sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Mais um jornalista diz que militares quase frustram libertações na Colômbia







Da EFE


Bogotá, 6 fev (EFE).- O jornalista colombiano Daniel Samper Pizano ratificou hoje denúncias de seu colega Jorge Enrique Botero de que voos de aviões militares puseram em risco a libertação de quatro reféns das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), no domingo.


Samper, do grupo Colombianas e Colombianos pela Paz, que iniciou em setembro do ano passado uma negociação com as Farc, denunciou hoje à rádio "Caracol" que nem sua organização nem o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) tinham conhecimento do sobrevoo de aeronaves quando viajaram para buscar aos libertados.


"O assunto de uma altura determinada para o voo dos aviões foi tratado em Villavicencio", mas não antes de empreender a primeira das três missões de resgate, disse Samper.


No domingo, uma missão humanitária recebeu três policiais e um soldado; na terça-feira, o ex-governador do departamento de Meta, Alan Jará; e ontem, o ex-deputado regional de Valle del Cauca Sigifredo López.


No domingo, segundo Samper, os chefes das Farc anunciaram aos integrantes da missão que iam a cancelar a entrega devido aos voos dos aviões militares.


Segundo ele, diante disso, a Cruz Vermelha tentou falar com o comissário de Paz do Governo colombiano, Luis Carlos Restrepo, mas a ligação caiu diretamente na caixa de mensagens, e depois com o ministro da Defesa, Juan Manuel Santos.


Com o ministro, ele conta que conseguiram falar, mas "se perderam duas horas", disse Samper, que não participou da segunda e da terceira fases das libertações porque o Governo o vetou "por ser jornalista". EFE





http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL989892-5602,00-MAIS+UM+JORNALISTA+DIZ+QUE+MILITARES+QUASE+FRUSTRAM+LIBERTACOES+NA+COLOMBIA.html







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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Obama afirma que "acabou" o tempo para debater plano de estímulo econômico







Da EFE


Washington, 5 fev (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez hoje um alerta aos legisladores, ao assegurar que o tempo para falar do plano de estímulo "acabou" e que chegou o momento de "passar para a ação", devido à gravidade da crise econômica.


Em um ato realizado no Departamento de Energia, Obama disse que é lógico que as duas Câmaras do Congresso dediquem um tempo para discutir sobre o plano, porque é assim "como a democracia funciona".


O Congresso discute há semanas o ambicioso projeto de estímulo idealizado pela Casa Branca para salvar de três a quatro milhões de empregos.


O plano contempla o investimento em infraestruturas, cortes de impostos, medidas energéticas, assim como ajudas para a educação, a saúde e os proprietários de imóveis, entre outras.


A versão aprovada pela Câmara dos Representantes chega a US$ 819 bilhões, enquanto a enviada ao Senado alcança US$ 900 bilhões. As duas Câmaras precisam harmonizar suas propostas antes de enviá-las à Casa Branca para ser assinada pelo presidente.


Hoje, o líder destacou que o alto valor lança uma "mensagem inequívoca": é urgente sua aprovação.


"O tempo para falar acabou. Agora, chegou o momento da ação, porque todos sabemos que, se não agirmos, a má situação que vivemos se transformará em uma situação terrivelmente pior", advertiu.


Obama insistiu em que "a crise pode se transformar em uma catástrofe para as famílias e para os negócios de todo o país".


"E não vou permitir que isso aconteça", disse Obama, que rejeitou algumas das receitas existentes para revitalizar a economia que alguns legisladores sugeriram, porque já foram testadas no passado e "fracassaram".


O presidente expressou ainda preocupação com a situação do mercado de trabalho, depois dos 2,6 milhões de empregos eliminados no ano passado. EFE





http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL988849-5602,00-OBAMA+AFIRMA+QUE+ACABOU+O+TEMPO+PARA+DEBATER+PLANO+DE+ESTIMULO+ECONOMICO.html







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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Temer faz visita a Lula e conversa sobre edição de MPs







Presidente da Câmara disse que mudança no rito de tramitação das medidas é prioridade


O presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), fez na tarde desta quarta-feira uma visita protocolar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aproveitou para conversar com o presidente sobre a edição de medidas provisórias (MPs). 





— Reiterei que o ideal seria que nós conversássemos sempre, até mesmo sobre o conteúdo de medida provisória que viessem a ser remetida para cá [à Câmara]. Combinamos com o presidente [Lula], que o presidente Sarney [senador José Sarney, presidente do Senado], e eu iríamos discutir fórmulas de amenizar a edição de medidas provisórias e levaríamos a ele essas propostas — informou o presidente da Câmara. 





Temer disse também que informou ao presidente Lula que constituiu uma comissão especial para tratar da crise econômica e formular propostas que possam ajudar o Executivo e o país. Antes da reunião com o presidente Lula, Temer e Sarney visitaram o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes. 





Temer disse que a visita ao presidente do STF foi protocolar uma vez que ele e o senador Sarney foram eleitos na última segunda-feira presidentes das duas Casas legislativas. 





Questionado sobre a necessidade de mudar o rito de tramitação das medidas provisórias, Temer disse que o tema é prioridade. 

— A mudança no rito e um diálogo acentuado entre o Legislativo e Executivo, de modo a, de vez em quando, sugerir que em vez de medida provisória se mande, por exemplo, um projeto de lei em regime de urgência, ao qual daríamos aqui urgência urgentíssima — explicou. 





PEC dos Vereadores 

Em relação à promulgação da Proposta de Emenda à Constituição, que altera o número de vereadoresm no país [a PEC dos Vereadores], Temer disse à imprensa que não há como a Câmara promulgar a proposta, que foi aprovada pelos senadores no final do ano passado. Segundo Temer, a PEC vai ter uma nova tramitação na Câmara iniciando pela Comissão de Constituição e Justiça, depois por uma comissão especial e por último no plenário: 





— A regra é que quando há mudança em uma das Casas, e como tem de ser aprovada em dois turnos, você tem que fazer toda a tramitação aqui.





AGÊNCIA BRASIL







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terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Colômbia espera que Farc libertem ex-governador refém







Após disputa política com Uribe, Cruz Vermelha e senadora opositora resgatam sequestrado nesta terça-feira

Agências internacionais


BOGOTÁ - Somente nesta terça-feira, 3, se não houver nenhum contratempo, o ex-governador do Departamento de Meta Alan Jara será libertado pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) depois de sete anos sequestrado. Segundo informações do jornal colombiano El Tiempo, a missão humanitária de resgate, prejudicada por uma disputa política na véspera, deve sair a partir das 11 horas da manhã (horário de Brasília), para buscar o refém em algum ponto da selva.

Veja também:

linkReféns das Farc não serão soltos nesta 2.ª

linkFarc prometem libertação dos últimos reféns políticos

linkCronologia dos sequestrados das Farc

linkPor dentro das Farc especial

linkHistórico dos conflitos armados na região especial

A entrega de Alan Jara, programada para segunda-feira, e do ex-deputado Sigifredo Lópes, prevista para quarta - os dois últimos sequestrados políticos em poder do grupo -, esteve a ponto de fracassar. Por conta da polêmica envolvendo as denúncias de que durante a libertação dos quatro reféns no domingo ocorreram voos de aeronaves militares que quase abortaram a operação, Uribe chegou a declarar que apenas a Cruz Vermelha estava autorizada a fazer as operações de resgate. A declaração teve como objetivo deixar de fora Piedad e outros três representantes do movimento de ativistas Colombianos pela Paz, liderado pela senadora. Horas mais tarde, aparentemente atendendo a um pedido do CICV, Uribe voltou atrás e permitiu a participação de Piedad.

"O governo faz isso por solidariedade com as famílias e com os sequestrados." O governo, no entanto, não permitiu que jornalista Jorge Enrique Botero e o também jornalista Daniel Samper, que acompanharam o resgate no domingo, participem da missão desta terça. Foi Botero quem denunciou o sobrevoo das aeronaves e falou por celular com uma TV, afirmando que teria havido combates recentes com o Exército colombiano, que causaram a morte de um guerrilheiro durante as operações.

Uribe reconheceu que houve sobrevoos na região, mas disse que as aeronaves respeitaram a altitude mínima de 6 mil metros, acordada com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) e a guerrilha, embora não tenha informado a que altura voavam os aviões. Irritado, o presidente acusou as Farc de usar a libertação para promover a guerrilha e o terrorismo.

A chegada de Jara é prevista para às 15 horas na cidade de Villavicencio, base da missão humanitária para o resgate. Alan Jara, de 51 anos, foi sequestrado em 15 de julho de 2001, quando se deslocava em um veículo da ONU, junto com funcionários da entidade internacional. Após o sequestro, uma nota das Farc acusou Jara de ter ligações com paramilitares. O engenheiro civil foi governador em suas vezes e, durante seu trabalho como dirigente, dialogou em várias ocasiões com a guerrilha e grupos militares que atuavam na região.

A senadora evitou comentar o episódio e se limitou a declarar que decola nesta terça, às 8 horas (horário local), com os helicópteros brasileiros que dão apoio logístico ao resgate, para buscar o ex-governador do Departamento (Estado) de Meta Alan Jara. Segundo a Cruz Vermelha, a libertação do ex-deputado Sigifredo López, marcada para quarta, foi adiada para quinta-feira. Para a operação desta terça, Uribe afirmou que suspendeu todos os voos da Força Aérea, até mesmo os realizados acima de 6 mil metros. O governo colombiano diz não saber quantos reféns ainda estão sequestrados, mas se estima que ainda existam 22 soldados e policiais em poder da guerrilha.





www.estadao.com.br/noticias/internacional,colombia-espera-que-farc-libertem-ex-governador-refem,317429,0.htm






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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Missão humanitária para libertar reféns das Farc supera 1ª crise

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Villavicencio (Colômbia), 2 fev (EFE).- A operação para libertar o ex-governador colombiano Alan Jara, sequestrado pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), começará na terça-feira, após a senadora Piedad Córdoba, que faz parte da missão humanitária, e o presidente Álvaro Uribe terem superado a primeira crise.


A confirmação foi feita pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) e pela própria Córdoba, interlocutora com as Farc.


Após a bem-sucedida entrega, no domingo, de três policiais e um soldado sequestrados à missão, Uribe decidiu que a senadora não deveria participar das próximas fases do plano, que inclui a libertação de Jara e do ex-deputado de Valle Sigifredo López, reféns desde 2001 e 2002, respectivamente.


O motivo foi a denúncia feita por um membro do grupo Colombianos pela Paz e integrante da missão humanitária, o jornalista Jorge Enrique Botero, da realização de supostos sobrevoos militares na área onde as Farc entregaram os reféns.


Por intermediação do CICV, Uribe retificou hoje sua decisão e autorizou a senadora a continuar na operação, mas não as testemunhas humanitárias, entre elas Botero.


"O presidente da República aceitou a solicitação do Comitê Internacional da Cruz Vermelha para que a senadora Piedad Córdoba acompanhe esta entidade na libertação dos sequestrados", indica um comunicado oficial.


Ao mesmo tempo, o porta-voz do CICV na Colômbia, Yves Heller, informava em Villavicencio, 120 quilômetros ao leste de Bogotá e onde a missão humanitária se concentra, que não era possível hoje fazer a operação de receber o ex-governador.


Heller fez um apelo "à administração prudente da informação" para continuar trabalhando no marco da discrição na qual deve sobressair "a sorte das vítimas".


Após horas de deliberações entre os integrantes da missão, Córdoba anunciou em Villavicencio que os helicópteros brasileiros com os encarregados de receber Jara partirão na terça-feira em direção a um ponto da selva colombiana, sem especificar o local.


Em mensagem conciliadora, Córdoba confirmou que faria parte do grupo, após ter recebido a autorização de Uribe.


"Estamos muito contentes em dizer a vocês que continuamos com esta tarefa de trabalho humanitário no dia de amanhã. Que estaremos saindo muito cedo, às 8h, com a Cruz Vermelha Internacional, a quem agradecemos por todo o esforço", ressaltou.


Também disse que o grupo Colombianos pela Paz tinha "tomado a decisão de não dar declarações sobre nada do que aconteça com o objetivo de levar este processo" à frente.


Córdoba expressou ainda satisfação "pelo dever cumprido" durante o bem-sucedido recebimento, no domingo, dos quatro membros das forças da ordem que as Farc mantinham reféns desde 2007.


"Sem disparar um tiro, sem derramar uma gota de sangue, simplesmente através do diálogo, da palavra, da tolerância, da compreensão, da solidariedade, generosidade, da luta contra a indiferença e contra a indolência que temos e têm muitos neste país alcançamos que eles retornassem", disse a senadora.


Por sua vez, o Governo colombiano ratificou as garantias de segurança e confirmou a suspensão de operações militares ofensivas e a total exclusão do espaço aéreo na zona estipulada com as Farc.


Durante uma visita à esposa do ex-governador de Meta, Claudia Rugeles, em Villavicencio, o comissário governamental de paz, Luis Carlos Restrepo, ofereceu "todas as garantias" e fez votos para que a missão "culmine com rapidez e êxito".


Já o comandante das Forças Militares, general Freddy Padilla, anunciou a ampliação por outras 24 horas do fim das operações onde ocorrerão as libertações.


De acordo com o plano, na terça-feira Jara seria libertado, enquanto na quinta-feira seria a vez do ex-deputado López, os únicos políticos que ainda estão nas mãos da guerrilha.


O soldado William Giovanny Domínguez Castro e os policiais Walter José Lozano Guarnizo, Alexis Torres Zapata e Juan Fernando Galícia Uribe foram entregues no domingo.


As Farc, que, segundo o Governo, ainda têm 700 reféns, anunciaram em dezembro a libertação unilateral destes seis sequestrados. EFE





http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL983533-5602,00-MISSAO+HUMANITARIA+PARA+LIBERTAR+REFENS+DAS+FARC+SUPERA+CRISE.html











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