quarta-feira, 10 de outubro de 2007

IBGE: inflação é maior para famílias de baixa renda

Agencia Estado


A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que calcula a variação de preços para a camada de renda mais baixa da população (até seis salários mínimos, R$ 2.280), foi de 0,25% em setembro, ante taxa de 0,59% em agosto.

Apesar da desaceleração, o índice acumula em 2007, até setembro, alta de 3,39%, bem acima da variação acumulada em igual período do ano passado (1,32%) e também superior ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado em 2007 (2,99%). Em 12 meses, o INPC acumula alta de 4,92%. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

IPCA

No IPCA, que mede a inflação para as famílias com renda mensal de até 40 salários mínimos, os preços dos produtos não alimentícios sofreram desaceleração de agosto (0,22%) para setembro (0,11%). Com isso, sua contribuição para o IPCA ficou em 0,09 ponto percentual em setembro, enquanto no mês anterior havia sido de 0,18 ponto percentual.

O grupo vestuário (de -0,03% em agosto para 0,45% em setembro), com a nova coleção de roupas e calçados no mercado, voltou a subir em setembro. A Habitação (de 0,05% em agosto para 0,54% em setembro) também apresentou variação mais elevada, em parte por causa da taxa de água e esgoto, que subiu de 0,02% para 1,23%, tendo em vista as variações registradas em duas regiões metropolitanas: Rio de Janeiro e São Paulo. Outras causas de alta no grupo foram as variações nos preços de condomínio (de 0,31% para 1,05%), artigos para reparos de residência (de 0,49% para 0,87%) e gás de botijão (de 0,05% para 0,68%). Houve destaque também o aumento nos preço dos remédios, de 0,04% em agosto para 0,22% em setembro.

Por outro lado, o telefone fixo, cujas contas de agosto haviam aumentado 1,14%, influenciadas principalmente pelo reajuste de 21 de julho, ficou 1,01% mais barato, em média, em setembro. Isso em decorrência das variações registradas nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte (-3,78%), Recife (-2,86%), Belém (-3,15%), Fortaleza (-2,64%) e Salvador (-4,67%), onde a transição da medição tarifária de pulso para minuto levou a uma redução no valor das contas.

Já em relação aos combustíveis, enquanto o litro do álcool caiu menos (de -3,76% em agosto para -1,77% em setembro), a aceleração da queda da gasolina prosseguiu (-0,89% em agosto e -0,79% em setembro).

Construção

O Índice Nacional da Construção Civil, calculado pelo IBGE em convênio com a Caixa Econômica Federal, teve variação de 0,42% em setembro, com avanço de 0,13 ponto porcentual em relação a agosto (0,29%). No ano, o acumulado é de 4,32%, e nos últimos 12 meses, 5,39%.

O custo nacional por metro quadrado passou de R$ 593,17 (em agosto) para R$ 595,68 em setembro, sendo R$ 341,94 relativos aos materiais e R$ 253,74 à mão-de-obra. A parcela dos materiais variou 0,59%, 0,20 ponto percentual acima da taxa de agosto (0,39%). Já a mão-de-obra, com 0,20%, avançou 0,04 ponto percentual em relação ao mês anterior (0,16%).

No ano, os materiais acumularam alta de 3,50%, enquanto para a mão-de-obra a alta foi de 5,45%. Nos últimos 12 meses, foram observadas as seguintes variações: 4,74% (materiais) e 6,27% (mão-de-obra).

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