terça-feira, 1 de abril de 2008

Bovespa fecha com alta de quase 3%, acompanhando o mercado americano

O Globo Online, com agências








RIO - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta consistente nesta terça-feira, seguindo a tendência positiva nas principais praças internacionais. Apesar de persistirem os temores em relação à crise de crédito e à economia americana, os investidores pareciam determinados a iniciar o novo trimestre com o pé direito. Diante do anúncio de novas baixas contábeis no setor bancário, os mercados reagiram com otimismo, estimando que isso significa que o pior da crise já passou. O mercado ainda repercutia também o pacote anunciado ontem pelo Secretário do Tesouro americano, Henry Paulson, para o sistema financeiro.




O Ibovespa, principal indicador do mercado financeiro brasileiro, avançou 2,96% a 62.775 pontos. O dólar recuou 0,40% a R$ 1,746. Em Nova York, o indicador industrial Dow Jones subia 3,19% e o Nasdaq, das ações de tecnologia, ganhava 3,67% por volta das 17h.




As bolsas européias também registraram alta de mais de 2%, impulsionadas pelos ganhos das ações do setor bancário, depois da reestruturação anunciada pelo banco UBS , que promete reverter as baixas contábeis causadas pela crise do crédito de risco. Na Alemanha, o Deutsche Bank, havia feito o mesmo antes. O índice londrino FTSE registrou alta de 2,64%, enquanto, em Frankfurt, o DAX subia 2,84%. Em Paris, o CAC-40 avançou 3,38%.




Na avaliação de Álvaro Bandeira, economista-chefe da Ágora Corretora, o mercado interpretou que as baixas divulgadas pelo UBS são as últimas por causa da crise do subprime. Segundo ele, os investidores começam a pensar que já é possível quantificar o tamanho do rombo que a crise americana causará nos mercados financeiros (clique aqui e assista à análise do economista ).




Entre os ativos de maior peso no Ibovespa, as ações preferenciais da Petrobras subiram 2,39% a R$ 75,76, enquanto as da Vale ganharam 2,18% a R$ 51,90. Os papéis PN do Bradesco avançaram 2,04% a R$ 49,80, e os da Usiminas (PN) se valorizaram 3,91% a R$ 102,51.




A alta das ações ordinárias do Banco do Brasil (BB) foi uma das maiores do pregão. Esses papéis subiram 6,70% a R$ 24,66, depois que a instituição anunciou ganho de R$ 362 milhões com a venda de parte das ações do sistema eletrônico Visanet .




Nesta terça-feira à tarde, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) também informou que liberou crédito de R$ 7,3 bilhões para a Vale , o maior empréstimo já concedido pela entidade.




A moeda americana sobe frente ao euro, que estava cotado no patamar do US$ 1,55 esta tarde, depois de ter atingido o nível de US$ 1,58 no dia anterior. No mercado de commodities, a cotação do petróleo estava em torno de US$ 100.




As praças acionárias da Ásia fecharam sem tendência comum nesta terça-feira. Os agentes dividiram-se entre as preocupações com o setor financeiro e o ambiente de crédito e dados econômicos da região. Também fez parte dos elementos considerados pelos investidores a observação feita ontem à noite pelo banco central da China, de que o controle da inflação permanece como prioridade. A autoridade monetária chinesa disse ainda que se compromete a manter uma posição de aperto com relação à política monetária.




Em Tóquio, o Nikkei 225 avançou 1,04%, aos 12.656,42 pontos. O Hang Seng, de Hong Kong, subiu 1,26%, atingindo 23.137,46 pontos. Em Seul, o Kospi caiu 0,10%, ficando em 1.702,25 pontos. O Shanghai Composite, de Xangai, declinou 4,13%, para 3.492,78 pontos.





http://oglobo.globo.com/economia/mat/2008/04/01

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