.

Dois dos três estágios de produção nos quais os componentes do IPA são divididos viram deflação. Os Bens Finais recuaram 0,04%, queda essa menos acentuada do que a anotada no segundo decêndio de junho, de 0,16%. Essa aceleração foi reflexo do comportamento dos alimentos processados (-0,08% para 2,05%).

Bens Intermediários declinaram 0,10%, invertendo a direção tomada na segunda leitura de junho, de alta de 0,34%, por causa do movimento do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, que diminui a tendência de expansão (1,59% para 0,08%).

As Matérias-Primas Brutas, por sua vez, abandonaram o território negativo registrado no segundo levantamento de junho, de 0,23%, para apresentarem agora elevação de 0,87%. Os itens agropecuários que contribuíram para este incremento foram bovinos, mandioca e aves.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que responde por 30% do indicador cheio, assinalou 0,29% de alta na segunda medição de julho, contra avanço de 0,22% na parcial de junho. Os grupos Alimentação, Vestuário e Educação, leitura e recreação, além de Despesas Diversas, ajudaram no progresso do indicador. Nestas classes de despesa, os destaques foram laticínios (4,30% para 7,53%), calçados (-0,01% para 1,31%), excursão e tour (-2,06% para 3,29%) e cigarros (0,54% para 1,43%), respectivamente, salientou a FGV.

O Índice Nacional do Custo da Construção (INCC), representativo de 10% do IGP-M, aumentou 0,25% depois de um acréscimo de 1,71% na segunda medição de junho. Materiais e Serviços cresceram 0,38% no segundo decêndio de julho, expansão essa menos acentuada do que a vista no mês anterior, de 0,60%. O indicador relativo ao custo da Mão-de-Obra ampliou-se em 0,10%, bem inferior aos 2,95% de período equivalente do sexto mês deste ano.

O segundo decêndio do IGP-M de julho compreendeu o intervalo entre os dias 21 do mês anterior e 10 do mês de referência.

Quarteto aceita reunião internacional

Conferência para o Médio Oriente, proposta por George W. Bush, terá lugar em Setembro.

O Quarteto para a Paz no Médio Oriente decidiu apoiar o plano norte-americano para reanimar o processo de paz entre Israel e Palestina. Esta foi a principal conclusão da reunião de quinta-feira, em Lisboa. Sabe-se agora que a conferência internacional para o Médio Oriente, proposta por George W. Bush, terá lugar em Setembro, em local a anunciar, em simultâneo com a reunião da assembleia-geral das Nações Unidas.


No final do encontro, o Primeiro-ministro português ofereceu um jantar aos participantes, no Centro Cultural de Belém. Mas antes, José Sócrates fez um balanço da reunião.


Presente pela primeira vez numa reunião do Quarteto, Tony Blair acabou por ser a vedeta da conferência de imprensa final.


«Os primeiros passos serão ir ouvir as pessoas, absorver aquilo que tiverem para me dizer, reflectir sobre isso e depois de uma primeira ronda de contactos irei voltar à região durante períodos significativos de tempo para garantir que a intensidade e o enfoque na resolução das questões existe. Irei tentar criar condições para que a paz se possa tornar uma realidade. Actualmente, neste preciso momento, estou sobretudo aberto a ouvir as pessoas. Essa é a minha atitude inicial, e depois, mais tarde, espero poder apresentar algumas propostas», referiu o representante do Quarteto.


Na próxima segunda-feira, e já na qualidade de enviado especial do Quarteto para o Médio Oriente, Tony Blair inicia a primeira visita a Israel e à Cisjordânia. O objectivo é escutar os Governos locais e preparar uma agenda política e económica para apoiar a criação de um Estado palestiniano. Sem esquecer o apoio humanitário às populações da Faixa de Gaza, mais isoladas que nunca, após a tomada do poder do movimento islâmico Hamas.


A próxima reunião do Quarteto para a Paz no Médio Oriente está marcada para Setembro.

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Paz para Médio Oriente debatida em Setembro


PATRÍCIA VIEGAS



Blair promete "ouvir e dialogar" antes de fazer propostas




Paz para Médio Oriente debatida em Setembro
O Quarteto para o Médio Oriente (ONU, EUA, Rússia e UE), que ontem se reuniu em Lisboa, apoia a iniciativa do Presidente George W. Bush para a realização de uma conferência internacional sobre o processo israelo-palestiniano. A iniciativa ocorrerá em Nova Iorque, em Setembro, à margem da Assembleia Geral da ONU, como revelou, no Cairo, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Egipto.



Esse é também o mês em que, segundo a declaração final do Quarteto, o seu novo enviado, Tony Blair, vai apresentar uma estratégia para desenvolver a economia palestiniana e criar instituições capazes de viabilizar um futuro estado. "Os meus próximos passos são ir ao terreno, ouvir, dialogar e, mais tarde, farei uma proposta sobre o caminho a seguir para criar condições para uma solução de dois Estados", disse o ex-primeiro-ministro britânico, saudando o facto de Bush ter renovado, na segunda-feira, o seu compromisso com aquela solução.



Blair parte agora para o Médio Oriente, com a convicção de que "não há no mundo outro problema mais importante para resolver". Admitindo ter perfeita noção do "cepticismo que existe ", recordou a sua experiência na Irlanda do Norte.



O Quarteto apoiou ainda o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, e as suas conversações com o primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, mas apelou às duas partes para que cumpram as obrigações contidas no Road Map. Isto significa que a expansão de colonatos judaicos seja congelada e que a violência contra Israel termine.



Já a secretária de Estado norte-americana reiterou as promessas de ajuda financeira à Autoridade Palestiniana, que, desde há um mês, controla apenas a Cisjordânia, enquanto a Faixa de Gaza é dominada pelo Hamas, que não reconhece Israel. A posição de Condoleezza Rice foi subscrita pela UE, que apelou à ajuda humanitária para a Gaza. Nomeadamente através das agências da ONU.



Nesta reunião, que serviu para tentar dar um novo impulso ao processo de paz, o Quarteto reconheceu ainda a importância da Iniciativa de Paz Árabe, apresentada pelos sauditas. A proposta de Riade será apresentada a Israel no dia 25. Uma semana depois, Rice reúne-se, em Sharm el-Sheikh, com o Egipto, Jordânia e os seis países do Golfo (Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Koweit, Qatar, Bahrein e Omã) para discutir a agenda da conferência de Setembro.



Na reunião do Quarteto, participaram, além de Blair, Rice e Solana, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguei Lavrov e a comissária para as Relações Externas, Benita Ferrero-Waldner, que se juntaram a Luís Amado.

Avião da TAM estaria com problemas técnicos na turbina direita

Do Diário OnLine



O Airbus A320 da TAM, prefixo NDK, que na noite de terça-feira chocou-se com o terminal de cargas da mesma companhia, estaria com defeito desde o dia 13 de julho, segundo informações do Jornal Nacional.


O presidente da TAM, Marco Antônio Bologna, teria confirmado que a aeronave apresentou uma falha na turbina e estava operando com reversor direito desligado.


De acordo com a explicação de Bolonga, a fabricante do Airbus recomenda que o defeito na turbina seja revisado após dez dias de ter sido constatado. Dentro deste prazo, o avião poderia voar normalmente.


Agora, os peritos responsáveis pela investigação das causas do acidente devem avaliar se os procedimentos de revisão aplicados pela TAM e pela fabricante do Airbus são falhos e teriam colaborado para o acidente.


Ainda de acordo com informações do Jornal Nacional, o mesmo avião que se chocou com o prédio da TAM na terça-feira, teria enfrentado dificuldades para frear na pista de Congonhas, no dia anterior ao acidente.


Fontes da Aeronáutica informaram que a aeronave teria pousado muito além do limite da pista. O piloto teria inclusive alertado a torre de comando de que a pista estava escorregadia.


Contradição – No dia seguinte ao acidente, o presidente da TAM declarou, em entrevista coletiva, que o Airbus A320 estava operando em “perfeitas condições”.


Marco Antônio Bologna ainda afirmou que a aeronave possuía 26 mil quilômetros de vôo e estava "em boas condições de manutenção", sem nenhum histórico de problemas técnicos.

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Militar contraiu aids em missão de paz no Haiti

O Exército confirmou nesta terça-feira o primeiro caso de um militar brasileiro que contraiu o vírus HIV na missão de paz comandada pelo Brasil para reconstruir o Haiti. Uma nota divulgada pela assessoria de imprensa do Exército afirma que a contaminação foi detectada durante a realização de exames médicos e psicológicos na tropa para a desmobilização dos militares que retornaram ao Brasil. Ainda segundo o comunicado, não foi possível precisar como o contágio foi feito. Para preservar a privacidade do militar, o nome dele não foi divulgado.

As Forças Armadas também não confirmaram a patente do militar do paciente. A permanência dele no Exército ainda é uma incógnita: ele poderá continuar em suas atividades, ir para a reserva ou ser reformado. Novos exames médicos estão sendo realizados antes de se decidir o futuro do militar. O assunto tem sido tratado com tanto cuidado que os integrantes brasileiros da missão no Haiti recusaram-se a confirmar a história.

Encampada pela Organização das Nações Unidas (ONU), a missão de paz no Haiti sempre foi comandada pelo Brasil. Ela começou a operar em junho de 2004 para tentar estabilizar o país após a revolta que levou à queda do presidente Jean-Bertrand Aristide. A missão é formada por 6.700 militares, 1.622 policiais e cerca de 1.700 civis. Além do Brasil, outros 19 países integram a missão – dentre os quais, os Estados Unidos, o Canadá, a França e a Argentina. Dados da ONU mostram que o problema do Haiti está longe de ser apenas político. Segundo a entidade, 6% da população do país está contaminada pelo vírus da Aids.

Da Agência O Globo

Meninas goleiam Equador por 10x0

Futebol


A seleção feminina de futebol fez a maior goleada da huistória de Pan-Americanos e passou para as semifinais. O time deu um show e humilhou a fraca seleção do Equador por 10 a 0. Foi a terceira goleada seguida do Brasil na competição.


Os grandes destaques da partida foram Marta, considerada a melhor jogadora do mundo, e Cristiane, com quatro gols cada uma. Daniela Alves e Pretinha marcaram mais um cada uma.
Nos dois primeiros jogos da fase classificatória, o Brasil venceu o Uruguai por 4 a 0 e depois a Jamaica por 5 a 0.


O primeiro gol veio logo aos nove minutos do primeiro tempo com Cristiane de cabeça. Aos 18min, um golaço de Daniela Alves abriu o caminho para a goleada. Elaine cruzou da linha de fundo para Daniela ,na entrada da área, chutar de voleio sem defesa para a goleira equatoriana, Carla Wray.


No fim do primeiro tempo, o Brasil já marcava 5 a 0.


Criatiane ainda fez outro golaço (o sexto do Brasil), aos dois minutos do segundo tempo, quando chutou de longe, de fora da área, e encobriu Carla Wray.


No segundo tempo principalmente, o Equador já quase não coseguia tocar na bola e o Brasil administrava a goleada tocando a bola no campo adversário.


Fonte: Agência O Globo

Fabrício Mafra: “Estou nas nuvens”

Jogos Pan-americanos/Levantamento de Peso

Rio de Janeiro (RJ) - Medalhista de bronze na disputa até 105kg do levantamento de peso e responsável por quebrar um jejum brasileiro na modalidade de 12 anos, o mineiro Fabrício Mafra parecia não acreditar na sua conquista durante a entrevista coletiva que concedeu. Estreante em disputas de Pan, ele ficou atrás apenas do cubano Joel Mackenzie e do argentino Pedro Stetsiuk


“Não estou acreditando que ganhei. Estou nas nuvens”, comentou o atleta, que é natural da cidade mineira de Viçosa. “Não tive uma boa preparação, pois moro em Minas e só me juntei à seleção, que treina em São Paulo, há dois meses”, justificou o atleta.


Principalmente devido a esse seu esforço, o atleta mereceu elogios do técnico Edmílton Dantas, justamente o dono da última medalha do Brasil em Jogos Pan-americanos. "O Fabrício se esforçou bastante, pois ele trabalha e mora em Minas Gerais e realiza o treinamento que mandamos para ele de São Paulo. Ele só conseguiu se juntar à seleção há dois meses e mostrou muita garra para conseguir esta medalha", valorizou Edmílson.

Morando em Minas Gerais, Fabrício Mafra ainda teve que superar outros problemas para conseguir se tornar um medalhista pan-americano. "Se tem alguém nesta seleção que merecia esta medalha, este garoto é o Fabrício. Ele largou tudo para se dedicar a este Pan. Ele é de família rica e o pai é contra ele levantar peso, mas mesmo assim ele correu atrás do seu sonho. Além disso, ele competiu com o dedo fraturado na final. Estou chorando até agora de alegria", revelou Dragos Stanica, técnico da seleção feminina, mas que acompanhou de perto todas as competições do masculino.

Elogiado, o mineiro de Viçosa também retribuiu as palavras dos dois treinadores. "Depois da última medalha do Brasil (em Mar del Plata, 1995), o levantamento de peso deu uma caída, mas nos últimos anos vem crescendo novamente. O Edmílson e o Dragos têm feito um trabalho excelente com a gente", ressaltou o atleta, de 25 anos.

Ele concedeu entrevista com uma faixa preta de luto no braço, devido ao acidente com o vôo da TAM JJ 3054 em São Paulo. “É claro que a gente fica triste e se solidariza com as famílias, ainda mais porque havia acontecido outro acidente aéreo no ano passado”, comentou Mafra, visivelmente emocionado.

Natação brasileira garante 1a dobradinha no Pan com Kaio e Manga

Por Camila Moreira


RIO DE JANEIRO (Reuters) - A natação brasileira conseguiu na quarta-feira sua primeira dobradinha nos Jogos Pan-Americanos com Kaio Marcio e Gabriel Mangabeira, e terminou o dia com sete medalhas, sendo três de ouro.


Depois de dois ouros no primeiro dia de finais, na terça-feira, o Brasil agora empata com os Estados Unidos no quadro de medalhas da modalidade, cada um com cinco medalhas douradas. No total, os norte-americanos têm 13 e o Brasil, nove.


Os 100 metros borboleta foi responsável por levar ao pódio do Parque Aquático Maria Lenk dois nadadores brasileiros. A prova foi apertada, e Kaio Márcio só conseguiu a vitória nos 50 metros finais, com 52s05. Já Gabriel Mangabeira, o "Manga", fez 52s43 para garantir a prata, ficando à frente do venezuelano Albert Subirats, com 52s78.


A marca de Kaio ainda quebrou o recorde pan-americano da prova, que era de 52s54.


"Errei a primeira braçada depois da virada, mas depois consegui me recuperar. Deve ter sido na volta que garanti a medalha", explicou Kaio, comemorando muito o pódio duplo.


"A dobradinha foi muito boa, foi uma prova muito boa para o Brasil. A gente está melhorando, essa é a melhor seleção de todos os tempos", comemorou.


Para Mangabeira, "foi talvez uma das provas mais difíceis de chegar ao pódio, e colocar dois brasileiros lá é sensacional. Os resultados que a natação está tendo não são uma surpresa, quem está no dia-a-dia sabe da capacidade, que a natação brasileira está evoluindo", afirmou ele. O nadador ainda garantiu o índice para a Olimpíada de 2008 em Pequim, o que Kaio já havia conseguido.


"Agora é estudar o calendário do ano que vem. Já está marcado, nos 100 metros borboleta a gente quer medalha. Ano olímpico é ano especial", completou ele, fazendo uma promessa.


"Tenho certeza que vai ser a melhor Olimpíada, não pode acontecer como na outra, de ficarmos sem medalha."


As outras medalhas douradas do dia saíram para César Cielo, nos 100 metros masculino, e Rebeca Gusmão, nos 50m livre, responsável por acabar com o tabu de nenhuma brasileira ter jamais conquistado um ouro na história da modalidade nos Pans. Ambos os atletas marcaram também recordes pan-americanos.


No primeiro dia de finais, na terça-feira, Thiago Pereira subiu ao lugar mais alto do pódio nos 400m medley e o revezamento 4 x 200m livre também levou o ouro.


"Era o que eu esperava. Desde ontem nas semifinais consegui soltar bem, vi que estava com vantagem para os adversários e deu certo", disse Cielo.


As outras medalhas foram de bronze: Armando Negreiros, nos 400m livre; Gabriella Silva, nos 100m borboleta; e o revezamento 4 x 200m livre feminino, composto por Tatiana Lemos, Monique Ferreira, Manuella Lyrio e Paula Baracho.

IR, IPI e CPMF puxam arrecadação recorde do semestre

Por Adriana Fernandes e Renata Veríssimo


Agência Estado A arrecadação da Receita Federal do Brasil no primeiro semestre deste ano foi puxada pela expansão da arrecadação do Imposto de Renda (11,45%), do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de 12,88%, da CPMF (11,32%) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), de 12,75%. A arrecadação no período de janeiro a junho, bateu recorde e atingiu R$ 282,433 bilhões, com crescimento de 10,02%.


A arrecadação do Imposto de Renda total (Pessoa Física e Pessoa Jurídica) atingiu R$ 77,538 bilhões, ante R$ 67,447 bilhões registrados em igual período do ano passado. A arrecadação do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) apresentou um crescimento real de 31,77%, e a do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), de 13,98%.

Queda de bolsas contrabalança fluxo e dólar fecha estável

Por Silvio Cascione


SÃO PAULO (Reuters) - O fluxo cambial positivo ameaçou descolar o dólar do pessimismo das bolsas de valores, mas a forte queda das ações pesou e fez a moeda norte-americana fechar estável nesta quarta-feira.


A divisa encerrou a 1,861 real mas, durante os negócios, chegou a ser vendida a 1,853 real no pregão à vista da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). O dólar subiu em apenas duas das 13 sessões de julho, mês em que acumula baixa de 3,58 por cento.


"Teve entrada de divisas, e o dólar caiu por conta desse fluxo. Agora se recuperou por conta do ambiente lá fora, que é bem ruim", disse Jorge Knauer, gerente de câmbio do Banco Prosper, no Rio de Janeiro.


As bolsas de valores nos Estados Unidos caíam em meio à preocupação com o crédito imobiliário de risco. O temor aumentou com o comentário do chairman do Federal Reserve, Ben Bernanke, de que os problemas no setor podem afetar a recuperação esperada no crescimento econômico norte-americano.


Sidnei Moura Nehme, diretor-executivo da NGO Corretora, acrescentou em relatório que há recuperações pontuais na cotação do dólar devido a ajustes de posições e a uma diminuição da oferta por parte dos exportadores, que evitam vender com uma cotação muito baixa da moeda norte-americana.


Esse movimento, porém, é "ocasional e não sustentável", acrescentou.


Além disso, dados do Banco Central apontam que o fluxo cambial sofreu uma diminuição no mês, ficando positivo em 1,446 bilhão de dólares nos primeiros dez dias úteis de julho, ante 7,821 bilhões de dólares no mesmo período do mês anterior.


O BC comprou dólares no mercado à vista na última hora de negócios. Na operação, o BC definiu corte a 1,8605 real e aceitou, segundo operadores, ao menos 13 propostas.


Após o fechamento, o mercado mantém a atenção sobre a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). A expectativa de investidores é de um novo corte de 0,50 ponto percentual da taxa básica de juro.


A decisão, já precificada, deve ter pouca repercussão sobre o dólar, disseram analistas. Miriam Tavares, diretora de câmbio da AGK Corretora, disse porém que uma possível indicação sobre as futuras decisões pode ter influência sobre os negócios.


"O que pode ter algum reflexo é o placar... Se ele apontar mais para 0,25 ponto (percentual de corte na próxima reunião), o mercado pode reagir um pouco negativamente", afirmou Miriam.
(Com reportagem adicional de Vanessa Stelzer)

Após manhã tumultuada, situação melhora em Congonhas

No País, de 551 vôos, 88 sofrem atrasos superiores a uma hora e 94 são cancelados

SÃO PAULO - Após um início de manhã tumultuado, conseqüência do acidente com o vôo 3054 da TAM, ocorrido na noite de terça-feira, 17, a situação começa a se normalizar nos aeroportos do País. Da zero hora até 9h20, de um total de 551 vôos, 88 sofreram atrasos superiores a uma hora e 94 foram cancelados, segundo a Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero). A pior situação foi registrada no Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, situado próximo ao local da queda do avião. O aeroporto abriu excepcionalmente às 6h27 e está funcionando apenas com a pista auxiliar, mesmo assim com restrições.



A empresa aérea BRA informou, em comunicado, que os vôos com operações de aterrissagem e decolagem previstas a partir do aeroporto de Congonhas nesta quarta-feira vão operar no Aeroporto Internacional Governador André Franco Montoro, em Cumbica, Guarulhos.



O Aeroporto de Cumbica funcionou normalmente nesta manhã, de acordo com a Infraero. Apesar do aumento no movimento de passageiros por causa do acidente ocorrido em Congonhas, Cumbica não fechou nenhuma vez e não houve restrições nas operações. Desde a zero hora até 8 horas, dos 60 vôos programados, apena três sofreram atrasos superiores a uma hora. Nenhum vôo foi cancelado.



O governo comunicou que decidiu suspender as obras do Aeroporto de Guarulhos em São Paulo, prevista para este mês, e só vai retomá-las em 2008. O objetivo é não sobrecarregar o aeroporto depois do acidente aéreo em Congonhas.



No Rio, o Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, funcionava normalmente, com seis pousos apresentando atrasos. Apenas uma chegada havia sido cancelada. Duas decolagens estavam atrasadas e quatro deles foram cancelados. Santos Dumont, também no Rio, operava tanto para pousos e decolagens. No início da manhã, apenas os pousos estavam autorizados, mas a assessoria de imprensa da Infraero não soube explicar os motivos. A partir das 7 horas, houve três decolagens e uma aterrissagem. Na tarde de terça, o Santos Dumont ficou fechado em razão de um incêndio que atingiu uma obra do recém-inaugurado Terminal Dois. Não foi informada a existência de vítimas.



Em Brasília, foram registrados dois vôos cancelados, um de partida e outro de chegada. Dois pousos estavam fora do horário. No Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, em Curitiba, a situação estava mais complicada: dos 29 vôos previstos entre a meia-noite e as 9 horas, seis foram cancelados e seis estavam com atraso superior a uma hora.



O Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, interior de São Paulo, recebeu, entre 19h35 de terça e 9 horas desta quarta, 12 vôos que deveriam chegar ao aeroporto de Congonhas, mas desviaram a rota por causa do acidente. Ao menos 880 passageiros desembarcaram no interior e foram levados para a capital em 23 ônibus ou vans disponibilizados pelas companhias aéreas.




(Colaboraram Téo Takar, da Agência Estado, Tânia Monteiro, do Estadão, e Solange Spigliatti e Paulo Zulino, do estadao.com.br.)

Cabo da BT condenado por corrupção

Pelo Tribunal da Maia, que absolveu um sargento-ajudante da mesma corporação, co-arguido no processo

O Tribunal da Maia condenou esta quarta-feira a cinco anos de prisão um cabo da Brigada de Trânsito (BT) da GNR, por corrupção passiva, absolvendo um sargento-ajudante da mesma corporação, co-arguido no processo.


Três empresários acusados de solicitar favores aos militares foram condenados, no âmbito do mesmo processo, a penas entre 10 meses e um ano e meio de prisão, suspensas por dois anos.
Um quarto empresário foi condenado ao pagamento de uma multa.


O colectivo judicial da Maia admitiu que a condenação possa «cair» caso vingue um recurso de um dos arguidos para obter a nulidade das escutas telefónicas, que sustentaram, em grande parte, a convicção do tribunal.


Em causa estão várias situações, ocorridas ao longo de 2002 e 2003, envolvendo o cabo e o sargento-ajudante do subdestacamento da Maia da GNR-BT, que estavam acusados de fazer desaparecer processos por infracções de trânsito.


Os empresários co-arguidos eram os beneficiários deste esquema que chegou ao ponto de um dos agentes da BT inventar uma infracção grave e prometer saná-la a troco de um emprego para um familiar.


Nos casos de infracções reais, os militares utilizavam documentos falsos para encobrir a identidade de infractores ou para corroborar identidades falsas fornecidas.


O tribunal deu como provado que, em pelo menos dois desses casos, foram utilizadas fotocópias de documentos apreendidos a imigrantes ucranianos.


Outra acusação dada como provada envolveu um empresário que tinha pendente um mandado de detenção e que, a conselho de um dos militares arguidos, deu a identidade de um irmão, quando foi interceptado pela PSP de Braga.


Provado ficou igualmente que um dos industriais escapou a uma penalização por conduzir com a carta de condução apreendida, a troco de 500 euros.


Como não tinha o título de condução, argumentou que o apresentaria mais tarde no subdestacamento da Brigada de Trânsito da Maia, mas o conluio com o cabo agora condenado permitiu-lhe que levasse apenas uma cópia e não mencionasse que o original estava apreendido.


O tribunal não reuniu prova de outra situação, relacionada com o alegado extravio propositado de um tacógrafo, que alegadamente assinalava mais tempo de condução do que o permitido.


Vários militares da GNR foram detidos, nos últimos meses, acusados de corrupção quer no âmbito de acções de fiscalização, quer de actividades ilegais relacionadas com jogos de fortuna e azar.


Só no Subdestacamento de Albufeira foram detidos, em 2006, 19 militares acusados de corrupção.

terça-feira, 17 de julho de 2007

Selic deve cair de 12% para 11,5%

Letícia Casado

Do Diário do Grande ABC

A taxa básica de juros, a Selic, deve cair meio ponto percentual, para 11,5% ao ano, na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária). E o brasileiro vai sentir o impacto no bolso: devem baixar os juros cobrados nos financiamentos.


“A queda da Selic vai reduzir custo do crédito e aumentar o nível de emprego. Vai estimular os investimentos das empresas, as vendas no varejo e na indústria”, aponta Pedro Raffy, professor de economia brasileira da Trevisan Escola de Negócios.


Quanto maior o corte, melhor para o consumidor – desde que o corte seja sustentável e não gere inflação.


O problema em arrochar a taxa básica de juros é o receio do descontrole da inflação no País. Se a demanda fica maior do que a oferta, os preços disparam, e a taxa precisa ser elevada para conter a demanda.


Todos os economistas ouvidos pelo Diário apostam na redução da Selic para 11,5%. Para a LCA Consultoria, Banco Fibra, Trevisan e os economistas consultados pela pesquisa Focus do Banco Central, o Copom manterá esse ritmo.


Para as instituições, apesar de alguns fatores estarem mexendo com os ânimos do cenário doméstico, ainda há espaço para reduzir a taxa sem provocar efeitos negativos na economia.


Entre eles, estão as oscilações dos mercados norte-americano e europeu, a alta nos preços dos alimentos no País e o aumento da utilização da capacidade instalada na indústria.


Este último indicador poderia sinalizar queda na produção no curto prazo – o que leva à inflação.
O Banco Fibra disse em nota que os riscos do atual ritmo de expansão da demanda doméstica sobre a dinâmica inflacionária no médio prazo ainda são pequenos.


“Investimentos e importações têm contribuído para expandir a oferta de forma a suprir a ampliação da demanda e evitar maiores impactos sobre os preços”, destaca o Banco Fibra.


Na contramão deste grupo está o Banco Fator de Investimentos; a entidade mantém projeção de corte de 0,25 p.p.


José Francisco Lima Gonçalves, economista-chefe do Banco Fator, não vê diferenças no curto prazo seja com corte de 0,25 ou 0,50. Segundo ele, nem inflação ou câmbio serão afetados. “Pode dar uma acalmada na bolsa, mas não acho que será muito forte”, diz. A decisão será anunciada na quarta-feira.


Aposta de especialistas é em queda de meio ponto


Daniel TrielliSucursal Diadema


Previsível e conservadora. Na opinião das lideranças empresariais da região, são as duas palavras que devem definir a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) sobre a taxa básica de juros a ser feita nesta quarta-feira.


Tanto representantes do Ciesp e da Fiesp (respectivamente o Centro e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) acreditam que o Copom vai cortar a taxa Selic em 0,5 pontos percentuais. “Como foi feito da última vez e como está sendo previsto por especialistas”, diz o diretor da regional da Fiesp em Diadema, Rinaldo Dini. “Essa variação está até conservadora. A inflação não só está contida, mas também não há indicativo que ela volte. ”


Walter Bottura Júnior, diretor-adjunto do Ciesp Diadema, compartilha a opinião. “Mais uma vez vai ser reduzido em meio ponto”, aposta. “É óbvio que os empresários que seria um ou um e meio. Mas não interrompendo a tendência de queda, menos mal.”

Abuso sexual não é só problema católico, diz Vaticano

Por Philip Pullella


CIDADE DO VATICANO (Reuters) - A pedofilia não é um problema só da Igreja Católica, e outras instituições precisam reconhecer e combater tal "perversidade" em suas fileiras, disse o Vaticano na terça-feira.


O padre Federico Lombardi, porta-voz da Santa Sé, disse também que o acordo entre a arquidiocese de Los Angeles e vítimas de abusos sexuais, envolvendo o valor recorde de 600 milhões de dólares, é uma tentativa de "fechar um capítulo doloroso e olhar para frente."


"A Igreja está acima de tudo claramente machucada pelo sofrimento das vítimas e de suas famílias, pelas profundas feridas causadas pelo grave e indesculpável comportamento de alguns de seus membros", disse Lombardi.


"Ela decidiu se comprometer por todos os meios a evitar uma repetição de tal perversidade", afirmou ele, acrescentando que agora há "uma política de prevenção e criação de uma atmosfera ainda mais segura para crianças e jovens em todos os aspectos dos programas pastorais."


Lombardi reafirmou uma posição adotada no passado por outros líderes eclesiásticos --de que outras religiões e instituições também deveriam lidar com a pedofilia de forma tão aberta quanto a Igreja Católica se viu obrigada devido aos escândalos recorrentes.


"O problema do abuso da infância e da sua proteção adequada certamente não diz respeito apenas à Igreja, mas também a outras instituições, e é correto que estas tomem as decisões necessárias também", afirmou o padre, segundo quem a Igreja pretende ser "um protagonista na luta contra a pedofilia."


O acordo de sábado em Los Angeles envolve 508 supostas vítimas, em casos que remontam à década de 1940. Graças à solução, o cardeal Roger Mahony será poupado de depor no processo que começaria na segunda-feira. A negociação para o acordo levou quatro anos e meio.


Em 2003, a arquidiocese de Boston havia feito um acordo para indenizar 550 pessoas com 85 milhões de dólares. O então arcebispo Bernard Law foi forçado a abdicar.


Além dos abusos propriamente ditos, há evidências de que líderes eclesiásticos protegiam os padres pedófilos, transferindo-os para paróquias menores ao invés de afastá-los e denunciá-los.


Em sua entrevista à Rádio do Vaticano, Lombardi falou dos "sacrifícios" que o acordo imporá à arquidiocese de Los Angeles, que terá de vender seu patrimônio imobiliário, inclusive a sede do arcebispado, e recorrer a seguradoras e a várias ordens católicas.


Eleito em 2005, o papa Bento 16 adota uma postura mais rígida sobre os casos de abuso sexual do que seu antecessor, João Paulo 2o.


Em 2006, o novo papa puniu o reverendo Marcial Maciel Degollado, de 86 anos, fundador da ordem conservadora Legionários de Cristo, que era acusado de ter cometido abusos sexuais contra meninos há várias décadas.

Atrás de apoio, Renan vira até corretor no Senado

Agencia Estado


Na tentativa de evitar a cassação, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), virou até ?corretor? para agradar colegas. No sábado, ele telefonou para Cristovam Buarque (PDT-DF) e ofereceu uma sala bem mais ampla e melhor no Senado. Eleito em 2002, o pedetista já tentou, ao menos duas vezes, mudar de gabinete, sem sucesso. Mas Cristovam não quis o gabinete, cujo dono era o adversário político Joaquim Roriz (PMDB-DF), que renunciou para escapar de processo por quebra de decoro.

A distribuição de ?agrados?, avaliam senadores, já faz parte da tática de Renan de evitar eventual cassação na votação secreta em plenário. Nos últimos dias, o peemedebista reviu a estratégia de adiar seu processo no Conselho de Ética.

Na quinta, ele havia articulado com objetivo de deixar para agosto, após o recesso, pedido do Conselho para a Polícia Federal aprofundar investigações sobre recibos de venda de gado apresentados pelo próprio senador. A Mesa se reúne hoje para tratar do assunto; ainda é possível, avaliam senadores, que algum senador peça vistas ao pedido e adie a decisão.

Ontem, um mês e meio após o início das acusações, Renan decidiu se considerar impedido de qualquer iniciativa ligada a seu processo. Ele informou ao presidente do Conselho, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), que quem responde agora sobre seu processo é o 1º vice-presidente, Tião Viana (PT-AC). Ao mesmo tempo, telefonou para integrantes da Mesa garantindo que não há manobra para adiar mais uma vez o seu processo. As informações são do Jornal da Tarde

Japão se mobiliza para ajudar vítimas de terremoto e discute segurança nuclear

As equipes de socorro se esforçavam nesta terça-feira para ajudar os milhares de desabrigados, enquanto aumentava a polêmica sobre a segurança nuclear um dia depois de um terremoto que deixou nove mortos e centenas de feridos no centro do Japão.


O governo repreendeu a direção da companhia elétrica Tepco depois de um incêndio e de um pequeno vazamento radioativo em sua central de Kashiwazaki-Kariwa, uma das maiores do mundo.


Mais de mil policiais e bombeiros mantiveram as buscas entre as ruínas de centenas de edifícios destruídos pelo principal movimento telúrico de segunda-feira, que atingiu 6,8 na escala Richter.
Uma pessoa está desaparecida.


"Estão sendo realizadas intensas operações de socorro. Não temos tempo a perder, diante da hipótese de que ainda haja vítimas sob os escombros", declarou Masahito Sato, porta-voz dos socorristas em Kashiwazaki, cidade mais afetada.


Nesta terça-feira de manhã, as autoridades enviaram em reforço 450 militares e sete barcos da Marinha à região de Niigata para participar das operações de fornecimento de água e alimentos aos sobreviventes.


A Cruz Vermelha enviou 24 médicos à região, encarregados principalmente do atendimento aos idosos.


As operações de resgate são realizadas sob forte chuva e com o temor de novos pequenos terremotos, alguns dos quais bastante poderosos, já atingiram a região desde segunda-feira, constatou uma jornalista da AFP.


Segundo o último registro oficial provisório, o terremoto deixou nove mortos (seis mulheres e três homens), todos com entre 70 e 80 anos, e pelo menos 1.060 feridos.


Cerca 12.000 pessoas passaram a noite nas escolas e prédios públicos, onde foram improvisados abrigos.


Aproximadamente 340 edifícios ficaram completamente destruídos e outros 500 sofreram danos nas cidades de Niigata e Nagano, de acordo com as autoridades locais.


O funcionamento da central nuclear de Kashiwazaki-Kariwa, que se encontra próxima ao epicentro do terremoto, estava totalmente interrompido por causa de um pequeno vazamento de água radioativa e de um incêndio em um transformador.


Além disso, trajes potencialmente contaminados por radioatividade também caíram no solo durante o terremoto.


"Reconheço que houve certa ineficácia em nossas medidas" de combate a incêndios, afirmou o presidente da Tokyo Electric Power (Tepco), Tsunehisa Katsumata, depois de ser advertido pelo ministro da Economia e Indústria, Akira Amari.


A lentidão em solucionar esse incidente "poderá levar as pessoas a deixarem de ter confiança na energia nuclear", disse o ministro.


O Japão, que tem poucos recursos naturais, depende em 35% do setor nuclear civil para sua eletricidade.


No dia 23 de outubro de 2004 um terremoto de magnitude 6,8 foi registrado na região de Niigata, deixando 67 mortos e mais de 3.000 feridos.


kh-mie-agr/dm

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Entenda a questão nuclear da Coréia do Norte


A Coréia do Norte desligou o reator da usina de Yongbyon, disse a Aiea




A Coréia do Norte desligou seu principal reator nuclear, Yongbyon, de acordo com o diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Mohamed ElBaradei.




A medida é parte de um acordo feito no dia 13 de fevereiro de 2007, em que a Coréia do Norte promete desligar e desativar Yongbyon em troca do fornecimento de combustível e outros tipos de ajuda.




A Coréia do Norte já recebeu um carregamento de combustível da Coréia do Sul como parte do acordo.




Embora o desligamento do reator seja, de fato, um importante passo adiante, especialistas advertem que ainda há um longo caminho pela frente.




Entenda, abaixo, por que o programa nuclear da Coréia do Norte causa tanta preocupação para a comunidade internacional.




O que foi acertado em fevereiro?




A Coréia do Norte disse que desligaria o reator de Yongbyon em 60 dias. Em troca recebeu a promessa da entrega de 50 mil toneladas de combustível fornecido por cinco outros países envolvidos nas negociações nucleares - Estados Unidos, China, Coréia do Sul, Japão e Rússia.




A Coréia do Norte deveria então declarar todas as suas instalações nucleares e desativá-las e receberia então mais 950 toneladas de combustível.




A Coréia do Norte também concordou em convidar a AIEA a retornar ao país para monitorar o acordo e disse que começaria as conversações para normalizar suas relações diplomáticas com Estados Unidos e Japão.




Qual é a importância do reator desligado?




Tem grande valor simbólico - é uma indicação clara de que a Coréia do Norte leva a sério o acordo. Mas desligar o reator é um processo relativamente simples. Ele pode ser ligado novamente.




O teste mais duro virá depois, quando a Coréia do Norte tiver que desativar permanentemente o reator.




E para complicar ainda mais a situação, algumas das questões mais difíceis ainda não foram levantadas - tais como se a Coréia do Norte tem um programa secreto de enriquecimento do urânio, ou o que acontece com qualquer arma nuclear que a Coréia do Norte já tenha.




Analistas mais céticos afirmam que o acordo de fevereiro é semelhante a um de 1994.




Aquela negociação fracassou depois que os Estados Unidos acusaram a Coréia do Norte de manter um suposto programa de enriquecimento de urânio, e a Coréia do Norte acusou os Estados Unidos de renegar um acordo para o fornecimento de dois reatores nucleares.




Embora existam sinais de uma reaproximação entre os Estados Unidos e a Coréia do Norte, ainda há suspeitas dos dois lados e um grande potencial para problemas e atrasos.




O processo vem correndo normalmente até agora?




Não. Já há um grande atraso em seu andamento por causa de divergências sobre questões bancárias.




Durante meses a Coréia do Norte se recusou a cooperar até que tivesse acesso a recursos da ordem de US$ 25 milhões que tinham sido congelados em uma conta em um banco de Macau.




Os recursos foram congelados depois que so Estados Unidos alegaram que eles estavam ligados a lavagem de dinheiro e falsificação.




Embora os Estados Unidos tenham suspendido o bloqueio do dinheiro depois do acordo de fevereiro, a transferência do dinheiro demorou porque vários bancos internacionais tinham receio de receber o dinheiro.




Em junho, quando o Dalkombank, no leste da Rússia, concordou em atuar na transferência de dinheiro de Macau para Pyongyang.




A transferência completa dos fundos foi confirmada no dia 25 de junho, permitindo que o processo de inspeções e envio de combustível fosse iniciado.




Por que a questão da capacidade nuclear da Coréia do Norte é tão importante?




As ambições nucleares da Coréia do Norte têm o potencial de se tornarem a mais grave ameaça no curto e longo-prazo à segurança do Leste da Ásia.




As duas Coréias ainda continuam, tecnicamente, em guerra,já que não foi assinado nenhum acordo de paz depois da Guerra da Coréia, de 1950 a 1953.




As relações entre a Coréia do Norte e a Coréia do Sul melhoraram muito desde 2000, mas sua fornteira ainda é uma das mais militarizadas do mundo, com milhares de armas apontadas para a capital da Coréia do Sul.




E a Coréia do Norte realizou um teste nuclear bem sucedido em 2006, aumentando muito o risco de uma corrida armamentista no Leste da Ásia, já que Japão, Coréia do Sul e Taiwan foram forçados a analisar a possibilidade de construirem o seu próprio arsenal nuclear.




O que é sabido sobre o programa de armas nucleares da Coréia do Norte?




Depois de dezembro de 2002, quando a Coréia do Norte reativou o seu reator de Yongbyon e forçou dois monitores nucleares da ONU a deixarem o país, a Coréia do Norte disse estar trabalhando para construir seu arsenal de armas nucleares.




O problema para o resto do mundo é que é muito difícil verificar a veracidade dessas afirmações.
Se o reator de Yongbyon se tornar totalmente operacional, alguns analistas acreditam que pode produzir plutônio suficiente para a construção de aproximadamente uma arma por ano.




A agência de inteligência americana, CIA, disse que um programa separado de urânio enriquecido poderia estar produzindo "duas ou mais" bombas anualmente, até o meio da década, embora a Coréia do Norte tenha sempre negado publicamente a existência do programa.




Especialistas acreditam que a Coréia do Norte possa ter obtido plutônio suficiente para um pequeno número de bombas.




As autoridades americanas acreditam que esse número seja "um ou dois".




Os Estados Unidos acreditam que cerca de 8 mil bastões de combustível nuclear armazenados em 1994 poderiam ser utilizados para a produção de plutônio apropriado para armamento, acreditam os Estados Unidos.




Outras estimativas indicam que a Coréia do Norte pode ter agora oito ou mais bombas.




A Coréia do Norte pode lançar uma bomba nuclear?




Embora a Coréia do Norte tenha testado uma bomba nuclear, analistas de segurança não acreditam que ela tenha conseguido construir um artefato pequeno o suficiente para ser lançado em um míssil.




Isto significa que, pelo menos por enquanto sua única forma de lançar uma bomba seria por avião, o que os Estados Unidos e seus aliados poderiam monitorar.




Mas a Coréia do Norte também está trabalhando com mísseis de longo alcance, um dos quais, acredita-se, poderia alcançar milhares de quilômetros.

Pontos de alagamento e trânsito acima da média

Pontos de alagamento e trânsito acima da média na capital

Às 9 horas, cidade registra 113 km de lentidão e oito pontos de alagamento

Elvis Pereira, do estadao.com.br

SÃO PAULO - A forte chuva em São Paulo complicava o trânsito na manhã desta segunda-feira, 16, e fez com que o Centro de Gerenciamento de Emergência (CGE) da Prefeitura colocasse a cidade em estado de atenção. Às 9 horas, a cidade tinha 113 km de lentidão, sendo que a média para o horário é de 82 km, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).



A cidade tinha oito pontos de alagamento, sendo dois intransitáveis, e a Marginal do Pinheiros registrava o pior ponto de lentidão da capital, com 9,4 km da Rodovia Castelo Branco até a Ponte Cidade Jardim, no sentido Interlagos.



O corredor norte-sul - formado pelas avenidas 23 de Maio, Rubem Berta e Moreira Guimarães - registrava mais 6,4 km de lentidão, entre os viadutos João Julião da Costa Aguiar e Beneficência Portuguesa, no sentido Santana.



O motorista que percorria a Radial Leste enfrentava 4,3 de trânsito ruim, a partir do Viaduto Pires do Rio até a Rua Wandenkolk, no sentido centro. Na Avenida dos Bandeirantes, no sentido Marginal do Pinheiros, havia 4,2 km de lentidão, do Viaduto Arapuã até a Rua Daijiro Matsuda.



Os trens do Metrô circulavam com restrição de velocidade por conta da chuva nas quatro linhas que cortam São Paulo (1 - Azul, 2 - Verde, 3 - Vermelha e 5 - Lilás). As operações da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) seguiam normais.

domingo, 15 de julho de 2007

OMC ultima propostas para relançar ronda de Doha

As comissões da Organização Mundial do Comércio (OMC) encarregadas das negociações agrícolas e sobre bens industriais estão a ultimar as propostas relativas a essas questões, que apresentarão nos próximos dias, para relançar a Ronda de Desenvolvimento de Doha.

Segundo fontes da organização internacional, os textos serão divulgados entre segunda e terça-feira e imediatamente enviados aos 150 países membros para que os analisem com atenção.


O objectivo dos documentos, elaborados pelo presidente da comissão de negociações agrícolas, o embaixador neozelandês Crawford Falconer, e o seu homólogo na área industrial, o canadiano Don Stephenson, é que os países tenham propostas concretas que possibilitem o avanço das negociações, que se encontram num impasse há quase um ano.


Iniciada em 2001, a Ronda de Desenvolvimento de Doha, com a qual se pretende eliminar os entraves ao comércio mundial, atravessa um momento delicado que tanto pode conduzir a um relançamento das negociações como a um congelamento prolongado das mesmas.


Sob a ameaça do receado fracasso de Doha, os países enfrentam agora os últimos dias de Julho, que vão ser cruciais para conseguir o objectivo estabelecido: alcançar um acordo antes do final deste ano.


Depois de analisarem os rascunhos apresentados pelos presidentes das comissões, os países manterão diversas reuniões em que se verá se existem pontos de acordo sobre os textos.
Nessas reuniões, que provavelmente se realizarão a partir de 23 de Julho, serão também preparadas as negociações para regressar ao trabalho em Setembro.


Assim, no dia 26 decorrerá a reunião da Comissão de Negociações Comerciais e no dia seguinte a do Conselho Geral.


Apesar das reuniões programadas, a agenda de negociações deixa pouca margem para o esperado impulso que os países se propuseram conseguir antes de Agosto.


O último golpe no processo foi o fracasso dos Estados Unidos, União Europeia (UE), Brasil e Índia, que integram o chamado Grupo dos Quatro (G-4), na aproximação das suas posições, numa reunião que realizaram em Junho na Alemanha.


Um acordo entre os Estados do G-4 teria impulsionado o resto dos países a comprometerem-se com avanços concretos e permitiria manter a esperança de concluir com êxito a Ronda de Doha antes do final de 2007.


Diário Digital / Lusa

Candidatura de Carmona Rodrigues considera resultado positivo

Fontão de Carvalho, apoiante da lista de Carmona Rodrigues, considerou hoje que as projecções avançadas pelos três canais de televisão são positivas, apesar de lamentar que o objectivo principal não foi atingido, que era a obtenção da maioria absoluta.


O antigo vereador da Câmara Municipal de Lisboa lamentou ainda a elevada abstenção demonstrada pelas projecções anunciadas para Lisboa, que Fontão de Carvalho, apoiante da





As projecções para a candidatura de Carmona rondam os 15 a 18 por cento, e a eleição de três a quatro vereadores, à frente dos números da candidatura do PSD, protagonizada por Fernando Negrão, e atrás da de António Costa.





Feist realça "um resultado muito importante





"Pedro Feist, número dois da lista de Carmona Rodrigues, considerou hoje "um resultado muito importante" o segundo lugar obtido pelo ex-autarca, segundo as projecções avançadas pelas televisões.







"O professor Carmona Rodrigues foi desafiado do seu lugar e em dois anos não perdeu popularidade nem a confiança dos lisboetas", afirmou Pedro Feist, numa primeira reacção no "quartel-general" da candidatura independente de Carmona, reunida num hotel de Lisboa.