quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Superávit primário atinge R$8,2 bilhões em novembro


Brasil Econômico   (redacao@brasileconomico.com.br)


A dívida líquida do setor público atingiu R$ 1,508 trilhão em novembro

No ano, o superávit primário acumulado do setor público somou R$ 126,8 bilhões, ou 3,36% do Produto Interno Bruto (PIB).

O superávit primário do setor público, incluindo governos estaduais, municipais e empresas estatais, atingiu R$ 8,2 bilhões no mês de novembro, frente a R$ 14 bilhões no mês anterior.

Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (28/12) pelo Banco Central (BC).

No ano, o superávit primário acumulado do setor público somou R$ 126,8 bilhões, ou 3,36% do Produto Interno Bruto (PIB). O valor, que representa a economia do governo para o pagamento do serviço da dívida pública, já alcança 99% da meta de superávit primário para este ano, de R$ 127,9 bilhões.

No acumulado em 12 meses até novembro, o superávit alcançou R$ 137,6 bilhões (3,34% do PIB).

No mês, o governo central teve superávit de R$ 4,8 bilhões; as empresas estatais tiveram superávit de R$ 773 milhões; e os governos regionais tiveram superávit de R$ 2,6 bilhões.

O resultado nominal, que inclui os gastos com juros, registrou déficit de R$ 10,2 bilhões em novembro.

De janeiro a novembro, o déficit nominal atingiu R$ 89,3 bilhões (2,36% do PIB), frente a R$ 85 bilhões (2,48% do PIB) no mesmo período de 2010.

Os juros nominais apropriados alcançaram R$ 18,4 bilhões em novembro, ante R$ 20,3 bilhões no mês anterior. No ano, os juros nominais apropriados totalizaram R$ 216,1 bilhões, ou 5,72% do PIB.

A dívida líquida do setor público atingiu R$ 1,508 trilhão em novembro, ou 36,6% do PIB. Em relação ao mês de outubro, houve uma redução de 0,8 ponto percentual do PIB.

Segundo o BC, a depreciação cambial de 7,3% no mês contribuiu de forma destacada para essa redução.

A dívida mobiliária federal, fora do Banco Central, totalizou R$ 1,752 trilhão em novembro, registrando acréscimo de R$ 20 bilhões em relação ao mês anterior.




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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Bahrein usou força excessiva durante revoltas, diz relatório


Comissão que investigou a repressão afirmou que não há evidências de ligação entre Irã e xiitas que lideraram manifestações

iG São Paulo 


O líder de uma comissão especial que investigou a repressão utilizada contra as revoltas no Bahrein afirmou nesta quarta-feira que as autoridades lançaram mão de tortura e "força excessiva" contra os detidos nas manifestações que acompanharam a tendência dos eventos ocorridos em países do Oriente Médio e no Norte da África, conhecidos como Primavera Árabe.


Foto: Reuters
Manifestantes agitam bandeiras nacionais do Bahrein (29/9)


Mahmoud Cherif Bassiouni - fazendo seus primeiros comentários oficiais sobre as descobertas do relatório - também afirmou que não há evidência de ligações entre o Irã e os xiitas que lideraram os protestos em uma clara repreensão aos líderes do Golfo que acusaram Teerã de ter um papel fundamental nos distúrbios do reino.

O estudo, autorizado pelos governantes sunitas do país em uma tentativa de diminuir as tensões, é o documento mais abrangente sobre as ações da força de segurança durante as revoltas que têm se espalhado pelo mundo árabe desde o início do ano.

O governo sunita prometeu não conceder imunidade a qualquer um suspeito de abusos e disse que proporia a criação de uma comissão permanente de direitos humanos. "Todos aqueles que infringiram a lei ou ignoraram ordens e instruções serão responsabilizados", disse um comunicado do governo, que afirma que o relatório reconhece que a "prática sistemática de maus tratos" terminou pouco depois de a lei de emergência ter sido revogada em 1º de junho.

O relatório de Bassiouni - lido durante coletiva na qual participou o rei do Bahrein - confirma as expectativas de que o documento seria altamente crítico aos oficiais no estratégico reino, que abriga a Quinta Frota americana. O texto completo do relatório, que abrange o período entre 14 de fevereiro e 30 de março, era esperado para ser divulgado mais tarde nesta quarta-feira.

Os xiitas correspondem a 70% da população do Bahrein, que tem 525 mil cidadãos, mas têm reclamado de ampla discriminação, como o impedimento no exercício de cargos altos no governo ou no Exército.

O relatório lançou uma luz sobre as táticas usada contra os manifestantes que já haviam sido observadas por grupos de direitos humanos: prisões em massa, expurgos dos locais de trabalho e universidades, destruição de mesquitas xiitas e abusos em casas de detenção. O documento de 500 páginas ressalta que muitos presos apanharam, tiveram os olhos vendados, foram chicoteados, levaram choques e foram ameaçados de estupro para confessarem crimes.

Os confrontos entre manifestantes e forças de segurança deixaram ao menos 35 mortos, incluindo agentes policiais. "Detentos foram torturados (...) o que prova que havia uma prática deliberada por alguns", disse Bassiouni.

Os investigadores, no entanto "não descobriram nenhum papel desempenhado pela República Islâmica iraniana". A descoberta contrasta com as alegações dos líderes do Bahrein e de aliados do Golfo de que o país persa, governado por xiitas, tinha participação na revolta.


No começo do mês, autoridades do Bahrein afirmaram que prenderam cinco suspeitos de pertencerem a uma célula terrorista iraniana que planejava ataques, incluindo um contra o embaixador saudita na capital Manama. "Você encontrou deficiências reais de algumas instituições do governo", disse o rei do Bahrein, Hamad bin Isa Al Khalifa, a Bassiouni, professor de direito penal nascido no Egito e ex-membro do painel de direitos humanos da ONU.

"Alguns podem se perguntar por que chamamos uma comissão de fora do país. Nossa resposta é: qualquer governo que tem um desejo sincero de reforma e progresso deve estar ciente do benefício da crítica construtiva."

Embora o derramamento de sangue e o caos no Bahrein seja pequeno em comparação com outras revoltas do mundo árabe - incluindo os novos protestos no Egito - o conflito na ilha ressoa de Teerã a Washington.
O Bahrein é um aliado dos EUA e Washington tomou medidas cautelosas: pediu aos líderes do país para abrir mais o diálogo com a oposição, mas evitou demasiada pressão pública.

Algumas autoridades americanas deram sinais de uma crescente impaciência com os governantes do país. Um acordo de US$ 53 milhões em armas com o Bahrein está suspenso até que seja feito um exame detalhado do relatório.

O Bahrein é visto como um ponto de inflexão na região liderada pela poderosa Arábia Saudita que não quer que seu exemplo se espalhe. O reino também é visto como uma linha de frente contra a influência iraniana. A monarquia sunita árabe e seus influentes xeques consideram quaisquer ganhos no xiita Bahrein significativos para conter o poder do Irã.

Os problemas no Bahrein não são novidade. Por décadas, os xiitas têm feito pressão para ganhar voz no governo. Seguindo a tendência da Primavera Árabe, os manifestantes xiitas ocuparam uma praça na capital Manama em fevereiro - apenas alguns dias depois de multidões terem tomado conta da Praça Tahrir, no Cairo, para celebrar o fim da era Mubarak.

Semanas depois, forças de segurança investiram contra as passeatas na Praça Pearl e impuseram uma lei de emergência. Centenas de ativistas, líderes políticas e profissionais liberais xiitas, como médicos, advogados, enfermeiras e atletas, foram presos e condenados por crimes contra o Estado em julgamentos realizados a portas fechadas em um tribunal especial de segurança que estava estabelecido durante o estado de emergência.

Três manifestantes foram sentenciados a penas de morte e muitos líderes da oposição foram condenados à prisão perpétua. Os governantes do Bahrein ofereceram algumas concessões, inclusive dando mais poder ao parlamento e abrindo o chamado "diálogo nacional" para as reformas.




Com AP e BBC



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terça-feira, 22 de novembro de 2011

Nova onda de protestos expõe dilema de futuro político no Egito



Manifestante ferido nos arredores da Praça Tahrir, nesta terça

Recente onda de protestos deixou mais de 30 mortos e centenas de feridos

A convocação de uma passeata multitudinária na Praça Tahrir, no Cairo, nesta terça-feira, expõe o dilema sobre o futuro político do Egito, dividido entre os que apoiam a junta militar no poder e os que exigem uma transição mais veloz a um governo civil.

Ativistas instaram a população a ocupar em massa a praça, pedindo a saída do Conselho Militar. Desde a noite de segunda-feira, centenas de milhares de pessoas estão se reunindo na Tahrir, palco de três dias consecutivos de violência entre soldados e manifestantes, que resultou em mais de 30 mortes e centenas de pessoas feridas. Os confrontos continuam nesta terça.


O editor para Oriente Médio da BBC, Jermy Bowen, explica que a atual crise vinha sendo fomentada há meses e gira em torno de uma questão: quem terá a palavra final no novo modelo governamental do país – o povo, via políticos eleitos, ou os generais?

Desde a derrubada da monarquia, em 1952, as Forças Armadas têm estado por trás de todos os governos do país, e controlam estimados 20% a 40% da economia.

O próprio Exército pressionou pela renúncia de Mubarak quando percebeu que este havia perdido apoio popular. Desde então, a maior autoridade do país é o Conselho Supremo das Forças Armadas, agora questionada pelos manifestantes.

Lento processo de transição

Os atuais protestos no Cairo não têm sido tão grandes quanto os que derrubaram o presidente Hosni Mubarak, em fevereiro, mas estão tendo um forte impacto nas instituições governamentais – tanto que renunciou, nesta segunda-feira, o gabinete provisório do premiê Essam Sharaf, que havia sido nomeado pelos militares. Ainda não está claro se a renúncia foi aceita.

A correspondente da BBC no Cairo, Yolande Knell, explica que, após a queda de Mubarak, os egípcios apoiaram a junta militar no comando do país. Agora, porém, muitos manifestantes se queixam do lento processo de transição a um governo civil e alegam que os militares estão se aferrando ao poder e dando continuidade ao regime derrubado pela população.

Os manifestantes também rejeitam uma proposta de mudanças constitucionais, apresentadas pelo governo interino, que preveem que os militares e seu orçamento poderiam ficar isentos de supervisão civil.
Ao mesmo tempo, a atual onda de violência coloca em dúvida as eleições parlamentares, cujo início está previsto para a próxima segunda-feira.

E os militares já propuseram adiar as eleições presidenciais para o final de 2012 ou o início de 2013, proposta que despertou críticas na oposição, defensora de que o pleito ocorra em abril próximo.

Diálogo político

Há relatos de que a junta militar estaria, nesta terça, conversando com líderes políticos, para decidir se aceitará a renúncia do gabinete de governo.

A Irmandade Muçulmana – cujo partido, Liberdade e Igualdade, é amplamente visto como um dos favoritos nas eleições parlamentares – está participando das conversas.
Confrontos entre manifestantes e forças de segurança nos arredores da Praça Tahrir, nesta terça (Reuters)
Violência coloca em dúvida a realização de eleições, marcadas para a semana que vem
A Irmandade se recusou a participar dos protestos desta terça-feira na Praça Tahrir, aparentemente porque não quer pôr em risco o processo eleitoral.

Sem o apoio da Irmandade, é possível que a marcha desta terça não alcance o número esperado pelos manifestantes para rivalizar com os protestos anti-Mubarak, no início do ano.

Além dos recentes confrontos na Praça Tahrir, há relatos de violência também em outras partes do país. Duas pessoas morreram na cidade portuária de Ismalia, no Canal de Suez, após enfrentamentos entre as forças de segurança e um grupo de 4 mil manifestantes, segundo testemunhas.

'Falhou completamente'

Em relatório publicado nesta terça, a ONG Anistia Internacional disse que a junta militar egípcia "falhou completamente em cumprir suas promessas aos egípcios, de melhoras (no cumprimento de) direitos humanos".

A Anistia diz que o atual governo manteve muitas das práticas abusivas atribuídas ao regime de Mubarak, como tortura de presos políticos e veto à imprensa crítica.

Em contrapartida, o analista Sameh Saif al-Yazal, chefe do Instituto de Estudos de Segurança no Egito, disse à BBC que a maioria silenciosa dos egípcios ainda apoia a junta militar.

"Somos uma nação de 85 milhões. Vemos alguns milhares liderando esse tipo de agressão. A maioria (da população) deseja mais respeito para o governo e a força policial", opina, alegando que os militares "não têm a ambição de se manter no poder".





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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Ahmadinejad rejeita relatório e diz que Irã não vai recuar em programa nuclear

Presidente iraniano nega acusação da agência nuclear da ONU de que seu governo trabalha para desenvolver armas atômicas


O presidente do Irã, Mahmoud Ajmadinejad, disse que o país não vai recuar em seu programa nuclear, um dia após um relatório da ONU afirmar que o governo iraniano trabalha para desenvolver armas atômicas. O líder voltou a negar as acusações.

“Não vamos recuar no caminho que estamos seguindo”, afirmou Ahmadinejad em um pronunciamento para milhares de espectadores em Sharhr-e-Kord, e transmitido ao vivo pela TV estatal. “Por que a agência nuclear da ONU arruína seu prestígio com afirmações absurdas dos Estados Unidos?”, questionou.


Foto: AFP
Ahmadinejad cumprimenta partidários antes de pronunciamento em Sharhr-e-Kord, no Irã


“Nossa nação é sábia. Não vamos construir duas bombas atômicas contra as 20 mil que vocês têm”, afirmou, aparentemente se dirigindo aos países ocidentais. “Mas construímos coisas às quais vocês não conseguem responder: ética, decência, monoteísmo e justiça.”

Na terça-feira, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) afirmou pela primeira vez que o Irã é suspeito de conduzir experimentos secretos cujo único propósito é o desenvolvimento de armas nucleares.

A conclusão está em relatório que circulou para seus 35 membros e para o Conselho de Segurança da ONU. De acordo com o documento, enquanto parte do trabalho nuclear secreto do Irã pode ter propósitos pacíficos, "outros são específicos para armas nucleares".

Um anexo de 13 páginas ao relatório da agência sobre o Irã detalha inteligência e pesquisa da AIEA que mostram que Teerã trabalha em todos os aspectos de pesquisa com o objetivo de construir uma arma, incluindo produzir uma ogiva para um míssil.


França defende sanções

Nesta quarta-feira, o ministro francês das Relações Exteriores, Alain Juppé, defendeu uma nova rodada de sanções da ONU ao Irã por causa do relatório.

"Estamos determinados a reagir. O Conselho de Diretores da AIEA deve condenar explicitamente a conduta do Irã, e também se impõe a convocação do Conselho de Segurança", declarou Juppé à Rádio

França Internacional.

"O relatório da AIEA mostra que o Irã continua com suas atividades e continua se negando a dialogar de forma transparente com a AIEA sobre todas as tecnologias que permitam fabricar uma arma atômica", destacou. "Essa situação é inaceitável".

O representante do Irã na AIEA, Ali Asghar Soltaniyeh, ecoou o pronunciamento de Ahmadinejad e disse que o país “jamais abandonará seu direito legítimo em termos nucleares”. Ele acrescentou, porém, que o governo pretende “continuar respeitando suas obrigações” e colaborando com a agência da ONU.

Soltanyeh disse que o relatório divulgado na terça-feira "não têm nada de novo”. "Voltamos às velhas alegações”, afirmou. "O Irã já provou que as alegações dos Estados Unidos não têm fundamento e que nos últimos oito anos não emergiu qualquer prova do uso militar de material nuclear".


Israel

Com especulações de que Israel estuda uma resposta militar, o relatório abre um novo caminho de confronto entre o Ocidente e o Irã.

Nesta quarta-feira, o chefe-adjunto de Estado-Maior das Forças Armadas iranianas, general Masud Jazayeri, ameaçou destruir Israel se seguir em frente no suposto plano de atacar instalações nucleares do Irã.

"O centro (nuclear israelense) de Dimona é o local mais acessível para o qual podemos apontar. Ante uma ação de Israel, veremos sua destruição", advertiu o general Jazayeri, citado pela televisão iraniana em idioma árabe Al Alam.

O presidente israelense Shimon Peres advertiu no domingo que a possibilidade de um ataque militar contra o Irã é maior que a de uma ação diplomática.

"A possibilidade de um ataque militar contra o Irã parece mais próxima que a opção diplomática", afirmou o presidente em declarações ao jornal Israel Hayom. "Não acredito que já tenha sido tomada uma decisão a respeito, mas dá a impressão de que os iranianos vão se aproximando da bomba atômica", acrescentou.






Com AP, EFE, AFP e Reuters





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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

FOCUS-Mercado reduz previsão de inflação em 2012 a 5,57%



SÃO PAULO (Reuters) - O mercado financeiro reduziu ligeiramente sua previsão para a inflação brasileira em 2012, assim com o cenário para o crescimento econômico neste ano, mostrou o relatório Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira.


O prognóstico para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2011 foi mantida em 6,50 por cento. Para 2012, ela recuou pela terceira semana seguida, de 5,59 por cento na semana passada para 5,57 por cento.
A meta do governo para a inflação nos dois anos tem centro em 4,5 por cento e tolerância de 2 pontos percentuais para baixo ou para cima


O Focus acrescentou que a projeção para o IPCA nos próximos 12 meses, por outro lado, aumentou ligeiramente, de 5,62 para 5,63 por cento.


A estimativa para o crescimento econômico neste ano caiu para 3,20, ante 3,29 por cento, enquanto a de 2012 permaneceu em 3,50 por cento.


A estimativa para a Selic deste ano ficou estável em 11 por cento, e a de 2012 seguiu em 10,50 por cento.
O cenário para o câmbio permaneceu em 1,75 real tanto em 2011 como em 2012.



(Reportagem de Vanessa Stelzer)





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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Decisão sobre o cancelamento do Enem 2011deve sair na terça


União apresenta alegações contra o cancelamento à Justiça Federal do Ceará.


Os procuradores do Ministério da Educação, Mauro Chaves, e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Eliana Sartori, entregaram no início da tarde desta segunda-feira, 31, ao juiz Luís Praxedes, da 1ª Vara Federal do Ceará, as alegações da União contra a pretensão do Ministério Público de cancelar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), realizado nos dias 22 e 23 últimos por mais de quatro milhões de estudantes, em todo o país.

O promotor Oscar Costa Filho propôs ainda, alternativamente, o cancelamento, em todas as provas, das 13 questões que teriam sido copiadas em apostilas do Colégio Christus, de Fortaleza.

Em suas alegações, compartilhadas pelos advogados da Advocacia-Geral da União (AGU), o Inep alega que o episódio ocorreu apenas de forma localizada, entre os alunos do referido colégio, cujas provas já foram canceladas. Sustenta, ainda, que ofereceu àqueles estudantes a possibilidade de refazer a prova, nos dias 28 e 29 de novembro próximo, sem qualquer prejuízo à isonomia, uma vez que as provas foram elaboradas com base no conceito da teoria de resposta ao item (TRI).

Os advogados da União agregaram ainda a informação de que a decisão tomada pelo Inep guarda relação com as melhores práticas em exames nacionais desse porte. Incluídas as avaliações americana, francesa e britânica.

O juiz Luiz Praxedes deve divulgar a decisão até o fim da tarde de terça-feira, 1º de novembro. Ainda nesta segunda-feira, 31, às 15 horas locais (16 horas de Brasília), a professora Malvina Tuttman, presidente do Inep, concede entrevista coletiva, no auditório do Banco Central, em Fortaleza. (Assessoria de Comunicação Social).



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sábado, 29 de outubro de 2011

Lideranças de governo e oposição manifestam solidariedade a Lula

Ex-presidente está com tumor e tratamento deve durar pelo menos 3 meses.
Presidente da Câmara e líderes do PSDB e PPS desejaram 'sucesso' a Lula.


Do G1, em Brasília*




Os presidentes do Senado Federal, José Sarney (PMDB-AP), e da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), divulgaram neste sábado (29) notas de solidariedade ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Após exames de rotina, foi diagnosticado um tumor na laringe de Lula, que terá de ser submetido a tratamento de quimioterapia, que deve durar pelo menos 3 meses.

Maia diz que confia na recuperação do ex-presidente. “Tenho certeza que o homem que conheci na década de 1980, sempre forte, aguerrido e cheio de vida, enfrentará a doença com a mesma força e energia que todos conhecemos”, afirmou o líder petista.

Em nota, Sarney afirmou que Lula é "necessário" para o Brasil. "Lula é um lutador, já venceu muitas batalhas e vencerá mais esta. Espero que com a ajuda de Deus e o pensamento solidário de todos nós em breve estará recuperado. Lula é muito necessário ao país e a todos os brasileiros", afirmou o presidente do Senado.
Mensagens de apoio ao ex-presidente partiram também de lideranças da oposição. Em nota, o líder do PSDB na Câmara, deputado federal Duarte Nogueira (PSDB-SP), afirmou que não se deve "confundir disputa política com vida pessoal" e prestou solidariedade à Lula e sua família.

"Luiz Inácio da Silva, independentemente das discordâncias políticas, merece nossa solidariedade neste difícil momento de sua vida. Estimo sinceras melhoras e força para enfrentar o tratamento necessário, ao mesmo tempo em que estendo aos seus familiares meu desejo para que tenham fé na cura do ex-presidente", afirmou o líder tucano.

O presidente do PPS, Roberto Freire (SP), desejou ao ex-presidente "sucesso" no tratamento e elogiou a postura de Lula diante da doença.

“O PPS é solidário ao ex-presidente Lula e a sua família. Nós desejamos sucesso em seu tratamento e a sua pronta recuperação. Lula agiu corretamente ao não esconder a sua doença. Tal atitude é rara de ser vista em homens públicos”, disse Freire, por meio de nota.

Depois do anúncio da doença, foram registradas diversas manifestações de apoio ao ex-presidente  por parte de políticos e amigos.

"Estamos todos muito preocupados, mas temos esperança da capacidade dele de superar obstáculos. Conhecemos sua energia e sua saúde. E se Deus quiser vai superar mais esse obstáculo", disse  ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho.

"Eu, como todos os brasileiros, torcemos para a pronta recuperação do ex-presidente Lula. Afinal, ele é um homem acostumado a superar desafios e limites. Com certeza vai superar mais este", afirmou o vice-presidente, Michel Temer.

Políticos e parlamentares também usaram seus microblogs no Twitter para expressar solidariedade ao ex-presidente e sua família.

"É hora de torcer e rezar por Lula", afirmou o presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO).

"Um abraço forte, Lula. Que tudo ande bem", disse o senador Pedro Simon (PMDB-RS).

"Espero que o presidente Lula tenha uma rápida recuperação. O debate político ainda precisa muito da contribuição dele", escreveu o presidente do PSDB, deputado federal Sérgio Guerra (PE).

"Desejo total recuperação ao ex-presidente Lula. Ele vai superar isso. Diferenças ficam no campo político, sempre. Que a família tenha fé", disse o líder do DEM na Câmara, deputado federal ACM Neto (BA).

"Quem sobreviveu à Caatinga, à perdas pessoais e teve a garra de enfrentar varias eleições e ganhar, vai vencer mais este desafio. Força Lula. Você tem uma corrente positiva que ninguém jamais teve neste país. Estamos juntos para enfrentar mais esta", disse a senadora Marta Suplicy (PT-SP).

"O povo Brasileiro está numa grande corrente de oração para sua melhora, presidente Lula. Muita força no tratamento #estamosjuntos", disse a senadora Vanessa Grazziotin (PC do B-AM).

"Amigo Lula... que a energia do universo nos ajude a sair dessa", escreveu o senador petista Paulo Paim (RS).

"Nosso querido Presidente Lula vai superar mais um desafio. O melhor Presidente da história do Brasil ainda fará muito pelo nosso país", disse o ex-ministro do Esporte Orlando Silva (PC do B).

"Meu abraço, meu mestre e amigo companheiro Lula. Tenho certeza que tu tens força interior suficiente e apoio para sair de mais essa na tua vida", afirmou o governador Tarso Genro, do Rio Grande do Sul, em mensagem gravada em vídeo.

"Votos de rápida recuperação ao amigo e presidente Lula", escreveu o novo ministro do Esporte, Aldo Rebelo (PC do B).

"Só quem vivenciou uma doença como o câncer no âmbito familiar sabe a tristeza que é. Lula e sua família vão superar isso", afirmou o deputado federal Ronaldo Caiado (DEM-GO).


'Rápida recuperação'
A presidente Dilma Rousseff também divulgou na tarde deste sábado nota de apoio à "rápida recuperação" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Na nota, a presidente relembra que enfrentou a mesma doença e passou por tratamento no mesmo hospital. "Tenho certeza de que acontecerá o mesmo com o presidente Lula", afirmou Dilma.

No texto, Dilma destacou a "determinação e capacidade de superação de adversidades" do ex-presidente.
"Como sua amiga, companheira, irmã e admiradora, estarei a seu lado com meu apoio e amizade para acompanhar a superação de mais esse obstáculo", declarou.
*Com informações da Reuters.






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sexta-feira, 29 de julho de 2011

Air France emite nota em defesa da tripulação do voo 447


Relatório sobre as causas do acidente com o Airbus A330 da companhia aponta uma série de erros cometidos pelo copiloto

Após a divulgação de resumo do relatório final sobre as causas da queda do Airbus A330 da Air France, que realizava o trajeto Rio de Janeiro-Paris em 31 de maio de 2009, a companhia defendeu o trabalho da tripulação do voo 447. O texto divulgado nesta sexta-feira aponta que a queda foi provocada, principalmente, por erros sucessivos do copiloto.

Em nota oficial, a companhia afirma que “nada permite, neste estágio, colocar em dúvida as competências técnicas da tripulação” e destaca que é preciso compreender se o ambiente técnico, os sistemas, os alarmes complicaram a compreensão da situação por parte da tripulação.

Segundo o relatório, a companhia entende que o congelamento das sondas Pitot, que medem a velocidade da aeronave e enviam tal informação para a cabine, foi o evento inicial de uma sequência de problemas que culminou na tragédia que matou 228 pessoas: "Num ambiente dentro da cabine de comando degradado e desestabilizado, o aparelho perdeu sustentabilidade a grande altitude, sem conseguir recuperá-la, e chocou-se na superfície do oceano Atlântico em grande velocidade".

A companhia ainda prestou uma homenagem ao trabalho da tripulação e rejeitou a hipótese levantada pelo relatório de que o piloto estava fora da cabine no momento do acidente. "Durante esta sequência de acontecimentos, a tripulação no comando, reunindo as competências dos dois copilotos e do comandante, fez prova de consciência profissional e comprometimento até o fim na condução do voo", diz a nota.

Leia a íntegra da mensagem:

Reação da Air France à publicação do terceiro relatório do BEA


O Bureau de Pesquisas e Análises acaba de apresentar, em seu terceiro relatório, as circunstâncias exatas do acidente do voo AF 447 Rio/Paris em 1º de junho de 2009.


Este trabalho vem esclarecer ainda mais esta tragédia que abalou profundamente a Air France e a comunidade do transporte aéreo. A empresa deseja prestar sua homenagem à memória dos passageiros e membros da tripulação deste acidente e transmite seus sinceros pêsames às suas famílias.


A partir da análise dos dados dos gravadores de voo, ficou presentemente estabelecido que a combinação de múltiplos elementos improváveis conduziram à catástrofe em menos de quatro minutos: o congelamento das sondas Pitot foi o evento inicial que levou ao desligamento do piloto automático, à perda das proteções associadas de controle de pilotagem e a consideráveis movimentos de rolagem. Num ambiente dentro da cabine de comando degradado e desestabilizado, o aparelho perdeu sustentabilidade a grande altitude, sem conseguir recuperá-la, e chocou-se na superfície do oceano Atlântico em grande velocidade. Note-se que as inúmeras vezes em que os alarmes de perda de sustentabilidade foram ativados e parados intempestiva e enganosamente, em contradição com a situação do avião, contribuiu fortemente na dificuldade da tripulação em analisar a situação.


Durante esta sequência de acontecimentos, a tripulação no comando, reunindo as competências dos dois copilotos e do comandante, fez prova de consciência profissional e comprometimento até o fim na condução do voo. A Air France presta homenagem à sua coragem e à sua determinação nestas condições extremas.


Nada permite, neste estágio, colocar em dúvida as competências técnicas da tripulação.


O trabalho agora vai continuar a fim de compreender as causas, os diferentes fatores técnicos e os fatores humanos que contribuíram no desenrolar desta catástrofe. É importante compreender se o ambiente técnico, os sistemas, os alarmes complicaram a compreensão da situação por parte da tripulação.


O BEA também emitiu diferentes recomendações às autoridades europeias responsáveis pela segurança aérea, que a Air France já colocou em prática ou colocará o mais rapidamente possível. Para além dos elementos que serão trazidos pelo relatório final do BEA e pelos trabalhos da investigação judicial, sabemos, e isto é o mais importante para o transporte aéreo, que as medidas já tomadas fizeram progredir significativamente a segurança aérea. Elas visam evitar que tal tipo de acidente se reproduza.



http://ultimosegundo.ig.com.br


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sábado, 16 de julho de 2011

Oito bancos europeus são reprovados em 'teste de resistência' financeira


Euro. Getty
Performance ruim dos bancos é anunciada em meio a crise da dívida que ameaça a estabilidade do euro

Oito bancos europeus, sendo cinco da Espanha, dois da Grécia e um da Áustria, não passaram no que foi denominado "teste de resistência", uma avaliação da saúde financeira das instituições feita pela Autoridade Bancária Europeia.


O teste da agência ligada à União Europeia foi imposto a 90 instituições financeiras do continente. Segundo anuncio feito nesta sexta-feira, além dos oito reprovados, outros 16 bancos estão em "zona de perigo".


A Autoridade Bancária Europeia pediu aos países que estejam em alerta para controlar com rapidez a eventual escassez de divisas das instituições.


Os bancos que falharam no teste são o austríaco Oestereichische Volksbank, os gregos ATEbank e EFG Eurobank e os espanhóis Spain, Catalunya Caixa, Pastor, Unnim, Caja3 e CAM.


A instituição também pediu aos dois maiores bancos de Portugal, o Banco Comercial Português e o Espírito Santo, que reforcem seus fluxos de caixa nos próximos três meses.


Um dos critérios usados pela agência para avaliar a saúde dos bancos é a manutenção de pelo menos 5% de capital “sólido” pelas instituições (ou capital "core tier one"), que poderia servir como garantia em caso de uma eventual crise de insolvência.


Crise da dívida
A notícia vem em meio à maior crise já enfrentada pela zona do euro, abalada pela possibilidade de calote da Grécia, cuja dívida pública já atinge 150% do seu Produto Interno Bruto (PIB).


Além dos gregos, Portugal e Irlanda também tiveram seus títulos rebaixados ao nível de grau especulativo (também chamado de junk, ou lixo, em tradução literal), devido ao perigo de insolvência.


A este grupo se juntou, nesta semana, a Itália, que teve de aprovar um plano de austeridade de 70 bilhões de euros a fim de acalmar os mercados e manter sua saúde financeira. A dívida pública italiana atinge 120% da riqueza produzida pelo país.


O temor de calote e contágio generalizado é visto como uma grande ameaça ao euro, a moeda comum europeia.




http://www.bbc.co.uk


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quarta-feira, 6 de julho de 2011

FAB retoma busca por aeronave desaparecida


A Força Aérea Brasileira (FAB) retomou nesta manhã, às 8 horas, as buscas pela aeronave de pequeno porte que desapareceu na sexta-feira no interior do Pará. Não foi informado o número de passageiros que estavam a bordo. A aeronave Sêneca PA-34 decolou de Aldeia Cuxaré com destino a Aldeia Bona. A região de buscas é de mata fechada.



Participam da missão de busca e resgate duas aeronaves (um avião SC-105 Amazonas e um helicóptero H-1H) e 30 militares. Até ontem, a varredura já havia coberto uma área de 2900 quilômetros quadrados, o que equivale cerca de duas vezes o tamanho da cidade de São Paulo



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segunda-feira, 23 de maio de 2011

Governo não tem previsão de fazer aporte de R$ 55 bilhões para BNDES

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Economia

terça-feira, 10 de maio de 2011

Problemas psiquiátricos é a causa da maior parte de anos de vida perdidos

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Uma série de estudos sobre o Brasil, publicada ontem (9) no periódico médico “Lancet”, mostram que as doenças mentais são as responsáveis pela maior parte de anos de vida perdidos no país devido a doenças crônicas. Calculando tanto a mortalidade causada pelas doenças como a incapacidade provocada por elas para trabalhar e realizar tarefas do dia a dia.

Na lista das doenças que tomam maior parte de anos de vida e que estão de destaque entre os problemas de saúde pública do país estão:
Problemas psiquiátricos – responsáveis por 19% dos anos perdidos, sendo os maiores vilões a depressão, psicoses e dependência de álcool, que há uma relação com o estilo de vida, uma vez que pesquisas recentes do Ministério da Saúde apontam um aumento no consumo abusivo de bebidas.
Doenças cardiovasculares – responsáveis por 13% dos anos perdidos.
De acordo com o estudo 18% a 30% dos brasileiros já apresentam sintomas de depressão.

Maria Inês Schmidt, professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e uma das autoras do estudo, afirmou que são necessários mais estudos para saber de que forma o modo de vida nas cidades pode influenciar o aparecimento da depressão, além das causas bioquímicas.

O estudo também mostra que o envelhecimento da população também contribui para o aparecimento de transtornos psiquiátricos. A mortalidade por demência aumentou de 1,8 por 100 mil óbitos, em 1996, para 7 por 100 mil em 2007.

A série de estudos do “Lancet” coloca como outros problemas emergentes de saúde diabetes, hipertensão e alguns tipos de câncer, como o de mama. Essas doenças estão associadas a mudanças no padrão alimentar, como o aumento do consumo de produtos ricos em sódio.


www.imperatriznoticias.com.br


sábado, 1 de janeiro de 2011

Leia a íntegra do discurso de Dilma no Congresso


Ueslei Marcelino/Reuters
Ueslei Marcelino/Reuters
Dilma lembrou de Lula em sua fala
Dilma enaltece conquista das mulheres e promete erradicar pobreza
 
Do R7

 A Presidência da República divulgou a íntegra do discurso feito por Dilma Rousseff, durante cerimônia de posse no Congresso Nacional. Leia abaixo:

"Senhor presidente do Congresso Nacional, senador José Sarney,
Senhores chefes de Estado e de Governo que me honram com as suas presenças,
Senhor vice-presidente da República, Michel Temer,
Senhor presidente da Câmara dos Deputados, deputado Marco Maia,
Senhor presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Cezar Peluso,
Senhoras e senhores chefes das missões estrangeiras,
Senhoras e senhores ministros de Estado,
Senhoras e senhores governadores,
Senhoras e senhores senadores,
Senhoras e senhores deputados federais,
Senhoras e senhores representantes da imprensa,
Meus queridos brasileiros e brasileiras,


Pela decisão soberana do povo, hoje será a primeira vez que a faixa presidencial cingirá o ombro de uma mulher. Sinto uma imensa honra por essa escolha do povo brasileiro e sei do significado histórico desta decisão. Sei, também, como é aparente a suavidade da seda verde-amarela da faixa presidencial, pois ela traz consigo uma enorme responsabilidade perante a nação.

Para assumi-la, tenho comigo a força e o exemplo da mulher brasileira. Abro meu coração para receber, neste momento, uma centelha da sua imensa energia.

E sei que meu mandato deve incluir a tradução mais generosa desta ousadia do voto popular que, após levar à presidência um homem do povo, um trabalhador, decide convocar uma mulher para dirigir os destinos do país.

Venho para abrir portas para que muitas outras mulheres também possam, no futuro, ser presidentas; e para que - no dia de hoje - todas as mulheres brasileiras sintam o orgulho e a alegria de ser mulher.

Não venho para enaltecer a minha biografia; mas para glorificar a vida de cada mulher brasileira. Meu compromisso supremo - eu reitero - é honrar as mulheres, proteger os mais frágeis e governar para todos!

Venho, antes de tudo, para dar continuidade ao maior processo de afirmação que este país já viveu nos tempos recentes.

Venho para consolidar a obra transformadora do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, venho para consolidar a obra transformadora do presidente Lula, com quem tive a mais vigorosa experiência política da minha vida e o privilégio de servir ao país, ao seu lado, nestes últimos anos.

De um presidente que mudou a forma de governar e levou o povo brasileiro a confiar ainda mais em si mesmo e no futuro do país.

A maior homenagem que posso prestar a ele é ampliar e avançar as conquistas do seu governo. Reconhecer, acreditar e investir na força do povo foi a maior lição que o presidente Lula deixa para todos nós.

Sob a sua liderança, o povo brasileiro fez a travessia para uma outra margem da nossa história.

Minha missão agora é de consolidar esta passagem e avançar no caminho de uma nação geradora das mais amplas oportunidades.

Quero, neste momento, prestar minha homenagem a outro grande brasileiro, incansável lutador, companheiro que esteve ao lado do presidente Lula nesses oito anos: nosso querido vice-presidente José Alencar. Que exemplo de coragem e de amor à vida nos dá este grande homem!! E que parceria fizeram o presidente Lula e o vice-presidente José Alencar, pelo Brasil e pelo nosso povo!! Eu e o vice-presidente Michel Temer nos sentimos responsáveis por seguir no caminho iniciado por eles.

Um governo se alicerça no acúmulo de conquistas realizadas ao longo da história. Ele sempre será, ao seu tempo, mudança e continuidade. Por isso, ao saudar os extraordinários avanços recentes, liderados pelo presidente Lula, é justo lembrar que muitos, a seu tempo e a seu modo, deram grandes contribuições às conquistas do Brasil de hoje.

Vivemos um dos melhores períodos da vida nacional: milhões de empregos estão sendo criados; nossa taxa de crescimento mais que dobrou e encerramos um longo período de dependência do Fundo Monetário Internacional, ao mesmo tempo em que superamos a nossa dívida externa.

Reduzimos, sobretudo, a nossa dívida social, a nossa histórica dívida social, resgatando milhões de brasileiros da tragédia da miséria e ajudando outros milhões a alcançarem a classe média.

Mas, em um país com a complexidade do nosso, é preciso sempre querer mais, descobrir mais, inovar nos caminhos e buscar sempre novas soluções.

Só assim poderemos garantir, aos que melhoraram de vida, que eles podem alcançar mais; e provar, aos que ainda lutam para sair da miséria, que eles podem, com a ajuda do governo e de toda a sociedade, mudar de vida e de patamar.

Que podemos ser, de fato, uma das nações mais desenvolvidas e menos desiguais do mundo - um país de classe média sólida e empreendedora.

Uma democracia vibrante e moderna, plena de compromisso social, liberdade política e criatividade.

Queridos brasileiros e queridas brasileiras, para enfrentar estes grandes desafios é preciso manter os fundamentos que nos garantiram chegar até aqui. Mas, igualmente, agregar novas ferramentas e novos valores.

Na política é tarefa indeclinável e urgente uma reforma com mudanças na legislação para fazer avançar nossa jovem democracia, fortalecer o sentido programático dos partidos e aperfeiçoar as instituições, restaurando valores e dando mais transparência ao conjunto da atividade pública.

Para dar longevidade ao atual ciclo de crescimento é preciso garantir a estabilidade, especialmente a estabilidade de preços, e seguir eliminando as travas que ainda inibem o dinamismo da nossa economia, facilitando a produção e estimulando a capacidade empreendedora de nosso povo, da grande empresa até os pequenos negócios locais, do agronegócio à agricultura familiar.

É, portanto, inadiável a implementação de um conjunto de medidas que modernize o sistema tributário, orientado pelo princípio da simplificação e da racionalidade. O uso intensivo da tecnologia da informação deve estar a serviço de um sistema de progressiva eficiência e elevado respeito ao contribuinte.

Valorizar nosso parque industrial e ampliar sua força exportadora será meta permanente. A competitividade de nossa agricultura e da nossa pecuária, que faz do Brasil grande exportador de produtos de qualidade para todos os continentes, merecerá toda a nossa atenção. Nos setores mais produtivos a internacionalização de nossas empresas já é uma realidade.

O apoio aos grandes exportadores não é incompatível com o incentivo, o desenvolvimento e o apoio à agricultura familiar e ao microempreendedor. As pequenas empresas são responsáveis pela maior parcela dos empregos permanentes em nosso país. Merecerão políticas tributárias e de crédito perenes.

Valorizar o desenvolvimento regional é outro imperativo de um país continental, sustentando a vibrante economia do Nordeste, preservando e respeitando a biodiversidade da Amazônia no Norte, dando condições à extraordinária produção agrícola do Centro-Oeste, a força industrial do Sudeste e a pujança e o espírito de pioneirismo do Sul.

É preciso, antes de tudo, criar condições reais e efetivas capazes de aproveitar e potencializar, ainda mais e melhor, a imensa energia criativa e produtiva do povo brasileiro.

No plano social, a inclusão só será plenamente alcançada com a universalização e a qualificação dos serviços essenciais. Este é um passo decisivo e irrevogável, para consolidar e ampliar as grandes conquistas obtidas pela nossa população no período do governo do presidente Lula.

É, portanto, tarefa indispensável uma ação renovadora, efetiva e integrada dos governos federal, estaduais e municipais, em particular nas áreas da saúde, da educação e da segurança, o que é vontade expressa das famílias e da população brasileira.

Queridos brasileiros e brasileiras, a luta mais obstinada do meu governo será pela erradicação da pobreza extrema e a criação de oportunidades para todos.

Uma expressiva mobilidade social ocorreu nos dois mandatos do Presidente Lula. Mas ainda existe pobreza a envergonhar nosso país e a impedir nossa afirmação plena como povo desenvolvido.

Não vou descansar enquanto houver brasileiros sem alimentos na mesa, enquanto houver famílias no desalento das ruas, enquanto houver crianças pobres abandonadas à própria sorte. O congraçamento das famílias se dá no alimento, na paz e na alegria. É este o sonho que vou perseguir!

Esta não é tarefa isolada de um governo, mas um compromisso a ser abraçado por toda a nossa sociedade. Para isso peço com humildade o apoio das instituições públicas e privadas, de todos os partidos, das entidades empresariais e dos trabalhadores, das universidades, da juventude, de toda a imprensa e das pessoas de bem.

A superação da miséria exige prioridade na sustentação de um longo ciclo de crescimento. É com crescimento que serão gerados os empregos necessários para as atuais e as novas gerações.

É com crescimento, associado a fortes programas sociais, que venceremos a desigualdade de renda e do desenvolvimento regional.

Isso significa – reitero - manter a estabilidade econômica como valor. Já faz parte, aliás, da nossa cultura recente a convicção de que a inflação desorganiza a economia e degrada a renda do trabalhador. Não permitiremos, sob nenhuma hipótese, que essa praga volte a corroer nosso tecido econômico e a castigar as famílias mais pobres.

Continuaremos fortalecendo nossas reservas externas para garantir o equilíbrio das contas externas e bloquear, e impedir a vulnerabilidade externa. Atuaremos decididamente nos fóruns multilaterais na defesa de políticas econômicas saudáveis e equilibradas, protegendo o país da concorrência desleal e do fluxo indiscriminado de capitais especulativos.

Não faremos a menor concessão ao protecionismo dos países ricos que sufoca qualquer possibilidade de superação da pobreza de tantas nações pela via do esforço de produção.

Faremos um trabalho permanente e continuado para melhorar a qualidade do gasto público.

O Brasil optou, ao longo de sua história, por construir um Estado provedor de serviços básicos e de previdência social pública.

Isso significa custos elevados para toda a sociedade, mas significa também a garantia do alento da aposentadoria para todos e serviços de saúde e educação universais. Portanto, a melhoria dos serviços públicos é também um imperativo de qualificação dos gastos governamentais.
Outro fator importante da qualidade da despesa é o aumento dos níveis de investimento em relação aos gastos de custeio. O investimento público é essencial como indutor do investimento privado e como instrumento de desenvolvimento regional.

Através do Programa de Aceleração do Crescimento e do programa Minha Casa, Minha Vida, manteremos o investimento sob estrito e cuidadoso acompanhamento da Presidência da República e dos ministérios.

O PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] continuará sendo um instrumento de coesão da ação governamental e coordenação voluntária dos investimentos estruturais dos estados e municípios. Será também vetor de incentivo ao investimento privado, valorizando todas as iniciativas de constituição de fundos privados de longo prazo.

Por sua vez, os investimentos previstos para a Copa do Mundo e para as Olimpíadas serão concebidos de maneira a dar ganhos permanentes de qualidade de vida, em todas as regiões envolvidas.

Esse princípio vai reger também nossa política de transporte aéreo. É preciso, sem dúvida, melhorar e ampliar nossos aeroportos para a Copa e as Olimpíadas. Mas é mais que necessário melhorá-los já, para arcar com o crescente uso desse meio de transporte por parcelas cada vez mais amplas da população brasileira.

Queridas brasileiras e queridos brasileiros, junto com a erradicação da miséria, será prioridade do meu governo a luta pela qualidade da educação, da saúde e da segurança.

Nas últimas décadas, o Brasil universalizou o ensino fundamental. Porém é preciso melhorar sua qualidade e aumentar as vagas no ensino infantil e no ensino médio.

Para isso, vamos ajudar decididamente os municípios a ampliar a oferta de creches e de pré-escolas.

No ensino médio, além do aumento do investimento público vamos estender a vitoriosa experiência do ProUni para o ensino médio profissionalizante, acelerando a oferta de milhares de vagas para que nossos jovens recebam uma formação educacional e profissional de qualidade.

Mas só existirá ensino de qualidade se o professor e a professora forem tratados como as verdadeiras autoridades da educação, com formação continuada, remuneração adequada e sólido compromisso dos professores e da sociedade com a educação das crianças e dos jovens.

Somente com avanço na qualidade de ensino poderemos formar jovens preparados, de fato, para nos conduzir à sociedade da tecnologia e do conhecimento.

Queridas brasileiras e queridos brasileiros, consolidar o SUS (Sistema Único de Saúde) será outra grande prioridade do meu governo. Para isso, vou acompanhar pessoalmente o desenvolvimento desse setor tão essencial para o povo brasileiro.

O SUS deve ter como meta a solução real do problema que atinge a pessoa que o procura, com uso de todos os instrumentos de diagnóstico e tratamento disponíveis, tornando os medicamentos acessíveis a todos, além de fortalecer as políticas de prevenção e promoção da saúde.

Vou usar, sim, a força do governo federal para acompanhar a qualidade do serviço prestado e o respeito ao usuário.

Vamos estabelecer parcerias com o setor privado na área da saúde, assegurando a reciprocidade quando da utilização dos serviços do SUS.

A formação e a presença de profissionais de saúde adequadamente distribuídos em todas as regiões do país será outra meta essencial ao bom funcionamento do sistema.

Queridas brasileiras e queridos brasileiros, a ação integrada de todos os níveis do governo e a participação da sociedade é o caminho para a redução da violência que constrange a sociedade e as famílias brasileiras.

Meu governo fará um trabalho permanente para garantir a presença do Estado em todas as regiões mais sensíveis à ação da criminalidade e das drogas, em forte parceria com estados e municípios.

O Estado do Rio de Janeiro mostrou o quanto é importante, na solução dos conflitos, a ação coordenada das forças de segurança dos três níveis de governo, incluindo – quando necessário – a participação decisiva das Forças Armadas.

O êxito dessa experiência deve nos estimular a unir as forças de segurança no combate, sem tréguas, ao crime organizado, que sofistica a cada dia seu poder de fogo e suas técnicas de aliciamento dos jovens.

Buscaremos também uma maior capacitação federal na área de inteligência e no controle das fronteiras, com o uso de modernas tecnologias e treinamento profissional permanente.

Reitero meu compromisso de agir no combate às drogas, em especial ao avanço do crack, que desintegra nossa juventude e infelicita as nossas famílias.

O pré-sal é nosso passaporte para o futuro, mas só o será plenamente, queridas brasileiras e queridos brasileiros, se produzir uma síntese equilibrada de avanço tecnológico, avanço social e cuidado ambiental.

A sua própria descoberta é resultado do avanço tecnológico brasileiro e de uma moderna política de investimentos em pesquisa e inovação. Seu desenvolvimento será fator de valorização da empresa nacional e seus investimentos serão geradores de milhares de novos empregos.

O grande agente dessa política foi e é a Petrobras, símbolo histórico da soberania brasileira na produção energética e do petróleo.  O meu governo terá a responsabilidade de transformar a enorme riqueza obtida no pré-sal em poupança de longo prazo, capaz de fornecer às atuais e às futuras gerações a melhor parcela dessa riqueza, transformada, ao longo do tempo, em investimentos efetivos na qualidade dos serviços públicos, na redução da pobreza e na valorização do meio ambiente. Recusaremos o gasto apressado, que reserva às futuras gerações apenas as dívidas e a desesperança.

Queridos e queridas brasileiras e brasileiros, muita coisa melhorou no nosso país, mas estamos vivendo apenas o início de uma nova era. O despertar de um novo Brasil.

Recorro a um poeta da minha terra natal. Ele diz: “o que tem de ser, tem muita força, tem uma força enorme”.

Pela primeira vez o Brasil se vê diante da oportunidade real de se tornar, de ser, uma nação desenvolvida. Uma nação com a marca inerente também da cultura e do estilo brasileiros - o amor, a generosidade, a criatividade e a tolerância.

Uma nação em que a preservação das reservas naturais e das suas imensas florestas, associada à rica biodiversidade e à matriz energética mais limpa do mundo, permitem um projeto inédito de país desenvolvido com forte componente ambiental.

O mundo vive em um ritmo cada vez mais acelerado de revolução tecnológica. Ela se processa tanto na decifração de códigos desvendadores da vida quanto na explosão da comunicação e da informática.

Temos avançado na pesquisa e na tecnologia, mas precisamos avançar muito mais. Meu governo apoiará fortemente o desenvolvimento científico e tecnológico para o domínio do conhecimento e para a inovação como instrumento fundamental de produtividade e competitividade do nosso país.

Mas o caminho para uma nação desenvolvida não está somente no campo econômico ou no campo do desenvolvimento econômico pura e simplesmente. Ele pressupõe o avanço social e a valorização da nossa imensa diversidade cultural. A cultura é a alma de um povo, essência de sua identidade.

Vamos investir em cultura, ampliando a produção e o consumo em todas as regiões de nossos bens culturais e expandindo a exportação de nossa música, cinema e literatura, signos vivos de nossa presença no mundo.

Em suma: temos que combater a miséria, que é a forma mais trágica de atraso, e, ao mesmo tempo, avançar investindo fortemente nas áreas mais modernas e sofisticadas da invenção tecnológica, da criação intelectual e da produção artística e cultural.

Justiça social, moralidade, conhecimento, invenção e criatividade devem ser, mais que nunca, conceitos vivos no dia a dia da nossa nação.

Queridas e queridos brasileiros e brasileiras, considero uma missão sagrada do Brasil a de mostrar ao mundo que é possível um país crescer aceleradamente, sem destruir o meio ambiente.

Somos e seremos os campeões mundiais de energia limpa, um país que sempre saberá crescer de forma saudável e equilibrada.

O etanol e as fontes de energias hídricas terão grande incentivo, assim como as fontes alternativas: a biomassa, (incompreensível) a eólica e a solar. O Brasil continuará também priorizando a preservação das reservas naturais e de suas imensas florestas.

Nossa política ambiental favorecerá nossa ação nos fóruns multilaterais. Mas o Brasil não condicionará sua ação ambiental ao sucesso e ao cumprimento, por terceiros, de acordos internacionais.

Defender o equilíbrio ambiental do planeta é um dos nossos compromissos nacionais mais universais.
Meus queridos brasileiros e brasileiras, nossa política externa estará baseada nos valores clássicos da tradição diplomática brasileira: promoção da paz, respeito ao princípio de não intervenção, defesa dos Direitos Humanos e fortalecimento do multilateralismo.

O meu governo continuará engajado na luta contra a fome e a miséria no mundo.

Seguiremos aprofundando o relacionamento com nossos vizinhos sul-americanos; com nossos irmãos da América Latina e do Caribe; com nossos irmãos africanos e com os povos do Oriente Médio e dos países asiáticos. Preservaremos e aprofundaremos o relacionamento com os Estados Unidos e com a União Europeia.

Vamos dar grande atenção aos países emergentes. O Brasil reitera, com veemência e firmeza, a decisão de associar seu desenvolvimento econômico, social e político ao nosso continente.

Podemos transformar nossa região em componente essencial do mundo multipolar que se anuncia, dando consistência cada vez maior ao Mercosul e à Unasul. Vamos contribuir para a estabilidade financeira internacional, com uma intervenção qualificada nos fóruns multilaterais.

Nossa tradição de defesa da paz não nos permite qualquer indiferença frente à existência de enormes arsenais atômicos, à proliferação nuclear, ao terrorismo e ao crime organizado transnacional.

Nossa ação política externa continuará propugnando pela reforma dos organismos de governança mundial, em especial as Nações Unidas e seu Conselho de Segurança.

Queridas brasileiras e queridos brasileiros, disse, ao início deste discurso, que eu governarei para todos os brasileiros e brasileiras. E vou fazê-lo.

Mas é importante lembrar que o destino de um país não se resume à ação de seu governo. Ele é o resultado do trabalho e da ação transformadora de todos os brasileiros e brasileiras. O Brasil do futuro será exatamente do tamanho daquilo que, juntos, fizermos por ele hoje. Do tamanho da participação de todos e de cada um: dos movimentos sociais, dos que labutam no campo, dos profissionais liberais, dos trabalhadores e dos pequenos empreendedores, dos intelectuais, dos servidores públicos, dos empresários, das mulheres, dos negros, dos índios, dos jovens, de todos aqueles que lutam para superar distintas formas de discriminação.

Quero estar ao lado dos que trabalham pelo bem do Brasil na solidão amazônica, no semiárido nordestino e em todos os seus rincões, na imensidão do cerrado, na vastidão dos pampas.

Quero estar ao lado dos que vivem nos aglomerados metropolitanos, na vastidão das florestas; no interior ou no litoral, nas capitais e nas fronteiras do Brasil.

Quero convocar todos a participar do esforço de transformação do nosso país.

Respeitada a autonomia dos poderes e o princípio federativo, quero contar com o Legislativo e o Judiciário, e com a parceria de governadores e prefeitos para continuarmos desenvolvendo nosso país, aperfeiçoando nossas instituições e fortalecendo nossa democracia.

Reafirmo meu compromisso inegociável com a garantia plena das liberdades individuais; da liberdade de culto e de religião; da liberdade de imprensa e de opinião.

Reafirmo que o que disse ao longo da campanha, que prefiro o barulho da imprensa livre ao silêncio das ditaduras. Quem, como eu e tantos outros da minha geração, lutamos contra o arbítrio, a censura e a ditadura, somos naturalmente amantes da mais plena democracia e da defesa intransigente dos direitos humanos, no nosso país e como bandeira sagrada de todos os povos.

O ser humano não é só realização prática, mas sonho; não é só cautela racional, mas coragem, invenção e ousadia. E esses são os elementos fundamentais para a afirmação coletiva da nossa nação.

Eu e meu vice-presidente Michel Temer fomos eleitos por uma ampla coligação partidária. Estamos construindo com eles um governo onde capacidade profissional, liderança e a disposição de servir ao país serão os critérios fundamentais.

Mais uma vez estendo minha mão aos partidos de oposição e às parcelas da sociedade que não estiveram conosco na recente jornada eleitoral. Não haverá de minha parte e do meu governo discriminação, privilégios ou compadrio.

A partir deste momento sou a presidenta de todos os brasileiros, sob a égide dos valores republicanos. Serei rígida na defesa do interesse público. Não haverá compromisso com o desvio e o malfeito. A corrupção será combatida permanentemente, e os órgãos de controle e investigação terão todo o meu respaldo para aturem com firmeza e autonomia.

Queridas brasileiras e queridos brasileiros, chegamos ao final deste longo discurso. Queria dizer a vocês que eu dediquei toda a minha vida à causa do Brasil. Entreguei, como muitos aqui presentes, minha juventude ao sonho de um país justo e democrático. Suportei as adversidades mais extremas infligidas a todos que ousamos enfrentar o arbítrio. Não tenho qualquer arrependimento, tampouco não tenho ressentimento ou rancor.

Muitos da minha geração, que tombaram pelo caminho, não podem compartilhar a alegria deste momento. Divido com eles esta conquista, e rendo-lhes minha homenagem.

Esta, às vezes dura, caminhada me fez valorizar e amar muito mais a vida e me deu sobretudo coragem para enfrentar desafios ainda maiores. Recorro mais uma vez ao poeta da minha terra: 'O correr da vida – diz ele – embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem'.

É com essa coragem que vou governar o Brasil. Mas mulher não é só coragem. É carinho também. Carinho que dedico a minha filha e ao meu neto. Carinho com que abraço a minha mãe que me acompanha e me abençoa. É com esse imenso carinho que quero cuidar do meu povo, e a ele dedicar os próximos anos da minha vida.

Que Deus abençoe o Brasil! Que Deus abençoe a todos nós! E que tenhamos paz no mundo!"








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