segunda-feira, 31 de março de 2008

Criança pode ter sido jogada de prédio

Menina de 5 anos morreu ao cair do sexto andar de um edifício de classe média. Ela passava o fim de semana no apartamento do pai



Estado de Minas

Reprodução/Diário de São Paulo/Agência Globo


São Paulo – A polícia vai aguardar os laudos dos exames necroscópico, de lesões corporais e toxicológicos, que ficarão prontos em cerca de 30 dias, para esclarecer as circunstâncias que causaram a morte da menor Isabella de Oliveira Nardoni, de 5 anos, sábado à noite, na Zona Norte de São Paulo. Ela morreu por volta das 23h50, ao cair do sexto andar de um edifício na Rua Santa Leocádia, 138, Vila Isolina Mazzei. Segundo o Corpo de Bombeiros, a criança chegou a ser levada para a Santa Casa de Misericórdia, mas não resistiu. O delegado titular do 9º Distrito Policial Carandiru, Calixto Calil Filho, trabalha com a hipótese de homicídio, apontando que há fortes indícios de que a criança tenha sido arremessada por alguém.



Filha do consultor jurídico Alexandre Alves Nardoni, de 29 anos, e da bancária Ana Carolina Cunha de Oliveira (separados), Isabella visitava a cada 15 dias o pai e a madrasta, Anna Carolina Trotta Peixoto, de 24, estudante. Segundo o depoimento de Alexandre, sábado ele levou a menina até o apartamento e deixou-a acomodada na cama, descendo em seguida para buscar sua atual mulher, que aguardava no carro com outras duas crianças, de 11 meses e 3 anos.



Versão

O pai contou que, ao retornar ao apartamento, ouviu um barulho, olhou pela janela e viu a criança estendida no solo. Segundo Alexandre, o apartamento havia sido invadido por um ladrão. “Esta versão não me convence, devido à ausência de sinais de arrombamento no apartamento”, afirmou o delegado Calil Filho. Além disso, ele chamou a atenção para o fato de a tela da janela do quarto ter sido cortada e de ninguém ter dado queixa de desaparecimento de pertences. No entanto, Calil afirmou, em entrevista coletiva, que Alexandre e Anna Carolina não são suspeitos. “Eles estão sendo averiguados”, frisou.



Entre outros depoimentos que pretende reunir no inquérito, o delegado informou que deverá ouvir um engenheiro com quem Alexandre teria brigado há dias. O porteiro do edifício também afirmou não ter notado nenhum movimento ou sinal que indicasse arrombamento, ouviu apenas o barulho do corpo da menina caindo no solo.



O corpo de Isabella já foi liberado pelo Instituto Médico Legal (IML) e será sepultado nesta segunda-feira pela manhã, no Cemitério Parque dos Pinheiros. O avô materno da menina, Jorge Arcanjo Oliveira, disse que a relação de Isabella com a madrasta “era ótima”. A mãe, Ana Carolina Cunha de Oliveira, não teve condições de ir ao IML porque estava em estado de choque.




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