Por Camila Moreira
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A natação brasileira conseguiu na quarta-feira sua primeira dobradinha nos Jogos Pan-Americanos com Kaio Marcio e Gabriel Mangabeira, e terminou o dia com sete medalhas, sendo três de ouro.
Depois de dois ouros no primeiro dia de finais, na terça-feira, o Brasil agora empata com os Estados Unidos no quadro de medalhas da modalidade, cada um com cinco medalhas douradas. No total, os norte-americanos têm 13 e o Brasil, nove.
Os 100 metros borboleta foi responsável por levar ao pódio do Parque Aquático Maria Lenk dois nadadores brasileiros. A prova foi apertada, e Kaio Márcio só conseguiu a vitória nos 50 metros finais, com 52s05. Já Gabriel Mangabeira, o "Manga", fez 52s43 para garantir a prata, ficando à frente do venezuelano Albert Subirats, com 52s78.
A marca de Kaio ainda quebrou o recorde pan-americano da prova, que era de 52s54.
"Errei a primeira braçada depois da virada, mas depois consegui me recuperar. Deve ter sido na volta que garanti a medalha", explicou Kaio, comemorando muito o pódio duplo.
"A dobradinha foi muito boa, foi uma prova muito boa para o Brasil. A gente está melhorando, essa é a melhor seleção de todos os tempos", comemorou.
Para Mangabeira, "foi talvez uma das provas mais difíceis de chegar ao pódio, e colocar dois brasileiros lá é sensacional. Os resultados que a natação está tendo não são uma surpresa, quem está no dia-a-dia sabe da capacidade, que a natação brasileira está evoluindo", afirmou ele. O nadador ainda garantiu o índice para a Olimpíada de 2008 em Pequim, o que Kaio já havia conseguido.
"Agora é estudar o calendário do ano que vem. Já está marcado, nos 100 metros borboleta a gente quer medalha. Ano olímpico é ano especial", completou ele, fazendo uma promessa.
"Tenho certeza que vai ser a melhor Olimpíada, não pode acontecer como na outra, de ficarmos sem medalha."
As outras medalhas douradas do dia saíram para César Cielo, nos 100 metros masculino, e Rebeca Gusmão, nos 50m livre, responsável por acabar com o tabu de nenhuma brasileira ter jamais conquistado um ouro na história da modalidade nos Pans. Ambos os atletas marcaram também recordes pan-americanos.
No primeiro dia de finais, na terça-feira, Thiago Pereira subiu ao lugar mais alto do pódio nos 400m medley e o revezamento 4 x 200m livre também levou o ouro.
"Era o que eu esperava. Desde ontem nas semifinais consegui soltar bem, vi que estava com vantagem para os adversários e deu certo", disse Cielo.
As outras medalhas foram de bronze: Armando Negreiros, nos 400m livre; Gabriella Silva, nos 100m borboleta; e o revezamento 4 x 200m livre feminino, composto por Tatiana Lemos, Monique Ferreira, Manuella Lyrio e Paula Baracho.
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