sábado, 15 de agosto de 2009

O fator Marina







Se for candidata, ex-ministra do Meio Ambiente trará nova agenda econômica para 2010, diz professor

Ivan Marsiglia - O Estado de S. Paulo


Celso Júniot

Companheiros foram escalados para dissuadir Marina da candidatura - bem avaliada em pesquisa

SÃO PAULO - Enquanto coronéis e parlapatões deblateravam no Senado Federal, Marina se pintou para a guerra. A "indiazinha", como a apelidaram representantes do agronegócio, a herdeira de Chico Mendes, a ministra que não suportou o meio ambiente do Planalto, ameaça desembarcar do Partido dos Trabalhadores - e da sucessora escolhida por Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff - após 30 anos de militância. O clima definitivamente esquentou na base aliada do governo e companheiros do PT foram escalados para dissuadir a senadora Marina Silva da ideia de candidatar-se à Presidência da República.

Esforço, ao que parece, vão. Em especial depois que o Partido Verde (PV) - que sonha em tê-la na sigla e na cédula em 2010 - divulgou os números da pesquisa encomendada ao Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), que ouviu 2 mil eleitores em todo o País. Segundo a sondagem, feita por telefone, no confronto direto com Dilma, Marina leva vantagem em dois dos quatro cenários pesquisados. A candidata verde apresenta índices de intenção de voto de 10% a 14%, mas na hipótese de disputar com Aécio Neves em vez de José Serra, sem Ciro Gomes no páreo, atingiria surpreendentes 27% (contra 25% do governador mineiro e 19% de Dilma).

Veja também:
linkReserva de valores
linkA guerra do general Degelo

"É uma candidatura para valer, não para marcar posição", aposta José Eli da Veiga, de 61 anos, professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP). Doutor em Desenvolvimento Econômico e Social pela Sorbonne, com pós-doutorado em Cambridge, Eli da Veiga define-se como "ecodesenvolvimentista" e não esconde o entusiasmo pela novidade que balançou os andaimes da campanha presidencial essa semana.


ELI DA VEIGA - 'O Brasil terá vantagens na economia de baixo carbono'

Para o autor de Desenvolvimento Sustentável - Que Bicho é esse? (Editora Autores Associados, 2008), em parceria com a escritora Lia Zatz, e A Emergência Socioambiental (Editora Senac, 2007), tanto Serra quanto Dilma são "crescimentistas" - presos a "crenças do século passado" e estranhos à nova economia de baixo carbono que, acredita, vai marcar o desenvolvimento do mundo no século 21.

Como complicadores de uma provável candidatura Marina, o professor aponta as más companhias no próprio PV - "que abriu as portas para mil e um oportunistas" - e o tempo pífio de que ela disporia na TV durante o horário eleitoral gratuito. Mas crê que a "carismática" senadora teria a seu favor, a exemplo do que ocorreu com Barack Obama nos EUA, "uma organização de envergadura nacional que não terá caráter partidário".

O que uma eventual candidatura de Marina Silva traz de novo à eleição presidencial de 2010?Principalmente a possibilidade de dar voz a um amplo leque de movimentos socioambientais que querem colocar o Brasil no rumo do desenvolvimento sustentável. Ou do ecodesenvolvimento, expressão mais precisa desse projeto, que é para o século 21. Novidade estranha às pré-candidaturas anunciadas: Dilma e Ciro pela situação, Serra e/ou Aécio pela oposição. Todas têm a mesma cabeça cepalina de meados do século passado (referência à Cepal, Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe, criada em 1948 pela ONU, que moldou o pensamento desenvolvimentista no Brasil).

Limitar-se ao discurso ambiental não é um risco para Marina?
Acho que isso não ocorrerá. Além dos movimentos socioambientais, ela também pode galvanizar sentimentos captados por pesquisas recentes: uma da MTV com a juventude, três feitas pelo Datafolha por encomenda da ONG Amigos da Terra e, sobretudo, a do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) para o Relatório de Desenvolvimento Humano brasileiro que sairá no início de 2010. Essas sondagens captaram tendências de fundo com uma surpreendente ênfase em valores - a identificação desse eleitorado com um código ético, que inclui uma preocupação com as condições de vida das gerações futuras. São pessoas que poderão votar em Marina.

Mas não é uma candidatura apenas para marcar posição?
Longe disso. Se fosse só para marcar posição e colocar o ecodesenvolvimento na agenda, sua candidatura nem seria imprescindível. Acho que Marina poderá atrair milhões de simpatizantes entre as pessoas que escolhem seus candidatos antes do início do horário eleitoral gratuito. Mas é claro que não será nada fácil ampliar essa base a partir de agosto ou setembro de 2010, pois o viés antirrenovação que rege o uso do rádio e da TV prejudica qualquer candidatura que saia desse oligopólio partidário que transformou o Senado e a Câmara em assustadores trens fantasmas.

Com tantos interesses empresariais em jogo, num momento de crise financeira mundial, uma plataforma eleitoral com foco no ‘ecodesenvolvimento’ não nasce inviável?
O grosso do empresariado está caindo na real com muito mais rapidez que o governo e os grandes partidos. Só os grupos de interesse ligados aos negócios com energias fósseis é que pressionam contra a transição ao baixo carbono e ao ecodesenvolvimento. Sob a liderança da ANP, da Petrobrás e do Ministério das Minas e Energia.

O que diferencia um ambientalista de um ecodesenvolvimentista?
A expressão ambientalista sugere uma pessoa que só se preocupa com a natureza e subestima ou ignora as questões sociais que sempre estão na essência da degradação ambiental. Além disso, há um péssimo costume de opor os ambientalistas aos desenvolvimentistas, o que é um grande equívoco decorrente da redução da ideia de desenvolvimento à de crescimento. Há exatos 30 anos emergiu a expressão "desenvolvimento sustentável" justamente para superar essa falsa oposição. E é pela mesma razão que prefiro usar o termo "socioambiental" em vez de "ambiental".

Por que o senhor costuma dizer que José Serra e Dilma Rousseff são ‘crescimentistas’, não desenvolvimentistas?
Esse é o cerne da questão. Ambos continuam com crenças convencionais do século passado segundo as quais existiria uma relação diretamente proporcional entre a taxa de aumento do PIB e o avanço do processo de desenvolvimento. Mas essa relação não é linear. Transformar crescimento em desenvolvimento depende de dois fatores essenciais: do estilo do próprio crescimento e dos arranjos institucionais que permitem canalizar seus frutos para o que mais interessa: ciência, tecnologia e inovação. E também saúde, educação, cultura, lazer, segurança, etc.

O PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), tão decantado pelo governo, não leva em conta esses parâmetros?
O PAC é um Frankenstein: mistura obras fundamentais, como as de saneamento básico, com obras absolutamente negativas, como a BR-319 (a recuperação da rodovia entre Porto Velho e Manaus, na região Norte do País, tem seu licenciamento ambiental questionado por ONGs como o Greenpeace) ou as termoelétricas movidas a combustíveis fósseis. E o pior é que as críticas da oposição ao PAC não são de conteúdo, como essas. Tucanos e demos apontam apenas a lentidão ou a ineficiência na gestão do programa.

Ninguém questiona a biografia da senadora Marina, mas teria ela condições de formar uma equipe e efetivamente administrar o País?
Muito mais do que Lula. Além de ter as qualidades carismáticas de um Barack Obama, ela é mais bem informada, culta e hábil que o atual presidente brasileiro. Estou seguro de que saberá compor uma equipe governamental capaz de colocar o Brasil no rumo do ecodesenvolvimento. Vale lembrar que Lula assumiu a presidência em 2002 em condições incomparavelmente mais precárias do que as que podem ser antevistas para o início de 2011.

No entanto, existem críticas à passagem de Marina pelo Ministério do Meio Ambiente. Comenta-se que ela apostou demais em reservas extrativistas e assentamentos e deixou os parques nacionais à míngua, além de perder embates decisivos com a Agricultura e a Casa Civil. Qual é sua avaliação?
Minha avaliação é a inversa. Nesses cinco anos e meio, Marina foi capaz de mostrar a qualquer observador atento quanto pode ser prejudicial ao futuro do Brasil a visão obtusa de que qualquer tipo de crescimento econômico favorece o desenvolvimento. Os embates que perdeu foram pedagógicos. Como estão sendo, aliás, os do ministro Carlos Minc.

Há a acusação de que o Ministério do Meio Ambiente, assim como outros setores do governo Lula, teria ‘domesticado’ as ONGs ambientalistas oferecendo-lhes contratos...
É até possível que algumas dessas ONGs tenham amolecido por causa de contratos governamentais. Mas cabe a quem acusa dar nome aos bois. Posso garantir que isso não ocorreu com ONGs como Amigos da Terra, Greenpeace, Imazon, ISA, SOS Mata Atlântica e WWF.

Mas e o PV, está preparado para assumir um projeto de envergadura nacional? Um partido que tem como líder da bancada no Congresso o deputado Sarney Filho pode mesmo representar o novo?
O PV é complicado, mas nem de longe pelo fato de ter Zequinha Sarney como líder. Ele foi um bom ministro do Meio Ambiente e continuou a ser bem visto pelos movimentos socioambientais depois que voltou para a Câmara. Se o problema do PV fosse ter um líder que peca pelo sobrenome, seria fácil. A questão é que a sigla abriu as portas para mil e um oportunistas quando esteve sob ameaça de extinção por causa da cláusula de barreira. Essa turma vai ter de procurar outras legendas se houver a tal "refundação programática" prometida pela banda boa. Mas o mais importante é que a candidatura Marina pode contar com uma organização de envergadura nacional que não terá caráter partidário. E no mundo inteiro os partidos estão deixando de ser catalisadores da inovação social como vinha ocorrendo nos dois últimos séculos. Hoje, são essencialmente o oposto: represas da inovação social.

Outro ponto mencionado por alguns é o estado de saúde de Marina, que seria um tanto delicado.
Seria bom que todos os postulantes à Presidência da República se submetessem ao diagnóstico de uma junta médica indicada pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Minha impressão é de que a senadora se mostraria mais saudável até que o jovem Aécio.

Pelo jeito, o senhor já aderiu à campanha Marina...
Propus essa candidatura aos meus melhores amigos petistas desde a reeleição de Lula. E acho que Marina deveria ter tomado essa decisão há mais de um ano, quando se viu tangida a deixar o governo.

E em quem o senhor apostaria para figurar em sua chapa como vice? Falou-se no nome do ex-ministro da Cultura Gilberto Gil, também do PV, no do senador Cristovam Buarque, do PDT, na senadora Heloísa Helena, do PSOL...

Essa questão de escolha de vice ainda exigirá muita reflexão. Neste momento minha tendência seria pela indicação de um dos grandes empreendedores da região Sudeste que já se destacaram no movimento pela responsabilidade socioambiental das empresas.

Por que o senhor diz que a transição para uma economia de baixo carbono seria uma oportunidade e não uma restrição ao desenvolvimento brasileiro?
Porque o Brasil tem vantagens comparativas que, se forem transformadas em vantagens competitivas, lhe darão muito mais chances de desenvolvimento do que terão os demais emergentes. E construirão a competitividade sem a qual não será possível lidar com a ressurreição da China. Só se transforma vantagem comparativa em vantagem competitiva com ênfase primordial em ciência, tecnologia e inovação. Espero que essa seja a prioridade da Marina.

O discurso de Marina é avançado em termos ambientais, mas conservador em outras áreas, como o aborto (ela é contra). Isso pode gerar ruído?
Sim, gerará ruído e seus adversários tentarão explorar coisas desse tipo. Mas será que os demais candidatos vão declarar abertamente que são a favor do aborto? Sou ateu há mais de 40 anos, mas acho que pessoas religiosas como Marina tendem a seguir um código ético infinitamente superior ao da maioria dos materialistas vulgares que nos cercam.





www.estadao.com.br





quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Taipei sob pressão para resgatar vítimas do tufão Morakot

Envie um e-mail para mim!





Desastre natural

mundo



As autoridades de Taiwan estão sob pressão para resgatar milhares de pessoas isoladas no sul da ilha após a passagem do tufão Morakot.

Apesar do exército ter mobilizado 38 mil homens e perto de 400 helicópteros para as operações de busca, o presidente já enfrentou a cólera dos sobreviventes e os familiares das centenas de desaparecidos mostram-se cada vez mais impacientes.

Esta mulher diz que “é preciso resgatar urgentemente” outros habitantes da sua aldeia, no distrito de Kaohshiung, “porque se chover novamente, a montanha pode desmoronar-se”.

O tufão provocou as maiores inundações e deslizamentos de terra dos últimos 50 anos, deixando muitas povoações isoladas e destruindo completamente várias aldeias.

O balanço oficial de mortos ultrapassa a centena e, apesar de já terem sido resgatadas 14 mil pessoas, as equipas de socorro detectaram seis mil e quinhentos habitantes isolados numa única área da remota zona montanhosa do sul da ilha.

Entre os mortos, conta-se a tripulação de um helicóptero de resgate. Depois de saber da tragédia, a mãe de um dos tripulantes diz que “houve quem gritasse por socorro e visse os destroços do helicóptero, mas não havia ninguém no local que conseguisse comunicar com outras zonas para pedir ajuda”.

Os três tripulantes do aparelho foram hoje enterrados, enquanto prosseguem as operações de resgate.



http://pt.euronews.net




quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Junta militar condena a Nobel da Paz







Ativista birmanesa Sun Kyi deverá ficar presa por mais 18 meses



A Prêmio Nobel da Paz Aung San Suu Kyi foi condenada ontem por um tribunal de Mianmar, país do sudeste asiático que está sob prolongada ditadura militar, a passar mais 18 meses em prisão domiciliar por violação da pena de cinco anos de reclusão. A alegação é a de que ela permitiu que um americano permanecesse em sua casa sem que tivesse autorização para tal.




A decisão motivou protestos e manifestações de solidariedade a Suu Kyi por parte da ONU e de autoridades de vários países, entre elas o presidente dos Estados Unidos, que pediu sua imediata libertação.




Com a ampliação da pena, Aung San Suu Kyi estará fora da cena eleitoral em 2010, quando a junta militar pretende promover eleições. A líder oposicionista de 64 anos passou 14 dos últimos 20 anos detida. Aung San Suu Kyi é filha do general Aung San, líder da independência da antiga Birmânia, assassinado em 1947 em Rangum.




As potências ocidentais pediram ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) que tome uma ação contra a medida da junta militar de Mianmar.




O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, também demonstrou preocupação com a condenação do norte-americano John Yettaw. A invasão de Yettaw, que nadou em direção à casa da dissidente, em Rangum, levou à nova condenação da ativista e à sua própria condenação, de sete anos de prisão com trabalhos forçados.





www.clicrbs.com.br

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Irã liberta funcionária franco-iraniana detida durante protestos







Anúncio da libertação de Nazak Afshar foi feito pela presidência francesa.
Ato sinaliza possibilidade de libertar a estudante francesa Clotilde Reiss.

Da AFP


A secretária da embaixada francesa em Teerã, Nazak Afshar, em foto do último dia 6 (Foto: AFP Photo)

O Irã soltou nesta terça-feira (11) uma funcionária franco-iraniana da embaixada da França em Teerã e parece considerar a possibilidade de colocar em liberdade condicional a jovem estudante francesa Clotilde Reiss, presa desde o dia 1º de julho.

O anúncio da libertação de Nazak Afshar foi feito pela presidência francesa.


"O presidente da República se inteirou com alívio da notícia da libertação de Nazak Afshar, colaboradora do serviço cultural da embaixada", diz o comunicado emitido pelo Palácio do Eliseu.


Detida quinta-feira passada, Nazak Afshar compareceu no sábado, junto com Clotilde Reiss, diante de um tribunal de Teerã, na companhia de outras pessoas acusadas de terem participado das manifestações que seguiram a eleição contestada do presidente Mahmud Ahmadinejad em 12 de junho.


O presidente da França, Nicolas Sarkozy, conversou por telefone com Nazak Afshar, e deu a entender que a intervenção da Síria, a maior aliada do Irã no mundo árabe, foi fundamental na libertação da franco-iraniana.

Sarkozy "agradece aos países da União Europeia e aos demais países amigos, como a Síria, que nos apoiaram nesta primeira fase", diz o comunicado.


O filho de Nazak Afshar, Arash Naimian, disse que está "muito feliz" com a libertação de sua mãe.

Clotilde Reiss

Em paralelo, os dirigentes iranianos e franceses pareceram adiantar o caso de Clotilde Reiss, 24 anos, acusada de espionagem por ter participado duas vezes de manifestações em Ispahan, onde era leitora de francês.

Ela também é acusada de ter entregado um relatório sobre os protestos a um instituto de pesquisa subordinado à embaixada francesa no Irã.


"Nosso ministério assumiu um compromisso com o poder judiciário iraniano para que esta mulher possa se beneficiar de uma liberdade condicional até o fim de seu processo, sob a condição de que permaneça na embaixada da França em Teerã", afirmou à Radio France Internationale (RFI) o embaixador do Irã na França, Seyed Mehdi Mirabutalebi.


"Estamos aguardando a resposta do embaixador da França" em Teerã, acrescentou o diplomata.


O ministério francês das Relações Exteriores desmentiu "categoricamente" que Paris não tenha respondido à proposta iraniana, e convocou o embaixador para uma reunião na tarde desta terça-feira.


A chancelaria afirmou que o Irã "foi informado há várias semanas que a embaixada da França em Teerã estava pronta para receber Clotilde Reiss".


Indagado, o pai da jovem, Rémi Reiss, respondeu que não está sabendo da proposta iraniana. "Se for verdade, é um passo adiante na direção certa", destacou.


"Temos um início de esperança de que uma solução rápida possa ser encontrada", declarou na manhã desta terça-feira o porta-voz do governo francês, Luc Chatel.


Os europeus procuraram nesta terça-feira manter a pressão diplomática sobre Teerã depois do comparecimento, sábado, das duas cidadãs francesas e de um funcionário local da embaixada britânica.


"Estamos prontos para tomar novas medidas, se for necessário. Acho que o Irã está ciente de que estamos dispostos a ir além do que já fomos", avisou o chanceler sueco, Carl Bildt, cujo país exerce atualmente a presidência da UE.



http://g1.globo.com




domingo, 9 de agosto de 2009

Equipes localizam corpo de 4ª vítima de acidente em NY







Avião de pequeno porte e helicóptero colidem sobre o rio Hudson; ao menos nove pessoas morreram


Imagem de TV mostra o momento da colisão

Reuters

Imagem de TV mostra o momento da colisão

NOVA YORK - Equipes de resgate localizaram o corpo da quarta vítima do acidente envolvendo um avião de pequeno porte e um helicóptero sobre o Rio Hudson, em Nova York. Nove pessoas morreram no incidente. O helicóptero, de sobrevoo turístico, levava, além do piloto, cinco italianos que passavam férias na cidade. Já a aeronave, um monomotor de autonomia regional, partiu do aeroporto próximo a Teterboro, no Estado de Nova Jersey, e lavava a bordo duas pessoas - entre elas um menor - e o piloto.

O corpo da quarta vítima ainda não foi resgatado, segundo afirmaram fontes à CNN. Até agora, três corpos - incluindo de uma criança e do piloto - foram retirados da aeronave Piper PA-32 Saratoga. Os destroços do helicóptero já foram encontrados. Um sonar é usado para identificar os restos das aeronaves no leito do rio.

O helicóptero pertencia à empresa Liberty Helicopter Sightseeing Tours, que oferece voos turísticos sobre a zona sul de Manhattan e tinha decolado pouco antes de um pequeno heliporto da ilha. O avião regional viajava para o sul pelo rio Hudson procedente do aeroporto de Teterboro, em Nova Jersey, e era propriedade da LCA Partnerships, informou o porta-voz do chefe de Polícia de Nova York, Paul Browne.

O prefeito, que qualificou o incidente de "uma grande tragédia", pediu que não se especule o que pôde ter acontecido, já que levará pelo menos "semanas" para investigar e deduzir o que ocorreu exatamente.

Testemunhas detalharam que ambos os aparelhos voavam no mesmo sentido e que o helicóptero caiu sobre a água após a colisão, enquanto o avião perdeu uma asa e demorou um pouco mais para cair. Um piloto que estava no heliporto, situado no bairro do West Side de Manhattan, percebeu o perigo e tentou avisar seu companheiro por rádio, "mas ou não chegou a tempo, ou não usou a mesma frequência", segundo Bloomberg, dizendo que "nenhum dos pilotos informou que tivessem problema técnico algum".



www.estadao.com.br