Relatório sobre as causas do acidente com o Airbus A330 da companhia aponta uma série de erros cometidos pelo copiloto
Após a divulgação de resumo do relatório final sobre as causas da queda do Airbus A330
da Air France, que realizava o trajeto Rio de Janeiro-Paris em 31 de
maio de 2009, a companhia defendeu o trabalho da tripulação do voo 447. O
texto divulgado nesta sexta-feira aponta que a queda foi provocada,
principalmente, por erros sucessivos do copiloto.
Em nota oficial, a companhia afirma que “nada permite, neste estágio,
colocar em dúvida as competências técnicas da tripulação” e destaca que
é preciso compreender se o ambiente técnico, os sistemas, os alarmes
complicaram a compreensão da situação por parte da tripulação.
Segundo o relatório, a companhia entende que o congelamento das sondas Pitot, que medem a velocidade da aeronave e enviam tal informação para a cabine, foi o evento inicial de uma sequência de problemas que culminou na tragédia que matou 228 pessoas: "Num ambiente dentro da cabine de comando degradado e desestabilizado, o aparelho perdeu sustentabilidade a grande altitude, sem conseguir recuperá-la, e chocou-se na superfície do oceano Atlântico em grande velocidade".
A companhia ainda prestou uma homenagem ao trabalho da tripulação e rejeitou a hipótese levantada pelo relatório de que o piloto estava fora da cabine no momento do acidente. "Durante esta sequência de acontecimentos, a tripulação no comando, reunindo as competências dos dois copilotos e do comandante, fez prova de consciência profissional e comprometimento até o fim na condução do voo", diz a nota.
Leia a íntegra da mensagem:
Reação da Air France à publicação do terceiro relatório do BEA
O Bureau de Pesquisas e Análises acaba de apresentar, em seu terceiro relatório, as circunstâncias exatas do acidente do voo AF 447 Rio/Paris em 1º de junho de 2009.
Este trabalho vem esclarecer ainda mais esta tragédia que abalou profundamente a Air France e a comunidade do transporte aéreo. A empresa deseja prestar sua homenagem à memória dos passageiros e membros da tripulação deste acidente e transmite seus sinceros pêsames às suas famílias.
A partir da análise dos dados dos gravadores de voo, ficou presentemente estabelecido que a combinação de múltiplos elementos improváveis conduziram à catástrofe em menos de quatro minutos: o congelamento das sondas Pitot foi o evento inicial que levou ao desligamento do piloto automático, à perda das proteções associadas de controle de pilotagem e a consideráveis movimentos de rolagem. Num ambiente dentro da cabine de comando degradado e desestabilizado, o aparelho perdeu sustentabilidade a grande altitude, sem conseguir recuperá-la, e chocou-se na superfície do oceano Atlântico em grande velocidade. Note-se que as inúmeras vezes em que os alarmes de perda de sustentabilidade foram ativados e parados intempestiva e enganosamente, em contradição com a situação do avião, contribuiu fortemente na dificuldade da tripulação em analisar a situação.
Durante esta sequência de acontecimentos, a tripulação no comando, reunindo as competências dos dois copilotos e do comandante, fez prova de consciência profissional e comprometimento até o fim na condução do voo. A Air France presta homenagem à sua coragem e à sua determinação nestas condições extremas.
Nada permite, neste estágio, colocar em dúvida as competências técnicas da tripulação.
O trabalho agora vai continuar a fim de compreender as causas, os diferentes fatores técnicos e os fatores humanos que contribuíram no desenrolar desta catástrofe. É importante compreender se o ambiente técnico, os sistemas, os alarmes complicaram a compreensão da situação por parte da tripulação.
O BEA também emitiu diferentes recomendações às autoridades europeias responsáveis pela segurança aérea, que a Air France já colocou em prática ou colocará o mais rapidamente possível. Para além dos elementos que serão trazidos pelo relatório final do BEA e pelos trabalhos da investigação judicial, sabemos, e isto é o mais importante para o transporte aéreo, que as medidas já tomadas fizeram progredir significativamente a segurança aérea. Elas visam evitar que tal tipo de acidente se reproduza.
Segundo o relatório, a companhia entende que o congelamento das sondas Pitot, que medem a velocidade da aeronave e enviam tal informação para a cabine, foi o evento inicial de uma sequência de problemas que culminou na tragédia que matou 228 pessoas: "Num ambiente dentro da cabine de comando degradado e desestabilizado, o aparelho perdeu sustentabilidade a grande altitude, sem conseguir recuperá-la, e chocou-se na superfície do oceano Atlântico em grande velocidade".
A companhia ainda prestou uma homenagem ao trabalho da tripulação e rejeitou a hipótese levantada pelo relatório de que o piloto estava fora da cabine no momento do acidente. "Durante esta sequência de acontecimentos, a tripulação no comando, reunindo as competências dos dois copilotos e do comandante, fez prova de consciência profissional e comprometimento até o fim na condução do voo", diz a nota.
Leia a íntegra da mensagem:
Reação da Air France à publicação do terceiro relatório do BEA
O Bureau de Pesquisas e Análises acaba de apresentar, em seu terceiro relatório, as circunstâncias exatas do acidente do voo AF 447 Rio/Paris em 1º de junho de 2009.
Este trabalho vem esclarecer ainda mais esta tragédia que abalou profundamente a Air France e a comunidade do transporte aéreo. A empresa deseja prestar sua homenagem à memória dos passageiros e membros da tripulação deste acidente e transmite seus sinceros pêsames às suas famílias.
A partir da análise dos dados dos gravadores de voo, ficou presentemente estabelecido que a combinação de múltiplos elementos improváveis conduziram à catástrofe em menos de quatro minutos: o congelamento das sondas Pitot foi o evento inicial que levou ao desligamento do piloto automático, à perda das proteções associadas de controle de pilotagem e a consideráveis movimentos de rolagem. Num ambiente dentro da cabine de comando degradado e desestabilizado, o aparelho perdeu sustentabilidade a grande altitude, sem conseguir recuperá-la, e chocou-se na superfície do oceano Atlântico em grande velocidade. Note-se que as inúmeras vezes em que os alarmes de perda de sustentabilidade foram ativados e parados intempestiva e enganosamente, em contradição com a situação do avião, contribuiu fortemente na dificuldade da tripulação em analisar a situação.
Durante esta sequência de acontecimentos, a tripulação no comando, reunindo as competências dos dois copilotos e do comandante, fez prova de consciência profissional e comprometimento até o fim na condução do voo. A Air France presta homenagem à sua coragem e à sua determinação nestas condições extremas.
Nada permite, neste estágio, colocar em dúvida as competências técnicas da tripulação.
O trabalho agora vai continuar a fim de compreender as causas, os diferentes fatores técnicos e os fatores humanos que contribuíram no desenrolar desta catástrofe. É importante compreender se o ambiente técnico, os sistemas, os alarmes complicaram a compreensão da situação por parte da tripulação.
O BEA também emitiu diferentes recomendações às autoridades europeias responsáveis pela segurança aérea, que a Air France já colocou em prática ou colocará o mais rapidamente possível. Para além dos elementos que serão trazidos pelo relatório final do BEA e pelos trabalhos da investigação judicial, sabemos, e isto é o mais importante para o transporte aéreo, que as medidas já tomadas fizeram progredir significativamente a segurança aérea. Elas visam evitar que tal tipo de acidente se reproduza.
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