sábado, 1 de março de 2008

Sobe para 27 o número de palestinos mortos em ofensiva israelense

Sobe para 27 o número de palestinos mortos em ofensiva israelense

Foto de divulgação Clique para ampliar a imagem

Pelo menos 27 palestinos morreram e 60 ficaram feridos na última incursão israelense no norte da Faixa de Gaza, informaram fontes médicas locais.




As últimas vítimas incluem um médico, duas crianças e quatro membros do Hamas, movimento que governa a região.




Na parte norte do território, testemunhas relataram que disparos de tropas israelenses atingiram a casa do médico Wahid Badawi, que morreu atingido por um dos tiros.




Já na parte leste do campo de refugiados de Jabalya, fontes médicas disseram que Salwa, uma menina de 13 anos, e sua irmã Samash Assalia, de 17, morreram quando um míssil israelense caiu perto da casa delas.




A rádio pública israelense, citando fontes em Gaza, também informou que, desde a meia-noite (hora local), 27 palestinos morreram na incursão militar que acontece no norte da Faixa de Gaza, entre os quais há cinco crianças e 11 milicianos suspeitos de participar de ataques contra Israel.




Além disso, dois soldados israelenses ficaram feridos durante a operação no campo de refugiados de Jabalya e em confrontos com milicianos palestinos.




Apesar da incursão, pelo menos quatro foguetes palestinos atingiram a cidade israelense de Ashkelon, de 120.000 habitantes e que fica a 15 quilômetros do território.




Um dos projéteis deixou vários feridos, entre eles duas crianças.




Pelo menos outros 15 foguetes caíram na cidade israelense de Sderot, a dois quilômetros de Gaza, e em outros espaços abertos, sem deixar feridos, informou a rádio israelense.





Fonte: EFE





http://midiacon.com.br/materia.asp?id_canal=16&id=8216

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Harry vai em segredo à guerra no Afeganistão

LONDRES - O príncipe Harry da Inglaterra, filho mais novo de Charles e Diana de Gales, está lutando contra os talibãs no Afeganistão, confirmou ontem o Ministério da Defesa do Reino Unido. O príncipe, 23 anos, e pertencente ao regimento Household Cavalry, esteve nos últimos dois meses servindo secretamente na província de Helmand, onde está a maior parte das tropas britânicas e que é considerada uma das mais perigosas do país asiático. O primeiro-ministro, Gordon Brown, descreveu-o ontem como um soldado “exemplar” e disse que todo o Reino Unido deve estar orgulhoso de seu “destacado” trabalho com as tropas britânicas.






A notícia vazou depois que “sites estrangeiros” quebraram o embargo que pesava sobre a informação, disse ontem o alto comando militar em comunicado. Harry, terceiro na linha de sucessão ao trono britânico, já manifestou seu desejo de combater no Iraque, mas, por fim, o Ministério da Defesa decidiu não enviá-lo por razões de segurança.”O que os últimos dois meses mostraram é que é perfeitamente possível para o príncipe Harry que lhe atribuam as mesmas tarefas que a qualquer outro oficial de sua categoria e experiência”, disse o alto comando militar, que destacou que sua conduta nas operações das quais participou foi “exemplar”.






Ele especificou que o filho mais novo do príncipe Charles esteve “completamente implicado” nas operações e “correu os mesmos riscos que qualquer outro” de seu bata-lhão. “Da mesma forma que todos os de sua geração que servem hoje no Exército, é motivo de orgulho para a nação”, acrescenta o alto comando militar, que ressalta que, ao chegar a um entendimento com a imprensa para que não divulgasse a informação, “o risco era administrável”. A fonte acrescentou que, uma vez que a notícia é “de domínio público”, os comandantes militares britânicos pedirão assessoria dos comandantes no terreno sobre se Harry pode continuar servindo no Afeganistão.






O alto comando militar aproveitou o comunicado para fazer um apelo aos veículos de comunicação para que se abstenham de informar dos movimentos do príncipe e voltem a cumprir os termos do acordo. Além disso, mostrou-se “muito decepcionado” com a decisão dos sites estrangeiros que divulgaram a notícia, o que contrasta, disse, com a atitude “muito responsável” do conjunto da imprensa britânica e um pequeno número de veículos estrangeiros com os quais tinha-se chegado a um acordo sobre a história. “Após um longo período de discussões entre o Ministério da Defesa e os editores de veículos regionais, nacionais e internacionais, os editores adotaram a atitude louvável de conter sua cobertura”, disse o alto comando militar, que agradeceu por essa atitude. A informação foi divulgada pelo site americano Drudge Report, segundo a agência de notícias britânica PA. (EFE)





www.correiodabahia.com.br/exterior/noticia.asp?codigo=148563

Sarkozy se diz disposto a resgatar Ingrid das Farc

Presidente francês afirma que, se for preciso, irá até selva colombiana para pôr fim a martírio da ex-senadora









PARIS - O presidente francês, Nicolas Sarkozy, pediu ontem às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) que libertem a ex-candidata à Presidência da Colômbia Ingrid Betancourt, e advertiu: “É uma questão de vida ou de morte. Estamos diante de uma questão humanitária. “Estou pronto para ir pessoalmente encontrar Ingrid Betancourt na fronteira entre a Venezuela e a Colômbia se isso for uma condição”, disse o presidente francês, reiterando sua oferta para ajudar a pôr um fim no martírio da política franco-colombiana.








A notícia de que Ingrid está muito doente mudou o tom dos discursos em Paris. Impressionados pelo relato de Luís Eládio Pérez, um dos quatro reféns libertados anteontem pela guerrilha colombiana, políticos, parentes e ex-reféns reunidos ontem na França aumentaram as críticas às Farc e ao presidente colombiano, Álvaro Uribe, alertando: “Ingrid está morrendo.” As declarações foram feitas horas após Pérez ter anunciado que a ex-candidata “está mal e é maltratada pela guerrilha.”








Enquanto Sarkozy pregava o entendimento, coube ao premiê François Fillon a tarefa de endurecer o discurso em relação aos guerrilheiros. “Agora, é realmente responsabilidade das Farc. Eles mostraram que são capazes de libertar os reféns”, afirmou, antes de questionar: “Por que não Ingrid Betancourt?” Nos bastidores diplomáticos franceses, o tom agressivo das autoridades políticas encontrava explicação. “As notícias que temos nunca foram tão ruins, tão graves”, disse à AE uma fonte da chancelaria.






No início da tarde, foi a vez dos parentes de Ingrid manifestarem sua inconformidade. Em entrevista coletiva, o filho de Ingrid, Lorenzo, e seu pai, Fabrice Delloye, usaram a mesma frase: “Não temos mais tempo”. Mas o ex-marido de Ingrid foi mais longe: “Ingrid está morrendo. Talvez vocês saibam: quando uma hepatite volta, ela se torna ainda mais grave”. Melanie, filha de Ingrid, mostrou-se muito angustiada: “É extremamente inquietante e sei que temos o tempo contado. Mamãe está viva, mas não sei por quanto tempo. Temos de tirá-la de lá o quando antes”.






Lorenzo voltou a responsabilizar Uribe pela falta de diálogo com a guerrilha. Também pediu à comunidade internacional que pressione o presidente colombiano a aceitar as condições básicas para um acordo que resulte na troca de 500 rebeldes presos pelos 40 reféns políticos remanescentes: a desmilitarização de uma zona de 800km2 na região de Pradera e Florida e o diálogo de 45 dias. “As Farc não farão novos gestos de boa vontade. Mas, de toda forma, eles são os perversos da história”, disse. (AP)





www.correiodabahia.com.br/exterior/noticia.asp?codigo=148549

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Mercados: Bovespa subiu pelo quinto dia e dólar fechou a R$ 1,684

Valor Online






SÃO PAULO - A terça-feira pode ser resumida como mais um dia positivo para os mercados brasileiros. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) garantiu fechamento em alta, o dólar manteve a trajetória de queda e os juros futuros recuaram.




Mais uma vez, o dia começou de forma negativa para a Bovespa, que chegou a perder mais de 1,5% no período da manhã. Os investidores aproveitaram o mau humor externo para realizar lucros, mas as vendas não duraram muito.




A retomada das compras seguiu os indicadores em Nova York, que firmaram posição e encerraram o dia com ganho. Dow Jones avançou 0,91% e o Nasdaq subiu 0,75%.




Os investidores norte-americanos passaram por cima da indicação de maior inflação no atacado e menor confiança do consumidor. A melhora de humor veio com o anúncio da IBM, que elevou suas previsões para o ano e anunciou um programa de recompra de ações de US$ 15 bilhões.




Estimulado pelos avanços em Wall Street, o Ibovespa encerrou a terça-feira com valorização de 0,28%, aos 65.182 pontos. O giro financeiro foi alto, acima de R$ 7,10 bilhões, o maior para dias sem vencimento de opções sobre ações ou índice futuro desde 22 de janeiro. Na mínima do dia, o indicador chegou a perder mais de 1,5%. O ganho acumulado em fevereiro está em 9,56%.




O dólar começou o dia abaixo do patamar de R$ 1,7, e se manteve assim durante praticamente todo o pregão. A divisa operou em baixa mesmo nos momentos de queda acentuada nas bolsas aqui e em Nova York.




A explicação para a desvalorização segue a mesma: fluxo de capital, expectativa de ingresso crescente de recursos e operações de arbitragem de taxa de juros entre Brasil e Estados Unidos.




A atuação do Banco Central (BC) no final do pregão, quando comprou dólares no mercado à vista, serviu apenas para tirar a divisa da mínima do dia, que foi registrada aos R$ 1,681.




O dólar comercial caiu 1,28%, a R$ 1,682 na compra e R$ 1,684 na venda. A cotação é a menor desde 19 de maio de 1999, quando a moeda encerrou a R$ 1,672. Esta foi a sétima queda consecutiva. No ano, a divisa já perdeu 5,23%.




Na roda de pronto da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BMF), o dólar diminuiu 1,32%, a R$ 1,683. O volume financeiro somou US$ 628,75 milhões.




Os juros futuros tiveram dois momentos distintos. A abertura em alta refletia o Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que superou o esperado. Mas ainda durante a manhã a alta perdeu força e as curvas fecharam o dia apontando para baixo. A reversão ganhou força com a virada de humor nos mercados externos e a acentuada queda no preço do dólar.




A prévia da inflação oficial apontou alta de 0,64% em fevereiro, acima do 0,6% previsto. No entanto, o resultado foi pressionado pelo item educação, que é computado de forma integral no mês.




De forma geral, o indicador não teve força para mudar a visão dos agentes de que a trajetória dos preços é de baixa, o que suporta a expectativa de que o BC manterá a Selic em 11,25% na reunião da semana que vem.




Ainda durante o dia, mais um dado contribuiu para o recuo nas taxas. O próprio BC indicou que o crescimento do crédito perdeu ímpeto na virada do ano ficando estável em janeiro. Além disso, também foi observada uma alta nos spreads. As indicações trazem, mesmo que marginalmente, um alívio para o BC que vê a expansão do crédito como um dos fatores a impulsionar a demanda.




Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM & F), o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2009 fechou com baixa de 0,05 ponto, a 11,72% anuais. Janeiro de 2010, o mais negociado, caiu 0,03 ponto, projetando a 12,40% ao ano. Janeiro 2011 desvalorizou 0,03 ponto, indicando 12,47% ao ano. Janeiro 2012 recuou 0,05 ponto, fechando a 12,45%.




Na ponta curta, março de 2008 fechou estável a 11,08%, assim como Abril de 2008, que encerrou projetando 11,13%. Julho de 2008 cedeu 0,01 ponto, para 11,28%. E outubro de 2008 projetava 11,50% anuais, declínio de 0,03 ponto.




Até as 16h15, antes do ajuste final de posições, foram negociados 733.996 contratos, equivalentes a R$ 63,48 bilhões (US$ 37,20 bilhões). O vencimento de janeiro de 2010 foi o mais negociado, com 276.311 contratos, equivalente a R$ 22,23 bilhões (US$ 13,02 bilhões).

(Eduardo Campos | Valor Online)





http://oglobo.globo.com/economia/mat/2008/
02/27/mercados_bovespa_subiu_pelo_quinto_
dia_dolar_fechou_r_1_684-425977888.as

Secretário de Defesa dos EUA visita Turquia para discutir questão curda

da Efe, em Istambul




O secretário de Defesa americano, Robert Gates, deve visitar hoje a Turquia para tratar de "questões de segurança", incluindo a ofensiva do Exército turco no norte do Iraque para combater os rebeldes curdos do PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão).




O governo turco não revelou detalhes sobre a estadia de Gates em Ancara, mas sua visita coincide com a ofensiva do Exército turco no norte do Iraque contra combatentes do PKK.




Geoff Morell, porta-voz do Pentágono, disse somente que serão tratadas "questões de segurança".




Durante recente visita à Austrália, Gates comentou que a operação militar turca no Iraque por si só não poderia solucionar o problema do PKK, e que eram necessárias reformas políticas e econômicas na Turquia.




Gates também disse que a estabilidade do Iraque não está ameaçada pela incursão militar turca, da qual participaram cerca de 10 mil homens desde a semana passada.




A imprensa turca e generais da reserva afirmam que a o país invadiu o Iraque após fechar um acordo com os EUA, que compreenderia o envio de mais soldados turcos ao Afeganistão e o apoio de Ancara a Washington em sua campanha contra o Irã.




Ao dirigir-se ao grupo parlamentar do governante AKP (Partido da Justiça e do Desenvolvimento), o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, rejeitou estes rumores e afirmou que a incursão não foi realizada em troca de nada, e que seu gabinete tomou todas as medidas necessárias para assegurar a paz na região.




No entanto, Erdogan também elogiou os EUA por sua cooperação nos esforços da Turquia para acabar com os rebeldes do PKK e agradeceu ao país por sua ajuda em matéria de inteligência.





www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u376380.shtml

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Análise: Qualquer mudança em Cuba será gradual

Quando Fidel Castro anunciou sua aposentadoria da Presidência de Cuba, alguns analistas especularam - e muitos cubanos esperaram - que seu irmão, Raúl, iria introduzir mudanças na economia estatal da ilha.




Houve rumores de que Raúl Castro iria adotar o modelo chinês ou o vietnamita, em que o controle político do Partido Comunista permaneceria, mas a economia seria aberta a reformas de livre mercado.




Afinal, desde que se tornou chefe de Estado de fato, há 19 meses, Raúl Castro falou de "mudanças estruturais" por vir e admitiu que os trabalhadores cubanos não recebiam o suficiente para adquirir necessidades básicas. Ele também promoveu um processo de consultas nos locais de trabalho.




Mas uma análise de seu discurso diante da nova Assembléia Nacional sugere que, se o novo líder cubano vai introduzir reformas econômicas, elas serão cautelosas, graduais e cuidadosamente conduzidas.

Ressentimento




Simbólico é o que ele disse sobre o sistema de dupla moeda, fonte de constante reclamação por parte dos cubanos.




Estima-se que a maioria dos cubanos receba entre 400 pesos cubanos (não-conversíveis), para um operário de fábrica, e 700, para um profissional qualificado (o equivalente a entre US$ 17 e US$ 30, ou entre R$ 29 e R$ 51).




Pesos não-conversíveis servem para comprar a cota oficial subsidiada de arroz, óleo de cozinha e alguns alimentos perecíveis.




Mas a maior parte das outras mercadorias geralmente deve ser comprada com pesos conversíveis, que são restritos em sua maioria a cubanos que trabalham com turistas ou para empresas estrangeiras.




O sistema de dupla moeda provocou disparidade de renda e muito ressentimento.




"Nós estamos examinando a progressiva, gradual e prudente revalorização" do peso cubano, disse Raúl Castro.




Mas ele acrescentou que qualquer mudança só irá ocorrer quando vários outros fatores econômicos forem levados em conta. Ele indicou que o sistema das cadernetas de racionamento poderia ser modificado, chamando-o de "irracional e insustentável".




Entre outras possíveis mudanças indicadas por Raúl Castro estão a necessidade de aumentar a produção agrícola e pecuária, a prioridade do governo em atender às necessidades básicas da população, mas apenas dentro do contexto de maior crescimento econômico e maior produção, e a necessidade de aumentar salários.




Muitos delegados da Assembléia Nacional disseram ao correspondente da BBC Mundo em Havana, Fernando Ravsberg, que qualquer mudança iria ocorrer dentro do modelo básico de socialismo.




Uma possível mudança é a promoção de algumas pequenas propriedades rurais e cooperativas, afirma o correspondente.




Ele cita o exemplo de uma cooperativa de produtores de fumo no departamento de Pinar del Rio, no oeste cubano, onde 90% dos fumicultores que fornecem tabaco de alta qualidade às fábricas estatais são pequenos proprietários.




Há muitos indícios de que Raúl Castro será cauteloso. Antes de assumir o cargo oficialmente, as únicas reformas modestas que ele promoveu foram no campo, onde ele cancelou dívidas de alguns pequenos produtores e aumentou o preço pago a eles por leite e carne. Essas medidas tiveram o objetivo de evitar desabastecimento.




A presença de Fidel Castro nos bastidores deve continuar a ser um freio decisivo para reformas econômicas.




Enquanto Raúl Castro é amplamente cosiderado mais pragmático e menos ideológico que seu irmão mais velho, Fidel é geralmente contra reformas de livre mercado, por acreditar que elas incentivam o individualismo anti-socialista.




Em seu discurso, Raúl Castro deixou claro que iria continuar consultar seu irmão sobre uma série de temas, inclusive o desenvolvimento econômico.




Estabilidade




Analistas afirmam que o governo cubano obteve conquistas amplamente reconhecidas nos setores de saúde e educação, mas há grave escassez de alimentos, itens e serviços básicos para a maioria dos 11 milhões de habitantes da ilha.




A estabilidade macroeconômica foi reforçada nos últimos anos por cinco fatores: amplo subsídio em petróleo e outros bens fornecidos pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez, remessas de cubanos que vivem no exterior, renda proveniente do turismo, crédito chinês e bons preços para o principal produto de exportação cubano, o níquel.




Um livro recente do embaixador cubano em Caracas, German Sanchez, citado na revista The Economist, estima que Chávez envie a Cuba cerca de 90 mil barris de petróleo por dia, além de ajuda que totalizou US$ 1,5 bilhão (cerca de R$ 2,5 bilhões) em 2007.




Calcula-se que as remessas representem entre US$ 500 milhões (R$ 852,5 milhões) e US$ 1 bilhão (R$ 1,7 bilhão).




Em seu discurso, Raúl Castro não fez referência direta a investimento estrangeiro.




Acredita-se que ele seja favorável a que mais empresas invistam em Cuba, devido a sua experiência como chefe das Forças Armadas, coordenando o envolvimento militar no turismo e em outros negócios.




No passado, capital estrangeiro, principalmente espanhol, foi investido em joint ventures, especialmente no setor de turismo.




Mas nos últimos tempos não houve novos projetos com empresas estrangeiras, à exceção da exploração de petróleo.




Informações da imprensa brasileira sugerem que Raúl Castro disse pessoalmente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em uma recente visita, que queria o apoio do Brasil para acelerar as mudanças em Cuba, inclusive investimento brasileiro.




Mas o que quer que Raúl Castro decida fazer, parece provável que qualquer mudança econômica não será do tipo de abertura vista na China, e será cuidadosamente orquestrada.




Para mais notícias, visite o site da BBC Brasil



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Quando Fidel Castro anunciou sua aposentadoria da Presidência de Cuba, alguns analistas especularam - e muitos cubanos esperaram - que seu irmão, Raúl, iria introduzir mudanças na economia estatal da ilha.




Houve rumores de que Raúl Castro iria adotar o modelo chinês ou o vietnamita, em que o controle político do Partido Comunista permaneceria, mas a economia seria aberta a reformas de livre mercado.




Afinal, desde que se tornou chefe de Estado de fato, há 19 meses, Raúl Castro falou de "mudanças estruturais" por vir e admitiu que os trabalhadores cubanos não recebiam o suficiente para adquirir necessidades básicas. Ele também promoveu um processo de consultas nos locais de trabalho.




Mas uma análise de seu discurso diante da nova Assembléia Nacional sugere que, se o novo líder cubano vai introduzir reformas econômicas, elas serão cautelosas, graduais e cuidadosamente conduzidas.




Ressentimento




Simbólico é o que ele disse sobre o sistema de dupla moeda, fonte de constante reclamação por parte dos cubanos.




Estima-se que a maioria dos cubanos receba entre 400 pesos cubanos (não-conversíveis), para um operário de fábrica, e 700, para um profissional qualificado (o equivalente a entre US$ 17 e US$ 30, ou entre R$ 29 e R$ 51).




Pesos não-conversíveis servem para comprar a cota oficial subsidiada de arroz, óleo de cozinha e alguns alimentos perecíveis.




Mas a maior parte das outras mercadorias geralmente deve ser comprada com pesos conversíveis, que são restritos em sua maioria a cubanos que trabalham com turistas ou para empresas estrangeiras.




O sistema de dupla moeda provocou disparidade de renda e muito ressentimento.




"Nós estamos examinando a progressiva, gradual e prudente revalorização" do peso cubano, disse Raúl Castro.




Mas ele acrescentou que qualquer mudança só irá ocorrer quando vários outros fatores econômicos forem levados em conta. Ele indicou que o sistema das cadernetas de racionamento poderia ser modificado, chamando-o de "irracional e insustentável".




Entre outras possíveis mudanças indicadas por Raúl Castro estão a necessidade de aumentar a produção agrícola e pecuária, a prioridade do governo em atender às necessidades básicas da população, mas apenas dentro do contexto de maior crescimento econômico e maior produção, e a necessidade de aumentar salários.




Muitos delegados da Assembléia Nacional disseram ao correspondente da BBC Mundo em Havana, Fernando Ravsberg, que qualquer mudança iria ocorrer dentro do modelo básico de socialismo.




Uma possível mudança é a promoção de algumas pequenas propriedades rurais e cooperativas, afirma o correspondente.




Ele cita o exemplo de uma cooperativa de produtores de fumo no departamento de Pinar del Rio, no oeste cubano, onde 90% dos fumicultores que fornecem tabaco de alta qualidade às fábricas estatais são pequenos proprietários.




Há muitos indícios de que Raúl Castro será cauteloso. Antes de assumir o cargo oficialmente, as únicas reformas modestas que ele promoveu foram no campo, onde ele cancelou dívidas de alguns pequenos produtores e aumentou o preço pago a eles por leite e carne. Essas medidas tiveram o objetivo de evitar desabastecimento.




A presença de Fidel Castro nos bastidores deve continuar a ser um freio decisivo para reformas econômicas.




Enquanto Raúl Castro é amplamente cosiderado mais pragmático e menos ideológico que seu irmão mais velho, Fidel é geralmente contra reformas de livre mercado, por acreditar que elas incentivam o individualismo anti-socialista.




Em seu discurso, Raúl Castro deixou claro que iria continuar consultar seu irmão sobre uma série de temas, inclusive o desenvolvimento econômico.




Estabilidade




Analistas afirmam que o governo cubano obteve conquistas amplamente reconhecidas nos setores de saúde e educação, mas há grave escassez de alimentos, itens e serviços básicos para a maioria dos 11 milhões de habitantes da ilha.




A estabilidade macroeconômica foi reforçada nos últimos anos por cinco fatores: amplo subsídio em petróleo e outros bens fornecidos pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez, remessas de cubanos que vivem no exterior, renda proveniente do turismo, crédito chinês e bons preços para o principal produto de exportação cubano, o níquel.




Um livro recente do embaixador cubano em Caracas, German Sanchez, citado na revista The Economist, estima que Chávez envie a Cuba cerca de 90 mil barris de petróleo por dia, além de ajuda que totalizou US$ 1,5 bilhão (cerca de R$ 2,5 bilhões) em 2007.




Calcula-se que as remessas representem entre US$ 500 milhões (R$ 852,5 milhões) e US$ 1 bilhão (R$ 1,7 bilhão).




Em seu discurso, Raúl Castro não fez referência direta a investimento estrangeiro.




Acredita-se que ele seja favorável a que mais empresas invistam em Cuba, devido a sua experiência como chefe das Forças Armadas, coordenando o envolvimento militar no turismo e em outros negócios.




No passado, capital estrangeiro, principalmente espanhol, foi investido em joint ventures, especialmente no setor de turismo.




Mas nos últimos tempos não houve novos projetos com empresas estrangeiras, à exceção da exploração de petróleo.




Informações da imprensa brasileira sugerem que Raúl Castro disse pessoalmente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em uma recente visita, que queria o apoio do Brasil para acelerar as mudanças em Cuba, inclusive investimento brasileiro.




Mas o que quer que Raúl Castro decida fazer, parece provável que qualquer mudança econômica não será do tipo de abertura vista na China, e será cuidadosamente orquestrada.




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http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2008
/02/26/analise_qualquer_mudanca_em_
cuba_sera_gradual-425961101.asp

Obama tem mais chances de derrotar McCain do que Hillary, segundo pesquisa

da Efe, em Washington




O senador democrata Barack Obama teria mais possibilidades de vencer uma hipotética disputa presidencial com o republicano John McCain do que Hillary Clinton, segundo revelou hoje uma pesquisa do jornal "The New York Times" e da rede de televisão "CBS".




Esta é a primeira vez em que a maior parte dos democratas diz preferir o senador de Illinois como candidato do partido nas eleições presidenciais americanas de novembro.




Em artigo publicado em seu site, o jornal indicou que após 40 prévias Obama conseguiu grandes avanços entre os principais grupos do partido, incluindo homens, mulheres, progressistas e moderados, assim como eleitores de rendas média e superior.




Nas últimas duas semanas, o senador venceu as 11 primárias que disputou com Hillary.




Republicanos



Entre os republicanos, a maior parte dessas pesquisas apontou a vitória de McCain, cujo rival, o ex-governador Mike Huckabee, não tem nenhuma possibilidade de tirar-lhe a candidatura, segundo os analistas.




A enquete revelou que 54% dos eleitores democratas dizem apoiar a indicação de Obama como candidato do partido, ao tempo que 38% disseram preferir Hillary.




O "The New York Times" afirmou que sua pesquisa coincide com outra consulta divulgada hoje pelo jornal "USA Today" que indicou que as preferências favorecem Obama em 51%, ao tempo que Hillary ficaria com 39% do apoio.




No entanto, o diário advertiu que essas enquetes não predizem o grau de popularidade dos candidatos em cada um dos estados, especialmente Ohio e Texas, que sediarão na próxima terça-feira, dia 4 de março, primárias consideradas fundamentais para a definição da candidatura democrata.




Texas



Segundo as últimas enquetes, no Texas há "um empate técnico" entre Hillary e Obama, ao tempo que em Ohio a ex-primeira-dama tem uma leve vantagem.




A pesquisa, realizada entre quarta-feira e domingo, entre 1.115 eleitores, indicou que 6 de cada 10 consultados disseram que Obama tem maiores possibilidades de derrotar McCain, o dobro dos que acreditam que Hillary é "mais elegível".




Além disso, um maior número de democratas acredita que o senador de Illinois pode propiciar uma "verdadeira mudança" em Washington.




A enquete também confirmou o grande favoritismo de McCain entre os republicanos, apoiado por oito de cada dez consultados para representar o partido nas eleições.




Quase 9 de cada 10 entrevistados disseram que McCain está preparado para chegar à Casa Branca em 20 de janeiro de 2009, e mais de 8 de cada 10 indicaram confiar em sua capacidade para enfrentar uma crise internacional.



www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u375979.shtml

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Preço do petróleo ajudará Irã a lidar com sanções, diz ministro

Reuters/Brasil Online




TEERÃ (Reuters) - Os altos preços do petróleo ajudarão o Irã a enfrentar qualquer nova sanção da Organização das Nações Unidas (ONU) devido a seu programa nuclear, afirmou o ministro da Economia e das Finanças iraniano, Davoud Danesh-Jafari.




Grã-Bretanha e França já declararam esperar que o Conselho de Segurança da ONU vote esta semana uma terceira rodada de sanções contra o Irã. O Ocidente acusa o país de tentar desenvolver armas atômicas sob o disfarce de um programa civil.




"Novas sanções não prejudicarão a economia do Irã...Os altos preços do petróleo ajudarão o Irã a compensar", disse Danesh-Jafari nesta segunda-feira, segundo a agência de notícias Isna.




Teerã afirma que busca a tecnologia nuclear para que possa economizar suas reservas de petróleo e gás para exportação, mas não consegue convencer as potências mundiais sobre seus propósitos pacíficos.





(Por Parisa Hafezi)




domingo, 24 de fevereiro de 2008

Equipes encontram primeiros corpos de vítimas da queda de avião na Venezuela

da France Presse, em Mérida (Venezuela)






As equipes de busca que trabalham para resgatar os restos mortais das 46 pessoas mortas em acidente de avião na Venezuela, na região dos Andes, encontraram os primeiros corpos, anunciou neste sábado o diretor nacional da Defesa Civil, o general Antonio Rivero.




Também neste sábado foram encontradas as duas caixas-pretas da aeronave: o "flight data recorder", com informações do equipamento eletrônico, e o "voice data recorder", que grava o diálogo dos pilotos, entre si e com a torre.




Os integrantes das equipes já "têm vários corpos que foram recuperados e que estão prontos para serem transportados para Mérida", afirmou Rivero ao canal estatal VTV, sem oferecer números.




Após o desembarque em Mérida, a próxima etapa será submeter os restos mortais ao trabalho dos legistas, para identificar os corpos, afirmou o funcionário. A identificação dos restos mortais deve ocorrer no estádio metropolitano da cidade.




O número de legistas, antropólogos e outros integrantes das equipes de resgate atingiu 48 funcionários, que devem trabalhar até segunda-feira, disse Rivero.




O avião comercial da companhia Santa Bárbara, um bimotor turboélice ATR42, de fabricação franco-italiana, havia decolado de Mérida (500 km a sudoeste de Caracas) e seguia para a capital venezuelana, quando ocorreu o acidente. A aeronave foi localizada em uma área montanhosa, de difícil acesso, a cerca de 10 quilômetros de Mérida.



www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u375366.shtml

Bolívia, Brasil e Argentina não chegam a acordo sobre abastecimento de gás

Eliane Oliveira e Janaína Figueiredo - O Globo; O Globo OnlineReuters

Presidentes Lula, Cristina Kirchner, da Argentina e Evo Morales, da Bolívia, durante encontro na residência oficial de Olivos

BUENOS AIRES - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou neste sábado a Argentina sem atender aos apelos do país vizinho para que o Brasil reduzisse parte de suas compras de gás da Bolívia em favor do mercado argentino. Em reunião com os colegas Cristina Kirchner e Evo Morales, Lula conseguiu tirar o gás da agenda trilateral de curto prazo, defendeu uma "política de solidariedade" energética na região e, para compensar a frustração da presidente argentina, acenou com a possibilidade de transferir energia elétrica, algo em torno de 200 megawatts/hora, se houver disponibilidade.






- Nosso problema não é gás, e, sim, energia. Precisamos ter a consciência de que a energia não é produzida apenas de gás - arrematou Lula, pouco antes de embarcar para Brasília, após participar da reunião, que começou com duas horas de atraso devido à demora de Morales. - Essa política de solidariedade é extremamente importante para que possamos garantir que os investidores permaneçam em nossos países.






A decepção foi evidente não só no caso dos argentinos, que pediram um milhão de metros cúbicos diários de gás mais energia elétrica, mas também entre os bolivianos, que foram a Buenos Aires a convite da Argentina para tentar convencer o Brasil a ceder parte de suas importações. O ministro dos Hidrocarbonetos da Bolívia, Carlos Villegas, disse ao jornal "O Globo", antes de voltar a seu país, que, no encontro, não foi prometido à Argentina o aumento do volume de suas aquisições de gás:






- Não se garantiu qualquer volume - admitiu ele, que, tentando minimizar o fracasso de seu governo na negociação, assegurou que os três países se mostraram dispostos a encontrar soluções.






Em entrevista publicada neste sábado pelo jornal argentino "Clarín", o presidente boliviano, Evo Morales, voltou a afirmar que seu país não pode garantir envios acordados da commodity nas épocas de maior consumo.






- Todos temos necessidades e cada ano é necessário mais energia e há épocas críticas de acordo com cada país. Por isso temos que nos unir, observar essa situação para resolvermos de maneira conjunta a falta de energia nesta conjuntura" - afirmou Morales antes do encontro.

A presidente argentina Cristina Kirchner, o presidente Lula e o presidente da Bolívia Morales - Reuters

Os presidentes criaram uma comissão tripartite, formada pelos ministros de Minas e Energia. A idéia é discutir as dificuldades e encontrar soluções, de médio e longo prazos, para distribuição de gás e expansão da oferta de outras fontes de energia.




Segundo o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli - que defendia o não à Argentina e, sexta-feira, disse que não abriria mão de "qualquer molécula de gás" -, o grupo volta a se reunir em dez dias. Villegas disse que o encontro será em La Paz.






Lula argumentou que as economias estão crescendo - 8% a Argentina, 5% o Brasil e 4,5% a Bolívia. Assim, todos precisarão de energia. Ele afirmou ter sido informado por Morales de que os bolivianos poderão, a médio prazo, atender a brasileiros e argentinos. Fontes do governo desconfiam dessa garantia.






O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, explicou que haverá um sistema de transferência de energia para a Argentina. O Brasil cede e, quando os argentinos puderem, pagarão pelo que receberem. O Brasil não abrirá mão de gás natural nem no inverno:






- Tudo isso sem repasse de gás, pois não vamos abrir mão do que contratamos da Bolívia. Será repasse de energia, se tivermos energia para fornecer. Há um certo limite.






A Argentina compra diariamente da Bolívia 7,7 milhões de metros cúbicos de gás e pretende quadruplicar essa cifra a partir de 2010, enquanto o Brasil importa 30 milhões de metros cúbicos. A atual produção boliviana de gás gira em torno de 40 milhões de metros cúbicos diários enquanto a demanda total do mercado interno e externo do país ronda os 46 milhões de metros cúbicos.






Início da polêmica - A polêmica em torno do fornecimento do gás começou no último dia 14, quando o vice-presidente boliviano, Álvaro Garcia Linera, deixou claro que o país não tem como honrar integralmente contratos de fornecimento de gás natural para os dois vizinhos nos momentos de pico da demanda . Para o Brasil, o fornecimento de 30 milhões de metros cúbicos por dia seria reduzido a 27 milhões de metros cúbicos. Desde então os dois países, Brasil e Bolívia vêm trocando negociações e acusações sobre o tema, enquanto a Argentina tenta conseguir um aumento do fornecimento, já que passa por uma crise energética .






- Não podemos cobrir um santo e descobrir outro. Estaremos sempre dispostos a ajudar, até porque somos sócios, mas existe um limite. E esse limite é o de não prejudicar, não desabastecer o mercado brasileiro - afirmou.



http://oglobo.globo.com/economia/mat/2008/02/23/bolivia_brasil