sábado, 10 de novembro de 2007

Hugo Chávez chama Lula de ‘magnata petroleiro’

O presidente venezuelano ironiza descoberta de petróleo no Brasil e diz que vai produzir biodiesel




SANTIAGO – Ainda sob o impacto da notícia que o Brasil ampliou em 50% suas reservas de petróleo, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, propôs ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva um esforço conjunto para fornecer combustível mais barato aos países pobres. Em tom irônico, o presidente venezuelano fez várias referências ao anúncio feito anteontem pelo governo brasileiro sobre a existência de novos campos de petróleo, que ampliam em mais de 50% as reservas totais no país: “Lula, agora que você tem tanto petróleo, poderíamos criar a Petroamazônia”, disse o venezuelano, durante a cerimônia de abertura da 17ª Cúpula Ibero-americana. Propôs, ainda, que os dois países forneçam petróleo à Argentina em troca de tratores e vacas prenhes.


Em seu longo discurso, mencionou cinco vezes a nova condição do Brasil e chamou Lula de “magnata petroleiro”. Disse também que agora o Brasil poderia ingressar na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Lula não pôde responder a Chávez em público, pois a série de discursos foi interrompida para não atrasar a programação, que incluiu pose para uma foto oficial, o plantio de árvores nativas chilenas e almoço.


À tarde, os debates foram fechados à imprensa. A proposta de vender petróleo abaixo do preço de mercado, porém, foi rechaçada pelo assessor para Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia. “A empresa (Petrobras) tem de ter sua autonomia de operação”, disse. “Essa questão não está em discussão”. Sobre a criação da Petroamazônia, ele comentou que o petróleo recém-descoberto no Brasil não está na Amazônia. Há discussões para se formar a “Petrosur” mas, segundo Garcia, não se trata de unificar as petrolíferas da região.

As receitas com a exportação de petróleo têm sido o principal instrumento de Hugo Chávez para expandir sua influência sobre os países da América do Sul. As novas reservas brasileiras, em teoria, dão ao Brasil um novo peso na disputa pela liderança regional. Chávez disse a Lula que começará a produzir biocombustíveis, já que o Brasil está produzindo tanto petróleo. Também teria se oferecido para propor o ingresso do país na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), na reunião que se realiza semana que vem. O ingresso na Opep, disse Garcia, é “uma bobagem.


Em seu discurso na abertura da reunião de cúpula, Chávez criticou o tratamento dado pela mídia aos conflitos entre manifestantes contra e a favor de seu governo: “é tal qual o golpe de 2002”. Ele acusou a americana CNN e as emissoras privadas venezuelanas de apoiar a tentativa de retirá-lo da presidência de seu país e propôs aos demais chefes de estado ibero-americanos uma discussão sobre o papel dos meios de comunicação. O venezuelano classificou de “fascistas” os empresários que, na véspera, haviam aprovado um documento alertando para o aumento da insegurança jurídica e institucional na região e suas conseqüências danosas aos investimentos. Preocupa os empresários a disposição de Chávez de modificar o conceito de propriedade, na reforma constitucional que deverá ir a referendo público em dezembro.


O ministro do Exterior espanhol, Miguel Ángel Moratinos, queixou-se ontem ao seu colega venezuelano, Nicolás Maduro, sobre o “mal-estar” causado na Espanha pelas críticas do presidente Hugo Chávez contra o ex-primeiro-ministro José María Aznar e a confederação empresarial espanhola. Durante discurso no plenário da Cúpula Ibero-americana, Chávez chamou Aznar de “fascista” três vezes e acusou a Confederação Espanhola de Organizações Empresariais (CEOE) de estar entre as entidades que apoiaram o golpe de Estado que o derrubou durante 48 horas em 2002. (AE e EFE)
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Piora o conflito entre Argentina e Uruguai


BUENOS AIRES - A crise política entre a Argentina e o Uruguai está cada vez mais grave. Segundo o chefe de gabinete da Presidência argentina, Alberto Fernández, a relação entre os dois países “ficou muito danificada” depois que o presidente uruguaio, Tabaré Vázquez, autorizou o funcionamento da fábrica da Botnia, sem aviso prévio. Em entrevista às rádios de Buenos Aires, Fernández qualificou de “muito pouco feliz” a decisão de Vázquez tomada paralelamente à reunião da Cúpula Ibero-americana, em Santiago, minutos depois de ter cumprimentado o presidente Néstor Kirchner e sua esposa, a presidente eleita, Cristina Fernández. “É possível voltar atrás em muitas coisas, mas de uma atitude cínica é muito difícil”, disparou Fernández, o principal porta-voz do governo Kirchner.


Segundo ele, Vázquez “não teve uma conduta digna de alguém que se diz ser irmão”. O ministro argentino reconheceu que seu governo foi surpreendido pela medida do país vizinho. “Estamos surpresos pela singular conduta do Uruguai e do próprio presidente (Vázquez) de fazer um discurso como contemporizador não só em frente ao presidente (Kirchner), mas em frente a quem promoveu o diálogo bilateral (o rei da Espanha, Juan Carlos de Borbón), para depois sair com o anúncio, na mesma cúpula, do começo das atividades da Botnia”, afirmou em tom crítico.

Fernández reconhece o direito do Uruguai de autorizar o funcionamento da planta de celulose em Fray Bentos, às margens do rio Uruguai, fronteira com a Argentina. Mas ele reclamou que a iniciativa tenha sido em plena cúpula, onde o mediador do conflito promovia reuniões de negociações sobre o assunto. “Soou pouco sincero, próximo do cinismo a conduta de abraçar o presidente (Kirchner) e ao mesmo tempo estar fazendo isso (autorizar o funcionamento)”, reclamou.


Segundo Fernández, uma hora antes do abraço entre os dois presidentes e do anúncio da autorização, estiveram reunidos os chanceleres de ambos os países e nada foi comentado. “Inclusive, acertamos que continuaríamos conversando”, afirmou Fernández completando que “agora vêm com isso de que a Botnia começa a funcionar na terça-feira que vem”. O ministro argentino também estocou: “entendo as necessidades internas de Vázquez porque é acusado pela oposição de ser pouco cuidadoso com a soberania uruguaia”. (AP)

Após confinamento, Bhutto sai de casa e adere a protesto

da Folha Online


A ex-primeira ministra do Paquistão Benazir Bhutto deixou neste sábado a prisão domiciliar a que foi submetida ontem e aderiu a um protesto de jornalistas contra o estado de emergência, depois que o governo pôs fim à ordem de confinamento.


A líder do PP (Partido do Povo do Paquistão) saiu hoje pela primeira vez de casa desde a suspensão da ordem de detenção, para ir a um encontro com os líderes de sua formação, segundo o canal privado 'Dawn'.


"Vim para expressar a vocês a minha solidariedade. Reprovo as restrições [aos meios de comunicação]", disse Bhutto aos cerca de 200 manifestantes.


Desde a instauração no sábado passado do regime de estado de emergência pelo ditador Pervez Musharraf, uma série de restrições foram impostas aos meios de comunicação, especialmente a mídia impressa e a televisão.


O estado de emergência permite que autoridades prendam pessoas sem a necessidade de ordens judiciais, limitem o movimento de pessoas ou veículos, confisquem armas e fechem espaços públicos.


Ontem, a polícia impediu que a ex-premiê, líder do principal partido de oposição do país, saísse de sua casa e cercou a capital e a cidade próxima de Rawalpindi para evitar uma manifestação contra o ditador Pervez Musharraf.


Organização


Antes da saída de Bhutto, o porta-voz do PPP, Farhatullah Babar, disse que a reunião do partido também contará com a presença de líderes da sociedade civil e insistiu em manter a 'grande manifestação' convocada contra o presidente paquistanês para 13 de novembro.
Musharraf está reunido com a cúpula militar do regime em Rawalpindi, cidade próxima a Islamabad.


O encontro tem como objetivo analisar a ameaça islâmica no vale de Swat e na fronteira afegã-paquistanesa, onde os ataques contra as forças de segurança paquistaneses são constantes.
Enquanto isso, os protestos de advogados e jornalistas continuam esta manhã em vários pontos do país.


Também foi mobilizado um forte esquema policial em várias zonas da província do Baluchistão, onde os advogados colocaram bandeiras pretas para protestar contra o estado de emergência imposto pelo regime.

Do Site:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u344455.shtml

Finlândia limitará política para compra de arma por menor

Dois dias após um jovem de 18 anos matar oito pessoas em um escola na cidade de Tuusula, nos arredores de Helsinque, o governo da Finlândia decidiu nesta sexta endurecer sua política para compra de armas.


"O gabinete está pronto para concordar com uma proposta que prevê que menores de 18 anos só possam usar uma arma sob monitoramento de pais ou de adultos", disse Sanna Kangasharju, porta-voz do governo.

Até então, a Finlândia resistia a planos da União Européia (UE) de limitar a posse de armas para maiores de 18 anos. Hoje, já a partir de 15 anos, os finlandeses têm direito de possuir e usar armas sozinhos.

Foi assim que o estudante Pekka-Eric Auvinen, de 18 anos, obteve no mês passado uma licença para portar uma pistola calibre 22, usada no massacre de quarta-feira. Na Finlândia, onde a caça é um hobby comum, um em cada três habitantes tem arma, o que totaliza 1,6 milhão de pessoas. É a terceira maior quantidade de armas per capita do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e do Iêmen.

Os finlandeses parecem não ter se recuperado totalmente do choque. Os 1.300 alunos de uma escola na cidade de Kirkkonummi, a cerca de 70 quilômetros de Tuusula, foram retirados do prédio depois que alguém postou na internet uma ameaça dizendo que o colégio seria próximo alvo de um ataque a tiros.

Horas mais tarde, a polícia disse que as ameaças à escola de Kirkkonummi não passaram de "uma brincadeira de mau gosto". As autoridades finlandesas fizeram um pedido aos pais para que tentem evitar que os filhos propaguem esse tipo de ameaça na internet.

Fonte: Agência Estado

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

PETROBRAS descobre reserva gigante; ações disparam

RIO DE JANEIRO - A Petrobras descobriu uma enorme reserva de petróleo leve e de gás natural que pode chegar a 8 bilhões de barris, impulsionando fortemente suas ações na Bovespa e de seus parceiros no projeto, a BG Group e a Galp, em outras bolsas.


A estatal brasileira informou nesta quinta-feira que finalizou testes no campo de Tupi, na bacia de Santos, onde foi comprovada reserva recuperável de 5 a 8 bilhões de barris de petróleo de boa qualidade e gás na camada pré-sal.


A Petrobras é operadora da área com 65 por cento do capital, em parceria com a britânica BG Group, que detém 25 por cento, e a portuguesa Petrogal/Galp, com 10 por cento.


O óleo encontrado no local tem 28 graus API, considerado de melhor qualidade comercial do que a média do petróleo encontrado no Brasil. Quanto mais próximo de 50 graus API mais leve é o óleo e portanto mais fácil de refinar.


"É uma descoberta gigante, sem sombra de dúvida. É aproximadamente o dobro do tamanho de Roncador, a maior descoberta de petróleo brasileira até então", afirmou o consultor Caio Carvalhão, do Cambridge Energy Research Association, no Rio de Janeiro.


Roncador tem uma reserva recuperável de aproximadamente 3 bilhões de barris de petróleo, mas o produto no local é pesado, de menor valor comercial.


Sem contar a nova descoberta, o Brasil pussuía reservas provadas de petróleo de 12 bilhões de barris, a maioria óleo pesado.

Incêndio mata três pessoas em Paris

Nove feridos

Um incêndio ocorrido na madrugada desta quinta-feira num prédio do distrito X da capital francesa, Paris, causou pelo menos três mortos e nove feridos, dois dos quais em estado considerado grave, revelou a rádio France Info.

As três vítimas mortais são uma criança e duas mulheres, uma das quais grávida, sendo que entre os feridos figura um dos 150 bombeiros que combateram o incêndio dado como extinto por volta das 05h30 locais.

De acordo com as primeiras informações recolhidas no local, as chamas deflagraram nas escadas do edifício com cinco pisos situado na passagem coberta de Brady, junto a um hotel, que teve de ser evacuado.

Localizado entre as ruas Faubourg Saint-Denis e Faubourg Saint-Martin, o edifício onde ocorreu o incêndio está situado num bairro bastante popular, onde vivem muitos imigrantes curdos.

Cuba: Inundações impedem regresso 42 mil desalojados

Pelo menos 42 mil cubanos continuam impedidos de regressar às suas casas inundadas e as autoridades encerraram uma mina de níquel na sequência da tempestade tropical Noel da semana passada, anunciaram quarta-feira os media locais.


A Agência noticiosa oficial Prensa Latina disse que 40 mil das 100 mil pessoas retiradas na província Granma devido a semanas consecutivas de chuva, exacerbadas pela tempestade tropical da semana passada, estão ainda em casa de familiares ou amigos ou em abrigos do Estado.


A televisão governamental mostrou residentes chapinhando na água e carregando com sacos de cereais aos ombros. Camiões militares deslocam-se ruidosamente pelas localidades do Leste, fazendo chegar os alimentos e materiais de construção a áreas que já são consideradas seguras para o regresso dos deslocados.


A Noel, que atingiu Cuba a 31 de Outubro, obrigou também a retirar dezenas de milhar de pessoas nas outras províncias do Leste e centro da ilha mas há notícias contraditórias sobre o número de residentes que foram forçados a abandonar as casas nas áreas fora de Granma.


As fortes chuvas da Noel e as inundações mataram 148 pessoas e deixaram dezenas de milhar sem casa um pouco por toda a parte nas Caraíbas. Não se registaram mortes em Cuba, onde a chuva diminuiu de intensidade e a água das inundações desce gradualmente nalgumas áreas.


Há ainda 20 mil casas danificadas em toda a ilha e metade das vias rápidas das províncias do Leste estão inundadas, informaram os jornais estatais.


As operações na fábrica de níquel Rene Ramas Latour, em Mayari, foram suspensas terça-feira depois de o edifício principal ter ficado inundado, disse a rádio estatal.


Cuba é um dos maiores produtores mundiais de níquel. A fábrica de Rene Ramos Latour produz quase 12.500 toneladas de óxido de níquel anualmente.


Diário Digital / Lusa

do Site:

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Crise não impôs volta à Bolívia, diz Petrobras

FABIANO MAISONNAVE

da Folha de S.Paulo, em La Paz


O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, disse ontem que a Bolívia já tem um "marco legal" que permite avaliar novos investimentos no país, mas que uma eventual ampliação da produção de gás natural não iria "necessariamente" para o Brasil.


"Temos um marco legal hoje na Bolívia, temos um contrato de produção com a Bolívia e temos as condições legais definidas na Bolívia. Com essas condições razoáveis, é possível analisar as condições econômicas de ampliação de investimentos", disse Gabrielli, em entrevista após ter se reunido durante toda a tarde em La Paz com o ministro de Hidrocarbonetos, Carlos Villegas.


Porém, frisou que o eventual reinício dos investimentos não está diretamente ligado à demanda do mercado brasileiro. "A ampliação da produção de gás não é necessariamente para o Brasil, mas se trata da ampliação da produção na Bolívia."


Antes da reunião com Villegas, Gabrielli conversou com o vice-presidente Álvaro García Linera. O encontro com o presidente Evo Morales, previsto para ocorrer pela manhã, teve de ser cancelado por causa do atraso na chegada do vôo da comitiva brasileira.


As declarações de Gabrielli coincidem com as necessidades mais urgentes da Bolívia, que vem tendo dificuldades para abastecer o mercado interno e o contrato com a Argentina -dos 7,7 milhões de metros cúbicos por dia previstos no acordo, estão sendo enviados pouco menos de 3 milhões de metros cúbicos diários. Além disso, a Bolívia cortou o envio de gás para a termelétrica de Cuiabá, paralisada há mais de um mês.


Até agora, a produção insuficiente não afetou o contrato de compra e venda entre a Bolívia e a Petrobras, que prevê cerca de 30 milhões de metros cúbicos por dia, a maior parte consumida no Estado de São Paulo. Esse contrato é abastecido principalmente pelos campos de San Alberto e San Antonio, operados pela Petrobras.


Anteontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia afirmado que a Petrobras precisa investir na Bolívia para exportar "não apenas para o Brasil mas para o seu uso interno e para a Argentina".


Tanto Gabrielli quanto Villegas afirmaram que a relação entre a empresa e o país vive uma "nova fase", em alusão ao fim do período de duras negociações envolvendo três grandes temas: a assinatura de novos contratos, o aumento do preço do gás vendido ao Brasil e a venda das duas refinarias da Petrobras ao Estado boliviano.


Como já era esperado, não foi anunciado nenhum acordo. Uma nova reunião foi marcada entre os dias 26 e 30 deste mês, em Santa Cruz de la Sierra, sede da Petrobras Bolívia. A idéia é que as negociações estejam encerradas antes da visita de Estado de Lula a Morales, marcada para 12 de dezembro.


Um dos possíveis acordos é que a Petrobras assuma o megacampo de Itaú, hoje sob responsabilidade da francesa Total, mas ainda não desenvolvido. Ontem, Gabrielli e Villegas se recusaram a dar detalhes sobre as negociações.


Na noite de segunda-feira, Morales afirmou que o país precisa de "milhões e milhões" para avançar o processo de industrialização do setor de gás natural e que qualquer investimento que respeitar as normas bolivianas será "garantido".

Do Site:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u343443.shtml

Criminosos rendem família por oito horas em Nova Andradina (MS)

da Folha Online


Uma família de Nova Andradina (sudeste de MS) foi mantida refém em sua própria casa durante oito horas nesta quarta-feira.


Segundo a Polícia Civil, três homens armados invadiram a casa, localizada na região central da cidade. Um dos criminosos roubou uma camionete S-10 e seguiu rumo ao Paraguai, onde, também segundo a polícia, pretendia vendê-la.


Os outros dois ficaram na casa e mantiveram a família --composta por um casal e duas crianças-- sob a mira de armas-- da 1h até as 9h de hoje. Os vizinhos perceberam a movimentação no interior do imóvel e chamaram a polícia.


O criminoso que dirigia a camionete foi preso quando passava por Dourados (MS). Policiais de um grupo especializado em negociações para libertação de reféns foram chamados por volta das 2h.


Ainda segundo a Polícia Civil em Nova Andradina, os reféns foram liberados por volta das 9h, e os criminosos se entregaram logo em seguida. A família não sofreu agressões físicas.

Do Site:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u343465.shtml

Tiros em escola matam um na Finlândia

da Folha Online


Ao menos uma pessoa morreu depois que tiros foram disparados em uma escola do sul da Finlândia, informaram autoridades nesta quarta-feira. Não foram divulgados mais detalhes.


O episódio de violência ocorreu em Tuusula, cerca de 60 km ao norte da capital Helsinque.


De acordo com a rede de TV americana CNN, o diretor da escola teria sido ferido pelos disparos. O atirador seria um estudante, e ainda está dentro do prédio, segundo a CNN.


O jornal local "Helsingin Sanomat", informa que o autor dos tiros é um jovem de 18 anos.


Segundo a imprensa local, a polícia cercou o prédio. Não ficou claro se há reféns no local.


A agência Associated Presse informou que a polícia confirmou os tiros, mas se recusou a fornecer mais informações.


"Não sabemos exatamente o que está acontecendo. Não posso confirmar nada no momento, nem sobre eventuais vítimas", afirmou o delegado Tero Haapala à agência France Presse.

Do Site:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u343456.shtml

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Sarkozy promete que vai buscar todos os franceses presos no Chade

O presidente francês Nicolas Sarkozy declarou nesta terça-feira que vai "buscar todos que ainda estejam no Chade, não importa o que tenham feito", referindo-se aos presos franceses envolvidos no caso das crianças que pretendiam levar para a França.


"O papel do chefe de Estado é cuidar de todos os franceses", acrescentou Sarkozy, dois dias depois de uma viagem relâmpago a Ndjamena, ao fim da qual trouxe para casa quatro aeromoças espanholas e três jornalistas franceses processados no Chade.


O grupo foi acusado pelas autoridades chadianas de "seqüestro de menores", "fraude" ou "cumplicidade". Estas mesmas acusações se mantêm contra outros 10 europeus (seis franceses, três espanhóis e um belga) e quatro chadianos, que continuam detidos em Ndjamena.


Estas pessoas foram detidas em 25 de outubro por seu envolvimento em uma operação planejada pela ONG francesa Arca de Zoé para levar 103 crianças, supostamente órfãs, da região de Darfur para a França.

Polícia italiana detém 20 pessoas em operação contra o terrorismo

da Folha Online


A polícia italiana deteve nesta terça-feira 20 estrangeiros suspeitos de ligação com atividades terroristas. A operação, ordenada pela Promotoria de Milão, foi realizada pela polícia de Milão, Bergamo, Varese e Reggio Emilia, no norte do país, e também no exterior.


Durante a ação, foram apreendidos detonadores de longa distância e substâncias tóxicas.


Também foram encontrados com o grupo documentos falsos e manuais de técnicas de guerrilha. A polícia diz acreditar que os detidos estariam organizando células terroristas para o recrutamento e formação de suicidas para ataques no Iraque e no Afeganistão.


Os suspeitos são acusados de imigração ilegal, falsificação de documentos, e também por dar auxílio ou abrigo a pessoas procuradas por atividades terroristas, segundo a polícia.


A maioria das prisões ocorreu em Milão e em Reggio Emilia. A operação, que se estende a outros países, está sendo coordenada pelo Grupo de Operações Especiais (ROS, na sigla em italiano) dos carabinieri [policiais militares da Itália].


Em julho último, a polícia prendeu três marroquinos suspeitos de administrar uma "escola de terrorismo" em uma mesquita, que seria usada para o recrutamento de suicidas para ações.


Os materiais apreendidos na ocasião incluíam explosivo, um manual para lidar com substâncias tóxicas e instruções para pilotar um Boeing 747.


Segundo a polícia, também havia instruções para que os aspirantes a mujahidin se mantivessem em segurança em zonas de conflito.


No mês passado, Rabei Osman Sayed Ahmed, conhecido como "Mohammed, o Egípcio"-- um dos acusados de ter planejado os ataques terroristas ocorridos em Madri em 2004, que havia sido detido e mantido na prisão na Itália-- foi absolvido das acusações na Justiça.

do Site:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u342983.shtml

Chávez diz que líder das Farc ordenou prova de que Betancourt está viva


O presidente da Venezuela, Hugo Chávez





CARACAS (AFP) — O presidente venezuelano, Hugo Chávez, afirmou que o líder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Manuel Marulanda, ordenou a apresentação de uma prova de vida da ex-candidata à Presidência colombiana e refém da guerrilha Ingrid Betancourt, em um programa do canal estatal VTV.





"Recebi por escrito a informação de que Manuel Marulanda ordenou tomar a prova de fé de vida, não apenas de Ingrid Betancourt, mas de um conjunto de seqüestrados", disse Chávez.





"Isto pode ser um avanço nas negociações", acrescentou o presidente venezuelano, que atua como mediador para obter uma troca humanitária de 45 reféns das Farc por 500 guerrilheiros presos.





Chávez informou ainda que estão na Venezuela dois membros do secretariado das Farc, mas se recusou a revelar seus nomes. O presidente venezuelano debaterá com eles a possibilidade da troca humanitária.





Também reiterou que está em Caracas um representante do presidente francês Nicolas Sarkozy para acompanhar as negociações.


segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Detidos em Itália quatro chefes da máfia

Um dos quais sucessor do antigo líder da Cosa Nostra


Quatro alegados chefes da máfia, entre os quais Salvatore Lo Piccolo, sucessor do antigo líder máximo da Cosa Nostra Bernardo Provenzano, detido desde 2006, foram detidos hoje na Sicília, disse fonte da polícia de Palermo.


Cerca de 40 polícias, que dispararam vários tiros, entraram numa casa de campo em Giardinello, a cerca de 15 quilómetros a oeste de Palermo, onde estavam reunidos quatro alegados mafiosos, de acordo com a agência noticiosa italiana Ansa.


Trata-se de um dos mais duros golpes contra a máfia italiana desde a detenção do antigo padrinho da máfia siciliana Bernardo Provenzano, detido em Abril de 2006 na Sicília após 43 anos de fuga à justiça. Salvatore Lo Piccolo, 65 anos, em fuga há 23 anos, é considerado o novo chefe da Cosa Nostra, depois de ter conseguido afastar Matteo Messina Denaro, um dos possíveis sucessores de Provenzano. Os quatro homens, que se encontravam armados no momento da detenção, fazem parte da lista das 30 pessoas mais procuradas em Itália. De acordo com os meios de comunicação social italianos, a operação policial não causou feridos.

Do Site:

Após estado de emergência, regime de Musharraf deve adiar eleições

Votação legislativa de janeiro, para a qual pesquisas indicavam derrota do governo, seria suspensa por 2 anos


Islamabad


Após ignorar os pedidos dos EUA e decretar estado de emergência no sábado, o governo do presidente Pervez Musharraf afirmou ontem que as eleições legislativas do Paquistão, marcadas para janeiro, devem ser adiadas. “A data das eleições possivelmente será alterada por causa do estado de emergência”, disse o primeiro-ministro paquistanês, Shaukat Aziz.

Aziz declarou em entrevista coletiva que o mandato do atual Parlamento poderia ser prorrogado por mais um ano, até que novas eleições sejam convocadas. Líderes da oposição estimam que o prazo para convocar novas eleições pode ultrapassar dois anos.

A declaração do estado de emergência e a suspensão da Constituição ocorreram às vésperas de o Tribunal Supremo do país julgar a validade da vitória de Musharraf nas eleições de outubro, quando o presidente foi eleito indiretamente para mais um mandato de cinco anos pelo Parlamento.

Sua candidatura, no entanto, estava ameaçada pelo Judiciário, já que a legislação paquistanesa não permitiria que ele concorresse enquanto ocupasse o cargo de comandante das Forças Armadas. Musharraf havia prometido deixar o comando militar se fosse eleito, o que não ocorreu.

Outra hipótese para o endurecimento do regime do presidente Musharraf seria exatamente a proximidade das eleições legislativas de janeiro. De acordo com as últimas pesquisas, o governo perderia a maioria parlamentar.

Musharraf justificou o estado de emergência e a suspensão da Constituição do país alegando que o Paquistão enfrenta uma onda de violência por parte de grupos extremistas.

No mesmo dia, o presidente do Tribunal Supremo, Iftikhar Chaudhry, declarou a medida inconstitucional. Horas depois, em resposta aos juízes que se opõem ao governo, o presidente destituiu Chaudhry e nomeou o juiz Abul Hameed Dogar como novo chefe do Judiciário paquistanês. Chaudhry, inimigo declarado de Musharraf, foi preso com outros oito magistrados.

A repressão oficial se estendeu a líderes da oposição. O presidente interino da Liga Muçulmana do Paquistão, Javed Hashmi, também foi preso ontem - ao lado de cerca de dez ativistas da legenda liderada do exílio pelo ex-primeiro-ministro Nawaz Sharif - deposto por Musharraf em 1999.

Imran Khan, ex-capitão da seleção nacional de críquete e líder do partido Tehreek-e-Insaf, foi posto em prisão domiciliar ainda na noite de sábado depois de denunciar a prisão de jornalistas. O premiê Aziz reconheceu que cerca de 500 pessoas haviam sido presas em todo o país, mas não quis comentar sobre quanto tempo duraria o estado de emergência no Paquistão.

ESTADO DE EXCEÇÃO

Todas as redes de televisão privadas de Islamabad tiveram suas transmissões interrompidas. Ontem, a polícia paquistanesa percorreu os estúdios das tevês para confiscar equipamentos.

Jornais impressos e sites na internet estão proibidos de divulgar informações que “difamem, exponham ao ridículo ou atinjam a reputação” do chefe do Estado, dos membros das Forças Armadas ou dos órgãos Executivo, Judiciário e Legislativo. O sistema de telefonia também entrou em colapso.

A ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, que negociava um acordo político com Musharraf, retornou ao país no sábado - ela havia deixado o Paquistão para visitar parte da família nos Emirados Árabes. Embora tenha dito que a medida era uma “regressão à ditadura”, Benazir afirmou que só fecha um acordo Musharraf caso o governo restabeleça a Constituição e organize eleições livres.

AP, REUTERS, NYT E AFP A ESCALADA DA CRISE

9 de março - Presidente paquistanês, Pervez Musharraf, suspende o presidente da Suprema Corte, Iftikhar Chaudhry, sob alegação de conduta imprópria. Juristas unem-se a favor de Chaudhry, um crítico do presidente, e a popularidade de Musharraf cai em meio a crescentes manifestações por democracia

10 de julho - Após um cerco militar de dez dias, Musharraf ordena a invasão da Mesquita Vermelha, em Islamabad, para conter radicais islâmicos que usavam o local como base. Pelo menos 105 pessoas são mortas. A ação é seguida por uma onda de atentados a bomba

20 de julho - A Suprema Corte reintegra o juiz Iftikhar Chaudhry, abalando a autoridade de Musharraf

27 de julho - Musharraf se encontra com a exilada ex-premiê Benazir Bhutto em Abu Dabi para discutir como conduzir o país até a democracia. Benazir exige que o presidente deixe o posto de chefe do Exército. As conversas são inconclusivas

10 de setembro - Nawaz Sharif, o primeiro-ministro que Musharraf depôs e forçou ao exílio há oito anos, é detido no aeroporto de Islamabad quando voltava ao país e enviado para a Arábia Saudita. A Suprema Corte, que havia possibilitado a volta de Sharif, abre ações contra o governo por ter desrespeitado sua decisão

2 de outubro - Musharraf designa o ex-diretor-geral do serviço secreto como seu sucessor para o cargo de chefe do Exército. Governo anuncia que está retirando as acusações de corrupção contra Benazir, abrindo caminho para que a ex-primeira-ministra retorne do exílio


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Rice e Abbas esperam acordo de paz durante mandato de Bush

da Efe, em Ramallah


O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, e a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, expressaram hoje sua confiança em um acordo de paz no Oriente Médio durante o mandato do presidente dos EUA, George W. Bush.


Abbas e Rice falaram sobre a idéia ao final um encontro entre os dois em Ramala, sede da ANP, dentro da viagem da secretária americana a fim de preparar a cúpula de paz do Oriente Médio prevista para o final do ano em Annapolis, nos EUA.


"Acredito que as negociações possam conseguir seu objetivo durante a Administração Bush", afirmou Rice, pouco antes de Abbas afirmar que "há sinais animadores" que permitem esperar que esse propósito seja cumprido durante o mandato do atual presidente americano, que termina em janeiro de 2009.


Rice disse estar "extremamente impressionada com a seriedade das partes" na preparação da conferência de Annapolis, e se referiu às declarações realizadas neste domingo à noite pelo primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, que disse que essa reunião será uma "plataforma de lançamento para as negociações sobre todas as questões fundamentais".


A secretária de Estado americana afirmou que "pela primeira vez em muitos anos, em sete anos, tudo parece indicar que estamos em meio a negociações continuadas e sérias entre palestinos e israelenses, para conseguir o estabelecimento de um Estado palestino".


Ela destacou que as partes estão em um "período crítico", e que os esforços devem se concentrar em "criar a melhor atmosfera para o dia após Annapolis" e diante da reunião.


Abbas disse que, apesar dos sinais "animadores" que recebeu por parte da administração Bush e dos israelenses, "as conversas continuarão sendo difíceis até o último momento".


O líder da ANP argumentou que o fim do conflito de mais de cem anos não será alcançado em "poucos dias, semanas ou inclusive meses (...), mas temos grandes esperanças de que estabeleceremos um Estado independente que viva em paz junto a Israel".

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domingo, 4 de novembro de 2007

Soldados turcos são soltos por rebeldes curdos no Iraque

Por Selcuk Gokoluk


ANCARA (Reuters) - Oito soldados turcos, sequestrados no mês passado por guerrilheiros curdos, foram soltos neste domingo no norte do Iraque.


A notícia poderá amenizar a pressão popular sobre o governo da Turquia para realizar uma grande incursão militar através de sua fronteira com o vizinho.


A libertação dos soldados ocorreu um dia depois de o governo iraquiano prometer combater militantes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), responsáveis por ataques na Turquia. O Iraque tenta impedir uma resposta militar turca.


Os Estados Unidos, aliados da Turquia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), pedem ao país para não realizar uma operação na área, temendo que isso possa desestabilizar o norte iraquiano e se expandir para uma crise regional.


O presidente norte-americano, George W. Bush, deve discutir a situação com o primeiro-ministro turco, Tayyip Ergogan, em Washington, na segunda-feira.


A Turquia já mobilizou 100 mil soldados para a fronteira com o Iraque e ameaçou perseguir o PKK se nada for feito para conter o grupo.


O país quer que os líderes do PKK sejam presos e que sejam fechadas suas bases de treinamento no norte do Iraque, usadas pelo grupo para lançar ataques contra a Turquia, em sua campanha de 23 anos por uma pátria no sudeste turco.


Abdul Rahman Chaderchi, membro do PKK, disse que os oito soldados turcos estavam bem e foram soltos no Iraque sem qualquer resgate ou condições.

Do Site:

http://br.reuters.com/article/worldNews/idBRN0416579520071104

Petrobras diz que garantirá gás para as térmicas

MARTA SALOMONda Folha de S.Paulo, em Brasília


Para conter a alta no preço da energia elétrica, a Petrobras informa que manterá o termo de compromisso pelo qual garante o fornecimento de gás natural às usinas térmicas toda vez que elas forem acionadas. O compromisso foi assumido por meio de carta à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).


A revisão do acordo, que chegou a ser avaliada na cúpula da estatal e no comando da agência reguladora, faria aumentar o custo da energia para grandes consumidores. "É uma boa notícia. Com ela, o cenário catastrófico é afastado", afirmou ontem o diretor-geral da agência reguladora, Jerson Kelman.


Ele destacou, no entanto, que, se a Petrobras voltar a falhar no fornecimento de gás, será obrigada a pagar multa. Atualmente, a estatal já contesta o pagamento de multa de R$ 84,7 milhões aplicada em agosto por falha no abastecimento.


Kelman disse ainda que não é possível avaliar se o fornecimento de gás às térmicas foi comprometido por força da liminar concedida pela Justiça na semana passada, a pedido do governo do Rio de Janeiro, que obrigou a Petrobras a recuar na decisão de reduzir o repasse do produto à CEG, a distribuidora local, que abastece indústrias e veículos a gás.


Em entrevista à Folha publicada na edição de ontem, Kelman afirmou que a revisão do termo de compromisso assinado com a Petrobras em maio faria o preço da energia elétrica aumentar no chamado mercado livre, ou spot. No cálculo do preço, a Aneel leva em consideração o nível de água dos reservatórios das hidrelétricas, o ritmo da demanda e a oferta atual e futura de energia.


Após a entrevista, Kelman recebeu correspondência da diretora da área de gás e energia da Petrobras, Graça Foster, por meio da qual a estatal se compromete a cumprir o acordo com a Aneel. Naquela altura, Kelman e Foster avaliavam a necessidade de lançar mão da cláusula 16, que prevê a revisão do termo de compromisso caso a estatal se visse impedida de entregar o volume acordado de gás para as térmicas.


O ministro Nelson Hubner (Minas e Energia) foi informado sobre a correspondência da diretora da Petrobras e reafirmou que a prioridade do governo é abastecer as usinas térmicas movidas a gás. "Não faria sentido deixar de despachar (acionar) as térmicas a gás para despachar as térmicas a óleo, mais caras", comentou.


Hubner avalia que, com as chuvas dos últimos dias, não será necessário acionar tantas usinas térmicas. Além disso, espera que a Petrobras consiga derrubar a liminar que obrigou a estatal a retomar o fornecimento de gás natural no Rio.

Do Site:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u342456.shtml