sábado, 17 de maio de 2008

Primária de terça-feira deve dar a Obama candidatura democrata

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produção Barack Obama: perto de garantir candidatura democrata

e vencer primária de Oregon, ele ficará com maioria entre os delegados fundamentais






Das agências internacionais




O senador Barack Obama deve garantir, na terça-feira (20), a candidatura do Partido Democrata à presidência dos Estados Unidos. Se vencer na primária de Oregon, como está previsto, ele deve acumular mais de 1.627 delegados eleitos. Embora não seja o número mínimo de 2.025 (que inclui superdelegados), terá nas mãos a maioria dos delegados considerados fundamentais para derrotar Hillary Clinton e confirmar a indicação.




Obama é dono de uma história que, por muitas razões, dificilmente poderia ter ocorrido na América de décadas atrás. Ele é filho de uma mulher branca do Kansas que se apaixonou por um muçulmano negro do Quênia nos anos 60, em plena era de segregação, quando a maioria dos Estados ainda proibia o casamento inter-racial.




O advogado de 46 anos de ascensão política meteórica usa sua biografia multiétnica e multicultural como trunfo para ganhar votos. Primeiro candidato negro à presidência dos EUA, Obama terá, no entanto, muitos obstáculos pela frente. Embora não tenha nenhum escândalo ou fato desabonador no currículo, os republicanos o acusam de ser liberal (termo que, nos EUA, significa estar à esquerda do espectro político).




Sua inexperiência em cargos públicos - trabalhou apenas no Senado estadual de Illinois e pouco mais de dois anos no Congresso - e sua possível ingenuidade em política externa são os principais alvos dos republicanos. Durante a campanha, ele insistiu no discurso da mudança, afirmando que não via problemas em dialogar com governos com os quais a administração Bush não negocia, como Irã, Cuba e Síria. "Obama não tem experiência em política externa - ela se resume a um curso de Relações Internacionais na faculdade e ter morado no exterior quando era criança", disse ao Estado Luke Bernstein, diretor-executivo do Partido Republicano na Pensilvânia.




Para se distanciar de seus concorrentes, Obama tenta mostrar a vantagem de não ter sido corrompido pelos vícios da politicagem partidária. Ele admitiu, por exemplo, que não teve tempo de aprender todas as regras de Washington, "apenas o suficiente para saber que as regras de Washington precisam mudar". Ele também procura diferenciar experiência de bom julgamento - citando como exemplo o discernimento que teve ao se opor à guerra do Iraque desde o início.




A raça é outro grande obstáculo. Em um país que bancou segregação oficial durante anos, muitos brancos se recusam a votar em negros, embora ainda seja difícil quantificar esse racismo nas urnas. Os vídeos do pastor de Obama, Jeremiah Wright, dizendo "Deus amaldiçoe a América" estão no ar em anúncios e certamente serão usados à exaustão no segundo semestre . Eles remetem ao ativismo negro que assusta muitos eleitores brancos conservadores.




E o fato de Obama ser considerado um dos senadores mais liberais do Congresso pode tirar-lhe votos. Seu discurso, por enquanto, bate na tecla da mudança - sem entrar em detalhes. "Muitos eleitores não vão votar em Obama porque ele vai aumentar os impostos, deixar os sindicatos aparelharem Washington e bater papo com tiranos como Mahmoud Ahmadinejad, do Irã", disse o consultor republicano Todd Harris, adotando o tom exagerado que deve marcar a campanha daqui para frente.




Para outros observadores, os EUA passam por um momento em que tal revolução seria possível. "O fato de que 82% dos americanos acreditam que o país está no caminho errado é uma ótima oportunidade de trazer para as urnas pessoas que não votam normalmente para eleger um candidato mais liberal que a média ", afirma Michael Dawson, especialista em raça e política da Universidade de Chicago.


www.bemparana.com.br/index.php?n=68374&t=primaria-de-terca-feira-deve-dar-a-obama-candidatura-democrata




sexta-feira, 16 de maio de 2008

PT do Acre divulga nota em solidariedade a Marina Silva

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da Folha Online



O PT do Acre divulgou nota nesta sexta-feira na qual presta solidariedade à ex-ministra Marina Silva (Meio Ambiente) e diz que o trabalho realizado por ela fez com que o ministério deixou de ser uma ONG (organização não-governamental) isolada dentro do governo. Para os petistas do Acre, a criação de áreas federais de conservação ambiental e a diminuição dos índices de desmatamento na Amazônia foram as principais conquistas da ex-ministra.



"Foi na gestão de Marina Silva, com o reconhecido apoio do presidente Lula, que o Ministério do Meio Ambiente passou a envolver de forma transversal todos os setores do governo, resultando, entre tantas conquistas, na criação de 24 milhões de hectares de áreas federais de conservação e na diminuição dos índices de desmatamento que só cresciam na Amazônia, num esforço que envolveu diretamente a ação de 13 ministérios", afirma o PT na nota.



Os petistas também ressaltam na nota que Marina foi "leal e solidária" ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos momentos de crise enfrentados pelo governo, como na concessão da licença ambiental para as obras das hidrelétricas do Rio Madeira.



"Marina tinha consciência de que se tivesse se afastado do ministério em momento de crise, o governo Lula teria grandes prejuízos frente à opinião pública nacional e internacional. [...] Deixa o Ministério do Meio Ambiente no momento em que o governo experimenta sua melhor avaliação, numa prova inequívoca de sua total lealdade ao presidente Lula", diz o documento.



Na nota, os petistas do Acre apostam que, apesar da saída de Marina, o presidente dará continuidade às "políticas estruturantes" implementadas pela ex-ministra.



Os petistas encerram o documento agradecendo o trabalho exercido pelo senador Sibá Machado (PT-AC), suplente de Marina, que devolverá o cargo à ex-ministra.



www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u402720.shtml



Acre, solidariedade com ex-ministra

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Chávez: EUA e Colômbia planejam operação

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O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou que os Estados Unidos e a Colômbia pretendem realizar em seu país uma operação como a ocorrida em território equatoriano em 1º de março. Na ocasião, tropas colombianas mataram o número dois das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Raúl Reyes, além de outros guerrilheiros. As informações são da agência argentina Telam.




“Denuncio ao mundo porque tenho certeza. Estão tratando de fazer na Venezuela o mesmo que fizeram no Equador e isso sim é perigoso”, disse Chávez. Ele também afirmou que o governo norte-americano não deve temer a Venezuela porque o país não é representa uma ameaça.




“Pelo contrário, estamos enviando, todos os dias, 1,5 milhão de barris de petróleo para lá” destacou, ao ressaltar que é “conveniente” tanto para a Venezuela como para o mundo que se busque um novo nível de respeito entre os países.




O líder venezuelano informou que conversou, por telefone, com o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e que reiterou sua disposição em colaborar para a libertação de reféns das Farc, entre eles, a franco-colombiana Ingrid Betancourt.




“Disse a Sarkozy que, apesar de tudo, vou seguir fazendo o possível não apenas para a libertação de Bitencourt mas de todas as pessoas que estão nas mãos das Farc. Seguiremos tentando refazer o caminho para a libertação, para a paz na Colômbia. É o que queremos.”




No último domingo (11), Chávez acusou o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, de encabeçar um governo “narcoparamilitar” e pediu que o líder apresentasse provas de que a Venezuela apóia a guerrilha colombiana.




Da Agência Brasil





www.pernambuco.com/ultimas/nota.asp?materia=2008515150147&assunto=18&onde=1


Chávez: EUA e Colômbia planejam operação

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Defesa dos Nardoni tem cinco dias para recorrer

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Portal Terra




SÃO PAULO - A defesa do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, acusados da morte de Isabella Nardoni, de 5 anos, filha de Alexandre, tem cinco dias para recorrer da decisão da Justiça de São Paulo, que negou habeas-corpus aos dois. Se decidirem pela apelação, os advogados devem encaminhar recurso ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).




De acordo com o advogado Daniel Fernandes Gonçalves, diretor da Associação dos Advogados Criminalistas de São Paulo (Acrimesp), pelos trâmites legais, o recurso pode ser encaminhado ainda hoje ao STJ, mas dependerá da defesa do casal.




Chegando ao STJ, o recurso será encaminhado a um dos ministros, que terá pelo menos uma semana para julgá-lo. - Não existe uma prioridade no julgamento deste recurso por se tratar desse caso especificamente. A única prioridade que há é por se tratarem de réus presos. A decisão caberá ao ministro do STJ - disse Gonçalves.




O habeas-corpus foi negado nesta terça-feira pelo desembargador Caio Canguçu de Almeida, o mesmo que concedeu a liberdade ao casal em abril, quando os dois cumpriam prisão temporária.



http://jbonline.terra.com.br/extra/2008/05/13/e130518588.html

terça-feira, 13 de maio de 2008

Marina foi pressionada pelo agronegócio, diz Greenpeace

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Agencia Estado






A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, entregou hoje a carta de demissão "pressionada por setores do agronegócio, governadores e políticos da bancada ruralista". A avaliação é do Greenpeace, que divulgou nota comentando a saída de Marina. "Com sua saída, a ala do crescimento a qualquer preço, capitaneada pela ministra Dilma Roussef (Casa Civil), venceu o cabo-de-guerra contra aqueles que buscavam conciliar desenvolvimento com sustentabilidade", afirmou o diretor da campanha de Amazônia do Greenpeace, Paulo Adario.






De acordo com a instituição, a ministra não suportou as pressões para que fossem revistas medidas de combate ao desmatamento, anunciadas recentemente pelo governo, como a determinação para que os bancos (oficiais e privados) só concedessem créditos a proprietários de terras que não desmatassem e regularizassem as terras no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).






"Políticos da região amazônica, como o governador do Mato Grosso, Blairo Maggi (PR), e pesos pesados do agronegócio vinham exigindo do governo uma posição mais favorável ao setor", afirmou o Greenpeace. "O governo Lula já vinha dando vários sinais de que, para ele, a agenda ambiental era uma pedra no sapato", declarou o diretor de campanhas da entidade, Marcelo Furtado.






Segundo Furtado, a liberação dos transgênicos no País e a retomada do programa nuclear brasileiro com o anúncio da construção de Angra 3 e outras quatro usinas nucleares no nordeste são apenas algumas ações que demonstraram o compromisso do governo com o desenvolvimento "a qualquer custo" e não com a sustentabilidade.





Angela Merkel

A organização ressaltou ainda que a saída de Marina acontece um dia antes da chegada da primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, ao Brasil. A Alemanha é a atual sede da Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) para a biodiversidade, que nasceu no Rio, na Eco-92 e tem como atual presidente Marina.






Marina passaria o cargo para o ministro alemão de Meio Ambiente durante uma solenidade muito aguardada por Angela Merkel. Segundo Adario, "o Brasil que Merkel verá durante sua visita é diferente do país que existia antes de ela sair da Alemanha". "Aquele Brasil não existe mais", disse. Ele completou: "Marina sai e leva essa roupa de credibilidade ambiental, deixando o rei Lula completamente nu."





www.atarde.com.br/politica/noticia.jsf?id=883237

Democratas apóiam Hillary como vice, aponta pesquisa

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Agencia Estado





Uma pesquisa Gallup-USA Today divulgada hoje mostra que a maioria dos democratas quer que a senadora Hillary Clinton seja vice-presidente de Barack Obama. De acordo com a sondagem, 55% dos democratas acham que Obama deveria oferecer a ela a vaga de vice. No entanto, o levantamento mostra também que são os partidários dela que querem vê-la na chapa. Três em cada quatro eleitores de Hillary sonham com isso, enquanto apenas 43% dos eleitores de Obama querem tê-la como vice.





Alguns políticos democratas apóiam a chamada "chapa dos sonhos". "Hillary e Barack fizeram boas campanhas e seria uma chapa fortíssima," disse o senador nova-iorquino Chuck Schumer, que apóia Hillary. Entre os partidários de Obama, porém, ninguém se entusiasma com a idéia. "Não houve nenhum tipo de conversa entre as duas campanhas sobre uma chapa comum," disse David Axelrod, estrategista de Obama.





De acordo com pesquisas divulgadas antes da votação de hoje, Hillary deve vencer as primárias de Virgínia Ocidental com pelo menos 30 pontos porcentuais de vantagem. Mesmo assim, a senadora permaneceria muito atrás de Obama em número de delegados eleitos. Estão hoje em jogo 28 delegados. E Obama continua avançando em número de superdelegados - outros quatro anunciaram hoje apoio ao senador de Illinois.





Uma vitória arrasadora em Virgínia Ocidental, porém, pode reforçar a tese de Hillary de que Obama não consegue conquistar o eleitorado branco, de baixa renda e escolaridade, muito importante na eleição de novembro. Cerca de 96% da população é branca e o estado é o segundo mais pobre dos Estados Unidos. "Estou ganhando os votos dos católicos e hispânicos, trabalhadores e idosos, o tipo de gente que o senador McCain vai tentar conquistar na eleição em novembro", disse Hillary.



www.atarde.com.br/mundo/noticia.jsf?id=883224

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Análise: Hillary Clinton está pronta para outra batalha em sua difícil guerra

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TERESA BOUZA
da Efe, em Washington





A senadora e pré-candidata democrata à Casa Branca Hillary Clinton parte como favorita para as eleições desta terça-feira, na Virgínia Ocidental, contudo, nem esta nem as outras cinco primárias democratas restantes permitirão que alcance o seu rival pela nomeação, Barack Obama.




Segundo os últimos dados da CNN, o senador por Illinois tem 1.869 delegados, frente os 1.697 de Hillary. O sistema de divisão proporcional dos delegados, segundo porcentagem de votação, torna impossível que a senadora possa vencer a vantagem de Obama na reta final do ciclo de primárias democratas. Mesmo que sua equipe de campanha sustente que se Hillary superar Obama em votos populares ela deveria ser a nomeada democrata.




"Hillary está a ponto de ganhar o voto popular a nível nacional, uma parte fundamental de nosso plano para ganhar a candidatura", disse o presidente de sua campanha, Terry McAuliffe, em um comunicado aos partidários da senadora.




McAuliffe afirmou que entre estes votos populares estão os eleitores de Michigan e Flórida, que foram penalizados pelo partido e não poderão enviar seus delegados à convenção democrata nacional, que oficializará o candidato para as eleições.




Hillary ganhou em ambos os Estados, embora nenhum dos presidenciáveis democratas tenha feito campanha e Obama nem sequer tenha colocado seu nome na cédula de votação de Michigan. O Partido Democrata analisará o impasse gerado com a anulação das duas primárias em 31 de maio, mas, qualquer seja a solução, Obama todavia lidera a corrida.




Mesmo com o cenário pouco promissor, Hillary se mantém firme na disputa e dedicou o dia das Mães para fazer campanha na Virgínia Ocidental. "Uma mulher é como uma bolsa de chá. Não se sabe quão forte é até que se coloque na água quente", disse neste domingo, parafraseando a ex-primeira-dama norte-americana Eleanor Roosevelt.




Não resta dúvidas de que Hillary está em plena água quente e poucos questionam sua força. Mas com U$ 20 milhões de dívidas e a impossibilidade matemática de alcançar Obama, cada vez mais pessoas dão sua batalha como perdida.




Superdelegado

Os sinais de sua derrota não param de aparecer. Sua margem no número de superdelegados (líderes partidários e políticos eleitos) sobre a campanha de Obama é um dos indícios mais sintomáticos. Hillary iniciou como a favorita dos superdelegados, um clube exclusivo de cerca de 800 superdelegados que guardam a decisão da nomeação em suas mãos.




Tradicionalmente, o candidato se elege nas urnas mediante votação popular, mas como nem Hillary nem Obama alcançaram --e nem vão alcançar-- os 2.025 delegados mínimos, a decisão será tomada pelos superdelegados, na convenção democrata nacional.




As vitórias progressivas de Obama permitiram que ganhasse adeptos na elite do partido, uma tendência que se acelerou depois das primárias da semana passada na Carolina do Norte (onde ganhou por 14 pontos percentuais) e em Indiana (onde perdeu por apenas 2 pontos percentuais).




Segundo a CNN, o senador por Illinois supera Hillary no número de superdelegados ao contar com 275 nomes contra 273 da senadora por Nova York.




Agenda

Outra prova de que Obama poderia estar às vésperas de se tornar candidato é seu plano de viagem. Na quarta-feira, ele visita Michigan, Estado que segundo assessores do provável candidato republicano John McCain será muito disputado nas eleições gerais. Obama terá assim a oportunidade de fazer campanha em um Estado que deixou passar depois que o partido anunciou a punição pelo adiantamento da votação.




A esta visita, soma-se seus planos de passar três dias na Flórida na próxima semana, outro Estado que também será fundamental para as eleições gerais.




A campanha do senador por Illinóis insiste que Obama não declarou a vitória na luta das primárias democratas e anunciou que irá a Oregon neste fim de semana, um dos Estados restantes.




Contudo, eles começaram também a desenhar uma estratégia para começar a competir claramente com McCain. "Nossa agenda reflete que estamos lutando por votos e delegados, mas também que vamos visitar lugares que serão competitivos em novembro", explicou à imprensa, Bill Burton, um dos assessores de Obama. "John McCain ficou sem competição por muito tempo", completou, em uma mostra clara da nova estratégia do democrata.




www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u401050.shtml
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domingo, 11 de maio de 2008

Tropas libanesas patrulham Beirute após retirada do Hezbollah

Reuters/Brasil Online



Tropas libanesas patrulham as ruas de Beirute, neste domingo, depois que os milicianos do Hezbollah se retiraram, após tomarem o controle da capital.Foto:Reuters



BEIRUTE (Reuters) - Tropas libanesas patrulhavam a capital libanesa, Beirute, neste domingo, que amanheceu mais calma, após combatentes do Hezbollah terem se retirado de áreas que haviam controlado em conflitos contra simpatizantes do governo, que é apoiado pelos Estados Unidos.



Mas os conflitos ainda ocorreram durante a noite em Trípoli, entre homens armados a favor e contra o governo. Fontes de segurança disseram que pelo menos duas pessoas foram mortas e cinco ficaram feridas antes de o Exército ser destacado para encerrar as batalhas na segunda maior cidade do Líbano.



Após quatro dias de violentos confrontos em Beirute, várias outras regiões do país passaram a ser palco de episódios de violência. Além de Trípoli, várias cidades nas montanhas ao leste da capital libanesa foram palco de conflitos.



A polícia divulgou que houve 44 mortos e 128 feridos nos cinco dias de conflitos em Beirute e em demais localidades.






Centenas de soldados apoiados por veículos blindados bloquearam estradas e fixaram posição nas ruas na principal região muçulmana da capital. Não havia combatentes à vista, mas jovens mantiveram barricadas em algumas estradas vitais, assegurando assim que portos e o aeroporto de Beirute permanecessem fechados.



A oposição, liderada pelo Hezbollah, afirmou que manterá a campanha de "desobediência civil" até que suas exigências sejam compridas.



O Hezbollah, um grupo político apoiado pelo Irã e pela Síria e que possui uma guerrilha armada, afirmou no sábado que estava encerrando sua presença armada em Beirute após o Exército ter subvertido ordens do governo contra o grupo.



Enquanto a tensão diminuía em Beirute, houve poucos progressos para resolver as disputas políticas que levaram o Líbano à pior crise desde a guerra civil, que durou entre 1975 e 1990.

- Tendo como parâmetro o nível que causou a crise imediata, estamos na metade do caminho para acabar com ela - afirmou Paul Salem, diretor do centro leste do Carnegie Middle em Beirute.



Os conflitos começaram na quarta-feira, após o governo ter dito que estava tomando medidas contra a rede de comunicação militar do Hezbollah e ter demitido o chefe de segurança do aeroporto de Beirute, que é ligado ao grupo.



O Hezbollah classificou a medida contra suas comunicações como uma declaração de guerra, dizendo que a rede teve papel crucial na sua guerra de 34 dias contra Israel, em 2006.



Maiores preocupações

O papa Bento XVI cobrou, neste domingo, diálogo para pôr fim à violência no Líbano .



- Mesmo que nas últimas horas a tensão tenha diminuído, acho que temos hoje o dever de pedir aos libaneses que abandonem todos os tipos de confrontações que levariam esse querido país ao irreparável - afirmou.



Os Estados Unidos, que consideram o Hezbollah um grupo terrorista, uma ameaça a Israel e uma arma nas mãos do arqui-inimigo Irã, comemoraram o fim dos conflitos.



O Irã culpou Washington pelas batalhas e apoiou uma solução interna para o impasse político em Beirute.

- Os Estados Unidos estão diretamente interferindo nos assuntos internos do Líbano e, ao mesmo tempo, estão culpando a outros, acusando-os de interferirem no Líbano - disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Ali Hosseini.



A Liga Árabe deu início a um encontro de emergência pedido pela Arábia Saudita e pelo Egito para discutir a crise libanesa.



O Líbano está em crise política há 18 meses e a oposição reivindica uma voz maior dentro do governo.




http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2008/05/11/tropas_libanesas_patrulham_beirute_apos_retirada_do_hezbollah-427328465.asp





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