Tóquio, 25 jan (Prensa Latina) O Japão registrou em 2011 seu primeiro déficit
comercial anual em mais de três décadas, atribuído aos efeitos do
terremoto-tsunami de março, a valorização do iene nas exportações e os altos
custos das importações de combustíveis.
O saldo negativo no intercâmbio
de bens e serviços da economia japonesa atingiu 32 bilhões de dólares no citado
período, primeira cifra em vermelho desde 1980, de acordo com um relatório
preliminar divulgado hoje pelo Ministério de Finanças.
Ao comparar os
dados com os da etapa precedente, as vendas diminuíram 2,7%, influenciadas por
menores volumes de venda de veículos aos Estados Unidos e o Oriente
Médio.
Os envios de semiconductores e outros componentes eletrônicos
também se reduziram.
Enquanto que as compras aumentaram 12%,
impulsionadas pelas de petróleo, gás natural e outros.
A terceira
economia do mundo se viu obrigada a incrementar suas aquisições de produtos
energéticos depois da crise nuclear provocada pelo sismo e maremoto, que também
paralisaram boa parte da planta produtiva do país.
A isso se acrescenta a
realidade da economia global, incluída a crise da dívida na Europa, as
consequências a plantas japonesas causadas pelas inundações na Tailândia e a
valorização do iene, em um momento de menor demanda.
O fortalecimento da
moeda afeta duramente o setor exportador ao encarecer as vendas em detrimento de
sua competitividade.
ocs/lam/cc
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