Agencia Estado
Uma nova rodada de negociação entre o governo da colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) para a libertação de três reféns em poder da guerrilha somente terão sucesso se for levada em conta as divergências políticas entre os presidentes Álvaro Uribe e Hugo Chávez, da Venezuela. Essa avaliação foi expressa hoje pelo assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, que participou da comissão de observadores da fracassada operação de resgate do último dia 31.
Garcia deixou claro que as Farc continuam com o controle total da situação, que a libertação dos reféns é uma questão que mobiliza a opinião pública mundial e que será preciso "despolitizá-la". Conforme frisou, não há nenhuma expectativa de prazo para uma possível retomada das conversas nem do cenário político que prevalecerá nesse momento. Mesmo assim, esquivou-se de qualificar o resultado da operação como um fracasso. Preferiu avaliá-lo como uma frustração de expectativas.
"A despeito de todo o enfrentamento verbal que tenha havido entre os presidentes Uribe e Chávez, sempre houve necessidade de cooperação entre os governos, ela aconteceu", afirmou o assessor, ao desembarcar na Base Aérea de Brasília, antes de apresentar seu relato final a Lula. "Uribe e Chávez têm posições políticas muito diferentes. Para a retomada das negociações, tem de ser levada em conta essa complexidade", completou.
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