quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Petistas adotam estratégia de cautela e Marta evita confrontos






Petistas adotam estratégia de cautela e Marta evita confrontos





Ainda surpresos com a subida repentina de Marta Suplicy nas pesquisas de intenção de voto, a coordenação da campanha eleitoral da petista mudou não só o tom dos discursos da petista como também sua agenda. "Quanto menor a possibilidade de confronto, melhor", disse um dos coordenadores da campanha petista.








São Paulo, 27 de Agosto de 2008 - Ainda surpresos com a subida repentina de Marta Suplicy nas pesquisas de intenção de voto, a coordenação da campanha eleitoral da petista mudou não só o tom dos discursos da petista como também sua agenda. "Quanto menor a possibilidade de confronto, melhor", disse um dos coordenadores da campanha petista.








As atividades da ex-ministra do Turismo ficaram mais seletivas, evitando o confronto e as provocações principalmente do prefeito e candidato à reeleição, Gilberto Kassab, do DEM, que, segundo pesquisa de intenção de voto realizada pelo Datafolha, está terceiro lugar com 14% das preferências do eleitorado paulistano. Marta está com 41%, 17 pontos percentuais acima do segundo colocado nas pesquisas, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB).







Marta, apesar dos números disse que não é hora de pensar em uma vitória ainda no primeiro turno da eleição. "Nós não estamos pensando nisso não, a gente está muito feliz de o presidente vir, mas nada de salto alto", afirmou Marta ontem, logo após realizar palestra e responder a perguntas para convidados da Federação do Comércio do Estado de São Paulo na sede da entidade, região central da capital paulista.








A petista deve receber o reforço significativo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sua campanha no próximo final de semana. O presidente planeja subir no palanque da petista em um comício no bairro de São Miguel, extremo Leste da capital. A escolha da região do comício foi explicada pelo deputado estadual petista, Rui Falcão, que cumpre as funções de relações institucionais da campanha da ex-ministra. "Estamos bem na região, mas também é lá que ainda temos um bom potencial de crescimento", justificou Falcão.








Ainda de acordo com a pesquisa Datafolha, a petista tem 42% das preferências dos eleitores que declararam morar na zona Leste de São Paulo, contra 22% de Alckmin, 13% de Kassab e 10% de Maluf. Porém, são 8% os eleitores que afirmaram que votarão em branco ou anulará o voto, além de outros 4% que disseram ainda saber em quem votará. A soma dessas duas opções - branco ou nulo, e os que ainda não sabem em quem votar - é maior do que em qualquer outra região da cidade, com exceção da região central da cidade onde o número de eleitores é pequeno.








Falcão avaliou que, se a intenção de voto conseguidos até agora por Marta permanecerem até a eleição o PT e a coligação - PSB, PDT, PCdoB, PRB e PTN - estará próximo de conseguirá eleger a maioria dos vereadores na Câmara, 28 parlamentares.








Cabos eleitoraisNa campanha quase sem novidades das campanhas eleitorais municipais, ontem o agora secretário Municipal de Esportes, Walter Feldman, se licenciou do cargo. A justificativa é de que Feldman, que é do PSDB, trabalharia para aproximar o prefeito e Alckmin. Só assim seria evitada uma troca de acusações entre ambos durante a campanha e uma potencial queda nas pesquisas de intenção de voto.








O cientista político do Ibmec/SP, Carlos Mello, não acredita em uma saída negociada e sem conseqüências eleitorais para os dois candidatos. "A vida de um depende da morte do outro. Só há uma pergunta a responder: qual dos dois irá abrir mão da candidatura? Só assim eles, talvez, poderiam impedir a vitória de Marta Suplicy", ironizou Mello. Para o cientista político, os números de hoje não são uma surpresa. Desde o final de semana Alckmin não está tão cuidadoso a respeito de críticas à Kassab.








Ontem, a campanha de Alckmin confirmou seu mutirão de visitadores nas residências de bairros das periferias Leste e Sul da cidade, mas desmentiu que sejam cabos eleitorais contratados. "Estamos apenas pegando a nossa militância para esse mutirão e, para aqueles desempregados, oferecendo uma ajuda de custo", disse o deputado Edson Aparecido (PSDB), coordenador da campanha de Alckmin. A ajuda de custo a que o deputado se referiu é de R$ 450, 00, além de um vale refeição de R$ 150,00. A princípio, o mutirão envolveria perto de 1.200 pessoas.
(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 8)(Marcos Seabra)









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