sábado, 20 de outubro de 2007

Presidente da China deve sair fortalecido de Congresso

Por Benjamin Kang Lim


PEQUIM (Reuters) - O presidente chinês, Hu Jintao, deve derrubar rivais políticos, promover aliados para postos-chaves e sair mais fortalecido do 17o Congresso do Partido Comunista.


O vice-presidente Zeng Qinghong, um rival de Hu que tornou-se aliado, deve se afastar, o que será uma benção para o presidente chinês, que tenta consolidar seu poder no congresso, que se encerra no domingo.


Outro rival, Chen Liangyu, perdeu o posto de chefe do partido em Xangai no ano passado, e enfrenta agora um julgamento por corrupção.


You Xigui, diretor do poderoso núcleo de segurança do Partido Comunista, e remanescente do governo Jiang Zemin, também irá se afastar depois de não ter conseguido uma indicação para ocupar um dos 200 postos do comitê central do partido.


"Hu é agora um super patrocinador, que pode distribuir favores e colocar pessoas em posições-chaves do partido, do governo e entre os militares", afirmou Alfred Chan, cientista político da Huron College, no Canadá.

Ressarcimento de planos de saúde ao SUS será alterado

Segundo o ministro da Saúde, o ressarcimento não está sendo realizado porque os planos de saúde entram com ações de inconstitucionalidade e porque o processo atual é muito burocrático


O governo federal vai alterar o modo de ressarcimento ao Sistema Único de Saúde (SUS) pelos planos de saúde quando os clientes usam a rede pública. O anúncio foi feito em Porto Alegre pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, para quem o valor repassado pelos planos ao governo nos últimos seis anos (cerca de R$ 200 milhões) é irrisório. "Na prática, o ressarcimento não está sendo realizado porque os planos de saúde entram com ações de inconstitucionalidade e porque o processo atual é muito burocrático. Vamos ter que mexer na lei", disse Temporão.

O ministro afirmou que ainda não há cálculo do quanto deve ser reembolsado pelos planos de saúde, mas afirmou que o valor é muito superior aos R$ 200 milhões dos últimos anos. O ressarcimento está previsto na lei nº 9656/98. A norma estabelece que os planos de saúde cujos beneficiários tenham sido atendidos em hospitais públicos ou contratados pelo SUS devam reembolsar as despesas aos cofres públicos.

A identificação é feita ao cruzar dados do SUS com o cadastro de beneficiários de planos de saúde da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O valor pago pelos planos é devolvido ao Fundo Nacional de Saúde e aos hospitais do SUS. Para Temporão, o poder público gasta muito para atender quem tem plano privado, o que poderia ser usados por pacientes do sistema público. O projeto será apresentado no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) da Saúde, a ser anunciado em novembro.

O ministro voltou a defender a renovação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e considerou de "má-fé" comentários de que a verba não seria aplicada no setor. "As pessoas que fazem essa crítica sabem que o dinheiro está indo para a saúde", alegou. Temporão afirmou que os recursos devem permitir, este ano, 11 milhões de internações, milhares de cirurgias e transplantes, entre outros procedimentos. Se a CPMF não for renovada, ele estimou que o ministério ficaria sem R$ 20 bilhões em 2008. (das agências de notícias)

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Bhutto isenta governo do Paquistão de ataque que matou 136


Embora não culpe Pervez Musharraf, ex-premiê apontou falhas na segurança como fator que propiciou atentado




Agências internacionais




AP
Bhutto acusou regime que derrubou seu pai do governo de tentar minar busca por democracia




KARACHI - A ex-primeira-ministra Benazir Bhutto isentou o governo do atual presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, da responsabilidade pelo atentado que matou pelo menos 136 pessoas e feriu outras 250 na noite de quinta-feira, 18, em Karachi, durante um ato de boas vindas em sua homenagem.





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No entanto, em entrevista coletiva concedida nesta sexta-feira, 19, a ex-premiê disse que o aparato de segurança montado para recebê-la era falho. Ela culpou ainda seguidores do general Mohammad Zia-ul-Haq, ex-líder do exército paquistanês que em 1977 depôs o pai de Bhutto, o ex-primeiro-ministro e Partido do Povo do Paquistão (PPP), Zulfikar Ali Bhutto. O ex-premiê foi executado dois anos mais tarde, em 1979. O general morreu em um circunstâncias misteriosas em um acidente aéreo em 1988.





Segundo Bhutto, o governo de Musharraf já tinha conhecimento das ameaças de um grande atentado feitas por vários grupos terroristas islâmicos, entre eles o Taleban e a Al-Qaeda, e poderia ter tomado mais precauções para prevenir o ataque.





"Eu não estou acusando o governo, mas certos indivíduos que abusam de suas posições e poderes", disse ela.





A ex-premiê sublinhou ainda que no momento da explosão, as luzes nas ruas próximas ao local em que seus simpatizantes se encontravam haviam sido apagadas, dificultando o trabalho das forças de segurança.





"Nós estávamos monitorando a multidão com holofotes, mas estava difícil, porque havia muita escuridão." Bhutto pediu uma investigação para apontar culpados.





As duas explosões ocorreram quando a comitiva passava lentamente por uma multidão de mais de 100 mil pessoas. A ex-primeira-ministra saiu ilesa do atentado, mas o veículo em que viajava teve as janelas estilhaçadas e uma porta arrancada.





Segundo Bhutto, dois atacantes estavam por trás do atentado. Ela afirmou ainda que sua equipe encontrou um terceiro homem armado e outro com uma veste suicida.





"Sei exatamente quem quer me matar. São as autoridades do antigo regime do general Zia-ul-Haq que hoje estão por trás do extremismo e do fanatismo", disse Bhutto em entrevista durante a noite passada a um enviado especial da revista francesa Paris Match.





Investigações





O presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, disse que o ataque foi uma "conspiração contra a democracia". De acordo com agências locais, o chefe de governo teria ligado para a ex-premiê ainda na noite de quinta e garantido uma minuciosa investigação para encontrar os culpados.





O marido de Bhutto, Asif Ali Zardari, acusou agências de inteligência paquistanesas de envolvimento. Muitos paquistaneses compartilham desta suspeita.





Vários grupos islamitas, inclusive militantes pró-Taleban, fizeram ameaças a Bhutto. Segundo a ex-premiê, eles se sentiriam traídos pelo apoio do governo paquistanês aos Estados Unidos.





Bhutto argumentou que "os taleban e extremistas islâmicos não podem agir sozinhos. Não podem cometer seus atentados suicidas a partir de uma gruta de montanha. Precisam de uma logística, alimentos, armas e alguém que os supervisione".





Retorno





Oito anos após exilar-se, Bhutto foi recebida na quinta-feira por cerca de 150 mil simpatizantes do seu Partido Popular do Paquistão (PPP). Cerca de 20 mil policiais e paramilitares foram destacados para escoltá-la.





A ex-premiê voltou ao país para liderar o PPP nas eleições nacionais, previstas para janeiro. Caso seu partido consiga a maioria no Parlamento, ela deve contar com o apoio de simpatizantes do presidente Pervez Musharraf para eleger-se primeira-ministra.





A ex-premiê volta ao Paquistão após supostamente firmar um acordo com Musharraf, que retirou acusações de corrupção contra ela e prometeu deixar a chefia do Exército em novembro em troca do apoio do PPP, que ajudou reelegê-lo nas eleições presidências do início de outubro.






Do Site:




http://www.estadao.com.br/internacional/not_int67389,0.htm


“Lisboa é porto seguro para a União”

Quem esteve envolvido nas negociações para o acordo do novo Tratado da União Europeia saiu da Cimeira de Lisboa satisfeito. Abundaram as reacções, variadas, dos que ficaram de fora. Mas poderá dizer-se que houve unanimidade em torno da importância de Portugal ficar associado a este momento.




Isabel Fernandes*




(Fotos Lusa)




O primeiro-ministro português considerou que a aprovação do Tratado da União Europeia não representa “o fim da histórica”, mas permitirá à Europa partir “mais forte” para as cimeiras com a Rússia, Índia e China. “A aprovação do Tratado da UE representou um importante sinal de confiança, não apenas para a Europa, mas também para o mundo”, declarou José Sócrates em conferência de imprensa, ontem, no final da Cimeira Europeia de Lisboa. Segundo o presidente em exercício do Conselho da Europa, a aprovação do Tratado permite ainda à UE “enfrentar a questão do Kosovo numa situação de maior fortaleza institucional”. Interrogado sobre a longevidade do novo Tratado, José Sócrates afirmou ter esperança que o modelo institucional agora acordado entre os 27 Estados-membros “perdure no tempo”. “Espero que o seu nome, Tratado de Lisboa, perdure também. Claro que este Tratado não é o fim da história” e que, por outro lado, “a Europa tem demonstrado capacidade para progredir e para se adaptar às mudanças”. “Mas este Tratado está à altura dos tempos. Esperamos que possa responder aos objectivos que nos levaram a aprová-lo e que represente um virar de página”, disse. “Estamos perante um momento histórico. Os portugueses sabem bem que a importância deste Tratado decorre directamente da sua enorme utilidade para a Europa”, defendeu, antes de se referir aos interesses específicos de Portugal na sequência do acordo alcançado na Cimeira de Lisboa.




À entrada do segundo e último dia da reunião de chefes de Estado e de Governo da UE, que chegaram a acordo de madrugada sobre o texto do Tratado Reformador, que ficará também conhecido como o Tratado de Lisboa, o presidente em exercício do Conselho Europeu falou aos jornalistas: “Já tínhamos a Estratégia de Lisboa e agora temos o Tratado de Lisboa”, realçou, acrescentando que “todos os líderes europeus estão satisfeitos” sendo a capital portuguesa “um porto seguro para a Europa”. O primeiro-ministro voltou a remeter para depois da assinatura do Tratado a decisão do Governo de Lisboa sobre a ratificação do documento, por referendo ou por via parlamentar. A este propósito também o ministro dos Negócios Estrangeiros desvalorizou qualquer problema em Portugal na decisão sobre a forma de ratificação do Tratado de Lisboa. A posição de Luís Amado foi revelada à saída da reunião do último dia da cimeira europeia informal que foi dedicado ao debate sobre a estratégia da UE no combate às alterações climáticas e sobre as vias para responder à crise financeira no mercado hipotecário de alto risco.




O acordo em torno do Tratado deixou o presidente da Comissão Europeia “extremamente feliz”. Durão Barroso considerou que “o bom espírito europeu” permitiu um “acordo histórico” e salientou que o próximo desafio é conseguir ratificá-lo nos 27 Estados-membros. Para tal a necessidade de “trabalhar com os Estados-membros para comunicar às populações” que as mudanças nas instituições europeias servem o seu bem-estar. O ex-primeiro-ministro sublinhou que a UE discutia há anos as questões institucionais e felicitou José Sócrates e a equipa da presidência portuguesa pelo acordo alcançado. Igualmente satisfeito com o acordo ficou Hans-Gert Poettering. O presidente do Parlamento Europeu (PE) não demonstrou dúvidas de que as novidades introduzidas vão ser aprovadas pela euro-assembleia. Reunidos em Lisboa, os líderes europeus decidiram conceder mais um eurodeputado à Itália ante a exigência italiana de recuperar a paridade com o Reino Unido e a França. Para não ultrapassar o limite de 750 deputados estabelecido no projecto do Tratado, os 27 decidiram que o presidente do PE deixa de contar como deputado, pelo que o número total é 750+1. A solução encontrada tem ainda de ser confirmada pelo PE, mas Poettering assegurou não ter “nenhuma dúvida de que a decisão de hoje [madrugada de ontem] vai ser confirmada”. A assinatura do Tratado pelos chefes de Estado e de Governo da União já tem, não só lugar marcado – o Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa – e dia – 13 de Dezembro –, mas também a hora, segundo fonte da presidência portuguesa será às 11 da manhã.




Reacções




Entre os partidos portugueses, as posições dividiram-se. O Partido Ecologista «Os Verdes» exigiu que o Governo “cumpra o seu compromisso eleitoral” e faça um referendo sobre o Tratado. Para o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, o Tratado é “uma má notícia para os portugueses” e exigiu igualmente que seja ratificado por consulta popular. O Bloco de Esquerda admitiu que “era previsível” a aprovação e salientou que o importante agora “é saber como vai ser o processo de ratificação”. Os socialistas louvaram o acordo e regozijaram-se por Portugal ficar “associado a mais um momento importante” na construção europeia. O líder do PP, Paulo Portas, manifestou satisfação com o acordo, alegando que permitiu à Europa sair do impasse. Da parte do PSD não houve uma reacção, uma vez que o líder parlamentar, Pedro Santana Lopes, anunciou que os sociais-democratas só formalizarão uma posição depois de reunirem o Conselho Nacional.




De entre os Estados-membros, a satisfação e optimismo eram visíveis: “A Polónia obteve tudo o que queria”, segundo o seu presidente Lech Kaczynski. Angela Merkel, chanceler alemã, concordou que “o acordo é um grande êxito e um avanço político decisivo”. “O Tratado foi aprovado, as «linhas vermelhas» foram garantidas, os interesses britânicos foram protegidos. Está na altura de a Europa se dedicar a outra coisa” foi assim que Gordon Brown, primeiro-ministro britânico, se manifestou. Da parte da presidência francesa, o porta-voz disse que “este acordo é uma grande satisfação porque é alcançado apenas 20 meses depois de [presidente francês] Nicolas Sarkozy ter avançado pela primeira vez com a ideia de um Tratado simplificado”.




Mas também do resto do mundo chegaram reacções favoráveis. Em comunicado, o gabinete do porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês saudou a aprovação do Tratado. Também o vice-chefe do comité da Duma estatal da Rússia para as relações internacionais, Leonid Slutski, considerou que o Tratado Reformador é um importante passo na via da consolidação da União. Para a chefe do Departamento da Europa do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, Edileuza Fontenele Reis, “o acordo é um trunfo da presidência portuguesa da UE e vai destravar a pauta do bloco que estava emperrada desde que França e Holanda rejeitaram a Constituição Europeia em 2005”. Para o presidente do Partido Social-Democrata da Alemanha, este acordo é, igualmente, uma “boa notícia para a Europa e para a Alemanha”, enquanto que os comunistas renovadores reiteram exigências de um referendo.




Contra




Como consensos em questões tão importantes como esta são difíceis, também houve vozes contrárias ao acordo. O responsável da Esquerda Unida espanhola, terceiro partido nacional, criticou o Tratado, que considerou um “mau sucessor” do texto constitucional por ser feito por “burocratas” europeus à margem dos cidadãos. O líder do partido conservador britânico, David Cameron, acusou o primeiro-ministro trabalhista, Gordon Brown, de tomar os eleitores por “idiotas” ao recusar referendar o texto. Também o Grupo Parlamentar Europeu Independência e Democracia considerou que o acordo quanto ao futuro Tratado Reformado da União é uma “catástrofe para a democracia”, mas lembra que a sua ratificação não está ainda garantida. Na Rússia, a aprovação do Tratado provocou preocupações, por recear que o documento conduza à realização de uma política energética única.




Mudanças




O novo Tratado Europeu vai implicar mudanças na forma como Portugal e os restantes Estados-membros são representados e exercem o poder nas principais instituições europeias, simplificando e tornando mais transparente o processo de tomada de decisões. Fontes diplomáticas e comunitárias são unânimes em considerar que é difícil afirmar peremptoriamente, se Lisboa perde ou ganha com o novo sistema de tomada de decisões, salientando que o importante, no futuro, será o grau de preparação dos representantes nacionais que defendem os interesses do País em Bruxelas. Portugal está numa União que actualmente tem 27 países e que no futuro terá ainda mais membros, o que diluirá cada vez mais o poder relativo de cada um no seio das instituições comunitárias.




O Tratado Reformador implicará alterações na forma como cada capital europeia exerce a sua influência em Bruxelas. A nível do Conselho de Ministros da UE, o Tratado Reformador prevê que uma decisão será adoptada se cumprir dois critérios: tiver o apoio de 55 por cento dos Estados-membros (ou seja, 15 em 27) em representação de pelo menos 65 por cento da população total da União. No órgão onde estão representados os governos dos Estados-membros, enquanto o primeiro critério assegura a Portugal um voto em 27, no segundo o peso de Portugal passará a ser equivalente à sua população, dez milhões de habitantes, em cerca de 493 milhões no conjunto dos 27 membros. A alteração vem dar, no segundo critério, mais «peso» aos Estados-membros com maior população que, no entanto, já tinham perdido influência noutra instituição, a Comissão Europeia, quando perderam um dos dois comissários que aí tinham anteriormente. Portugal vai assim passar a «pesar» 2,14 por cento, em vez dos actuais 3,48 obtidos através de um sistema de ponderação complicado que não tinha o «travão» do primeiro critério.




O novo Tratado prevê o abandono da unanimidade e a passagem a decisões por «maioria qualificada» em cerca de 40 domínios (designadamente na cooperação judiciária e policial, imigração e nas relações externas). Além disso, a co-decisão entre o Conselho e o Parlamento Europeu (ambas as instituições devem estar de acordo para o acto ser aprovado) passa a ser a regra geral no processo legislativo. Portugal e cada um dos outros membros da UE continuarão a poder bloquear sozinhos decisões em áreas muito sensíveis ou que toquem na soberania nacional (votação por unanimidade) em áreas como a Política Externa Europeia, Fiscalidade, Política Social, recursos próprios da UE ou revisão dos tratados.




As presidências semestrais da UE também funcionarão de forma diferente. A partir de 2009, haverá um presidente do Conselho Europeu eleito por 2,5 anos pelos seus membros, que são os chefes de Estado ou de Governo. Competir-lhe-á assegurar a coerência dos trabalhos do Conselho Europeu e funções de representação externa da UE, mas não terá funções executivas. As actuais presidências semestrais serão modificadas de acordo com uma decisão a tomar pelo Conselho, que deverá prever equipas de três Estados-membros para um período de 18 meses, as quais assegurarão entre elas a presidência do Conselho de Assuntos Gerais e dos Conselhos de Ministros sectoriais da União (Economia e Finanças, Agricultura, Justiça e Assuntos Internos, Ambiente, entre outros). Já as reuniões do Conselho de Relações Externas (ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27) passam a ser presididas pelo Alto Representante para a Política Externa e de Segurança, o novo cargo de coordenador da diplomacia da União, que será exercido por um vice-presidente da Comissão Europeia.




As mudanças previstas no Tratado para o Parlamento Europeu designam que Portugal perderá dois representantes, a partir de 2009, uma diminuição já prevista e que foi confirmada pelos chefes de Estado e de Governo na Cimeira de Lisboa. No Tratado de Nice de 2000 já estava previsto que Portugal iria diminuir o número de eurodeputados dos actuais 24 para 22, em 2009. O Tratado Reformador prevê uma diminuição do número total de membros do Parlamento Europeu dos actuais 785 para 751. O PE vê reforçados os seus poderes de co-decisão – conjuntamente com o Conselho de Ministros –, passando a ter um papel mais decisivo no processo de tomada de decisões comuns.No que toca à Comissão Europeia, Portugal e os seus parceiros comunitários deixam de ter direito a designar sempre um cidadão nacional para a Comissão, instituição central da União, que propõe a maior parte da legislação europeia e tem uma função fiscalizadora importante da aplicação das políticas comuns dos 27. O chamado executivo comunitário contará, a partir de 2014, com um número de comissários europeus igual a dois terços do número de Estados-membros, em vez do actual sistema onde cada país tem o «seu» comissário. Os Estados-membros passam a designar um comissário para Bruxelas com base numa «rotação igualitária». Isto significa que cada Estado-membro ficará fora da Comissão uma vez em cada três mandatos de cinco anos.




(*Com Lusa)




Presidente




Acompanhou evolução




O Presidente da República foi sendo informado pelo Governo sobre a evolução das negociações do Tratado de Lisboa, mas remeteu para mais tarde um comentário aos resultados da Cimeira de Lisboa. Fonte oficial da Presidência da República ontem que Cavaco Silva “tem estado a acompanhar a evolução do Conselho Europeu” e que se pronunciará “no momento oportuno”. Na Presidência da República não estava, à hora de fecho desta edição, definido o momento em que Cavaco Silva se pronunciará sobre o Tratado Reformador, afirmando a mesma fonte que, “no momento oportuno, falará sobre o assunto. Hoje, o Chefe do Estado inaugura, em Vila Franca de Xira, o Museu do Neo-Realismo.

Iraque evita ação se reprimir curdos, diz premier turco

Agencia Estado


O primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, comentou hoje que o Iraque pode evitar uma incursão militar turca no norte do país caso erradique bases usadas por rebeldes curdos e extradite os líderes da insurgência. Em Bagdá, porém, o ministro iraquiano das Relações Exteriores, Hoshyar Zebari, disse que o governo não dispõe de recursos para combater os guerrilheiros do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, por suas iniciais em curdo).

O presidente da região autônoma curda no norte do Iraque, Massoud Barzani, convidou a Turquia para engajar-se em negociações diretas, mas disse que as forças locais de segurança resistirão a uma eventual invasão turca. "A experiência dos últimos anos mostrou que esse assunto não pode ser solucionado pela via militar", declarou Barzani. "Se a região ou a experiência do Curdistão sofrerem algum tipo de agressão por qualquer que seja o motivo, estaremos totalmente preparados para defender nossa experiência democrática, a dignidade de nosso povo e a inviolabilidade de nossa terra".

Barzani procurou isentar os curdos iraquianos de responsabilidade pelo conflito entre a Turquia e o PKK e negou que apóie os rebeldes curdos que atacam o país vizinho. Nesta semana, o Parlamento turco autorizou o Exército do país a cruzar a fronteira com o Iraque a qualquer momento ao longo dos próximos 12 meses para tentar erradicar bases do PKK, reivindicando o direito de Ancara de combater o que considera "terrorismo".

Assim como a aliada Turquia, os Estados Unidos qualificam o PKK como uma organização "terrorista". Apesar de o presidente americano, George W. Bush, ter rotulado a ocupação do Iraque como parte de sua "guerra ao terror" e pressionado aliados para que ajudassem com tropas, Washington insiste que Ancara opte pela via diplomática ao invés de enviar tropas ao norte iraquiano. Tanto os Estados Unidos quanto o Iraque opõem-se a uma eventual ação unilateral turca por temerem o aumento da violência em uma das poucas áreas ainda razoavelmente estáveis do país.

"Os acampamentos do PKK deveriam ser erradicados e os líderes rebeldes, extraditados. Isso seria suficiente para a Turquia", declarou o premier turco Erdogan hoje. O governo turco ressente-se especialmente do fato de os EUA possuírem mais de 160 mil soldados no Iraque, travando o que a Casa Branca chama de "guerra ao terror", mas nada fazer para erradicar um grupo considerado terrorista tanto por Washington quanto por Ancara.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

TRATADO EUROPEU - Europa «muito, muito perto» de chegar a acordo


O presidente em exercício da União Europeia, José Sócrates, numa breve declaração reafirmou que se está «muito, muito perto» do «Tratado de Lisboa», num esforço de última hora para deixar uma mensagem aos líderes europeus mais reticentes.


No dia em que se realiza a Cimeira informal de chefes de Estado e de Governo da UE, marcada para as 18:00, a aprovação do «Tratado de Lisboa» será o sinal que permitirá «mostrar ao mundo que a Europa avança», defendeu o primeiro-ministro português.

O optimismo de José Sócrates baseia-se na convicção, partilhada pelo Presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, de que ainda hoje será possível limar as derradeiras reivindicações da Itália e da Polónia que disse estarem já bem «delimitadas».

O dirigente socialista português defendeu a necessidade de se alcançar um compromisso «o mais rapidamente possível» para fechar um Tratado que na sua opinião vai influenciar positivamente o peso internacional da Europa.

O novo Tratado de Lisboa deverá pôr fim à crise institucional aberta na União após a rejeição da Constituição europeia por franceses e holandeses, nos referendos de 2005.

A Itália está descontente com a nova repartição de assentos no Parlamento Europeu e a Polónia quer reforçar os mecanismos de bloqueio de decisões comunitárias.

Varsóvia, embora descontente, deu um sinal positivo ao mostrar que está disposta a cumprir a palavra dada no Conselho Europeu de Junho, em Bruxelas, onde Portugal recebeu um «mandato claro e preciso» para a redacção do texto do novo Tratado reformador.

Cimeira de Lisboa iniciou-se com meia hora de atraso (act.)

Os líderes dos 27 iniciaram hoje, em Lisboa, a Cimeira da UE que é chamada a alcançar um acordo histórico sobre o Tratado que substituirá a falhada Constituição Europeia.


O encontro de dois dias começou às 18:35, mais de meia hora depois do previsto, com os chefes de Estado e de Governo da União Europeia decididos a ultrapassar os últimos obstáculos, principalmente os apresentados pela Polónia e Itália, à aprovação do futuro Tratado que a actual presidência portuguesa dos 27 pretende que fique para a história como Tratado de Lisboa.


O presidente em exercício do Conselho de líderes da UE, José Sócrates, recebeu, um a um, os seus congéneres europeus, à entrada do Pavilhão Atlântico, com os «holofotes» da imprensa internacional dirigidos à chegada do presidente da França, Nicolas Sarkozy, que apareceu em público pela primeira vez depois do anúncio do seu divórcio de Cécilia.


A aprovação em Lisboa do Tratado Reformador da UE e a sua posterior assinatura formal até ao final do ano é «a prioridade das prioridades» da actual presidência portuguesa da UE, que termina a 31 de Dezembro próximo.


José Sócrates afirmou ao início da tarde que os 27 estão «muito, muito perto» de ter um novo Tratado europeu e que ele se chamará «Tratado de Lisboa».


O primeiro-ministro português admitiu que «ainda há problemas», mas que esses problemas estão delimitados.


Por seu lado, o presidente polaco, Lech Kaczynski, já tinha afirmado a uma rádio, antes de partir para a capital portuguesa, que o seu país vai a Lisboa sem «margem de manobra» nas negociações finais sobre o futuro Tratado europeu, garantindo que Varsóvia honrará o compromisso acordado em Junho pelos 27, em Bruxelas.


«Não temos margem de manobra. Porquê? Porque já concluímos um compromisso em Bruxelas e os acordos são vinculativos. Concluímos esse acordo e não queremos mais nada», declarou o chefe de Estado polaco.


Por seu lado, o primeiro-ministro luxemburguês, Jean-Claude Juncker, veterano neste tipo de encontros, reiterou hoje, em Lisboa, o seu optimismo quanto a um acordo final sobre o novo Tratado durante a cimeira dos 27, mas advertiu que as reivindicações polacas continuam a constituir «um problema sério».


«Creio que o problema colocado pelos nossos amigos polacos continua a ser sério», afirmou Juncker, à margem de uma reunião do Partido Popular Europeu, realizada num hotel da capital, a poucas horas do início da Cimeira de chefes de Estado e de Governo da União.


A Polónia deverá assim ver consagrado no texto do novo Tratado, e não num anexo, como estava previsto anteriomente, uma cláusula que permitirá a um Estado-membro bloquear ou adiar a aprovação de uma decisão, considerada de interesse vital, mesmo estando em minoria.


Mas a Itália, que reivindica o aumento do número de deputados nacionais no Parlamento Europeu, é o país que está a levantar maiores dificuldades na recta final das negociações.


Roma exige o mesmo número de membros do Parlamento Europeu que o Reino Unido e a França, como até agora, apesar de ter uma população inferior à destes dois países.


A Itália está disposta a adiar a resolução da questão para mais tarde, mas a presidência portuguesa insiste sobre a sua resolução em Lisboa.


Com vista para o rio Tejo, numa das alas do Pavilhão Atlântico, os chefes de Estado e/ou de Governo dos 27 Estados-membros da UE vão tentar, até sexta-feira, chegar a acordo sobre o Tratado que substituirá a falhada Constituição Europeia e que poderá pôr fim a uma das maiores crises políticas da cinquentenária Europa comunitária.


Diário Digital / Lusa

Separação de Sarkozy: termo usado no divórcio é ambíguo

PARIS (AFP) — O termo "separação por consentimento mútuo", usado para classificar o divórcio do presidente da França Nicolas Sarkozy, anunciada nesta quinta-feira, não é usado juridicamente e pode dar margem a várias interpretações, segundo especialistas em direito familiar ouvidos pela AFP.


A expressão pode corresponder a uma separação de fato ou mesmo a um divórcio por consentimento mútuo.


"O uso da expressão 'separação por consentimento mútuo' permite essa dúvida, pois não se trata de um termo jurídico", afirmou um especialista em direito familiar.


Na "separação de fato", por exemplo, o casal pode viver separadamente, mas o matrimônio não é desfeito e os bens não são liquidados.


Em qualquer caso, tanto a 'separação de fato' quanto o 'divórcio por consentimento mútuo' implicam em pelo menos um encontro do casal com um juiz de assuntos familiares.


Segundo especialistas em direito familiar ouvidos pela AFP, o casal que escolhe o "divórcio por consentimento mútuo" deve apresentar um projeto de convenção, em que estabelece os termos da separação, como patrimônio, bens do casal e a custódia dos filhos.


Os dois são convocados, então, para uma audiência chamada de "conciliação" e, no final da audiência, o divórcio é declarado.


"Normalmente, o juiz recebe um cônjuge de cada vez e depois reúne o casal, para verificar se há realmente um acordo", destacou um dos magistrados ouvidos pela AFP e que já trabalhou como juiz de assuntos familiares.


Segundo o site do jornal Le Monde, "os Sarkozy haviam fixado um prazo de um mês e meio antes de comparecerem à audiência para homologar o acordo".


Pode haver ainda outras audiências, caso ocorra desacordos sobre a residência dos filhos e sobre os direitos de visita, por exemplo.

Europeus exaltam Kaká, Robinho e Ronaldinho na volta ao Maracanã

Milão (Itália) - A goleada por 5 a 0 aplicada pelo Brasil nessa quarta-feira no Equador não passou em branco na imprensa européia. Os principais jornais do Velho Continente não pouparam elogios à atuação brasileira, destacando principalmente o meia Kaká, autor de dois gols, ao lado de Robinho e Ronaldinho Gaúcho no retorno da seleção ao Maracanã.


O italiano Gazzetta Dello Sport foi o mais efusivo com o título “Delírio no Maracanã por Kaká, e o Brasil humilhou o Equador”. Em seu texto, o diário destaca “goleada da Seleção em seu estádio-talismã que não jogava desde 2000” e classifica o jogo como “uma noite inesquecível. O Maracanã celebra o pequeno mago (em alusão a Kaká) com todo o entusiasmo de uma noite memorável, explicitamente como um trailer da final da Copa do Mundo de 2014, que deve ser jogada no Brasil porque não há rivais. Antes, entretanto, haverá outro Mundial, o de 2010: e um time com um meio-campo que reúne Ronaldinho e Robinho pode impressionar”.


O tom de elogios ao trio ofensivo brasileiro também foi encontrado nos noticiários espanhóis. “A magia dos fantásticos goleia o Equador”, diz o As, que completa relatando que “o Brasil pisou no acelerador, com jogadas de luxo dos ‘fantásticos’ Kaká (Milan), Ronaldinho ( Barcelona) e Robinho (Real Madrid)”.


No Marca, o triunfo brasileiro aparece como “Brasil humilha com um 5 a 0 no Equador com um grande Kaká”. Repetindo o apelido de fantásticos, o jornal publica que “o Brasil voltou a ter inspiração com Kaká, Ronaldinho e Robinho (...) O grande adversário da Argentina nas Eliminatórias apareceu em toda sua dimensão no final do jogo e em pleno Maracanã, um templo que não era visitado pela equipe ‘canarinho’ desde 2000. O melhor dos pés do milanista Kaká, o barcelonista Ronaldinho e o madrilenho Robinho, os fantásticos de Dunga, reverteram de longe o gosto ruim que deixaram no empate por 0 a 0 com a Colômbia, em Bogotá”.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Anatel vai leiloar licenças para celulares

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) definiu para 18 de dezembro o leilão das freqüências de terceira geração de telefonia móvel no Brasil, chamadas de G3. O edital de licitação foi aprovado hoje (17) pelo conselho diretor da Anatel.

Segundo o conselheiro da agência José Leite Pereira Filho, a concorrência entre as operadoras deverá assegurar o sucesso do leilão. “A cobertura está fixada. Existem mais operadoras do que o número de bandas ofertado. Pelo menos em algumas regiões poderá haver disputa de preço”, afirmou.

De acordo com Pereira Filho, existem ao todo cinco bandas de freqüência na faixa de 1,9 gigahertz a 2,1 gigahertz, a principal utilizada no mundo para serviços de terceira geração. No entanto, apenas quatro bandas serão oferecidas ao mercado, com outorga renovável de 15 anos.

O conselheiro informou ainda que o país foi dividido em 11 áreas de prestação. A intenção, diz ele, é contemplar todas as operadoras que atuam no Brasil. “O objetivo é dar oportunidade a cada uma das prestadoras a operar na terceira geração”, explicou. “Se uma prestadora pequena tivesse que comprar uma região inteira para ter acesso ao novo espectro, ela poderia não ter condições de fazer isso.”

Para evitar que a disputa se concentre nas regiões com maior população e mais rentáveis para o mercado, a Anatel decidiu vincular algumas áreas de prestação, classificadas por Pereira Filho como “o filé e o osso”. “Quem comprar a Região Metropolitana de São Paulo terá de arrematar a Amazônia. E quem comprar o interior de São Paulo terá de adquirir parte do Nordeste”, explicou.

O conselheiro esclareceu que apenas o estado de São Paulo terá vinculação. “As demais regiões, nós cremos que são interessantes o suficiente para garantir o interesse dos investidores”, declarou.

Pelo cronograma estabelecido pela Anatel, cerca de 3,6 mil municípios em todo o país terão cobertura do serviço G3 em até oito anos. Ao todo, serão leiloadas 44 licenças nas 11 áreas de prestação. O lance mínimo estabelecido para o leilão é de R$ 2,8 bilhões.

Da Agência Brasil

Fiesp lamenta decisão do Copom

SÃO PAULO, 17 de outubro de 2007 - A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) lamenta a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) em manter a Selic em 11,25% ao ano, sem viés. "Embora sempre esperançosos na realização das mudanças necessárias ao crescimento do País, lamentamos a decisão do Copom de interromper o processo de redução da Selic".

Integra do texto


SÃO PAULO, 17 de outubro de 2007 - A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (11,25% ao ano, sem viés. "Embora sempre esperançosos na realização das mudanças necessárias ao crescimento do País, lamentamos a decisão do Copom de interromper o processo de redução da Selic" de adicional. cambial valorização indutor e especulativo investimento o para atraente menos juros taxa futura visão uma dava agora até promovida cortes seqüência a lenta, apesar que observa, entidade A . P <>


Estudos da Fiesp apontam que não há pressão de demanda e, portanto, temos as condições necessárias para prosseguir com os cortes nos juros.


'Mais uma vez nos decepcionamos com a falta de entendimento da realidade demonstrada pelo http://www.gazeta.com.br/integraNoticia.aspx?Param=3%2C0%2C+%2C958675%2CUIOU

Taxa de juros fica estável, após 2 anos de queda


O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) manteve a taxa básica de juros (Selic) em 11,25% ao ano. Como o percentual foi mantido sem viés, a taxa não poderá ser alterada até a próxima reunião do comitê, em 45 dias.

Com a decisão, o BC interrompeu uma trajetória de queda iniciada em setembro de 2005. Em nota à imprensa, o comitê deu a seguinte explicação: “Avaliando a conjuntura macroeconômica, o Copom decidiu por unanimidade fazer uma pausa no processo de flexiblização da política monetária e manter a taxa Selic em 11,25% ao ano, sem viés”.

A decisão era esperada pelas instituições de mercado ouvidas pelo BC para elaboração do boletim Focus. A ata da última reunião do Copom já havia indicado preocupação com a inflação.

Da Agência Brasil

Al Gore diz que não disputará a presidência dos EUA

Agencia Estado


O ex-vice-presidente dos Estados Unidos e ganhador do Nobel da Paz deste ano, Al Gore, disse que não tem planos de concorrer à presidência de seu país em 2008. A declaração foi feita numa entrevista concedida hoje por Gore à emissora estatal de televisão norueguesa NRK."Não tenho planos de ser candidato novamente", disse Gore à NRK quando questionado sobre o seu futuro político. "Estou envolvido em uma campanha diferente, é uma campanha global. É um tipo de campanha que muda o modo como as pessoas pensam sobre a crise climática.

"Gore e o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, sigla em inglês) foram agraciados pela Fundação Nobel por suas campanhas contra o aquecimento global. Desde o anúncio do prêmio, na semana passada, correligionários de Gore iniciaram uma campanha para que ele concorresse novamente na campanha pela candidatura do Partido Democrata à presidência dos EUA. O ex-presidente Jimmy Carter, Nobel da Paz em 2002, foi uma das mais personalidades políticas a manifestar simpatia a uma eventual candidatura de Gore.

Vice de Bill Clinton, Gore conquistou a candidatura democrata à Casa Branca em 2000 e teve maior número de votos populares na eleição contra o republicano George W. Bush.Gore perdeu a votação no Colégio Eleitoral depois que a Suprema Corte dos EUA oficializou sua derrota por apenas 537 votos populares na Flórida em meio a um processo marcado por diversas denúncias de fraude e manipulação.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Polícia tailandesa identifica pedófilo procurado pela Interpol


Ele é um canadense de 32 anos e chegou à Tailândia no dia 11 de outubro
Efe





Reuters




Imagem da câmera de segurança do aeroporto de Bangcoc mostra o pedófilo procurado pela Interpol

BANGCOC - A polícia tailandesa afirmou que um canadense de 32 anos é o suposto pedófilo reincidente procurado pela Interpol. A fotografia dele foi divulgada na internet para conseguir sua detenção.





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Segundo as autoridades da Tailândia, trata-se de Christopher Paul Neil, que por enquanto não foi detido. A polícia disse para a imprensa local que trabalha com a Interpol para reunir as provas necessárias para emitir uma ordem de detenção.





Horas antes, as autoridades divulgaram uma fotografia do suposto pedófilo no departamento de alfândegas do aeroporto de Subarnabumi, em Bangcoc, aonde ele chegou no dia 11 de outubro num vôo que saiu da Coréia do Sul.





A Interpol havia informado anteriormente que o suspeito era um cidadão britânico que ensinava inglês na Coréia do Sul.





Em 7 de outubro, a Interpol anunciou ter colocado em seu site a imagem de um suspeito de abusos sexuais contra menores em vários países, e pediu a ajuda dos cidadãos para identificá-lo.





Nos dias posteriores responderam a essa chamada cerca de 350 pessoas, que forneceram dados que permitiram estreitar o cerco contra o homem.





O próprio pedófilo ou cúmplices colocaram na internet imagens de conteúdo sexual com menores, embora elas tenham sido alteradas digitalmente para dissimular o rosto do adulto.

Criação do Estado palestino é prioridade para os EUA

Em reunião com o presidente da ANP, Rice disse que esse objetivo é essencial para futuro do Oriente Médio



RAMALLAH - A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, disse ontem em Ramallah que “chegou o momento de estabelecer um Estado palestino” e que seu país considera este objetivo prioridade máxima. “Vemos o estabelecimento de um Estado palestino como uma questão absolutamente essencial para o futuro, não só de palestinos e israelenses, mas também para o Oriente Médio e sobretudo para o interesse dos EUA”, declarou Rice em entrevista coletiva conjunta com o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas.
Rice se reuniu ontem com Abbas na “Muqata” (sede oficial da Presidência) em Ramallah, após fazer o mesmo com o primeiro-ministro palestino, Salam Fayyad, e com o chefe da equipe de negociações com Israel, o ex-primeiro-ministro Ahmed Qorei.




A secretária americana afirmou que o trabalho israelense e palestino prévio à conferência internacional de novembro “sugere que este é o esforço mais sério para tentar pôr fim ao conflito em muitos, muitos anos”. Ela reiterou que o documento preparado “não é um acordo definitivo em si mesmo, mas tem por missão demonstrar que existem as bases para as negociações destinadas ao estabelecimento de um Estado palestino”. Abbas se expressou na mesma linha, recusando-se a especificar as questões atualmente discutidas com os israelenses. Ele se limitou a declarar que, quando o texto for finalizado, “tudo ficará claro na conferência”.




A declaração conjunta será o ponto de partida para futuras conversas com o propósito de estabelecer um Estado palestino, disse ele, afirmando que a base para qualquer solução será o “Mapa do Caminho”, o plano de paz elaborado pelo Quarteto para o Oriente Médio (EUA, a UE, a ONU e Rússia). Apesar de nos últimos dias Rice ter baixado o nível das expectativas da reunião, que acontecerá em Annapolis (EUA), ontem ela insistiu que as partes se esforçam para apresentar um “documento substancial e concreto que mostrará que há um caminho a seguir”. “Francamente, temos coisas melhores a fazer do que convidar as pessoas a Annapolis para tirar uma foto”, disse Rice.




Ontem, o presidente da ANP disse que continua considerando Cisjordânia, Jerusalém e a Faixa de Gaza como “uma só entidade indivisível” e que faz tudo possível para reinar a segurança e a ordem nos territórios palestinos, especialmente após a tomada da Faixa pelo Hamas. Abbas pediu a Rice que aja para conter a expansão dos assentamentos judeus, a construção do muro na Cisjordânia, a desapropriação de terras palestinas em torno de Jerusalém por Israel e que, paralelamente, force Israel a libertar prisioneiros palestinos.




Também pediu que os EUA exerçam pressão para interromper as obras de construção em torno da Mesquita de al-Aqsa, retornar à situação anterior à explosão da atual Intifada, iniciada em setembro de 2000 e voltem a abrir as instituições palestinas em Jerusalém Oriental. Ontem, em Israel, o primeiro-ministro Ehud Olmert foi a Knesset (Parlamento) expressar dúvidas sobre se alguns bairros árabes de Jerusalém Oriental deveriam integrar o que Israel considera sua capital.




As declarações causaram forte polêmica. Analistas políticos acreditam que o premier israelense tenta antecipar para a opinião pública de seu país e dos nacionalistas no gabinete sua posição a respeito de uma eventual divisão da disputada cidade. Rice deve encontrar sua colega israelense, Tzipi Livni, nova chefe de negociações, amanhã em Jerusalém. A secretária volta a se reunir com Olmert e Abbas antes de terminar a visita à região, que também inclui encontros com egípcios e o rei da Jordânia, Abdullah II. (EFE)




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Israel e Hezbollah fazem trocas




NAQOURA, Líbano - Israel entregou a agentes da Cruz Vermelha Internacional pelo menos um prisioneiro e os corpos de dois guerrilheiros do Hezbollah numa troca pelo cadáver de um civil israelense, informou uma agência de notícias libanesa. Um veículo militar israelense carregando os corpos dos libaneses mortos foi visto se dirigindo à chamada “terra de ninguém” na fronteira entre os dois países no crepúsculo de ontem, e retornando após se encontrar no caminho com ambulâncias libanesas.




Um funcionário no Comitê Internacional da Cruz Vermelha em Beirute disse que a organização atuou como intermediária. Os corpos dos dois libaneses foram devolvidos por Israel e o corpo de um civil israelense foi entregue pelos libaneses. Oficiais da segurança libanesa com conhecimento da troca disseram mais tarde que um prisioneiro libanês nas mãos dos israelenses foi entregue mais tarde e a troca foi completada três horas após ter começado. Oficiais israelenses confirmaram que uma troca estava a caminho. O canal 2 da TV de Israel confirmou que o corpo do israelense entregue é de Gabriel Dwait, um imigrante judeu da Etiópia, que morreu em 2005 no Líbano.




Embora a troca de ontem tenha sido limitada, o fato que tenha ocorrido poderá melhorar as chances de novas trocas que possam envolver dois soldados israelenses, cuja captura no ano passado foi o estopim para a guerra entre Israel e o Hezbollah. Em comunicado, o gabinete do primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, disse que o acordo estava “na arquitetura das negociações para o retorno dos soldados capturados, Eldad Regev e Ehud Goldwasser.” (AP)

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

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domingo, 14 de outubro de 2007

Criminosos planejam matar Putin no Irã, informa Interfax

Por James Kilner


MOSCOU (Reuters) - O serviço de segurança russo foi advertido sobre um plano para assassinar o presidente do país, Vladimir Putin, durante sua visita ao Irã na terça-feira, informou a agência de notícias Interfax neste domingo.


Sem citar fontes, a Interfax disse que o serviço de segurança foi avisado de que homens-bomba e sequestradores tentariam matar ou capturar Putin.


A Interfax citou fontes do Kremlin dizendo que não comentariam a notícia, mas que o presidente havia sido informado.


A Interfax é a maior agência de notícia da Rússia e, muitas vezes, é usada pelo Kremlin ou por membros do governo como um meio de divulgar mensagens.


Putin, o primeiro líder do Kremlin a visitar o Irã desde o ditador soviético Josef Stálin, em 1943, irá oficialmente a Teerã para um encontro de cúpula dos países do Mar Cáspio.


Porém, uma reunião marcada com o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadineja, pode dar a Putin a chance de obter um comprometimento pacífico sobre o programa nuclear de Teerã e demonstrar sua independência de Washington nas questões do Oriente Médio.


O Ministério do Exterior do Irã desmentiu como "totalmente infundada" a notícia sobre um plano para assassinar o presidente russo durante sua visita a Teerã.


"Relatos publicados pela imprensa são totalmente infundados e estão em linha com a guerra psicológica deflagrada pelos inimigos que querem prejudicar o relacionamento entre Irã e Rússia", disse o porta-voz do ministério Mohammad Ali Hosseini à Reuters, quando questionado sobre a reportagem.


Irã acusa o ocidente de deflagrar uma "guerra psicológica" contra o Irã para obrigar o país a abrir mão de seu programa nuclear, o qual Teerã diz que não interromperá.

General turco ameaça dano à aliança com EUA

Agencia Estado


O general Yasar Buyukanit, o mais graduado da Turquia, alertou hoje que a aliança militar do seu país com os Estados Unidos sofrerá um "dano irreversível" se o Congresso dos EUA aprovar uma resolução que define as matanças dos armênios, ocorridas na I Guerra Mundial (1914-1918), como um genocídio. "Se essa resolução, que foi aprovada no comitê, também for aprovada no Congresso, nossa aliança militar com os Estados Unidos nunca mais será a mesma", disse Buyukanit.

A Turquia, cujo território é o maior corredor de abastecimento às tropas americanas no Iraque e no Afeganistão, chamou seu embaixador de Washington para consultas e alertou que poderá ocorrer um corte no apoio logístico às forças americanas após o comitê no Congresso dos EUA aprovar a medida na semana passada. Cerca de 70% do suprimento enviado às forças americanas no Iraque passam pela Turquia, bem como um terço do combustível usado pelos militares americanos.

No ano passado, a Turquia suspendeu sua colaboração militar com a França após o parlamento francês ter aprovado uma lei que define como crime negar que as matanças dos armênios foram um genocídio. Quando Washington impôs um embargo contra Ancara em 1975, por causa da disputa sobre a ilha de Chipre entre a Turquia e a Grécia, Ancara cortou seu apoio logístico às forças americanas no Mediterrâneo e também interrompeu a troca de informações entre os serviços de inteligência. Mais tarde, a cooperação foi restabelecida.