O presidente em exercício da União Europeia, José Sócrates, numa breve declaração reafirmou que se está «muito, muito perto» do «Tratado de Lisboa», num esforço de última hora para deixar uma mensagem aos líderes europeus mais reticentes.
No dia em que se realiza a Cimeira informal de chefes de Estado e de Governo da UE, marcada para as 18:00, a aprovação do «Tratado de Lisboa» será o sinal que permitirá «mostrar ao mundo que a Europa avança», defendeu o primeiro-ministro português.
O optimismo de José Sócrates baseia-se na convicção, partilhada pelo Presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, de que ainda hoje será possível limar as derradeiras reivindicações da Itália e da Polónia que disse estarem já bem «delimitadas».
O dirigente socialista português defendeu a necessidade de se alcançar um compromisso «o mais rapidamente possível» para fechar um Tratado que na sua opinião vai influenciar positivamente o peso internacional da Europa.
O novo Tratado de Lisboa deverá pôr fim à crise institucional aberta na União após a rejeição da Constituição europeia por franceses e holandeses, nos referendos de 2005.
A Itália está descontente com a nova repartição de assentos no Parlamento Europeu e a Polónia quer reforçar os mecanismos de bloqueio de decisões comunitárias.
Varsóvia, embora descontente, deu um sinal positivo ao mostrar que está disposta a cumprir a palavra dada no Conselho Europeu de Junho, em Bruxelas, onde Portugal recebeu um «mandato claro e preciso» para a redacção do texto do novo Tratado reformador.
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