sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Harry vai em segredo à guerra no Afeganistão

LONDRES - O príncipe Harry da Inglaterra, filho mais novo de Charles e Diana de Gales, está lutando contra os talibãs no Afeganistão, confirmou ontem o Ministério da Defesa do Reino Unido. O príncipe, 23 anos, e pertencente ao regimento Household Cavalry, esteve nos últimos dois meses servindo secretamente na província de Helmand, onde está a maior parte das tropas britânicas e que é considerada uma das mais perigosas do país asiático. O primeiro-ministro, Gordon Brown, descreveu-o ontem como um soldado “exemplar” e disse que todo o Reino Unido deve estar orgulhoso de seu “destacado” trabalho com as tropas britânicas.






A notícia vazou depois que “sites estrangeiros” quebraram o embargo que pesava sobre a informação, disse ontem o alto comando militar em comunicado. Harry, terceiro na linha de sucessão ao trono britânico, já manifestou seu desejo de combater no Iraque, mas, por fim, o Ministério da Defesa decidiu não enviá-lo por razões de segurança.”O que os últimos dois meses mostraram é que é perfeitamente possível para o príncipe Harry que lhe atribuam as mesmas tarefas que a qualquer outro oficial de sua categoria e experiência”, disse o alto comando militar, que destacou que sua conduta nas operações das quais participou foi “exemplar”.






Ele especificou que o filho mais novo do príncipe Charles esteve “completamente implicado” nas operações e “correu os mesmos riscos que qualquer outro” de seu bata-lhão. “Da mesma forma que todos os de sua geração que servem hoje no Exército, é motivo de orgulho para a nação”, acrescenta o alto comando militar, que ressalta que, ao chegar a um entendimento com a imprensa para que não divulgasse a informação, “o risco era administrável”. A fonte acrescentou que, uma vez que a notícia é “de domínio público”, os comandantes militares britânicos pedirão assessoria dos comandantes no terreno sobre se Harry pode continuar servindo no Afeganistão.






O alto comando militar aproveitou o comunicado para fazer um apelo aos veículos de comunicação para que se abstenham de informar dos movimentos do príncipe e voltem a cumprir os termos do acordo. Além disso, mostrou-se “muito decepcionado” com a decisão dos sites estrangeiros que divulgaram a notícia, o que contrasta, disse, com a atitude “muito responsável” do conjunto da imprensa britânica e um pequeno número de veículos estrangeiros com os quais tinha-se chegado a um acordo sobre a história. “Após um longo período de discussões entre o Ministério da Defesa e os editores de veículos regionais, nacionais e internacionais, os editores adotaram a atitude louvável de conter sua cobertura”, disse o alto comando militar, que agradeceu por essa atitude. A informação foi divulgada pelo site americano Drudge Report, segundo a agência de notícias britânica PA. (EFE)





www.correiodabahia.com.br/exterior/noticia.asp?codigo=148563

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