sexta-feira, 29 de agosto de 2008

PF prende 27 envolvidos em fraude em Detrans no Nordeste











O Globo Online
Operação da Polícia Federal contra fraude no Detran na Paraíba - Reprodução de TV

PARAÍBA - A Polícia Federal desarticulou nesta sexta-feira um esquema de inserção de dados falsos nos sistemas do Departamento de Trânsito (Detran) do estado da Paraíba. A operação, batizada de Cascavel, contou com apoio da Polícia Rodoviária Federal, do Ministério Público da Paraíba e da Secretaria de Segurança. Até o início da tarde, 27 pessoas foram presas (duas em Pernambuco). Entre elas, está o coordenador do registro nacional de veículos da Paraíba, Aureliano Delfino. A PF cumpre 35 mandados de prisão temporária e 60 mandados de busca e apreensão.






De acordo com os policiais, o esquema era chefiado por policiais militares e funcionários do Detran da Paraíba, mas agia também em Alagoas e em Pernambuco. A quadrilha roubava carros na Paraíba e os levava para os outros estados para despistar a polícia, depois, levavam os veículos de volta para a legalização.






Segundo informações da PF, os criminosos tinham a colaboração de funcionários responsáveis pela inserção dos dados no sistema do Detran. As investigações constataram que a quadrilha mudava os dados identificadores dos veículos para conseguir regularizá-los com a ajuda de estelionatários e despachantes que conseguiam novos Certificados de Licenciamento e Registro dos Veículos pelo Detran.






Também foi descoberto pela PF que os criminosos atuavam no esquema de fraude na emissão de carteiras de habilitação. Com as investigações, a polícia verificou a emissão irregular de várias carteiras de habilitação e a regularização fraudulenta de 300 veículos.






Em nota, o Detran informa que assim que tiver conhecimento dos nomes dos funcionários envolvidos, eles serão afastados da função. O comunicado também ressalta que a direção do órgão espera que os culpados respondam pelos erros praticados.





http://oglobo.globo.com/pais/mat/2008/08/29/pf_prende_27_envolvidos_em_fraude_em_detrans_no_nordeste-548001344.asp




quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Petistas adotam estratégia de cautela e Marta evita confrontos






Petistas adotam estratégia de cautela e Marta evita confrontos





Ainda surpresos com a subida repentina de Marta Suplicy nas pesquisas de intenção de voto, a coordenação da campanha eleitoral da petista mudou não só o tom dos discursos da petista como também sua agenda. "Quanto menor a possibilidade de confronto, melhor", disse um dos coordenadores da campanha petista.








São Paulo, 27 de Agosto de 2008 - Ainda surpresos com a subida repentina de Marta Suplicy nas pesquisas de intenção de voto, a coordenação da campanha eleitoral da petista mudou não só o tom dos discursos da petista como também sua agenda. "Quanto menor a possibilidade de confronto, melhor", disse um dos coordenadores da campanha petista.








As atividades da ex-ministra do Turismo ficaram mais seletivas, evitando o confronto e as provocações principalmente do prefeito e candidato à reeleição, Gilberto Kassab, do DEM, que, segundo pesquisa de intenção de voto realizada pelo Datafolha, está terceiro lugar com 14% das preferências do eleitorado paulistano. Marta está com 41%, 17 pontos percentuais acima do segundo colocado nas pesquisas, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB).







Marta, apesar dos números disse que não é hora de pensar em uma vitória ainda no primeiro turno da eleição. "Nós não estamos pensando nisso não, a gente está muito feliz de o presidente vir, mas nada de salto alto", afirmou Marta ontem, logo após realizar palestra e responder a perguntas para convidados da Federação do Comércio do Estado de São Paulo na sede da entidade, região central da capital paulista.








A petista deve receber o reforço significativo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sua campanha no próximo final de semana. O presidente planeja subir no palanque da petista em um comício no bairro de São Miguel, extremo Leste da capital. A escolha da região do comício foi explicada pelo deputado estadual petista, Rui Falcão, que cumpre as funções de relações institucionais da campanha da ex-ministra. "Estamos bem na região, mas também é lá que ainda temos um bom potencial de crescimento", justificou Falcão.








Ainda de acordo com a pesquisa Datafolha, a petista tem 42% das preferências dos eleitores que declararam morar na zona Leste de São Paulo, contra 22% de Alckmin, 13% de Kassab e 10% de Maluf. Porém, são 8% os eleitores que afirmaram que votarão em branco ou anulará o voto, além de outros 4% que disseram ainda saber em quem votará. A soma dessas duas opções - branco ou nulo, e os que ainda não sabem em quem votar - é maior do que em qualquer outra região da cidade, com exceção da região central da cidade onde o número de eleitores é pequeno.








Falcão avaliou que, se a intenção de voto conseguidos até agora por Marta permanecerem até a eleição o PT e a coligação - PSB, PDT, PCdoB, PRB e PTN - estará próximo de conseguirá eleger a maioria dos vereadores na Câmara, 28 parlamentares.








Cabos eleitoraisNa campanha quase sem novidades das campanhas eleitorais municipais, ontem o agora secretário Municipal de Esportes, Walter Feldman, se licenciou do cargo. A justificativa é de que Feldman, que é do PSDB, trabalharia para aproximar o prefeito e Alckmin. Só assim seria evitada uma troca de acusações entre ambos durante a campanha e uma potencial queda nas pesquisas de intenção de voto.








O cientista político do Ibmec/SP, Carlos Mello, não acredita em uma saída negociada e sem conseqüências eleitorais para os dois candidatos. "A vida de um depende da morte do outro. Só há uma pergunta a responder: qual dos dois irá abrir mão da candidatura? Só assim eles, talvez, poderiam impedir a vitória de Marta Suplicy", ironizou Mello. Para o cientista político, os números de hoje não são uma surpresa. Desde o final de semana Alckmin não está tão cuidadoso a respeito de críticas à Kassab.








Ontem, a campanha de Alckmin confirmou seu mutirão de visitadores nas residências de bairros das periferias Leste e Sul da cidade, mas desmentiu que sejam cabos eleitorais contratados. "Estamos apenas pegando a nossa militância para esse mutirão e, para aqueles desempregados, oferecendo uma ajuda de custo", disse o deputado Edson Aparecido (PSDB), coordenador da campanha de Alckmin. A ajuda de custo a que o deputado se referiu é de R$ 450, 00, além de um vale refeição de R$ 150,00. A princípio, o mutirão envolveria perto de 1.200 pessoas.
(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 8)(Marcos Seabra)









www.gazetamercantil.com.br/integraNoticia.aspx?Param=20%2C0%2C+%2C2030807%2CUIOU

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Déficit comercial é de US$ 840 milhões










A balança comercial brasileira registrou déficit de US$ 840 milhões na quarta semana






São Paulo, 26 de Agosto de 2008 - A balança comercial brasileira registrou déficit de US$ 840 milhões na quarta semana do mês. As exportações feitas entre os dias 18 e 24 somaram US$ 3,731 bilhões, enquanto as importações totalizaram US$ 4,571 bilhões, segundo informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.






O déficit comercial deve-se à grande importação de petróleo bruto, que atingiu US$ 818 milhões na quarta semana. Também contribuíram para o resultado desfavorável da balança brasileira as compras de gás natural (US$ 254 milhões) e de aeronaves (US$ 160 milhões). A média diária de importação cresceu 10,8% sobre a média diária registrada até a terceira semana de agosto, atingindo US$ 914,2 milhões. Na mesma comparação, média das exportações recuou 26,7% e chegou a US$ 746,2 milhões no período analisado.






No mês, a balança acumula superávit de US$ 1,279 bilhão. No ano, o saldo comercial acumulado é de US$ 15,932 bilhões. Analistas consultados pelo Banco Central estimam superávit de US$ 23,30 bilhões em 2008, ante US$ 40 bilhões em 2007.






(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 4)(Redação e Reuters)






segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Ferrari tem certeza que Räikkönen voltará à briga











Da Redação

O chefe de equipe da Ferrari, Stefano Domenicali, não está preocupado sobre a queda de rendimento de Kimi Räikkönen. O finlandês não consegue vencer uma corrida desde o GP da Espanha, em abril, e, com o abandono no GP da Europa, neste domingo, caiu para terceiro no mundial.









No balanço da temporada, agora, o atual campeão está atrás de Felipe Massa. O brasileiro é vice-líder da competição, com sete pontos de vantagem para Kimi, além de ter ganho quatro corridas em 2008 contra duas de Räikkönen.









Nos treinos de classificação, Felipe também é superior com quatro poles contra duas do companheiro, que admitiu dificuldades nas últimas provas para extrair o máximo em apenas uma volta rápida.









Neste final de semana, em Valência, a situação foi ainda pior para o finlandês. O motor dele quebrou, o obrigando a se retirar da prova. Além disso, Kimi atropelou um mecânico em seu segundo pitstop.









Apesar das recentes decepções, Domenicali garantiu que a Ferrari tem total confiança no trabalho de Räikkönen. "Ele é um campeão, nós somos um time e claro que daremos apoio a todos, principalmente, a Kimi em quem acreditamos 100%", afirmou.









"Nos momentos difíceis, o time deve permanecer junto. Não temos dúvidas sobre a performance de Räikkönen. Estou otimista de que voltará à briga até o fim no Brasil", acrescentou o italiano.















www2.uol.com.br/teojose/noticias/ult794u56710.shl






domingo, 24 de agosto de 2008

Petrobras pode ter 10% do PIB em 2020






Petrobras pode ter 10% do PIB em 2020




ROBERTO MACHADO
da Folha de S.Paulo, no Rio

O peso da Petrobras na economia brasileira pode dobrar na próxima década, chegando a cerca de 10% do PIB (Produto Interno Bruto, soma de bens e serviços produzidos no país) em 2020- isso sem levar em conta o grosso da produção dos campos de petróleo do chamado pré-sal.

O levantamento, realizado pelo professor Adilson de Oliveira, do Instituto de Economia da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), prevê três cenários: com o barril de petróleo custando US$ 80, US$ 100 e US$ 120 no mercado internacional.

Nos três cenários, a pesquisa parte de uma mesma estimativa: a de que a produção diária da Petrobras alcançará 2,3 milhões de barris em 2010, saltará para 3,5 milhões em 2015 e atingirá 5 milhões de barris em 2020.

"Isso marcará uma etapa fundamental: o país passará a ser exportador. Na estimativa, consideramos a produção dos chamados campos do pré-sal numa perspectiva inicial. Ou seja, são projeções bastante conservadoras em termos de produção", diz Oliveira, que coordena o grupo de energia da UFRJ e é considerado um dos maiores especialistas do país no tema.

No primeiro cenário, o peso da Petrobras no PIB brasileiro subiria dos atuais 4,7% para 7,19% em 2020. Oliveira diz que esse é o cenário "pessimista" para a estatal -já que, diante da volatilidade dos últimos meses, não é possível estimar precisamente em que patamar os preços do petróleo se estabilizarão no futuro.

No cenário "otimista" para os cofres da estatal, o preço médio do petróleo se manteria na faixa em que está hoje: próximo a US$ 120 por barril.

Nesse caso, a Petrobras representaria, sozinha, 11,52% do PIB, adicionando à economia brasileira cerca de R$ 450 bilhões a cada ano.

O cenário intermediário prevê o barril a US$ 100, em média, com valor agregado da Petrobras de R$ 371,6 bilhões. A estatal passaria a responder por 9,6% do PIB em 2020.

Peso individual

A metodologia utilizada pelo grupo de energia da UFRJ -que mensura o chamado "valor agregado"- não leva em conta o que a Petrobras "compra" de outros fornecedores, mas apenas o que a própria estatal acrescenta à economia do país.

Ou seja, ficam de fora os bilhões de reais em encomendas de equipamentos e serviços que a Petrobras contrata de centenas de empresas. Também não está computado o próprio faturamento da estatal.

"Se levarmos em conta o valor que a Petrobras adiciona indiretamente, por meio de encomendas e compras, esse número será certamente maior. Mas a pesquisa procura medir o peso individual da companhia", afirma Oliveira.

Nos últimos meses, após o anúncio da descoberta do campo de Tupi -para o qual se estima reservas de até 8 bilhões de barris- e com os primeiros prognósticos para toda a extensão do pré-sal -as estimativas variam entre 70 bilhões e 300 bilhões de barris de reservas-, diversos analistas e centros de pesquisa passaram a estimar o impacto disso para a estrutura produtiva brasileira.

O temor é o aparecimento de um fenômeno conhecido nos meios acadêmicos como "doença holandesa". Reflete a dependência de toda a economia de um país à exportação de uma única commodity -quando os preços sobem no mercado internacional, provocam valorização excessiva da moeda nacional, enfraquecendo os outros setores produtivos e resultando em desindustrialização.

Setor privado

Para outro especialista no setor de petróleo, o geólogo Giuseppe Bacoccoli, da UFRJ, se computadas as contribuições das outras companhias petrolíferas que atuam no país, a participação do setor de petróleo no PIB nacional deve aumentar ainda mais.

"A abertura do mercado tem apenas dez anos. Hoje, a Petrobras representa mais de 90% de todo o setor. Mas a tendência é de redução nesse percentual com o incremento da participação de empresas privadas. Acho que daqui a alguns anos chegará a cerca de 70%. Isso se não houver mudanças nas regras do jogo, evidentemente", diz Bacoccoli. "Nas áreas do pré-sal, a presença de sócios privados ao lado da Petrobras é minoritária, mas não desprezível", afirma o geólogo.




www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u437281.shtml