segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Professora é libertada no Sudão e diz respeitar o Islã

Gillian Gibbons foi solta após perdão dado pelo presidente do país.
Ela disse que sentirá falta de seus alunos.
Da EFE

Foto: Reuters
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A professora Gillian Gibbons (Foto: Reuters)

A professora britânica Gillian Gibbons foi libertada nesta segunda-feira (3), após obter o perdão presidencial. Ela havia sido presa pela acusação de ofensas ao Islã.


O advogado Kamal al-Jizuri afirmou que a professora foi transferida para a embaixada britânica em Cartum e que é possível que retorne a seu país com os dois parlamentares britânicos que negociaram sua libertação.


Ela havia sido detida e condenada a 15 dias de prisão no Sudão por permitir que seus alunos de 7 anos batizassem um urso de pelúcia como Maomé.

Após a decisão do presidente sudanês Omar Hasan Al Bachir, cerca de 300 pessoas se concentraram em frente à embaixada britânica para protestar contra a medida. A maioria dos manifestantes, que pertencem a grupos fundamentalistas, gritavam coros contra o governo do Reino Unido e pediam a morte da professora.

Foto: AFP
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Homem segura espada durante protesto no Sudão no último 30 de novembro(Foto: AFP)

Uma ampla operação policial em torno da embaixada impediu o acesso dos manifestantes à delegação, onde neste momento está Gibbons, acompanhada pelos dois parlamentares muçulmanos britânicos, Nazir Ahmed (trabalhista) e a baronesa Sayeeda Hussain Warsi (conservadora), que negociaram a libertação da professora.

Professora lamenta

Em uma nota divulgada através da baronesa Sayeeda Hussain Warsi, membro da Câmara dos Lordes, a professora britânica destacou a generosidade que recebeu da população sudanesa durante os quatro meses que trabalhou na escola Unity High School.

"Encontrei amabilidade e generosidade na população sudanesa. Tenho um grande respeito ao Islã e não ofenderia ninguém de propósito. Lamento se causei dor", afirmou.

Ela também ressaltou que seus alunos eram maravilhosos e estavam fazendo progressos em seus estudos. "Sentirei muitas saudades deles e estou muito triste por pensar na dor causada por este caso".

Gillian agradeceu a todas as pessoas que trabalharam em favor de sua libertação. "Lamento que não poderei retornar ao Sudão para trabalhar na Unity High", disse.


do Site:

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